O Churchill War Rooms de Londres é um museu que conta a história do gabinete de guerra comandado pelo primeiro-ministro Winston Churchill durante a Segunda Guerra Mundial. O governo britânico temia que os alemães bombardeassem Londres nos primeiros anos da década de 1940 (o que de fato aconteceu). Por isso, construiu, no subsolo, um abrigo antibomba, que serviu de quartel-general da equipe de guerra do ministro.
O museu também possui uma seção dedicada inteiramente à vida de Winston Churchill, o homem que coordenou as frentes britânicas na guerra contra Hitler e proferiu alguns dos discursos mais empolgantes do século 20.
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Como visitar o Churchill War Rooms
Entrada: Adulto: 22 libras/ Criança (5 a 15 anos) : 11 libras
Visitação: Diariamente, das 9h30 às 18h. Última entrada às 17h (e não abre nos dias 24, 25 e 26 de dezembro)
1º de julho a 31 de agosto: das 09:30 às 19:00 h, última admissão às 17h45
Estação de metrô: Westminster (Jubilee, District e Circle Line), St James’s Park (District e Circle Line).
Endereço: King Charles Street SW1A 2AQ
Experiência no Churchill War Rooms
É fascinante a experiência de entrar no gabinete de guerra de Winston Churchill. Não apenas porque o local foi preservado em sua condição daquele período ou porque os depoimentos de quem trabalhou ali são comoventes ou porque a ala inteira dedicada à vida do então primeiro-ministro trata-se de uma das mais completas investigações do conflito sob o prisma de Churchill, mas porque, no Gabinete de Guerra, foram tomadas as decisões que barraram as investidas nazistas, contiveram o ímpeto alemão e tornaram possível um Ocidente mais democrático, como o conhecemos hoje. A possibilidade de Hitler ter invadido e conquistado Londres é absolutamente assustadora – e ela não esteve tão longe de acontecer.
Se não fosse pela resistência de Churchill, o Reino Unido teria sucumbido – e, com ele, a Europa e, provavelmente, o mundo. Para quem não sabe: Hitler planejava um domínio completo sobre o globo terrestre e inclusive já imaginava um grande monumento em sua homenagem que atrairia multidões de todos os cantos do planeta para reverenciá-lo. O mais comovente é que, em boa parte do tempo, esse gabinete de guerra foi a única resistência, pois os americanos só entraram na Guerra após serem bombardeados pelo Japão. A França já havia sido invadida, assim como Polônia, Holanda, Bélgica. E a Rússia só virou amiguinha após ser atacada pelos então aliados alemães.
Por tudo isso, adentrar os Churchill War Rooms configura-se como um mergulho em toda essa história. Em média, para passar por tudo, o visitante deve levar duas horas. Para mim, a visita durou quatro horas. E só saí porque meu cérebro estava esgotado devido à quantidade absurda de informações.
O museu é dividido em duas partes. Na primeira, há o gabinete de guerra. Na segunda, uma ala dedicada à vida de Churchill.
O gabinete de guerra
A jornada começa por algumas salas utilizadas por membros da equipe de Churchill. Tudo parece ter sido conservado exatamente como era naquela época. Logo surgem cartazes, alarmes, placas nas paredes. Depois vêm os depoimentos de pessoas que trabalhavam no local. As telefonistas, por exemplo, eram garotas jovens que não podiam revelar para ninguém o que faziam ali – muito menos que trabalhavam no lugar onde eram tomadas as decisões cruciais da Inglaterra durante a Segunda Guerra. Elas contam, nos depoimentos, como era conviver com esse segredo – e com o cigarro, pois todo mundo ali fumava, e o ambiente não era nada ventilado. Por todo o caminho, passa-se por cartazes com frases, situações e explicações daquele período e para qual propósito servia cada uma das salas.
As mais importantes são as últimas. Um grande mapa cheio de alfinetes e anotações encontra-se na parede. Um telefone preto no canto esquerdo. Uma mesa grande com outros telefones, outras anotações e outros mapas. Ao lado, o quarto de Churchill, onde ele dormia de vez em quando e era acordado por seus auxiliares. Muitas vezes, tomava decisões e fazia reuniões ali mesmo, deitado e de pijama.
A vida de Churchill
A segunda parte do museu contém de tudo: a porta número 10 de Downing Street, que Churchill abriu tantas vezes; uma grande mesa de operações completamente interativa, na qual o visitante pode selecionar um dia durante a Segunda Guerra e obter uma ficha de todos os fatos mais importantes que aconteceram na data; placas com frases de Churchill; vídeos e fotos de encontros do então primeiro-ministro com líderes como Roosevelt e Stalin.
“Eu senti como se
Eu estivesse me movendo com o destino,
e que toda a minha vida passada
tivesse sido apenas uma preparação
para esta hora
e para este teste…
Eu tinha certeza que não poderia falhar.