Quem foi john locke e qual é o seu legado

Quer entender quem foi o filósofo inglês John Locke e qual o seu legado para o mundo contemporâneo? É o que vamos descobrir neste post.

Primeiro, é importante destacar que Locke foi o maior representante do chamado Empirismo Inglês, uma corrente filosófica dominante na Inglaterra durante o os séculos 17 e 18.

Com obras importantes nas áreas de política e epistemologia, John Locke é um dos maiores pensadores ingleses da história. Vamos conhecer as suas principais ideias, um pouco de sua história e as suas principais obras, que até hoje fazem parte de cursos e pesquisas em universidades em todo o mundo.

John Locke
Retrato de John Locke, por Sir Godfrey Kneller. Foto: Domínio Público

Quem foi John Locke

John Locke nasceu em 1632, em Wrington, sudoeste da Inglaterra, e viveu até 1704, passando portanto a maior parte de sua vida inserido no contexto filosófico do século 17. Lock vivenciou de perto a Revolução Puritana e a Gloriosa, dois acontecimentos que tiveram profunda influência em seu pensamento político.

Locke é famoso por ser o pai do chamado Empirismo Inglês e por ser uma dos maiores representantes do liberalismo político. Foi também um dos grandes fundadores da teoria do contrato social, que ganharia impulso novamente no século 18 com pensadores com Jean Jacques Rousseau.

Ao contrário de outros acadêmicos da época, Locke teve uma infância humilde e sem maiores regalos. Seu pai era um pequeno proprietário de terras e graças às preocupações da família com a educação do filho, Locke recebeu intensa formação humana dentro de casa até ingressar na Academia Científica da Sociedade Real de Londres.

Desde cedo, o jovem ávido por conhecimento se interessou por diversas áreas do conhecimento. Estudou medicina, filosofia, ciências naturais e outras matérias em Oxford. Francis Bacon, outro importante pensador britânico, e René Descartes, foram influências marcantes para a formação de Locke.

Um fato dramático de sua vida foi a necessidade de fugir para os países baixos em 1683 após ter sido acusado de traição por lorde Shaftesbury, então o seu mentor político e importante voz no parlamento contra o autoritarismo do Rei Carlos II.

Com o fim da Revolução Gloriosa em 1688, Locke voltou à Inglaterra e logo após seu retorno publicou seus dois primeiros trabalhos, o famoso Ensaio sobre o entendimento humano e Cartas sobre a tolerância.  Após 74 anos de vida, Locke morreu em 1704, não tendo deixado filhos nem esposa.

Pensamento e Legado de John Locke

Os dois campos nos quais John Locke foi fundamental foi a filosofia política e a Epistemologia (ramo da filosofia e ciência que estuda o próprio conhecimento e a capacidade humana de conhecer e investigar).

As principais obras de Locke foram:

  • Cartas sobre a tolerância  – 1689. Nesta obra precursora do Iluminismo, o autor defende a igualdade de direitos sem distinção de crença ou religião e a laicidade do estado.
  • Dois Tratados sobre o governo civil – 1689. Nesta obra, as ideias liberais de Locke são postas em evidência e lançam as bases para o liberalismo político. Defende a laicidade do estado, o direito à propriedade privada e o desenvolvimento econômico, bem como governos representativos com poderes limitados.
  • Ensaio a cerca do entendimento humano – 1690. Este é o principal trabalho no campo da epistemologia de Locke. É aqui que o pensador afirma que o ser humano nasce como uma “Folha em Branco”, ou como ficou conhecido nas traduções em português, uma “Tabula Rasa”, que é preenchida à medida que se tem experiências do mundo a sua volta. Segundo Locke, todo conhecimento tem origem na experiência prática.
  • Pensamentos sobre a educação – 1693. Neste trabalho, Locke expõe suas ideias sobre a unidade familiar e o desenvolvimento educacional do ser humano. Também foi importante para o Iluminismo e há várias linhas de identificação com obras de Rousseau.

Todos os livros foram publicados já na fase avançada da vida de Locke, depois dos 50 anos de idade. Tal como Immanuel Kant, que lançou suas principais obras já na velhice, Locke foi dos pensadores cuja maturidade foi um fator essencial para a elaboração de seu pensamento e trabalho.

O liberalismo político e a epistemologia de Locke

O liberalismo político que foi inaugurado por Locke foi um dos pontos mais destacados do Iluminismo do século 18. O questionamento do direito divino dos reis e a defesa de sistemas representativos como forma de governo foram lançados por Locke no final do século 17 e extensivamente abraçados pela maioria dos pensadores iluministas que se seguiram.

John Locke era um defensor de que as regras poĺíticas estivessem alinhadas com as leis naturais do mundo. Nesse sentido, qualquer poder estatal que não garantisse a vida dos cidadãos e o direito à propriedade privada não seria legítimo. Fato inédito até então, Locke foi um dos primeiros a defender abertamente o direito da população de depor o chefe de estado caso este atente contra os direitos fundamentais.

Como fundador do liberalismo político, Locke é visto como um dos pensadores mais importantes de todos os tempos. Suas ideias foram fundamentais para o Iluminismo do século 18 e para o liberalismo baseado na tolerância e no respeito à propriedade privada e ao trabalho dos cidadãos.

No campo da Epistemologia, Locke foi, ao lado de David Hume, o grande criador e representante do Empirismo britânico. Segundo o que diziam Locke e Hume, todo conhecimento provém unicamente da experiência. Ideias inatas e o conhecimento especulativo obtido por meio da razão são duramente criticados pelos empiristas. Para locke não existe nada de inato na mente humana, tudo é apreendido por meio da capacidade sensorial para posteriormente ser processado pelo intelecto.

Considerações finais sobre John Locke

E aí, o que achou de conhecer mais sobre John Locke? Ele é um dos pensadores mais importantes da história, especialmente considerando os pensadores de origem britânica, estando ao lado de nomes como Isaac Newton e Thomas Hobbes.

Muito do que conhecemos e vivemos hoje como a indistinção religiosa dos direitos políticos, limites à atuação do poder do estado, a existência de governos representativos e a garantia da propriedade privada, tiveram sua origem com John Locke. Para fechar o texto, deixamos duas frases do próprio Locke, a primeira como convite para leitura de um de seus livros:

Ler fornece ao espírito materiais para o conhecimento, mas só o pensar faz nosso o que lemos.

A segunda como uma típica provocação filosófica:

Sempre considerei as ações dos homens como as melhores intérpretes dos seus pensamentos

As suas quatro obras principais são facilmente encontradas em livrarias e na internet. Caso você se interesse e leia alguma delas, deixe um comentário!

Descubra o que foi a República de Cromwell

A República de Cromwell faz parte de um capítulo importantíssimo da história da Inglaterra. Neste texto, você vai conhecer o que foi esse período de exceção e como ele está inserido no contexto das Revoluções Gloriosa e Puritana.

O que foi a República de Cromwell e a Revolução Puritana Inglesa

A República de Cromwell foi um período de exceção na história da monarquia do Reino Unido, caracterizado por uma revolta do Parlamento diante de um monarca que não tolerava objeções aos seus desejos e que acabou executado por traição à pátria.

A Revolução Puritana foi um dos movimentos das chamadas Revoluções Inglesas, processo que começou com a instauração da República de Cromwell e terminou com a Revolução Gloriosa.

Entre os anos de 1641 e 1649, aconteceu a revolta que levou o nome de Revolução Puritana,  e de 1649 a 1658 foi o breve período em que a Inglaterra se constituiu em uma República, com a abolição da monarquia vigente à época e a execução pública do rei.

Oliver Cromwell, militar e político inglês convertido ao puritanismo, foi o líder mais importante da Revolução Puritana e responsável por dar nome ao único período republicano da história inglesa. Ao fim de todo esse processo, a Inglaterra viveu a consolidação do mercantilismo burguês e lançou as bases para a revolução industrial que aconteceria no século seguinte.

As bases da Revolução Puritana

A chave para compreender a Revolução Inglesa, dentro da qual a Puritana foi o passo inicial, é identificar as contradições sociais do século 17.

De um lado, a burguesia recém empoderada por meio da expansão mercantilista e crescimento da manufatura e comércio ultramarino, de outro, a nobreza tradicionalista, calcada nos valores medievais e herdeira de uma cultura de opulência e gastos improdutivos.

A nobreza era fortemente adepta da Igreja Anglicana, ao passo que a maior parte da burguesia em ascensão era protestante, como o próprio Oliver Cromwell. Os primeiros séculos do capitalismo inglês (15, 16 e 17) foram marcados pela forte expansão do comércio marítimo e instituição de um regime econômico baseado no comércio e na defesa de uma balança comercial superavitária.

A burguesia foi o grande grupo social que saiu fortalecido desse processo, que teve como destaque os cercamentos, que culminaram com a expulsão dos camponeses da zona rural e o crescimento da produção manufatureira voltada para o mercado externo.

As dinastias Tudor e Stuart, uma transição turbulenta

Tendo em vista a ascensão econômica de um grupo social antagônico à nobreza de características feudais, fica fácil ver como a Revolução Puritana se desenrolou.

A dinastia Tudor, que reinou na Inglaterra de 1485 a 1603, foi uma grande apoiadora do mercantilismo e pautou a sua atuação e autoridade política no trabalho conjunto com o parlamento.

Em 1603, quando Elizabeth I deu lugar ao primeiro monarca da Casa dos Stuart, a situação se inverteu. Jaime I e posteriormente o seu filho, Carlos I, adotaram uma política de fortalecimento da nobreza de origem feudal e passou a governar sem o apoio e aprovação do parlamento, instituição onde as demais classes sociais eram representadas.

Além disso, os Stuart eram Anglicanos fervorosos e não se furtaram de perseguir e combater o protestantismo, destacadamente os puritanos. Outro fator que não contribuiu para uma boa relação dos novos monarcas era o fato de eles serem escoceses, e não ingleses, intensificando o descontentamento com a nova política real.

Estopim da Revolução Puritana

Em 1628, Charles I foi obrigado a assinar a “Petição dos Direitos”, que protegia a população contra tributos e detenções ilegais. No ano seguinte, Carlos I dissolveu o Parlamento e passou a governar de forma autoritária por mais de dez anos.

Até que em 1640 o parlamento fora convocado novamente, e após novos embates entre o rei os membros das casas parlamentares, Carlos I decidiu dissolvê-lo mais uma vez. Eis o estopim da revolução.

Instauração da República de Cromwell

A guerra civil que teve início com a dissolução do parlamento em 1640 colocou de um lado os os membros da alta nobreza inglesa, funcionários do Estado e o clero anglicano, e de outro os agricultores capitalistas e a burguesia urbana, assim como pequenos comerciantes e outros grupos ligados ao protestantismo.

Foram quase dez anos de combates até que em 1649, após ser preso e condenado, o Rei Carlos I foi decapitado e foi instaurada a República de Cromwell.

Ao assumir o poder, Oliver Cromwell promulgou os famosos Atos de Navegação, garantindo proteção aos comerciantes ingleses no comércio ultramarino e colocando um importante obstáculo à concorrência holandesa e espanhola nos mares. Essa é vista como a ação mais importante da República de Cromwell.

A vida da República não foi fácil, porém. Foram várias rebeliões e a oposição política a Cromwell no próprio Parlamento foi muito forte. Face a esse contexto, o antigo líder da revolução puritana decidiu repetir o ato de Carlos I e dissolveu o Parlamento em 1653, dando início a um período autoridade pessoal e repressão.

De 1653 a 1658 Cromwell foi o Lorde Protetor da República, título criado por ele mesmo para a sua posição de autoridade. Em 1658, Richard Cromwell, filho de Oliver, assumiu o poder no lugar do pai falecido naquele ano(quase uma transmissão de trono real, não é mesmo?).

O novo líder da República não conseguiu fazer frente à oposição. No mesmo ano da morte de Oliver Cromwell, nobres e antigos apoiadores do Rei Carlos I colocaram em marcha uma contra revolução e derrubaram Richard do poder. A Monarquia foi restaurada dando fim à breve República de Cromwell.

Big Ben - Palácio de Westminster. Mapa de Londres
Estátua de Cromwell em frente ao Parlamento do Reino Unido. Foto: Mapa de Londres

Desfecho e transformação da Inglaterra

Com a restauração monárquica, Carlos II assumiu o trono da Inglaterra. No entanto, toda a convulsão social e as mudanças econômicas suscitadas pela revolução Puritana e pela República de Cromwell já haviam se entranhado na sociedade Inglesa.

Carlos II também teve um período conturbado e de forte oposição. Trinta anos depois do fim da República, outra revolução, desta vez chamada de Gloriosa, veio finalmente fechar o ciclo revolucionário que selaria o regime político da Inglaterra como uma monarquia parlamentar de tendência liberal e calcada nos interesses burgueses e do desenvolvimento capitalista.

Considerações finais sobre a República de Cromwell

A República de Cromwell, apesar de breve e conturbada, foi um importante período da Inglaterra e contribuiu para a conclusão da Revolução Inglesa (1640-1688), pavimentando o caminho para a revolução industrial, para a supremacia da Inglaterra como potência econômica dos séculos 18 e 19 e para protagonismo do Parlamento no destino dos britânicos.

Esse período da história da Inglaterra é muito estudado e comumente é parte das provas de vestibulares e do Enem em todo o Brasil.

Agora você sabe melhor o que foi e qual a importância dessa república. Conte para a gente o que achou do texto e qual outra curiosidade da história da Inglaterra você quer conhecer.

E se viajar para Londres, lembre de visitar alguns dos pontos relacionados a essa história:

Como é a política na Inglaterra

Interessado em saber como funciona a política na Inglaterra? Então veio ao lugar certo.

É amplamente conhecido que o Reino Unido (do qual a Inglaterra faz parte) utiliza o regime de monarquia parlamentar, mas como funciona exatamente a política nesse país? Quais os principais partidos? Como é o sistema eleitoral? Como é a relação do parlamento com o primeiro-ministro e com a Rainha Elizabeth II?

Prepare um chá e siga a leitura para descobrir as respostas.

Parlamento do Reino Unido fica em Londres, na Inglaterra. Foto: Mapa de Londres
Parlamento do Reino Unido fica em Londres, na Inglaterra. Foto: Mapa de Londres

A política na Inglaterra

A inglaterra está inserida politicamente na monarquia parlamentar do Reino Unido.

É sempre bom lembrarmos que o Reino Unido, além da própria Inglaterra, engloba também o País de Gales, a Escócia e a Irlanda do Norte. De todos os países das ilhas britânicas, apenas a República da Irlanda não faz parte do Reino Unido.

A Rainha Isabel II, conhecida no mundo todo como Elizabeth II, é a atual monarca do Reino Unido. No entanto, a palavra monarca não tem tanto poder como tinha no passado.

 

Monarquia parlamentar

A monarquia parlamentar é um sistema no qual o rei ou rainha é o chefe de estado, isto é, é o representante do estado perante a comunidade internacional e responsável por uma série de eventos e cerimônias oficiais nas quais o estado deve ser representado, seja dentro ou fora do país.

Do ponto de vista político, Elizabeth II não tem poderes de governo, isto é, apesar de ser chefe de estado, ela não a chefe de governo. Além disso, a maioria das prerrogativas do monarca são feitas mediante recomendação do parlamento, de forma que o poder político de fato esteja concentrado no Parlamento do Reino Unido.

Como é a política na Inglaterra
Vista do Parlamento Britânico a noite. Fonte: Pixabay

 

Primeiro-ministro

O chefe de governo na Inglaterra é o Primeiro-Ministro, figura semelhante ao de Presidente nas repúblicas presidencialistas, como o Brasil.

O Primeiro-Ministro é eleito de forma indireta, pelo Parlamento, sendo apontado pelo partido que obteve a maioria dos assentos na casa dos comuns, a principal casa legislativa do parlamento britânico.

Dessa forma, a governabilidade é um ponto-chave no parlamentarismo britânico. A obtenção de maioria congressual é crucial para eleger o primeiro-ministro. Quando não há governabilidade, o primeiro-ministro pode entregar o cargo e convocar eleições.

Ao contrário do longo  e acalorado processo de impeachment das repúblicas presidencialistas, na monarquia parlamentar existe o voto de desconfiança. Instrumento político que permite a troca do chefe de governo de maneira a garantir a governabilidade.

 

O voto de desconfiança

O voto de desconfiança, também chamado de moção de censura, é um instrumento político à disposição do parlamento.

Quando as forças de oposição entendem que o primeiro-ministro está em uma posição de fragilidade e não tem condições de governar, coloca-se na pauta de votação uma moção para expressar a desconfiança ou confiança do parlamento no chefe de governo.

Assim, se o voto de desconfiança vencer, isto significa que o parlamento está expressamente dizendo ao primeiro-ministro que mesmo não tem condições de governar.

Apesar de o voto de desconfiança não implicar na perda do cargo do chefe de governo, é uma forma de constranger o primeiro-ministro a renunciar, e de fato, é isto que acontece.

O voto de desconfiança mais famoso na Inglaterra foi o votado em 1979, que levou à renúncia do então primeiro-ministro James Callaghan e à eleição de Margaret Thatcher.

 

A Câmara dos comuns e a câmara dos Lordes

O parlamento britânico é formado por duas casas legislativas. A principal delas é a Casa dos Comuns, onde mais de 600 parlamentares são eleitos pelo voto direto da população britânica, dividida em distritos eleitorais.

Os parlamentares da casa dos comuns são responsáveis por eleger o primeiro-ministro, por meio do bloco político que obtiver a maioria dos assentos da casa. É a câmara que cria e modifica as leis do país e que detém o poder político de fato.

A câmara dos lordes tem um papel de revisora dos projetos da câmara dos comuns e seus membros não são eleitos pelo voto direto. Os parlamentares da câmara alta, como também é conhecida a câmara dos lordes, obtém o cargo por via hereditária ou por nomeação da rainha. Por falar em casas legislativas e eleições, é exatamente sobre como são eleitos os parlamentares que vamos falar na próxima seção.

Como é a política na Inglaterra
Por dentro da Casa dos Comuns. Fonte: Pixabay

O sistema eleitoral na política da Inglaterra

O sistema eleitoral no Reino Unido é do tipo distrital. Nesse sistema, o território é dividido em distritos eleitorais, que no caso do Reino Unido são 650, cada qual com 70 mil eleitores em média. Os distritos eleitorais também são chamados de circunscrição eleitoral.

O eleitor deve votar nos candidatos de seu distrito apenas, podendo escolher somente um candidato de sua preferência. Cada distrito elege apenas um Member of Parliament, ou MP, como são chamados os parlamentares britânicos. Isto significa que no total são eleitos 650 representantes para o Parlamento britânico.

 

Principais partidos e figuras importantes

O Reino Unido possui ao todo 6 partidos políticos, dentre os quais dois são considerados os principais: O Partido Conservador e o Partido Trabalhista.

Os partidos conservador e trabalhista foram as duas grandes forças políticas no Reino Unido desde a consolidação da monarquia parlamentar com a Revolução Gloriosa de  1688.

Margaret Thatcher foi a ministra conservadora mais emblemática desde a segunda guerra mundial, tendo representado, ao lado do norteamericano Ronald Reagan, a principal voz pelas políticas de mercado e conservadoras nas décadas de 80 e 90. O estadista Winston Churchill também foi outro eminente político do partido conservador.

Tony Blair e Gordon Brown foram os dois últimos primeiros-ministro trabalhistas, tendo exercido o comando da política britânica por mais de dez anos até a entrada de David Cameron em 2010.

Os Trabalhistas são ligados à tradição esquerdista britânica, tendo forte ligação com sindicatos e serem favoráveis a um estado mais pró-ativo. O último primeiro-ministro trabalhista foi Gordon Brown, que ocupou o cargo de 2007 a 2010, dando lugar a David Cameron, do partido conservador, em 2007.

Cameron, por sua vez, renunciou ao cargo de Primeiro-Ministro em 2016, após o referendo que decidiu a saída do reino unido da União Europeia, dando lugar a antiga mandatária, Theresa May.

 

Configuração atual do Parlamento

O Partido conservador é o atual partido de maioria no parlamento britânico, tendo indicado a antiga primeira-ministra Theresa May. É um partido tradicionalmente ligado à direita, no sentido de defender políticas de mercado e um Estado de tamanho enxuto.

Devido a demora para entregar um projeto que fizesse com que o Brexit acontecesse de maneira vantajosa para o Reino Unido, Theresa May perdeu a sua credibilidade frente ao Parlamento e ao seu próprio partido.

Em uma votação fechada entre os membros do Partido Conservador, no dia 22 de julho de 2019 Boris Johnson, o polêmico ex-prefeito de Londres, venceu o pleito interno do seu partido, com 92 153 votos (66,4%), deixando para traz Jeremy Hunt com apenas 46 656 votos (33,6%). Assim ele se tornou o líder dos Conservadores e eventualmente o primeiro-ministro do Reino Unido. O oficial foi formalmente anunciado no dia seguinte, em 23 de julho de 2019.

Como é a política na Inglaterra
Graffiti do Boris Johnson. Fonte: Pixabay

Curiosidades sobre o Parlamento Britânico:

O Parlamento britânico possui algumas curiosidades que achamos que você vai gostar de saber. Então preste bastante atenção:

1- Qualquer um pode se candidatar a uma vaga no Parlamento

No Reino Unido como um todo, um candidato a membro do parlamento, ou MP não precisa ser filiado a um partido político como acontece aqui no Brasil. Ou seja, um cidadão pode concorrer de maneira independente. Porém isto raramente acontece e a maioria dos candidatos pertencem sim a um partido político.

2- Outros partidos que compõem o Parlamento Britânico

Dentre os outros partidos que também fazem parte do Parlamento é interessante observar que os partidos regionais da Escócia e da Irlanda do Norte possuem membros eleitos que tradicionalmente se abstêm de participar do parlamento. Eles fazem isso como uma forma de protesto à existência do Reino Unido, pois eles querem a sua própria independência.

Ou seja, um eleitor for escocês ou irlandês pode acabar votando em membro do parlamento que, caso seja eleito, nunca vai participar de uma sessão do parlamento como forma de protesto.

 

 

Considerações finais sobre a política inglesa

A política inglesa é herdeira de uma rica tradição e de um sistema político pioneiro que serviu de modelo para vários outros países ao redor do mundo.

O parlamento britânico é a principal instituição política do país. Para garantir o funcionamento pleno do parlamento e viabilizar a atuação do primeiro-ministro, a governabilidade é o ponto-chave do sistema político, derivando daí a razão de o primeiro-ministro ser escolhido pelo partido que alcança a maioria do parlamento e não eleito pelo voto direto da população.

O parlamentarismo britânico aparece em discussões no Brasil em vários momentos. Existem mesmo muitas pessoas que defendem a adoção do parlamentarismo como sistema mais funcional e prático do que os atuais sistemas presidencialista e de voto proporcional.

E você, o que acha do sistema político britânico? Achou confuso ou muito mais simples do que o nosso? Será que esse sistema funcionaria aqui no Brasil? Comente.

Imagens da Segunda Guerra Mundial em Londres contam história de bravura e resistência

Quem acha que a capital britânica vai tremer diante de atentatos terroristas como os perpetrados nos últimos dias não conhece sua história. Neste post, você vai ver 5 imagens da Segunda Guerra Mundial em Londres que mostram a resistência da cidade, a resiliência da Inglaterra, a bravura de Winston Churchill e os esforços para barrar os avanços de uma Alemanha Nazista que já dominava boa parte da Europa.

Antes, lembre que, em 1940, Londres era o último bastião de resistência aliada contra Hitler. A França, potência vizinha, já havia capitulado. Países menores caíram antes. Do outro lado do Atlântico, os Estados Unidos não queriam se envolver no conflito. A ameaça germânica tomava proporções tão grandes, que muitos políticos ingleses defendiam que se fizesse um acordo com o Führer para conter seu ímpeto antes que a ilha da Grã-Bretanha fosse tomada por suásticas.

Mas Londres resistiu. Em 1940, a Batalha da Inglaterra, ou Batalha da Grã-Bretanha, tomou os céus de Londres, durante ataques fulminantes dos nazistas que desejavam ardorosamente destruir a capital britânica.

Foi nesse episódio que Churchill proferiu a célebre frase: “Nunca tantos deveram tanto a tão poucos”, em uma referência aos pilotos da Força Aérea Real.

8 imagens da Segunda Guerra Mundial em Londres

A seguir, veja imagens da Segunda Guerra Mundial que mostram por que Londres não vai se dobrar ao terror.

1. “Keep Calm and Carry On” nunca foi utilizado

Keep Calm and Carry On - Segunda Guerra

A famosa frase “Keep calm and carry on” se popularizou ao virar meme e viralizar nas redes sociais em montagens com vários sentidos e situações diferentes. Você provavelmente cruzou com essa frase em algum momento, não é mesmo? Mas, acredite, quando esta frase foi criada, a ideia era que ela nunca fosse usada.

Na verdade, a conhecida frase foi criada durante a Segunda Guerra Mundial. Onde exatamente? Em Londres, claro. Durante o período de guerra, pairava a ameaça constante de uma invasão das ilhas britânicas pelos alemães. Realmente Hitler se esforçou para conseguir debelar os britânicos, mas felizmente não conseguiu transpor a resistência nos ares.

Devido à constante ameaça de invasão, o governo britânico decidiu criar cartazes persuasivos e com conteúdo motivador para espalhar pelas cidades. Os cartazes eram motivacionais e tentavam animar o espírito de luta da população.

A inscrição “Keep calm and carry on” foi exatamente uma dessas mensagens em cartazes, mais especificamente, a mensagem que seria utilizada em caso de invasão terrestre das cidades britânicas (daí a sua cor forte e avermelhada).

Felizmente esses cartazes não tiveram que ser utilizados e ficaram esquecidos até a década de 1980, quando algumas cópias foram encontradas em uma pequena livraria no interior da Inglaterra.

2 – St Paul’s Cathedral resistiu aos bombardeios

St Paul's Cathedral na Segunda Guerra Mundial
St Paul’s Cathedral resiste aos bombardeios nazistas. Foto: IWM

A palavra Blitz vem do alemão e significa relâmpago. Para os britânicos, a palavra remete imediatamente à Batalha da Inglaterra, entre setembro de 1940 e maio de 1941, quando os Londres e o Reino Unido foram bombardeados incessantemente pelos aviões da Luftwaffe.

Como você deve imaginar, o nome está relacionado à Blitzkrieg, a estratégia de ataques-relâmpagos elaborada pelo general alemão Heinz Guderian na Segunda Guerra Mundial, responsável por parte do sucesso militar alemão em suas ofensivas na Polônia e nas primeiras campanhas no front oriental.

A imagem que você vê acima é St Paul’s Cathedral (Catedral de São Paulo), um ícone londrino, envolta em fumaça e poeira logo após um bombardeio à cidade de Londres.

A St Paul’s Cathedral foi alvejada em diferentes momentos, mas os ingleses fizeram de tudo para protegê-la. Eles não queriam que a catedral histórica ruísse, o que constituiria uma grande vitória para os inimigos e um baque para a população.

No fim, a St Paul’s sobreviveu e virou um símbolo da resistência britânica na Segunda Guera.

Várias cidades do Reino Unido foram alvos dos aviões alemães, mas Londres foi onde os ataques começaram e também o principal destino das bombas nazistas.

O principal objetivo dos ataques era enfraquecer o moral britânico. Mas a resistência foi ferrenha, e o ânimo não se esmoreceu.  

Com o recrudescimento dos embates no front oriental, onde a operação Barbarossa estava em pleno movimento, os alemães se viram obrigados a parar com os bombardeios em grande escala de Londres.

3 – Ataque a Londres mudou o rumo da Segunda Guerra Mundial

Batalha da Grã-Bretanha
Observador perscruta os céus de Londres à procura dos caças nazistas. Foto: National Archive

A imagem acima mostra um observador voluntário em um telhado espiando os céus de Londres em meio aos bombardeios à cidade, em 1940. 

Até o dia 24 de agosto de 1940, eram amplamente conhecidas as declarações de Hitler de que Londres não seria bombardeada sem que antes houvesse alguma provocação inimiga. No entanto, nesse fatídico dia, que alguns apontam como o dia em que Hitler perdeu a guerra (do ponto de vista estratégico, que considera também o envolvimento dos americanos depois), caças alemães alvejaram a capital britânica e fizeram o primeiro bombardeio à cidade.

Uma versão curiosa desse evento, indica que o primeiro bombardeio de Londres foi acidental, com os pilotos alemães tendo atacado o alvo errado durante a noite. Algumas declarações de Hitler reforçam essa tese. O fato é que esse bombardeio foi uma das fagulhas que promoveram uma reviravolta na guerra.

Em retaliação ao bombardeio “acidental” de Londres, Churchill ordenou um ataque aéreo à capital Berlim, o que surpreendeu Hitler e deixou a população alemã atônita.

Após a retaliação, Hitler alterou sua estratégia para a guerra com o Reino Unido e passou a bombardear alvos civis em larga escala, deixando em segundo plano os ataques à infraestrutura militar e de radares britânicos. A expectativa de Hitler era de que Churchill anunciasse a rendição de forma rápida ao ver a população sendo atacada.

A nova estratégia deu completamente errado, com o povo britânico não só resistindo mas também recompondo as capacidades militares e voltando a apresentar resistência maior aos alemães. Mesmo assim, ao fim dos ataques nazistas, 30 mil civis ingleses haviam sido mortos.

4 – Winston Churchill foi uma das vozes de resistência

Big Ben e a estátua de Winston Churchill
Parlamento e a estátua de Winston Churchill em Londres. Foto: iStock, Getty Images

Winston Leonard Spencer-Churchill, nascido em 1884 e falecido em 1965, foi um dos personagens mais importantes da história. Este político e estadista inglês foi o primeiro-ministro do Reino Unido pelo partido conservador durante a Segunda Guerra Mundial.

Nessa posição, Churchill foi fundamental para a resistência britânica e para todo o esforço de guerra que levou os aliados a derrotar o exército hitlerista.

Churchill nasceu em Londres, e como um típico filho da cidade, não poupou esforços em defendê-la frente às incursões aéreas da Luftwaffe (força aérea alemã).

Não se sabe como teria se desdobrado o esforço de guerra caso o primeiro ministro britânico não tivesse o pulso e a capacidade de Churchill.

Seus discursos, que avisavam dos perigos dos nazistas muito antes da Segunda Guerra, são lembrados até hoje.

Um fato interessante é que apesar de político e estadista, Churchill recebeu o prêmio nobel de literatura, sendo o único primeiro-ministro britânico e um dos únicos estadistas do mundo a receber tal láurea. O Nobel foi dado em homenagem aos 5 volumes de suas  memórias de guerra.

Além do Nobel de Literatura, Winston Churchill se tornou cidadão honorário dos EUA, em homenagem feita pelo presidente John Kennedy em 1963, apenas dois anos antes do seu falecimento.

5 – Míssil nazista levou o homem à lua depois da guerra

v2 - Rocket - Museu de Ciências
O gigante V2 era a arma de Hitler para destruir Londres. Foto: Mapa de Londres

Este foguete da imagem acima, o V2 rocket, foi uma das tantas invenções da indústria bélica nazista. Na verdade, foi um projeto no qual o próprio Hitler depositou grandes expectativas, principalmente para usar contra a capital britânica, Londres. A história da guerra nós já conhecemos. Hitler jamais conseguiu tomar Londres e, ao fim, os aliados dominaram Berlim.

E o V2 Rocket? Bom, a história do foguete nazista não acabou com o fim da guerra. Essa perigosa arma de tecnologia alemã foi usado como base para que Wernher von Braun e sua equipe desenvolvessem o Saturn V, foguete que alçou o homem à lua em 1969. Von Braun foi engenheiro chefe do desenvolvimento do V2, e após o fim da guerra, foi cooptado pelos aliados e acabou trabalhando para o programa espacial americano.

6 – Estações de metrô viraram abrigo

Metrô na Segunda Guerra Mundial
Estação de metrô na Segunda Guerra. Foto: National Archive

Para fugir das bombas nazistas, a população se refugiava nas dezenas de estações de metrô de Londres. Durante muitos dias, as pessoas eram obrigadas a ficar confinadas no Underground e, para passar o tempo, promoviam concertos e davam aulas para as crianças.

7 – Cartazes orientavam a população

Segunda Guerra Mundial
Eu tenho nove vidas. Você, não. Foto: The Royal Society for the Prevention of Accidents

Uma das principais preocupações do governo britânico era que a população mantivesse a cabeça no lugar e tentasse viver normalmente, como se Londres não estivesse sob ataque. Em caso de pânico coletivo, a situação poderia ter sido ainda pior.

Por isso, além dos cartazes para manter o moral e o ânimo elevados, os esforços de guerra incluíam a produção de placas e avisos para orientar a população e alertar para os perigos durante a Blitz.

8 – Alvos civis foram atacados em Londres

Segunda Guerra Mundial
Transporte público de Londres foi alvejado em diferentes momentos. Foto: Ministério da Defesa

Os rumos da guerra mudaram quando Hitler decidiu atacar alvos civis em Londres e recebeu a resposta imediata de Churchill e seus homens da Royal Air Force.

Por muito tempo, imagens como essa acima pareciam indicar uma vitória iminente dos nazistas.

A resistência britânica na Segunda Guerra

Se você também se empolga com a história da Segunda Guerra Mundial e do envolvimento de Londres e da Inglaterra no confronto contra a Alemanha nazista, a dica é visitar algum ou alguns dos museus que tratam do assunto na viagem à capital britânica.

No Museu Imperial da Guerra, você pode entender exatamente como era a vida dos londrinos durante a blitz nazista e visitar um memorial apavorante sobre o holocausto.

No Churchill War Rooms, você entra no bunker de Churchill, vê como funcionava o gabinete de guerra e encontra um museu sobre o primeiro-ministro.

No Museu da Força Aérea Real, você acompanha a história da Segunda Guerra sob o prisma dos combatentes da Batalha da Grã-Bretanha.

Os museus já estão no seu roteiro? Comente!

6 razões para incluir Londres no próximo roteiro pela Europa

Preparando sua viagem pela Europa? Neste post, você vai descobrir seis razões para incluir Londres nesse roteiro.

Londres tem história por todos os lados

Imagens de Londres: Torre de Londres à noite
Torre de Londres à noite é uma das belas imagens da capital britânica. Foto: Mapa de Londres

Apesar de ser uma plataforma de tendências, estar revestida de olhares modernos e dar guarida a espíritos rebeldes, Londres é uma cidade que exala história por todos os seus poros.

Os Guardas da Rainha e suas cerimônias, a Torre de Londres às margens do Rio Tâmisa, a City of London e suas peculiaridades milenares, a London Wall e os traços romanos, os clubes de cavalheiros e sua influência ao longo da história, o Monumento ao Grande Incêndio e à renovação da cidade, a opulência vitoriana e seus monumentos, os palácios, parques e legados da Realeza e muito, muito mais…

Você vai entender do que estamos falando ao sair da estação de Westminster e começar a olhar para os lados.

Londres tem cultura para todos os gostos

Museu Britânico tem entrada gratuita em Londres. Foto: Mapa de Londres
Museu Britânico tem entrada gratuita em Londres. Foto: Mapa de Londres

Poucas cidades do mundo oferecem tamanha diversidade de museus de história, galerias de arte, casas de teatro e concertos, salas de cinema e espaços para a apresentação de artistas de todas as vertentes.

Duvida? Então pesquise sobre os seguintes lugares:

Londres tem compras para todos os bolsos

Kamilla Fernandes, Mapa de Londres
Fachada da Selfridges, em Oxford Street. Foto: Kamilla Fernandes

Com a libra sofrendo os efeitos do Brexit, as compras estão bem mais baratas em Londres. Desde eletrônicos a roupas, você vai encontrar ótimas opções nas lojas.

Nessa peregrinação, não deixe de passar pelas famosas lojas de departamento de Londres, incluindo a Selfridges (a mais famosa) e a Primark (a mais barata).

Londres tem comida para todos os paladares

Jamie Oliver
Jamie Oliver é o responsável por diversos restaurantes em Londres. Reprodução, Facebook

Você já deve ter ouvido falar que a gastronomia britânica não é das melhores. Bom, esse mito até fazia algum sentido no passado, mas não reflete mais a realidade.

Alguns dos grandes chefs do mundo estão em Londres, e todas as culinárias têm representação na cidade.

Londres tem atrações para todas as idades

Aquário de Londres - Mapa de Londres
Aquário de Londres é boa opção para as famílias. Foto: Mapa de Londres

Se você ainda não deu uma olhadinha no nosso post especial sobre os pontos turísticos de Londres, não deixe de conferir. Ele reúne centenas de opções de passeios que vão encantar solteiros, famílias, grupos de amigos e todos os viajantes que rumarem para a capital britânica.

Por um lado, você encontra as atrações mais “sérias”, como a National Gallery, a Biblioteca Britânica, os teatros de West End e os museus de história.

Por outro, você encontra uma gama diversificada de passeios especiais para a família toda, como o museu de cera Madame Tussauds, o Zoológico de Londres, o Aquário de Londres, a London Dungeon, o Museu de Ciências, entre outros.

Londres tem muitos passeios grátis

Entrada para a National Gallery é gratuita
Entrada para a National Gallery é gratuita. Foto: Mapa de Londres

A fama de Londres é de ser uma das cidades mais caras do mundo. E não é mentira, especialmente se você levar em conta o mercado imobiliário.

Mas, para o viajante, Londres pode ser incrivelmente generosa. Veja abaixo algumas das atrações gratuitas de Londres:

  • Todos os museus públicos (incluindo Museu Britânico, National Gallery, entre muitos outros)
  • Todos os Parques Reais (incluindo os mais famosos, como Regent’s Park e Hyde Park)
  • Todas as feiras e mercados de rua (incluindo os de Camden Town e Notting Hill)
  • A Troca da Guarda em frente ao Palácio de Buckingham.

E aí, curtiu os motivos para incluir Londres no seu roteiro pela Europa? Deixe seu comentário.

5 motivos para viajar sozinho pelo mundo (e algumas dicas para a jornada)

Você tem vontade de viajar sozinho pelo mundo, mas guarda um pouco de receio de atirar a mochila nas costas e desbravar outro continente por conta própria? Então você chegou ao lugar certo: neste post, vamos dar algumas dicas para sua próxima jornada e ajudar a tirar um pouquinho desse temor.

Primeiro, é importante saber que você nunca viaja sozinho. Para onde quer que você vá, mesmo que decida tudo de última hora, mesmo que subverta toda a lógica do roteiro tradicional, mesmo que atire uma moeda para cima para definir o próximo destino, existem outras pessoas seguindo o mesmo caminho.

Você vai constatar isso logo. Vai entrar no trem e dar de cara com dois americanos indo para a mesma cidadezinha do interior da Holanda.

Vai chegar ao hostel e encontrar outros brasileiros com o mesmo plano na Suíça. Vai começar o pub crawl em Berlim, se perder do grupo no terceiro pub e conhecer uma galera da Noruega que está com a mesma ideia de seguir para Munique no dia seguinte.

Meses depois, vai chegar naquele lugar perdido (e encantador) na Tailândia e encontrar os mesmos americanos da Holanda. E a partir daí, vai se sentir mais tranquilo para embarcar em sua jornada pessoal – seja ela qual for.

A decisão de viajar sozinho é desafiadora, sim. Não apenas para jovens ainda sem o domínio do inglês, mulheres se sentindo inseguras em um mundo de tanta violência contra o gênero ou idosos com receio de darem seus primeiros passos sem aquela companhia de uma vida inteira.

Mas você vai ver, no fim das contas, que viajar sozinho vale a pena.

5 motivos para viajar sozinho pelo mundo

Mala capa
Viajar sozinho permite uma experiência mais intensa. Foto: iStock, Getty Images

Descubra por que viajar sozinho lhe proporcionará experiências inesquecíveis:

1. Você vai conhecer muito mais gente (e a si mesmo)

Quem viaja em grupo, família ou casal tende a se fechar em um casulo e restringir, mesmo sem querer, o acesso de quem busca se aproximar. É comum que você passe então a viagem inteira falando em português e deixando de aproveitar possíveis integrações com outras pessoas em tours guiados, visitas a atrações turísticas, pubs e hostels.

Já quem viaja sozinho não tem opção: tem que dizer um “oi” para os companheiros de albergue e para o pessoal do Pub Crawl, ou vai perder conexões importantes durante a viagem.

Pode acreditar: a experiência de conhecer gente de todas as partes do mundo é uma das grandes alegrias de qualquer jornada. Encontrar traços em comum com pessoas de outro canto do planeta proporciona uma sensação ótima e quase indescritível.

É mais ou menos assim: essa troca cultural vai lhe permitir, em poucos segundos, conhecer de perto uma história muito diferente da sua e, ao mesmo tempo, vai mostrar como nacionalidades tão distantes podem se dar tão bem e tão rápido.

No fim, é como se viéssemos todos do mesmo lugar (a Terra, talvez), fôssemos feitos dos mesmos elementos e precisássemos abandonar nossa zona de conforto e atravessar o mundo para entender isso.

2. Você vai ser quem você quiser

Em muitos momentos, a gente não é quem a gente quer, mas quem a gente pode ser. Somos tolhidos por pressões de todo tipo, como a imposta em ambiente de trabalho e a seguida em protocolos sociais.

Mas quem é você, de verdade? Quem é você se você pudesse ser tudo que quer ser? Quem é você se não precisasse se limitar por medo de transparecer demais a sua própria essência?

Esse é um exercício bastante interessante para quem faz uma viagem sozinho.

A pessoa que embarca não é a mesma que retorna. Por tudo que você vai encontrar pelo caminho e por tudo que se permitirá ser quando suas referências não estiverem por perto.

No fim, esse é um dos maiores medos de quem cogita viajar sozinho: encarar a si mesmo.

3. Você vai fazer o seu próprio roteiro

Quem já viajou acompanhado sabe que fazer concessões é indispensável. Aquele museu de história natural que você quer conhecer é desprezado pela sua namorada. Aquele restaurante cinco estrelas é completamente dispensável no seu roteiro.

Em família ou grupo maior, é pior ainda. Você pode até visitar aquela cidade que tanto queria e mesmo assim sair de lá achando que ainda não a conheceu de verdade.

Mas viajando sozinho você é quem toma todas as suas decisões. Você pode passar um dia inteiro em museus ou uma tarde inteira bebendo em pubs ou abandonar o city tour pela metade e passar o restante do dia na piscina do hotel com os drinks do bar.

Pela primeira vez, você vai definir exatamente o que quer de sua viagem e poderá conhecer o SEU destino.

4. Você vai se sentir invencível

Depois de passar apuros, vivenciar histórias insólitas, experimentar pratos bizarros, perambular pelo mundo sem destino, conhecer gente exótica de todas as partes, se virar em sistemas de transporte público bem mais complexos do que você imaginava, aprender tanta coisa nova, sentir tanta insegurança em tão pouco tempo e mesmo assim sobreviver para contar a história, você vai se sentir invencível.

Vai ver que pode domar qualquer fera, matar qualquer bola no peito, superar qualquer adversidade e encarar tudo por conta própria.

Agora você não é apenas parte do mundo, mas o mundo é parte de você.

5. Você vai sentir saudade

Viajar sozinho é uma experiência incrível. Mas, depois de um tempo (às vezes, muitos meses), você vai sentir saudade dos seus amigos, da sua família, da sua casa.

Vai ver na prática que aquelas milhares de pessoas que você conheceu não substituem as conexões mais profundas que você tem com os SEUS.

Vai perceber que viajar sozinho é uma forma de entender melhor quem você é e que, cedo ou tarde, terá que mostrar sua essência ao seu mundo.

E aí, por fim, vai valorizar mais a sua origem, as suas raízes e o seu canto nesse mundo enorme.

Dicas para viajar sozinho

Blogs de viagem
Viajar sozinho depende de um bom planejamento. Foto: iStock, Getty Images

Cada vez mais interessado nessa ideia de viajar sozinho? Veja algumas dicas para colocar o seu sonho em prática.

1 – Planeje com antecedência

Toda viagem merece um planejamento prévio. Para quem viaja sozinho, essa medida é ainda mais importante, já que você precisará se virar por conta própria depois. E acredite: em algum momento, as coisas não vão sair como você prevê, e uma boa organização ajudará a solucionar o problema na hora.

Esse planejamento deve envolver a criação de um roteiro detalhado, a reserva com grande antecedência de passagens e hospedagem, a pesquisa dos principais pontos que você quer visitar, a procura por restaurantes, bares e pubs que você quer conhecer e o deslocamento que você fará entre os principais pontos do itinerário.

2 – Faça reservas e tenha todos os contatos em mãos

Em linha com a dica anterior, não deixe para comprar bilhetes e passagens em cima da hora e nem reservar hotéis ao sabor dos ventos. A não ser que sua proposta de viagem seja realmente se jogar sem destino, o recomendado é ter tudo reservado e planejado com antecedência. Além de confirmar diretamente as reservas com os hóteis, leve os contatos de todos eles para qualquer eventualidade que surja.

3 – Seguro de viagem é fundamental

A insegurança que você pode sentir inicialmente viajando sozinho em grande parte vem do fato de não ter uma pessoa para ajudar em caso de necessidade. Passar por um mal-estar, sofrer um acidente e se machucar são coisas que ninguém espera que aconteça. Mas é importante estar preparado.

Assim, é fundamental ter em mãos o contato do seguro de viagem e saber de antemão qual procedimento tomar em caso de doença ou acidente

4 – Tenha uma lista de telefones úteis e de emergência

É importante manter telefones, endereços, contatos de emergência em dois lugares diferentes: pode ser no seu celular e num pedaço de papel, por exemplo. Assim, você não corre perigo de chegar ao seu destino, descobrir que seu celular ficou sem bateria e não conseguir acessar o e-mail para verificar o endereço do hotel.

5 – Conheça e pesquise os locais visitados

Essa também vale para viagens tradicionais com mais pessoas, mas viajando sozinho é mais importante ainda pesquisar bem as cidades e destinos que serão visitados. Saber quais bairros são mais perigosos, lugares que devem ser evitados e as melhores rotas para se locomover. Tudo isso são informações valiosas para a viajante solo.

6 – Permita-se conhecer outros viajantes

Viajar sozinho não significa que você precise ficar isolado do convívio de outras pessoas em toda a sua jornada. Permita-se explorar as conexões com outros viajantes e conhecer gente na estrada, nos pubs, nos hostels e onde quer que seja.

Você não precisa fazer um grande esforço para isso. Normalmente, basta estar aberto a essa possibilidade e captar oportunidades que vão aparecer a todo momento.

7 – Hospede-se em um hostel

Se você tem receio de não conseguir puxar papo com um estranho, então hospede-se em um albergue. Aí não tem erro: você vai conhecer um monte de gente – pelo menos a galera que estiver no seu quarto.

A experiência de ficar em um hostel é tão bacana, que todo mundo deveria experimentá-la pelo menos uma vez na vida.

Os albergues reúnem viajantes de todas as partes do mundo, normalmente aqueles com o espírito um pouco mais aberto a novas experiências.

E aí, curtiu as dicas e ideias para viajar sozinho? Compartilhe sua experiência nos comentários!

Idioma da Inglaterra: curiosidades e origens do inglês

Big Ben e a estátua de Winston Churchill
Da Inglaterra, surgiu o idioma mais falado no mundo. Foto: iStock, Getty Images

O idioma da Inglaterra, o inglês, ganhou o mundo e se tornou uma língua universal. O que o esperanto tentou, com uma linguagem de regras lógicas e sem exceções, o inglês conseguiu através da importância cultural e econômica do Reino Unido e dos Estados Unidos.

Além de ser a língua na qual Hamlet e O Senhor dos Anéis foram originalmente escritos, o idioma da Inglaterra deu vida também a uma série de obras importantes da literatura, do cinema, das artes e da economia.

Mas de onde veio afinal a língua inglesa? Como ela veio a se tornar a língua que conhecemos hoje?

As origens do inglês remontam à formação dos reinos saxões na Bretanha da era medieval. Mais para trás ainda, durante o domínio romano das ilhas britânicas e do início da colonização do arquipélago pelo povo Celta por volta de 700 a.c (faz tempo né?!), está o início do idioma que com decorrer das transformações  na região do atual Reino Unido iria dar forma ao Idioma da Inglaterra.

A seguir, vamos entender como foi o desenvolvimento do inglês e os processos alçaram o idioma à condição de língua universal.

Como surgiu o idioma da Inglaterra

O idioma inglês é uma língua de raiz germânica que surgiu em decorrência da mistura de vários dialetos que conviveram no arquipélago britânico. Os dialetos e idiomas mais importantes para o desenvolvimento do inglês foram:

  • Anglo-frísio
  • Saxão
  • Celta britânico
  • Franco-Normando
  • Latim.

O Anglo-frísio e o saxão foram dialetos trazidos à Grã-bretanha por povos germânicos da europa central. O Celta britânico era o dialeto falado pelo povo Celta que ocupava as ilhas britânicas desde  700 a.c. A própria palavra English é derivada do termo Anglo, que denominava a tribo germânica que ocupou a bretanha na baixa idade média.

Conforme a influência exercida por esses dialetos, o idioma da Inglaterra pode ser dividido historicamente em três:

  • Inglês Antigo
  • Inglês Médio
  • Inglês moderno.

Cada fase na qual o idioma inglês adquiriu novas características teve influências de outros dialetos que se miscigenaram devido à invasões e conquistas territoriais das ilhas britânicas por povos diferentes.

O inglês antigo

A princípio, o inglês antigo agrupava dialetos diversos que foram trazidos à Grã-bretanha pelos povos saxões. Os reino anglo-saxões possuíam também origens em variadas regiões da europa central e do norte, portanto, também possuíam dialetos distintos.

No entanto, o Saxão ocidental foi o dialeto que passou a dominar o inglês. Foi nesse dialeto que o poema Beowulf foi escrito. O Old English é o inglês do período de influência anglo-saxã, que se estendeu do século 5 ao século 12.

Inglês Médio

O Inglês médio, ou Middle English, foi o dialeto originado a partir das influências das invasões vikings (séculos 8 a 11) e da conquista normanda dos reinos anglo-saxões. Nesse período o inglês sofre acréscimos da língua normanda, uma língua românica e que futuramente daria origem ao francês, e das línguas germânicas setentrionais.

Idioma da Inglaterra: curiosidades e origens do inglês

O período de predomínio do Middle English vai do século 11, especialmente 1066, ano da conquista Normanda da Inglaterra até o século 15. The Canterbury Tales, de Geoffrey Chaucer, é a obra escrita mais conhecida do Inglês Médio.

Você pode gostar: Inglês para viagem, frases essenciais

Inglês Moderno

Foi no Inglês moderno que Shakespeare escreveu suas obras. O Modern English tem como característica uma maior padronização do idioma como um todo. Em linha qual o processo de ascensão das línguas nacionais em detrimento do latim que dominava a vida eclesiástica e acadêmica, alguns novos acontecimentos foram determinantes para moldar o inglês moderno:

  • Desenvolvimento da Inglaterra como Estado Nação e potência colonial, o que avivou o sentimento de pertencimento a um país e a ideia de língua pátria
  • Desenvolvimento da literatura inglesa
  • Adoção do inglês para documentos do governo e da nobreza, em detrimento do latim.

O Inglês moderno se espalhou pelo mundo graças ao desenvolvimento e crescimento do Império Colonial britânico, que no século 19 chegou a abarcar uma área equivalente a 25% dos territórios do mundo (apenas área terrestre, que fique entendido).

Com a consolidação dos EUA como potência sucessora da Inglaterra a partir da Segunda Guerra Mundial, país que herdou o idioma da Inglaterra, o Inglês continuou a se expandir e aumentar em importância econômica e social.

Curiosidades sobre o idioma da Inglaterra

Confira abaixo algumas características interessantes sobre o inglês:

  • O inglês é a língua mais falada do mundo quando se inclui nativos e não nativos
  • É o terceiro idioma com o maior número de falantes nativos, ficando atrás apenas do mandarim e do espanhol
  • Apesar de ser a língua nativa da maioria dos americanos, os EUA não adotam em sua constituição uma língua oficial. Ao contrário do Brasil, onde o Português é designado como língua oficial na própria constituição, nos EUA, por não haver artigo semelhante, qualquer estado poderia definir uma língua oficial diferente do inglês por meio da aprovação de um artigo local
  • O inglês é usado como língua oficial da União Europeia (mas isso é algo que pode mudar com a conclusão do Brexit)
  • É usado como língua oficial de diversos organismos mundiais como: OTAN, NAFTA, ONU, OEA e Comitê Olímpico Internacional
  • A letra mais comum do inglês é o “E”
  • A letra mais usada no início de palavras inglesas é o “S”
  • O inglês é usado em todas as companhias aéreas do mundo em seus voos. Não importa qual país você esteja sobrevoando, além da língua local, você também ouvirá algumas instruções em inglês (se vai ser possível entender, aí já é outra história)
  • Você sabe o que são pantogramas? São frases nas quais todas as letras do alfabeto são utilizadas. No caso do inglês, o pantograma mais famoso é: The quick brown fox jumps over the lazy dog.

Gostou de conhecer um pouquinho mais sobre a formação da língua da Inglaterra e as principais curiosidades sobre o inglês?

Então, que tal se programar para um intercâmbio no berço do idioma e fazer uma imersão em toda a cultura da Inglaterra?

cta - Estudar em Londres

Turismo na Escócia: atrações e dicas

Já pensou em fazer turismo na Escócia? Se você ainda está cogitando a possibilidade de incluir o país em seu roteiro pela Europa, chegou ao lugar certo.

Neste post, vamos descobrir quais são as principais atrações e razões para você investir no turismo pela Escócia e não limitar a viagem apenas à “prima” mais famosa na Ilha da Grã-Bretanha, a Inglaterra.

Você vai ver: a Escócia é um desses países para os quais tamanho não faz diferença. As mais de 700 ilhas que compõem o país não somam um território maior do que o estado de Pernambuco. A população de menos de 6 milhões é similar à da região metropolitana de Belo Horizonte.

Mas o turismo na Escócia não perde em nada para nações maiores e mais populosas. O que não falta em terras Escocesas é história para contar e atrações turísticas para visitar. Fazer um roteiro dá até trabalho e exige muitas escolhas.

A seguir, vamos mostrar as principais razões para você viajar para a Escócia. E depois, quando você já estiver quase convencido, as atrações que não podem ficar de fora do seu roteiro.

5 razões para fazer turismo na Escócia

Edimburgo
Que tal dar um pulinho até Edimburgo? Foto: iStock, Getty Images

A Escócia está na parte setentrional das ilhas britânicas. O país é formado por um conjunto de ilhas e um pedaço da Grã-bretanha, a maior ilha do arquipélago britânico, na qual também se encontram Inglaterra e País de Gales.

O turismo na Escócia tem apelos de sobra. Aqui vão cinco deles:

1 – Cultura celta e jogos tradicionais nas montanhas

Realizados durante todo o ano, os Highland games são eventos tradicionais que tem por objetivo celebrar e manter viva a cultura celta. Além de um verdadeiro festival de dança, música e celebrações culturais, vários jogos tradicionais são realizados, dentre eles o arremesso de tronco, lançamento de martelo e o famoso cabo de guerra em equipe.

Além dos Highland games, a cultura celta está presente nos tradicionais concertos de  gaita e no uso dos Kilts, as tradicionais saias escocesas. Por toda a escócia é possível ver o quanto o país está impregnado pela aura cultural celta mesmo tendo se tornado um país moderno.

2 – Turismo natural

A paisagem escocesa não cabe na palavra bela. Os mais de 30 mil lagos, os lochs, como chamados pelos moradores locais, e os conjuntos de montanhas elevadas, vistas panorâmicas com rios e colinas pedregosas permeadas de relva fazem a Escócia um dos países mais fotografados da europa e do mundo.

Caminhar em torno dos lagos cristalinos, fazer trilhas pelas montanhas ou apenas almoçar em um tradicional restaurante com vista para a paisagem são atividades que só o turismo na Escócia pode proporcionar.

3 – Contraste do velho e novo

É uma característica de toda a Europa, é verdade, mas ainda assim, a Escócia parece emanar uma simpatia e sensação de contraste diferente nos visitantes. As ruínas e castelos medievais, a cultura celta celebrada todos os anos e, ao mesmo tempo, todas as pontes super modernas que pululam pelo país e a sua ótima infraestrutura civil propiciam uma experiência com um pé no presente e outro no passado. O velho e o novo são como bons amigos tomando uma dose de whisky em Edimburgo. E olha, não há outro país em que esse copo de whisky seria mais bem servido.

4 – Whisky

A Escócia possui uma tradicional e pujante indústria etílica. O Whisky é marca registrada do país e até mesmo se você não é lá tão fã da bebida, a cultura e tradição por trás de cada copo servido na Escócia tem grandes chances de dar um empurrãozinho e fazer você mudar de ideia, ou melhor, de gosto.

São várias destilarias pelo país, das mais grandes às mais pequenas e artesanais. As visitas guiadas e as instruções de degustação e história da bebida por si só são suficientes para te deixar meio ébrio de satisfação, celebrando a boa decisão feita na hora de escolher o destino da viagem.

5 – Infraestrutura

Por fim, como se não bastasse a riqueza natural e cultural do país, toda cidade dispõe de teleféricos, estradas, pontes e serviços de informação aos turistas. A indústria do turismo é importante para economia do país e por isso a qualidade dos serviços recebe sempre bons investimentos e manutenção.

Por todas essas razões, a Escócia é um país feito para ser visitado e conhecido. Feliz de quem experimentar uma dose de Whisky por lá, e é claro, experimentar também várias doses dos melhores passeios turísticos na Escócia. Eles são o tema da próxima seção, inclusive.

Atrações imperdíveis para fazer turismo na Escócia

Viaduto Escócia
Na Escócia, você pode pegar o Expresso de Hogwarts. Foto: iStock, Getty Images

Confira abaixo os principais pontos turísticos e atrações da Escócia:

A capital, Edimburgo

Simplesmente uma das cidades mais bonitas do mundo. A capital do país é o lugar certo para provar um whisky e curtir a vida da cidade e sua arquitetura sofisticada e cheia contrastes.

Festa de rua Hogmanay

Trata-se da celebração de ano novo que é celebrada na capital Edimburgo. É uma das festas de ano novo mais procuradas do mundo. Geralmente os festejos têm duração de três dias e contam com atrações variadas.

Ilha Skye

Uma ilha grande, de mais de 50 quilômetros quadrados. Aqui você vai encontrar fósseis de dinossauros e atrações diversas. A fauna da região é a atração principal. São focas, baleias, golfinhos e outros animais incríveis para se ver.

O Castelo de Edimburgo, e outros tantos

O Castelo de Edimburgo é um dos castelos mais conhecidos e visitados da Europa. A visita é mandatória para quem está conhecendo a capital e além de proporcionar uma vista panorâmica da cidade você pode conhecer os vários museus do castelo e suas galerias preservadas.

Lago Ness

Esse é famoso, é o lar do conhecido monstro do lago Ness, ou se preferir, pode chamá-lo de Nessie, seu apelido carinhoso dado pelos moradores locais. Não só o lago mas a região em torno oferece um ótimo passeio natural e várias atrações sobre o folclore ligado a Nessie.

Aurora Boreal

Muita gente sonha em ver o Aurora Boreal, um dos fenômenos mais bonitos que a natureza proporciona aos nossos olhos. A Escócia é o melhor ponto para poder avistar o aurora em todo o Reino Unido. The Outer Hebrides e Shetland são nossas indicações para poder observar o fenômeno.

Highlands

Para fechar nossas atrações, sugerimos a cadeia de montanhas altas da Escócia, os Highlands (terras altas), como são conhecidas. Essa atração faz parte do circuito de turismo natural do país, as atividades e as paisagens que você pode ver de lá são tão únicas quanto belas.

E aí? Um bom turismo na Escócia merece ou não uma chance? Agora você tem motivos de sobra para conhecer as principais atrações do país.

E depois da visita, deixe um comentário contando o que achou da experiência!

Como aprender inglês mais rápido

Uma viagem para Londres, a possibilidade de um intercâmbio ou uma prova de mestrado. Estes são só alguns exemplos de situações que podem fazer você se perguntar: Como aprender inglês rápido?

Acredite, não são poucas as pessoas que se fazem essa pergunta todos os anos, muitas vezes, repetidamente ano após o outro. Este texto é para estas pessoas, e também para qualquer um que deseje aprender o idioma inglês mais rápido e de forma mais natural.

A importância de dominar o inglês você conhece bem: possibilidades no trabalho, no estudo, no acesso à cultura e ao entretenimento, facilidade em viagens. É difícil achar uma área  na qual saber a língua mais importante do mundo não é uma vantagem.

Por isso, aprender inglês rápido é um desejo popular e há algumas dicas que merecem atenção.

Nada de se iludir, entretanto: ninguém aprende a falar inglês em algumas semanas. Ninguém fica fluente em poucos meses.

Para aprender inglês direito, é preciso de prática, prática e mais prática.

Mas e como aplicar esse tempo todo de treino?

É aqui que você pode acelerar um pouquinho esse aprendizado.

Aprender inglês em Londres
Inglaterra disponibiliza diversas cidades com excelentes escolas de intercâmbio. Foto: iStock, Getty Images

Aprender inglês rápido é possível?

Sim, é possível. Mas veja bem, não estamos falando em aprender inglês de forma fluente em um mês, nem dois, nem três. Mesmo as experiências de imersão total em uma língua não permitem que você obtenha o domínio completo de um idioma, pois isso demanda conhecimentos mais amplos de gramática e conversação cotidiana.

Mesmo que você não vá dominar o inglês em três meses, você pode fazer avanços bem interessantes em pouco tempo.

Para isso, você deve deixar de lado a ideia cômoda de que duas aulas por semana no cursinho são suficientes.

Não, não são.

Nem que você faça alguns temas de casa.

Para aprender inglês mais rápido, você precisa fruir de conteúdo em inglês em suas diferentes formas: músicas, filmes, seriados, jogos, chats, conversas – tudo o que for possível.

Com a internet, é difícil arranjar justificativa para não estudar inglês. Há material de sobra, e diferentes métodos à disposição.

Mas isso não quer dizer que você deva abandonar o curso ou as aulas particulares. O ideal é que você possa ter o auxílio de um professor e ainda se cercar de todo o conhecimento complementar que puder amealhar ao longo do caminho.

Nessa tarefa, busque alternativas que façam sentido para incorporar no seu dia a dia, como:

Gostou das opções? Agora veja sugestões práticas para se dedicar com mais afinco ao aprendizado da língua inglesa.

5 dicas para aprender inglês rápido

É hora de ir além do “book is on the table” e de abandonar para sempre os filmes dublados. Com um pouquinho de esforço, você vai quer que essas dicas vão ajudá-lo a se aperfeiçoar no inglês cada vez mais rápido.

1 – Incorpore o inglês ao seu cotidiano

Não espere o professor de inglês apresentar uma nova música – escute e aprenda as letras você mesmo. Aquele seriado que você passa a noite toda assistindo, por que não usar legendas em inglês? O idioma do seu celular, do seu tablet, é português, certo? Já pensou em mudar para o inglês?

Enfim, inserir o idioma inglês nas suas atividades cotidianas é uma forma de fazer com que a língua seja apreendida pelo seu cérebro de forma mais natural e acelera a aquisição de vocabulário.

2 – Revise novos aprendizados mentalmente

Revisões são extremamente importantes para fixação de conhecimento e ganho de desenvoltura com qualquer assunto. Quanto mais nós voltamos a um assunto, mais nós ficamos seguros e com ele na ponta da língua.

E para além da revisão, uma ótima prática e fazer esse trabalho de forma mental, ou seja, sem consultar suas anotações ou o livro. A ideia é que mesmo que seja uma coisa rápida, de 5 minutos, antes de você ir direto relendo o conteúdo, você pare e pense por alguns momentos: O que foi que eu estudei ontem? Como é que isso funciona?

Repasse em sua mente tudo que você estudou de inglês ou o vocabulário que você aprendeu por acaso. Mesmo que seja apenas 5 minutos, tentar “resgatar” o  aprendizado fazendo um esforço com o cérebro é mais eficaz do que ir direto às anotações e reler os conteúdos escritos.

3 – Não tenha medo de falar

Muita gente sabe ler em inglês, mas fica com medo de cometer erros ao falar. Não fique refém desse temor.

As quatro competências básicas, Listening, Speaking, Writing e Reading, possuem características distintas e exigem que você pratique cada uma. Geralmente o Writing e Speaking são as competências mais difíceis.

A dica aqui é não esperar para começar a conversar em inglês. Sabe aquela história de construir um muro começando pela base e depois ir subido tijolo a tijolo? Esqueça.

Seja você iniciante ou um falante já mais avançado de inglês, comece a falar e absorver as estruturas do idioma.

Quanto mais você errar e continuar tentando, mais rapidamente você irá aprender.

Pode até doer, mas será bem mais rápido do que tentar recitar trechos mentalmente e, na hora de tentar entabular um diálogo, ficar travado com medo de cometer algum erro bobo.

Come on! Let’s do this.

4 – Busque o significado de palavras novas

Assim que você incorporar mais o inglês à sua vida, através de seriados, filmes, músicas, textos e outros conteúdos no idioma, você vai se deparar com palavras cujo significado não fica claro através do contexto.

Nesses caso, busque o significado na internet. Uma busca no Google vai resolver o mistério em poucos segundos, acredite.

Na barra de buscas, há até um segredinho para agilizar esse processo: translate (palavra ou expressão) to portuguese.

Exemplo:

Inglaterra

5 – Dedique mais horas à prática

Essa é óbvia, mas ainda assim é importante. Você quer aprender inglês mais rápido? Ora, nada mais lógico do que aumentar o tempo de dedicação aos estudos e à prática do idioma inglês.

Experiências de imersão, fazer amigos que falam inglês, aumentar a carga horária de seu curso ou de seu cronograma de estudos, tudo isso é válido para acelerar o aprendizado da língua inglesa.

Assim como qualquer outra habilidade, falar inglês se torna mais fácil e mais rápido com a prática.

Gostou das dicas? Pronto para o seu intercâmbio na Inglaterra?

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O Discurso do Rei e a história de George VI, o pai de Elizabeth II

Você já assistiu ao filme O Discurso do Rei, sobre um monarca gago que assume após a abdicação de seu irmão?

Muita gente não sabe que essa é uma história baseada em fatos reais.

Trata-se da jornada de ascensão e resiliência do Rei George VI, o pai da atual monarca do Reino Unido, a Rainha Elizabeth II.

O rei George VI (em português, muitas vezes chamado de Jorge VI), possui um lugar diferenciado no coração e imaginário do povo Britânico.

Além de ter sido importante para a restauração da confiança na coroa britânica, foi o Monarca que atravessou a Segunda Guerra Mundial.

Sua atuação aguerrida e corajosa, retratada em O Discurso do Rei, não deixou de ser retribuída depois pela população britânica.

Antes do Discurso do Rei: Quem foi George VI

George VI foi coroado rei do Reino Unido e da CommonWealth em 1936 e reinou até 1952, ano de sua morte e da ascensão de Elizabeth II (Isabel II), sua filha. Foram 16 anos sentado ao trono, muito menos do que sua filha. Mesmo assim, talvez tenha sido um dos reinados mais emblemáticos do Reino Unido.

A trajetória do rei foi contada em 2010 em O Discurso do Rei (The King’s Speech), com atuações de gala de Colin Firth e Geofrey Rush e uma produção que rendeu ao longa quatro Oscars, incluindo o de melhor filme. 

A juventude sob a sombra do primogênito

Uma das coisas mais curiosas em relação ao rei George VI e também um fato bastante explorado em O Discurso do Rei é que o monarca não era o herdeiro imediato ao trono. Por ser o segundo filho do rei Rei George V, o garoto Albert, como era chamado até antes de sua ascensão ao trono, passou a infância e a adolescência sob a sombra do irmão mais velho, o Príncipe Edward.

Por não ser o primeiro na linha de sucessão real, Albert passou a maior parte da vida anterior ao trono com a expectativa de que seu irmão seria o próximo rei.

Durante a juventude, o futuro rei George VI frequentou o Colégio Naval e lutou na Royal Navy (Marinha Real Britânica) e na Royal Air Force (Força Aérea Real Britânica) durante a Primeira Guerra Mundial.

Os eventos mais importantes de sua vida pré-monárquica foram a sua nomeação como Duque de York, em 1920, e o seu casamento com Lady Elizabeth Bowes-Lyon, em 1923.

Lady Elizabeth deu a Albert duas filhas, uma das quais veio a se tornar a mais longeva monarca do Reino Unido e atual rainha, Elizabeth II (Isabel II).

A abdicação de Edward VIII e ascensão de George VI

Tudo ia como planejado na realeza britânica até o ano de 1936. Então o Rei George V faleceu, dando lugar para que Eduardo, o primeiro na linha sucessória, assumisse o trono de rei.

De fato, o irmão mais velho do futuro George VI assumiu o trono logo após a morte do pai e foi nomeado monarca com o título de Eduardo VIII. O que a família real não esperava era que o recém nomeado rei abdicasse ao trono ainda no ano 1936, após revelar a sua vontade de se casar com a socialite americana Wallis Simpson.

A raiz do problema era o fato de Wallis ser uma mulher divorciada. Segundo as regras políticas e religiosas do Reino Unido, Eduardo VIII não poderia se casar com uma mulher divorciada e permanecer com o título de rei. Ou seja, para seguir com o casamento Eduardo teria de renunciar.

E assim ele fez. No mesmo ano de sua ascensão, Eduardo VIII abdicou do trono britânico em favor de seu irmão mais novo e para as graças de sua noiva Wallis Simpson (você também faria essa prova de amor?).

O episódio causou grande rebuliço na opinião pública e deixou a imagem da família real arranhada. Alberto, agora nomeado oficialmente rei George VI, ascendeu ao trono com a abdicação do irmão e se tornou o terceiro monarca da Casa de Windsor.

George VI assumiu o trono em um contexto de crise institucional devido a abdicação do irmão. Além disso, no ano de 1936 a Alemanha dava os primeiros passos para que mais tarde começasse a Segunda Guerra Mundial. 1936 foi o ano em que Hitler quebrou o Pacto de Locarmo e invadiu a Renânia, um dos primeiros passos na agressiva expansão nazista sobre o continente europeu.

O recém nomeado monarca conseguiu debelar a crise institucional e foi decisivo na resistência britânica durante a Segunda Grande Guerra, o que traria de volta o prestígio da Família Real Britânica e o colocaria no lugar de um dos reis mais queridos do povo britânico.

O Discurso do Rei e George VI no cinema

O discurso do Rei
Colin Firth interpreta George VI e Geofrey Rush o seu fonoaudiólogo. Reprodução, The King’s Speech

Muitas vezes, a imagem que chega até nós de grandes lideranças não mostra toda a natureza e características pessoais por trás da figura de líder. George VI possuía uma característica que foi marcante durante toda a sua vida pessoal e que foi a principal linha guia do filme “O Discurso do Rei”. Trata-se da gagueira que perseguiu o monarca desde os tenros 4 anos de idade e que foi motivo de muitas dificuldades para o Rei.

O episódio em 1925 no qual o ainda Alberto faz um discurso no grandioso Wembley Stadium no encerramento do British Empire Exhibition foi um ponto decisivo. Diante dos milhares de presentes a patente gagueira do príncipe deixou parte da público atônito.

Quando da abdicação de seu irmão e diante da decisão de assumir o trono, George VI foi obrigado a encarar a gagueira e lidar com esse aspecto durante todo o seu reinado. Com muito treino, persistência e coragem, o monarca enfrentou essa dificuldade, trabalhou em seus discursos, manteve a moral da população em alta e se tornou um símbolo da resiliência britânica. Keep Calm and Carry On.

O Discurso do Rei foi filmado em 2009 e 2010. Foi aclamado pela crítica e vencedor de quatro Oscars:

  • Melhor ator para Colin Firth
  • Melhor Roteiro Original
  • Melhor diretor para Tom Hopper
  • Melhor filme.

Isso sem contar os sete prêmios BAFTA (British Academy of Film and Television Arts). Um filme muito premiado e festejado, inclusive pela própria Isabel II, que disse ter se emocionado com a atuação de Colin Firth no papel de seu pai.

A narrativa do filme se foca na relação do rei George VI com seu fonoaudiólogo Lionel Logue. Durante toda a trajetória de George VI, desde sua coroação até os importantes discursos durante a Segunda Guerra Mundial, Logue foi essencial para atenuar a gagueira do Rei e ajudá-lo a lidar com ela sem que prejudicasse o seu papel de monarca.

Embora tenha havido alguns momentos de ruptura entre os dois, Logue e George VI se tornaram amigos e confidentes, tendo a amizade dos dois perpassado como pano de fundo de todo o reinado.

E assim foi a história de um dos monarcas mais queridos do Reino Unido, de forma resumida e com a ajuda de um belo filme que temos certeza você vai querer assistir caso ainda não o tenha feito. “O Discurso do Rei” vale a pena e a história do rei George VI também. Esperamos que tenha gostado do texto e que goste tanto ou mais do filme.

Confira o trailer:

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