Princesa Eugenie: em busca da independência

A Princesa Eugenie e sua irmã mais velha, Beatrice, acabaram ofuscadas nos holofotes desde que Kate Middleton entrou em cena. Filhas de André, Duque de Iorque e sua ex-mulher, Sarah Ferguson, as meninas só costumam virar tópico da imprensa diante de uma noitada ou algum suposto conflito da Família Real. Há muitos detalhes de sua biografia que acabam ficando de fora. ?

Você sabia, por exemplo, que a Princesa Eugenie é graduada pela Marlborough College, onde estudou Arte, História da Arte e Literatura Inglesa? Ou mesmo que ela já deixou seus privilégios em Londres para trás e morou em Nova York em busca de independência financeira? Esses são alguns aspectos interessantes de seu perfil.

Se você estiver curioso para saber mais, espie abaixo nosso “resumão” da biografia da jovem princesa Eugenie. ?

Eugenie
Princesa Eugenie é neta da Rainha Elizabeth. Foto: Vee de Rodgers, CC BY-ND 2.0

Quem é a Princesa Eugenie?

A Princesa Eugenie nasceu no dia 23 de março de 1990, no Hospital de Portland, em Londres. Desde seu nascimento, ela detém o título de Princesa Eugenie Victoria Helena de York. Como já falamos, trata-se da filha mais nova de André, o Duque de Iorque, filho da Rainha Elizabeth II. Em outros termos, Eugenie é a sexta entre os netos e netas de Lilibeth.

Juventude e formação

Apesar de deter o título de Princesa, Eugenie nunca teve um tratamento real de acordo com as antigas tradições: não foi educada no palácio, por uma governanta. Quando pequena, em 1992, foi matriculada na Winkfield Montessori, uma escola infantil em Surrey. Depois, estudou com a irmã Beatrice na Upton House School, em Windsor.

Em 2001, Eugenie completou sua formação básica na St. George’s School. Dois anos depois, a Princesa iniciou os estudos na Marlborough College, no condado de Wiltshire.

Trabalhos voluntários e carreira

Em 2002, aos 12 anos, a Princesa Eugenie teve de fazer uma cirurgia na coluna para tratar um problema de escoliose. Desde então, ela ficou mais motivada a auxiliar outras pessoas – especialmente aquelas passando por uma situação semelhante. Segundo o portal The Duke of York, a Princesa virou naquele ano a patrona do Royal National Orthopaedic Hospital.

Por conta disso, Eugenie começou a se envolver mais com eventos para angariar fundos para as causas que apoia: ela chegou a participar da Nightrider, uma corrida de bicicletas de 100 km por Londres, para conseguir dinheiro para o hospital. Em 2016, junto de sua irmã, também virou patrona do Teenage Cancer Trust, uma instituição que oferece suporte a jovens que lutam contra o câncer.

Seu envolvimento com causas sociais, sem dúvidas, tem muito a ver com o título de membro da Família Real. Mas, em termos de deveres reais, a Princesa Eugenie e sua irmã não têm muitas atribuições. Isso, inclusive, já abriu margem para polêmica.

Em outubro de 2016, o Daily Express publicou um artigo afirmando que o Duque de Iorque escreveu uma carta à Rainha, na qual solicitava que suas filhas tivessem uma agenda real full time e fossem acomodadas no Palácio de Kensington. A Princesa Eugenie, porém, aparenta querer se afastar um pouco da Coroa.

Tanto é que, em 2015, aos 24 anos, a Princesa se mudou para Nova York para trabalhar como angariadora de clientes para uma empresa de leilões de arte online, a Paddle8 – por um salário mensal de aproximadamente 1.500 euros. Antes, ela já havia estagiado na Christie’s, uma das empresas de artes mais importante do mundo, e também atuado como funcionária temporária na Royal Collection Trust.

Vida pessoal de Eugenie

Como acontece com praticamente todos os membros da Família Real, a mídia sempre conserva um interesse especial pela vida pessoal. Em 2014, vazaram no Facebook algumas fotos da neta da Rainha Elizabeth fumando e bebendo em bares londrinos. Logo já se especulava: ela seria a nova “ovelha negra” rebelde da Coroa.

Mas, ao que tudo indica, Eugenie estava apenas sendo “gente como a gente”. Ela já namora há seis anos com o empresário Jack Brooksbank, que conheceu durante um período de férias na Suíça. A imprensa britânica especula, inclusive, que os dois vão se casar em 2017.

O futuro da Princesa Eugenie

A Princesa Eugenie, atualmente, é a 8ª na linha de sucessão ao trono do Reino Unido. É praticamente impossível que um dia ela assuma o posto, ainda mais depois do nascimento de George e Charlotte. Esse é, justamente, o ponto enfatizado quando o assunto são as filhas do Duque de Iorque: elas estão numa espécie de limbo entre uma vida comum e a nobreza.

Os passos que Eugenie está dando, porém, indicam que ela busca viver uma vida mais normal e independente. Se assim realmente vai ser, só vamos saber com o tempo. Por enquanto, resta aguardar os próximos capítulos intrigantes da monarquia britânica que nós amamos tanto. ?

E aí, o que você achou da biografia da Princesa Eugenie? Deixe um comentário. ?

Descubra quais são os países mais visitados do mundo

Você tem alguma ideia de quais são os países mais visitados do mundo? Ao planejar uma viagem, chega a ser difícil escolher apenas um cantinho para visitar entre tantos destinos multiculturais e incríveis à disposição dos viajantes. Mas há algumas nações que parecem ter algo de mágico, uma atmosfera que envolve e atrai os turistas ano após ano. ?

Na lista dos países mais visitados do mundo, a diversidade é grande. Há aqueles que conquistam pelas paisagens naturais belíssimas, garantindo um toque exótico à viagem. Outros certamente têm como fator determinante a história, a cultura e os monumentos impressionantes. Também há aqueles que reúnem um pouquinho de todos esses fatores.

E aí, já está curioso para descobrir quais são os países mais visitados do mundo? Então dê uma espiada na lista abaixo. ?

Top 8: os países mais visitados do mundo

Para elaborar a lista dos países mais visitados pelos turistas ao redor do mundo, nos baseamos no relatório mais recente da Organização Mundial de Turismo (OMT), divulgado em 2016, embasado por dados referentes ao ano de 2015. Confira quais foram os destinos mais procurados:

1. França

Paris - Londres
É difícil não se apaixonar pela Cidade Luz. Foto: iStock, Getty Images

O território francês certamente mexe com o imaginário dos visitantes. Seja pelos pontos turísticos emblemáticos de Paris, como a Torre Eiffel e o Arco do Triunfo, ou pelas belíssimas paisagens que o litoral francês abriga, o fato é que o país atraiu quase 85 milhões de visitantes em 2015. A boa notícia é que, se você estiver em Londres, pode dar um pulinho até a França com o Eurotrem em apenas duas horas. Aproveite!

2. Estados Unidos

Empire State
Nova York é um dos lugares mais incríveis do mundo. Foto: iStock, Getty Images

É bem provável que as cidades incríveis que os Estados Unidos abriga estejam entre os principais fatores que motivaram 77 milhões de turistas a visitarem o país em 2015. Quem não sonha em conhecer Nova York, aproveitar o litoral da Flórida, curtir os parques da Disney ou embarcar em uma noitada em Vegas ? De fato, a Terra do Tio Sam tem inúmeros atrativos.

3. Espanha

Almudena Cathedral of Madrid, Spain
Madrid é uma opção de destino vibrante. Foto: iStock, Getty Images

Assim como outras cidades da Europa, a Espanha exala história e modernidade em uma combinação perfeita. Como não se deleitar pelas ruas de Madrid, com suas praças, palácios e restaurantes com deliciosas comidas típicas do país? E como resistir ao roteiro artístico de Barcelona, com seus incontáveis museus e galerias? Não é à toa que mais de 68 milhões de pessoas decidiram explorar o território espanhol em 2015.

4. China

China
China proporciona uma viagem cultural sem precedentes. Foto: iStock, Getty Images

Na Ásia, mesmo com a burocracia em torno do visto, a China foi o destino escolhido por cerca de 57 milhões de visitantes em 2015. Fácil de entender: com um patrimônio cultural e natural notável, incluindo a Grande Muralha, diversos templos budistas e metrópoles de uma magnitude impressionante, o território chinês garante aos turistas uma experiência única.

5. Itália

Coliseu
Pontos turísticos históricos de Roma atraem milhares de visitantes à Itália. Foto: iStock, Getty Images

É claro que a Itália não poderia ficar de fora da lista. Só em Roma, há pontos turísticos a perder de vista: o Coliseu, o Fórum Romano e o Vaticano já proporcionam uma viagem histórica ao passado sem precedentes. Agora imagine explorar, ainda, as belíssimas paisagens do litoral, banhadas pelo Mediterrâneo. Assim fica fácil de entender o porquê de cerca de 51 milhões de turistas terem escolhido o país como destino.

6. Turquia

Mesquita_CC BY-SA 3.0
Já imaginou explorar as mesquitas da Turquia? Foto: Jbribeiro1, CC BY-SA 3.0

Você sabia que a colorida Turquia também está entre os destinos favoritos dos viajantes? Pois é: em 2015, quase 40 milhões de visitantes embarcaram até o país euro-asiático para explorar seus incríveis pontos turísticos, como a Mesquita Azul, a região da Capadócia e o conjunto de piscinas termais Pamukkale. Pode ser uma opção interessante para a sua próxima viagem.

7. Alemanha

Brandemburgo
Portão de Brandemburgo é um dos pontos turísticos incríveis da Alemanha. Foto: iStock, Getty Images

Em sétimo lugar, está outro país repleto de história: a Alemanha, que foi o destino escolhido por 35 milhões de turistas. Por abrigar tanto pontos turísticos emblemáticos, como o Portão de Brandemburgo e a Catedral de Colônia, quanto castelos e paisagens incríveis na Rota Romântica, não é difícil de entender a preferência pelo território germânico.

8. Reino Unido

Londres
Cada pedacinho de Londres é apaixonante. Foto: iStock, Getty Images

Finalmente! ??❤️ Sim: o Reino Unido está entre os 10 lugares mais visitados do mundo – apesar do valor alto da libra. De acordo com a OMT, as belezas da Inglaterra, da Escócia, do País de Gales e da Irlanda do Norte atraíram pouco mais de 34 milhões de turistas em 2015. Nós não precisamos nem explicar por que a Terra da Rainha é apaixonante, né? Basta observar lugares como Westminster, a Torre de Londres, os Parques Reais e a London Eye e você entenderá.

Depois do Reino Unido, México e Rússia completam a lista dos 10 destinos mais visitados do mundo.

Gastos nos países mais visitados do mundo

O turismo em diferentes países, como você já deve saber, movimenta muito dinheiro. De acordo com o relatório da OMT, o Reino Unido também está entre os locais onde os turistas mais gastam: em 2015, foram cerca de 63 bilhões de dólares desembolsados pelos visitantes na Terra da Rainha.

O destino só perde para a China – onde o turismo movimentou impressionantes 292 bilhões de dólares -, para os EUA (112,9 bilhões) e para a Alemanha (77,5 bilhões). Isso não significa, porém, que uma viagem a Londres necessariamente custa muito caro. Vale lembrar que há diversas atrações gratuitas na capital inglesa – e você também pode avaliar opções de acomodações mais em conta.

Basta um pouco de planejamento e o Reino Unido pode se encaixar no seu roteiro (e orçamento) de viagem.

E aí, gostou de descobrir quais são os países mais visitados do mundo? Quais deles você já conhece ou gostaria de conhecer? Conte para a gente nos comentários. ?

4 lugares para visitar em Londres além do roteiro comum

Lugares para visitar em Londres nunca faltam na hora de montar um roteiro. Mesmo que você já tenha passado pela capital inglesa e contemplado seus principais ícones, como o Palácio de Westminster, a Torre de Londres e a London Eye, pode ter certeza: o que você conhece é apenas uma faceta dessa metrópole em constante mutação. ❤

Se você pensa que não vale a pena retornar a Londres por já conhecer a cidade, sugerimos que reavalie essa decisão. Em uma próxima viagem, você terá a chance de percorrer a Londres dos londrinos, experimentar um pouco mais da capital fora da zona turística e aproveitar, de fato, a essência cultural tão peculiar do Reino Unido.

E aí, preparado para conferir algumas dicas de lugares muito além do roteiro comum em Londres? Veja, abaixo, nossas sugestões. ?

Lugares para visitar em Londres: 4 opções inusitadas

Talvez você já tenha ouvido falar desses lugares, talvez não. Mas, para quem já tem certo conhecimento do transporte público em Londres ou simplesmente quer se arriscar para além da zona turística comum, vale a pena se aventurar para além dos centros mais populares e visitar estes quatro pontos turísticos incríveis (e pouco explorados) de Londres:

Cemitério de Highgate

Highgate_CC BY 2.0
Explorar as atrações de Highgate é uma boa opção em Londres. Foto: Pablo Trincado, CC BY 2.0

Londres é tão imensa que ela abriga algumas vilas que se parecem com verdadeiras cidadezinhas à parte inseridas na capital. É o caso da Highgate Village, uma vila cercada por casas de estilo arquitetônico da Era Tudor, charmosos chalés ingleses, muitas flores coloridas e pubs característicos. Uma visita incrível.

Em Highgate, o visitante pode aproveitar para tomar um chá das 17h em uma casa de chás chamada High Tea of Highgate. Como acompanhamento, é possível escolher entre deliciosos bolos quentinhos frescos. Uma experiência autêntica britânica.

Como chegar: Highgate fica na parte norte de Londres. Pegue a linha preta (Northern) do metrô até a estação Archway ou Highgate.

Broadway Market

Broadway Market_CC BY 2.0
Broadway Market é uma das tradicionais feirinhas de rua em Londres. Foto: Paul Miller, CC BY 2.0

Você já deve saber que Londres é famosa por seus mercados de rua, sempre cheios de artigos e comidinhas interessantes. Se você busca uma opção mais intimista e menos lotada do que a Portobello Market ou as feirinhas de Camden Town, sugerimos uma visita à Broadway Market, em Hackney.

A feira, que ocorre nessa região de Londres desde 1890, mantém até hoje sua essência original. Todos os sábados, ali são comercializados produtos fresquinhos (verduras, legumes, frutas, peixes, bolos, pães, sanduíches e por aí vai), em cerca de 100 barraquinhas. Sem falar que Hackney, como um todo, é uma área muito charmosa da cidade.

Como chegar: Hackney está na parte leste de Londres. Para chegar, pegue o overground (metrô de superfície) em direção à estação Haggerston.

Temple Church

Temple Church, em Londres, é uma relíquia da arquitetura e do catolicismo. Foto: iStock, Getty Images
Temple Church, em Londres, é uma relíquia da arquitetura e do catolicismo. Foto: iStock, Getty Images

Já conhece as igrejas mais visitadas de Londres, como a St Paul’s Cathedral e a Abadia de Westminster? Então é hora de ir além. Para o seu roteiro arquitetônico, sugerimos que visite a Temple Church, uma igreja meio escondidinha entre o Rio Tâmisa e a Fleet Street, construída pela Ordem dos Templários no século 12.

Apesar de ter sido parcialmente destruída na II Guerra, a Temple Church é um verdadeiro monumento católico histórico em Londres – não à toa virou personagem do livro “O Código da Vinci”, de Dan Brown.

Como chegar: a Temple Church fica na Temple Place. Vindo de metrô, você pode parar na estação Temple (Circle e District Line).

Hampstead Heath

Hampstead Heath é um dos parques gigantes de Londres. Foto: Mapa de Londres
Hampstead Heath é um dos parques gigantes de Londres. Foto: Mapa de Londres

Quem vai pela primeira vez a Londres, acaba restringindo seu roteiro apenas ao parques próximos dos pontos turísticos centrais da cidade. Mas, acredite: há muitos outros exemplares incríveis espalhados pela metrópole.

Sugerimos que você inclua o Hampstead Heath no itinerário, uma área verde enorme, com mais de 25 lagos charmosos e árvores imponentes, espalhadas em cerca de 320 hectares. O cenário é perfeito para relaxar em meio à cidade agitada.

Como chegar: De overground, pare na estação Hampstead Heath, que fica bem ao lado do parque.

Os lugares para visitar em Londres mais procurados

Você tem alguma ideia de quais são os lugares mais procurados pelos turistas em Londres? De acordo com as estatísticas do Escritório de Estatísticas Nacionais (Office for National Statistics), as atrações mais populares entre os visitantes da capital inglesa são os incríveis museus.

Museu Britânico tem entrada gratuita em Londres. Foto: Mapa de Londres
Museu Britânico tem entrada gratuita em Londres. Foto: Mapa de Londres

Seja pelo fato de não cobrarem entrada ou simplesmente pelo acervo incrível, esses lugares concentram o recorde de turistas em Londres. Em 2015, o Museu Britânico teve 6,8 milhões de visitas, seguido pela National Gallery (5,9 milhões de visitas); pelo Museu de História Natural (5,2 milhões de visitas); pelo Southbank Centre (5,1 milhões de visitas) e pelo Tate Modern (4,7 milhões de visitas).

Já visitou todos eles? Bem, vale a pena revisitar: afinal, são passeios incríveis e inteiramente gratuitos.

London Eye à noite
London Eye é um espetáculo à noite. Foto: Mapa de Londres

Há também inúmeras opções para quem topa pagar algumas (ou muitas) libras por um ingresso:

E aí, gostou das dicas de lugares para visitar em Londres? Quais você ficou com vontade de conhecer? Conte para a gente nos comentários. ?

Império Britânico, o domínio do Reino Unido sobre o mundo

O sol nunca se põe no Império Britânico. Essa era uma frase dita no século 19 e início do século 20, expressando bem a potência que o Reino Unido havia se tornado na época. Seu domínio de diversos territórios, colônias e ilhas o tornou uma força global, dona de grande parte do mundo (daí a sentença de que, em algum lugar, sempre havia sol nas terras inglesas). ??

Para você ter uma ideia da dimensão do Império Britânico, basta analisar os números: em 1922, ele abrangia impressionantes 33.700 mil km² – o que representa praticamente um quarto da área total da Terra. Eram cerca de 458 milhões de pessoas, também equivalente a um quarto da população mundial à época, sendo governadas pelos ingleses.

Mas o que originou esse apogeu do Império Britânico? Quais foram as consequências dele para o mundo? Como ele se desfez? É sobre isso que vamos falar aqui. ?

Trafalgar
Ilustração da Batalha de Trafalgar, que garantiu uma vitória decisiva do Reino Unido. Imagem: Domínio Público

Como surgiu o Império Britânico

As primeiras aspirações da Inglaterra (e, posteriormente, do Reino Unido) em se tornar uma potência mundial gigante ocorreram ainda no reinado do Rei Henrique VIII (1509-1547), que promoveu fortemente a indústria naval, com o intuito de expandir o comércio inglês. As colônias britânicas, porém, só começaram a ser fundadas durante o reinado da Rainha Elizabeth I.  

Digamos, então, que a Inglaterra sempre foi uma potência ambiciosa. Mas, durante a Era dos Descobrimentos, entre os séculos 15 e 16, os países pioneiros na exploração de territórios foram Portugal e Espanha. Ao perceber o enriquecimento destes, Inglaterra, Holanda e França também decidiram colonizar suas próprias redes comerciais, especialmente na América e na Ásia.

No início, nem tudo foi fácil para a Inglaterra (posteriormente Grã-Bretanha, após o Tratado de União de 1707 com a Escócia). Foram muitas as batalhas travadas com a Holanda e a França até sua consolidação como uma verdadeira potência colonial dominante nos territórios da Índia e América do Norte. Ao mesmo tempo, os norte-americanos também já estavam preparados para brigar por sua independência.

Roteiro em Londres

Em 1775, então, veio a Guerra da Independência Americana. Nela, os britânicos acabaram perdendo o domínio de suas chamadas Treze Colônias na América do Norte. Esse acontecimento foi crucial para centralizar a atenção deles exclusivamente nas terras da África, da Ásia e do Pacífico.

Esses territórios, porém, também estavam na mira de outros impérios, é claro. Foram muitas as disputas entre o Reino Unido e as tropas de Napoleão. Mas os britânicos se sobressaíram. Na Batalha de Trafalgar, em 1805, eles vencem o Império Napoleônico na costa espanhola, se impondo como nação dominadora incontestável.

O apogeu do Império Britânico

Mapa do Império
Mapa de 1886 ilustra os domínios do Império Britânico. Imagem: Domínio Público

O período mais notável do Império Britânico ocorreu durante o reinado da Rainha Vitória – entre os anos de 1837 e 1901. Também conhecido como “era vitoriana”, esse capítulo da história do Reino Unido foi grandioso: os países britânicos eram os mais industrializados e  inovadores, além de terem se tornado centros mundiais de referência em pesquisa e conhecimento, com algumas das  melhores universidades do globo.

Os britânicos expandiram suas rotas marítimas e estabeleceram os principais postos comerciais do planeta. Em 1877, quando a Rainha Vitória foi proclamada Imperatriz da Índia, formou-se oficialmente a instituição hoje conhecida como Império Britânico. De fato, a Índia era a grande relíquia dos britânicos: era lá o principal centro de produção e fornecimento do comércio.

Mas toda essa grandeza e superioridade, como você já sabe, não durou para sempre.

A queda do Império Britânico

Há muitos fatores envolvidos no declínio do Império Britânico. Os principais, porém, foram as duas guerras mundiais. A primeira, inclusive, teve como um dos motivos a tensão militar e econômica com a Alemanha. É fato que o Reino Unido saiu vitorioso de ambos os grandes conflitos. Mas toda guerra tem seu preço.

Enfraquecido e com um rombo financeiro, especialmente no pós Segunda Guerra, o Reino Unido se encolheu aos poucos. Com diversos setores industriais extintos, ele não foi capaz de concorrer com outras grandes potências em desenvolvimento, especialmente os Estados Unidos e o Japão.

Em 1947, então, o Reino Unido decide se retirar da Índia. Nos anos seguintes, o mesmo ocorre com diversas colônias, especialmente na África.

Império britânico: desdobramentos e consequências

Embora não tenha mantido seu domínio sobre o mundo inteiro até os dias de hoje, o Império Britânico deixou marcas. Se você parar para pensar, em termos culturais a herança dos britânicos é muito forte: tanto é que o idioma mais falado até hoje no mundo é o inglês. Em termos geopolíticos, esse domínio, iniciado com a Inglaterra, ainda gera controvérsias.

Neste artigo da Politico Magazine, publicado em 2014, a tentativa da Escócia em se tornar independente do Reino Unido é apontada como um último insulto ao Império Britânico. De qualquer forma, vale destacar que ainda existe um legado dos tempos da soberania britânica: até hoje, algumas colônias do Mar do Caribe pertencem aos ingleses.

E aí, gostou de conhecer um pouquinho mais sobre a história do Império Britânico? Deixe um comentário. ?

Guerra das Malvinas: conflito territorial e político

Você provavelmente já ouviu falar na Guerra das Malvinas, em uma daquelas aulas de história do Ensino Médio ou do cursinho pré-vestibular, certo? Mas é sempre interessante recapitular esse conflito, já que ele representa um capítulo importante na história do Reino Unido, envolvendo também um país próximo do Brasil: a Argentina. ??

A Guerra das Malvinas foi um conflito de curta duração (entre os dias 2 de abril e 14 de junho de 1982), no qual argentinos e britânicos se enfrentaram para disputar o território das Ilhas Malvinas, chamadas Falklands em inglês. Mas havia questões muito além das terras no entorno dessa batalha.

Ficou curioso para relembrar o que foi a Guerra das Malvinas e como ela se desenrolou? Confira, abaixo, nosso “resumão” de hoje. ?

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Obra de William Lionel Wyllie retrata confrontos navais na Guerra das Malvinas. Imagem: Domínio Público

O que foi a Guerra das Malvinas: causas e consequências

No cerne da Guerra das Malvinas, estava uma questão geopolítica. As Falklands, desde 1833, eram administradas pelos britânicos – foram eles que dominaram e colonizaram inicialmente esse arquipélago. Embora pouco habitado, ele possui uma posição geográfica estratégica.

O que ocorreu foi que, em 1982, a Argentina passou a alegar que as Malvinas deveriam ser integradas ao seu território. O motivo? Eles afirmavam que as Falklands pertenciam à região da Espanha, da qual se tornaram independentes em 1822. Por direito, então, os argentinos consideravam que as ilhas, a cerca de 480 km de seu país, pertenciam a eles.

No entanto, hoje os historiadores concluem que o conflito não foi apenas uma briga territorial, mas sim embasado por motivações políticas.

Contexto político na Guerra das Malvinas

No ano de 1982, a Argentina passava por um regime militar. No poder, o ditador Leopoldo Galtieri começava a sentir a revolta popular: os cidadãos estavam cada vez mais indignados com o abuso de direitos humanos e a má administração. Sua decisão de invadir as ilhas britânicas, portanto, tinha ainda um outro propósito: unir a nação e criar um senso patriota, colocando os britânicos na figura de “inimigos” – e não ele, o próprio ditador.

No Reino Unido, porém, a então primeira-ministra, Margaret Thatcher, também enfrentava pressão por parte dos britânicos, tentando guiar o país durante uma crise econômica. Bem, se Galtieri achava que seria fácil derrotá-la…well, he was wrong. A Dama de Ferro, que precisava reforçar sua popularidade, aproveitou para enviar tropas rapidamente às Falklands e também utilizou o conflito como arma política interna.

Desdobramentos dos conflitos

Em 2 de abril de 1982, as tropas argentinas tomaram a capital das Ilhas Malvinas, Port Stanley, e passaram a chamá-la de Puerto Argentino. O Reino Unido exigiu que os soldados se retirassem e, diante da recusa argentina, enviou nada menos que 100 navios de guerra e 27 mil soldados prontos para o combate.

Apesar dos argentinos contarem com a vantagem de uma proximidade territorial, suas tropas eram quase três vezes menores. Enquanto os britânicos tinham 100 navios e aviões de guerra de última geração, os hermanos tinham apenas 40 navios e um exército menos preparado para combate.

O resultado foi que os britânicos derrotaram os argentinos em pouco mais de dois meses. Mesmo curta, porém, a Guerra das Malvinas foi bastante devastadora. No dia 2 de maio, os britânicos afundaram o navio argentino General Belgrano e mataram todos os 326 tripulantes a bordo.

Dois dias depois, a embarcação britânica HMS Sheffield foi atingida por um míssil Exocet e também afundou, matando 20 soldados. Em apenas 75 dias, a Guerra das Malvinas vitimou 258 britânicos e 649 argentinos.

Consequências da Guerra

Com o fim da Guerra das Malvinas, os laços diplomáticos entre Argentina e Reino Unido ficaram suspensos – só voltaram a ser reatados em 1990. Até hoje, porém, o clima entre ambas as nações não é tão amigável. Em 2012, 30 anos após o término conflito, o governo argentino solicitou uma reabertura do caso para negociações acerca da posse do território. O governo britânico prontamente recusou.

Os desdobramentos políticos na época da guerra também foram significativos. O governo de Thatcher ganhou força e ela conseguiu se reeleger primeira-ministra. Já na Argentina, eclodiu uma profunda crise econômica e política: o ditador Galtiere foi deposto e o país entrou em seu processo de redemocratização.

Onde ficam as Ilhas Malvinas?

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Localização das Ilhas Maldivas. Imagem: Domínio Público

As Ilhas Malvinas compõem um arquipélago, situado na parte sul do oceano Atlântico, mais precisamente na plataforma continental da Patagônia. As principais ilhas que compõem as chamadas Falklands estão a cerca de 500 quilômetros a leste da costa sul da América do Sul.

As ilhas têm governo local próprio, mas é o governo do Reino Unido que assume a responsabilidade pela defesa e pelas relações internacionais referentes a esse território. As Malvinas, que ocupam uma área de aproximadamente 12.200 km², têm apenas cerca de 2.932 habitantes – a maioria nativos de ascendência britânica.

E aí, gostou de relembrar um pouco do contexto histórico da Guerra das Malvinas? Deixe um comentário. ?

Descubra quanto tempo durou a Guerra dos 100 Anos

Parece meio bobo questionar quanto tempo durou a Guerra dos 100 Anos, já que o nome do conflito sugere a resposta logo de cara. Mas a verdade é que, de acordo com as definições dos historiadores, a série de batalhas sangrentas entre França e Inglaterra começou em 1337 e só foi terminar em 1453 – 116 anos depois. ⚔

Sem dúvidas, a Guerra dos 100 Anos foi uma das mais sangrentas da Idade Média – e fundamental na consolidação da Inglaterra e da França como duas monarquias nacionais distintas. Mas quais foram as causas por trás da Guerra dos 100 Anos? Quem são os principais personagens desses combates?

É sobre isso que vamos falar a seguir. ?

Battle of Crecy
Ilustração da Batalha de Crécy, em 1346. Foto: Domínio Público

Quanto tempo durou a Guerra dos 100 Anos e seus principais conflitos

Por quanto tempo é possível travar um embate dessa magnitude? Apesar de intensa, a Guerra dos 100 Anos não foi constante:  houve diversos hiatos entre um conflito e outro, devido a acontecimentos como a própria Peste Negra, que chegou à Europa em 1346. Talvez a isso se deva a nomenclatura equivocada – já que as batalhas perduraram por mais de um século.

Inglaterra x França

Bem, as bases que estabeleceram a Guerra são fáceis de compreender: a principal foi uma disputa de poder entre Inglaterra e França pelo trono francês. Você lembra que, quando Guilherme, o Conquistador, tomou para si a Coroa Inglesa houve uma mudança radical na Inglaterra? Isso porque ele e seus sucessores, além de donos do trono inglês, eram também súditos do rei da França (já que tinham terras no país).

Alguns séculos depois, essa confusão de poder e territórios provocou mais encrenca. Tudo começou em 1328, quando o então rei francês, Carlos IV, morreu sem deixar um novo herdeiro. O rei da Inglaterra na época, Eduardo III, se considerava um pretende legítimo ao trono francês, já que era sobrinho do rei morto.

Na França, porém, diversos outros nobres também desejavam reivindicar o trono. Por fim, uma assembléia estipulou que um conde francês, chamado Felipe, seria o novo rei da França – coroado como Felipe VI. Foi a relação de desconfiança e briga por terras entre os monarcas das duas nações que fez eclodir a Guerra dos 100 Anos.

Conflitos da Guerra dos 100 Anos

No início da guerra, a França ainda tinha uma população cerca de quatro vezes maior que a da Inglaterra, além de ter mais riqueza – o que poderia lhe assegurar certa vantagem. No entanto, a Inglaterra contava com uma monarquia mais forte e um exército bem organizado. Por isso, acabou levando vantagem nos primeiros conflitos.

Os ingleses saíram vitoriosos das principais disputas da primeira fase da guerra, como a Batalha de Crécy (1346) e a Batalha de Calais (1347). Se o conflito estivesse prestes a acabar, certamente seria o fim da monarquia francesa e os ingleses ocupariam o trono. Mas aí veio a Peste Negra.

Com a invasão da devastadora doença, os conflitos só foram retomados em 1356, quando a Inglaterra reivindicou novas regiões – inclusive com apoio de alguns nobres franceses. Em 1360, a França se viu obrigada a assinar o chamado “Tratado de Brétigny”, que reconhecia o domínio inglês de determinadas terras na França.  

As décadas seguintes foram marcadas por uma pausa, já que conflitos internos levaram os países a se concentrarem mais em seus problemas domésticos. Foi em 1420 que o novo rei inglês, Henrique V, decidiu lutar novamente para conquistar o trono da França. Naquele período, porém, os franceses eram liderados pelo rei Carlos VII e contavam com um exército bem organizado.

A situação estava mais favorável aos franceses, que conseguiram expulsar os ingleses da Normandia, da Guiana e da Gasconha. Mas nem tudo eram flores.

O papel de Joana d’Arc na guerra

Statue of Jeanne d'Arc
Estátua de Joana d’Arc, em Orleans, na França. Foto: iStock, Getty Images

Durante os conflitos entre França e Inglaterra, você já pode imaginar quem sofreu mais: sim, os camponeses. A alta tributação, a falta de recursos e as colheitas ruins por conta da Guerra começavam a despertar um espírito de revolução. Foi nesse contexto de mobilização popular que surgiu a lendária Joana d’Arc.

Camponesa, ela jurava ter sido enviada por Deus para ajudar a colocar um fim – de uma vez por todas – no domínio inglês. Assim, passou a mobilizar tropas e a população local a se juntarem à luta. O Rei Carlos VII aproveitou o momento para unificar seus súditos e fortalecer seu exército.

O episódio mais famoso da guerra que remete à Joana foi o cerco a Orleans, que durou sete meses. Os franceses, encurralados, já estavam preparados para se render, quando ela convenceu o rei francês a mandar novas tropas para a região. Os ingleses não resistiram e a França saiu vitoriosa.

Joana d’Arc, porém, não teve um final feliz. Como você já deve saber, os nobres franceses passaram a temer que a influência da moça sobre os camponeses causaria uma revolta popular contra eles. Por isso, arquitetaram a entrega dela aos britânicos – que acabou queimada em uma fogueira, acusada de bruxaria.

Desdobramentos da Guerra dos 100 Anos

Em 1453, as tropas inglesas partiram para atacar uma fortificação francesa perto da cidade Castillon, dando origem ao confronto que ficou conhecido como “A Batalha de Castillon”. O exército inglês foi surpreendido pela artilharia francesa, que acabou o expulsando dali. Embora outros pequenos embates tenham ocorrido depois, esse episódio é considerado o marco do fim da Guerra dos 100 Anos.

Os desdobramentos de um conflito tão demorado e intenso foram significativos. A Guerra dos 100 Anos representou, ao mesmo tempo, a última guerra feudal e a primeira guerra moderna. No início, era conduzida por membros da aristocracia e depois se transformou em um verdadeiro embate entre Estados, com seus próprios exércitos nacionais bem desenvolvidos.

Na França, a guerra implementou um ideal de nação. Para a Inglaterra, o conflito também gerou uma unificação. Ambos os países não eram mais apenas lugares governados por nobres e suas terras, mas passavam a se tornar duas grandes potências mundiais.

E aí, gostou de descobrir quanto tempo durou a Guerra dos 100 Anos e desvendar seus principais conflitos? Deixe um comentário! ?

4 pontos turísticos do Reino Unido para incluir no roteiro

Que tal arrumar o mochilão e começar uma aventura pelos pontos turísticos do Reino Unido? O território ocupado pela Inglaterra, Irlanda do Norte, Escócia e País de Gales é recheado de surpresas encantadoras. Em um momento, você pode estar diante de um suntuoso castelo medieval. No outro, perdido em meio a colinas esverdeadas ou em frente a uma obra-prima da arquitetura moderna. ?

O fato é que o Reino Unido resguarda atrações para os mais variados perfis de viajantes: Londres é uma cidade efervescente, mas no interior na Inglaterra e da Escócia, por exemplo, é possível encontrar vilas remotas e charmosas. Há parques propícios para aventuras radicais e, claro, incontáveis museus e galerias para os amantes de arte.

Roteiro em Londres

A diversidade predomina quando o assunto são os pontos turísticos do Reino Unido. Por isso, com o intuito de ajudar você a montar um roteiro, selecionamos abaixo algumas sugestões bem variadas. ?

Descubra 4 pontos turísticos do Reino Unido

Então, preparado para conferir nossas sugestões de pontos turísticos para o seu roteiro? Dê uma espiada.

Castelo de Caernarfon, no País de Gales

Carnarvon Castle
O majestoso Castelo de Caernarfon. Foto: iStock, Getty Images

Para quem gosta das histórias do período medieval, uma sugestão é visitar o Castelo de Caernarfon, no País de Gales. Ele foi erguido a pedido do rei Eduardo I da Inglaterra que, durante a segunda metade do século 13, ficou famoso por sua política expansionista. Como forma de reivindicar territórios na Escócia e no País de Gales, ele passou a construir majestosas fortalezas.

Com uma arquitetura bélica primorosa, o Castelo de Caernarfon é uma dessas fortalezas. Perto do Parque Nacional de Snowdonia (outro recanto incrível do Reino Unido, cercado de natureza), ele faz parte de um complexo de outros três castelos, que formam uma linha defensiva: o Conwy, o Harlech e o Beaumaris. O conjunto é considerado Patrimônio da Humanidade pela Unesco.

The Royal Crescent, na Inglaterra

Royal Crescent, Bath
O charmoso Royal Crescent, em Bath. Foto: iStock, Getty Images

Se você já conhece Bath, sabe que essa é uma região muito charmosa do território inglês. Lá fica o The Royal Crescent, um conjunto de antigas termas composto por 30 edifícios da era georgiana, que conferem um ar todo aristocrático ao local. Já imaginou curtir um dia de spa no lugar que foi palco de festas da realeza no século 18?

Se antes o local era frequentado por aristocratas, hoje se tornou Patrimônio da Humanidade pela Unesco.

Giant’s Causeway, na Irlanda do Norte

Giants Causeway, Northern Ireland
Giants Causeway é um recanto lendário no norte da Irlanda. Foto: iStock, Getty Images

No litoral da Irlanda do Norte, fica uma lendária vila chamada Giant’s Causeway, coberta por impressionantes 40 mil blocos de basalto, que formam uma das paisagens mais intrigantes do planeta. Isso porque eles são tão perfeitamente esculpidos, que não parecem obra da natureza.

Uma lenda urbana diz que foi Finn MacCool, um gigante protetor do rei da Irlanda, que talhou essa parte do litoral a pancadas. Uma versão mais sensata aponta que o território foi esculpido assim por conta de atividades vulcânicas, há mais de 50 milhões de anos. De uma forma ou outra, é um cenário incrível para incluir na viagem.

Saint Andrews, na Escócia

 St Andrews Golf course
St. Andrews, o berço do golfe. Foto: iStock, Getty Images

Você sabia que a Escócia é o país berço do golfe? Mais precisamente, o esporte nasceu na cidade de Saint Andrews, a cerca de 750 km de Londres. É lá que estão as relvas com respingos de um mar cinzento, que deram origem aos primeiros campos de golfe do mundo. Ou seja: esse território é tão sagrado quanto a grama de Wimbledon.

A cidade abriga também um museu que reconta a história do esporte, o British Golf Museum, além da Saint Andrews Cathedral e do Saint Andrews Castle. Pode ter certeza de que o passeio valerá a pena.

Roteiro pelos pontos turísticos do Reino Unido

Quer incluir mais pontos turísticsos pelo seu itinerário no Reino Unido? Saiba que não faltam alternativas. Pelas ilhas britânicas, estão espalhadas inúmeras referências à formação antropológica que originou o que hoje são suas quatro grandes nações. Não faltam referências aos romanos, celtas e vikings.

Neste artigo, “Roteiro de viagem no Reino Unido: confira uma sugestão, nós compartilhamos dicas para um itinerário que percorre diversos locais emblemáticos espalhados pelos quatro países: os museus e castelos de Edimburgo, na Escócia, as montanhas e vilas pitorescas do País de Gales, os pubs da Irlanda e, claro, os encantos de Londres e da Inglaterra.

E aí, gostou de conhecer mais alguns pontos turísticos do Reino Unido? Quais você ficou com vontade de visitar? Compartilhe conosco nos comentários. ?

Conheça as principais datas comemorativas da Inglaterra

As datas comemorativas da Inglaterra são um belo símbolo da essência do país: multiculturais e inusitadas, já viraram sinônimo de atrações para os visitantes. E, quando o assunto são feriados, o Reino Unido também é cheio de particularidades – a começar pelos nomes intrigantes. ?

No Reino Unido, existem basicamente dois tipos de feriados: os Bank Holidays (em que os bancos fecham) e os Common Law Holidays, que são datas estabelecidas como feriado pelos setores econômicos de acordo com as leis do país. A maioria dos feriados nacionais também não ocorrem em um dia fixo.

Se um feriado cair no domingo, por exemplo, geralmente a data é realocada para a próxima segunda-feira: assim, ninguém perde a folga. Curioso para saber mais sobre como são as datas comemorativas da Inglaterra? Dê uma espiada abaixo. ?

New Year's Parade
New Year’s Parade em Londres. Foto: Magnus D, CC BY 2.0

Datas comemorativas da Inglaterra: 7 feriados do país

Será que você vai pegar um dia de feriado durante a sua viagem à Inglaterra? Descubra, abaixo, na listagem dos principais holidays dos ingleses:

1. Easter

Na Inglaterra, é feriado na sexta-feira que antecede o domingo de Páscoa, assim como na segunda-feira, após a comemoração.

2. MayDay

No Brasil, o Dia do Trabalhador sempre ocorre em 1º de maio. Se cair no domingo, nada de feriado. Já os ingleses têm a data fixa sempre na primeira segunda-feira de maio.

3. Spring Bank Holiday

Olha que maravilhoso: este feriado é uma comemoração à chegada da primavera na Inglaterra. Ele ocorre sempre na última segunda-feira de maio. Uma boa oportunidade para um piquenique nos parques londrinos, como o Regent’s Park ou o Hyde Park.

4. Summer Bank Holiday

E não é apenas a chegada da primavera um motivo de comemoração para os ingleses: eles também têm um feriado para saudar a chegada do verão. Ele ocorre sempre na última segunda-feira de agosto.

5. Christmas Day e Boxing Day

O Natal é comemorado pelos britânicos no dia 25 de dezembro. Mas, se eventualmente a data cair no sábado ou domingo, o feriado é realocado para a segunda-feira seguinte. Além disso, eles ainda têm mais um Bank Holiday na sequência: o dia 26 de dezembro é o Boxing Day, um feriado para abrir presentes e confraternizar com a família – também marcado por muitos descontos em lojas, após o fim de uma das datas mais comerciais do ano.

No dia 25, praticamente tudo fecha em Londres e as ruas ficam bem vazias.

6. Summer Holiday

Esta é para os estudantes: trata-se do o período de férias de verão, que vai sempre da terceira semana de julho até a primeira semana de setembro, quando inicia o ano letivo no Reino Unido.

7. Half Term

Também trata-se de um pequeno período de folga para os alunos, entre cada bimestre letivo. As datas variam de acordo com a escola, mas geralmente ocorrem no fim de fevereiro, no fim de maio e no fim de outubro.

Datas comemorativas da inglaterra mês a mês

As datas comemorativas da Inglaterra não se resumem apenas aos feriados, é claro. Inclusive, em algumas ocasiões especiais são declarados holidays inesperados. Foi o que ocorreu no dia do casamento de Kate Middleton com o Príncipe William e na celebração dos 60 anos de reinado da Rainha Elizabeth II, em 2012.

No catálogo de comemorações da Inglaterra, entram também algumas festas típicas que ocorrem anualmente a cada mês. Entre elas, é possível citar exemplos como a New Year’s Day Parade, uma parada com música e muita animação que toma conta das ruas de Londres no dia 1º de janeiro; a Shrove Tuesday (Terça-feira Gorda dos britânicos, antes do Carnaval em fevereiro, regada a muita panqueca) e o Saint Patrick’s Day, em março, quando os pubs se enchem de verde.

Gostou de conhecer melhor as datas comemorativas da Inglaterra? Qual é a sua favorita? Conte para a gente nos comentários. ?

Seguro viagem para o Reino Unido é obrigatório? Descubra

Uma das questões burocráticas que gera mais dúvidas para quem pretende viajar a Londres é: preciso de um seguro viagem para o Reino Unido? Bem, essa é uma pergunta complexa. Por lei, você não precisa ter uma cobertura médica para entrar em solo inglês. Mas, se quiser circular pela maior parte do território europeu – ou mesmo se sentir mais seguro durante a viagem – a história é outra. ?

Ninguém gosta de pensar no pior quando está planejando uma viagem. Mas imprevistos sempre podem acontecer. Tanto é que a Inglaterra é uma exceção, pois não está inserida no Tratado de Shengen – aquele acordo europeu que permite a livre circulação de pessoas em seus países signatários.

seguro londres
Não é preciso ter seguro para entrar no Reino Unido. Foto: Mapa de Londres

O que é o Tratado de Schengen?

O Tratado de Schengen é um acordo firmado entre 26 países europeus, que visa estabelecer a livre circulação dos visitantes nos países participantes.

O Tratado também estabeleceu a obrigatoriedade da contratação de um seguro viagem no valor mínimo de € 30.000 euros para todos os turistas. O objetivo dessa regra é garantir que o visitante possa pagar as possíveis despesas médicas surgidas durante a viagem, inclusive em caso de óbito.

Os seguintes países participam do Tratado:

Alemanha
Áustria
Bélgica
Dinamarca
Eslováquia
Eslovênia
Espanha
Estônia
Finlândia
França
Grécia
Holanda
Hungria
Islândia
Itália
Letônia
Lituânia
Luxemburgo
Malta
Noruega
Polônia
Portugal
República Tcheca
Suécia
Suíça
Liechtenstein
Chipre

Os únicos países europeus que não participam do Tratado atualmente são: Reino Unido, Irlanda, Croácia, Romênia e Bulgária

Mas, se na Inglaterra isso não é obrigatoriedade, vem a pergunta…

Vale a pena investir no seguro viagem para o Reino Unido?

Nós acreditamos que sim – por uma série de motivos. A começar pelo fato de que, se você quiser embarcar para praticamente qualquer outro país da Europa a partir de Londres, precisará contar com o seguro. Atualmente, são estes os 26 integrantes do Acordo Shengen:

Alemanha; Áustria; Bélgica; Dinamarca; Eslováquia; Eslovênia; Espanha; Estônia; Finlândia; França; Grécia; Holanda; Hungria; Islândia; Itália; Liechtenstein; Letônia; Lituânia; Luxemburgo; Malta; Noruega; Polônia; Portugal; República Tcheca; Suécia e Suíça.

Você pode gostar: O Seguro Viagem Visa compensa?

Agora você deve estar se perguntando: ok, mas será que eu vou passar apuros diante de uma emergência em Londres? Bem, provavelmente não. Isso porque o sistema público de saúde britânico, conhecido como National Health System (NHS), está entre os melhores do mundo. Ele garante assistência médica gratuita a todos os cidadãos, moradores legais e estudantes em cursos de mais de seis meses de duração no país.

Não passar apuros, porém, é apenas uma questão a ser levada em conta. É fato que, se você necessitar de um tratamento emergencial, assistência diante de alguma doença infecciosa ou tratamento psiquiátrico, dificilmente ficará desamparado. Mas, se necessitar de um tratamento prolongado ou uma internação, por exemplo, terá que pagar do seu próprio bolso.

Em libras, uma internação hospitalar dificilmente se encaixa bem no orçamento. Isso sem falar que viajar com tranquilidade é muito melhor, certo? É por isso que o investimento no seguro viagem compensa.  

Quanto custa um seguro viagem para o Reino Unido?

Assim como no caso de outros seguros, há muitas variáveis que influenciam no preço de um seguro de viagem. O primeiro passo é fazer uma boa pesquisa de mercado e avaliar as opções de acordo com a sua idade, tempo e estilo de viagem. Também é importante escolher uma seguradora de confiança para efetuar a compra.

Com o intuito de ajudar os viajantes, o site Melhores Destinos encaminhou uma pesquisa com 6.144 internautas para avaliar quais foram as seguradoras mais contratadas e com boas recomendações. No ranking, se destacaram a Mondial, a Travel Ace, a Vital Card, a GTA, a Assist Card, a World Nomads e o Itaú. 

Para uma cobertura mínima de €30.000 em caso de emergências médicas, a média de preços do seguro fica em torno de R$ 90 a R$ 120,00.

Muitos sites oportunizam a compra online, o que facilita bastante a vida. Depois de obter o seguro, mantenha o comprovante junto ao seu passaporte para viajar com tranquilidade. 

Você pode fazer uma cotação sem compromisso aqui.

Conseguiu esclarecer suas dúvidas sobre o seguro viagem para o Reino Unido? Deixe um comentário! =]

Descubra quem foi Guilherme, o Conquistador

Guilherme, o Conquistador: um título bem imponente, não é? Bem, o primeiro rei normando da Inglaterra não o recebeu à toa. Como filho ilegítimo do duque da Normandia, na França, ele não tinha nenhum direito à Coroa Inglesa – nem mesmo por laços sanguíneos. Mas era um homem ambicioso. ?

A história de Guilherme, o Conquistador (em inglês, William, The Conqueror), tem todos os elementos intrigantes das histórias medievais: batalhas, brigas de poder, traições e disputas pelo trono. Seu reinado também representou um período de mudanças extremas na vida dos ingleses, incluindo a implementação do idioma francês no dia a dia e os laços aprimorados entre ambos os países, que perdurou por toda a Idade Média.

Então, curioso para conhecer melhor quem foi Guilherme, o Conquistador? Confira, abaixo, nosso “resumão” de hoje. ?

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Representação artística de Guilherme, o Conquistador. Foto: Domínio Público

Biografia de Guilherme, o Conquistador

Guilherme nasceu na região de Normandia, no norte da França, em 1028. Mas não pertencia integralmente à realeza: era o que chamavam de bastardo, um filho ilegítimo (tido fora do casamento) de Roberto, então duque da Normandia. Como seu pai não possuía nenhum herdeiro legítimo, porém, o jovem herdou o ducado após sua morte, em 1035.

O fato de ter recebido o título, no entanto, não foi muito bem aceito pelos senhores feudais e pela realeza: ninguém aceitava a nova posição do bastardo. Em 1046, Guilherme se viu diante de uma revolta dos nobres, mas junto com as tropas do Rei da França sufocou a rebelião em cerca de um ano.

A partir de então, começou a colecionar sucessivas vitórias: em 1063, o duque conquistou a província francesa do Maine e, em 1064, sufocou uma nova rebelião dos nobres. A cada nova vitória, sua ambição aumentava. Assim, o interesse de Guilherme ultrapassou o Canal da Mancha e se voltou à Inglaterra.

A briga pelo trono inglês

Guilherme começou a almejar o trono inglês, pois era primo de Eduardo, o Confessor, Rei da Inglaterra na época. Quando este chegou ao leito de morte, o duque de Normandia tinha planos de ficar em seu lugar. No entanto, havia outros interessados no trono. Quando Eduardo morreu, em janeiro de 1066, passou a Coroa para o conde inglês Haroldo Godwinson.

Guilherme, é claro, não ficou satisfeito. Ele afirmava que, durante seu reinado, Eduardo tinha lhe prometido a Coroa – e mais: que Haroldo também havia jurado lhe reconhecer como seu legítimo herdeiro. Estavam estabelecidas as bases de uma batalha pelo trono da Inglaterra.

Batalha de Hastings

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Cena da Batalha de Hastings ilustrada na tapeçaria de Bayeux. Foto: Domínio Público

Em 1066, a briga pelo título de rei da Inglaterra era intensa. Haroldo II estava ameaçado tanto por Guilherme quanto pelo rei norueguês Haroldo III, que também sonhava com a Coroa. Nesse período, os noruegueses inclusive chegaram a invadir a Inglaterra pela Nortúmbria, mas o exército inglês conseguiu derrotá-los em Stamford Bridge, perto de York.

A façanha, porém, não iria se repetir na batalha contra Guilherme. Haroldo II cometeu um erro fatal: mandou seu exército exausto marchar direto para o sul – na direção de Hastings, no condado de Sussex. Quando chegaram lá, porém, o duque de Normandia e seus soldados já estavam prontos para a batalha.

Em 14 de outubro de 1066, ocorreu a batalha final entre Guilherme e Haroldo II, que recebeu o nome de “Batalha de Hastings”. O então rei da Inglaterra acabou morto e suas tropas fugiram. O duque normando havia conquistado a Coroa Inglesa (daí o apelido “Conquistador”). Era o início de uma nova era da Inglaterra.

O primeiro rei normando

Depois da Batalha de Hastings, Guilherme marchou até Londres, onde foi coroado rei da Inglaterra na Abadia de Westminster. Mesmo com certa resistência contra a invasão normanda, ele passou a trabalhar intensamente para que seus súditos o aceitassem como rei.

Guilherme construiu castelos e fortalezas no território inglês (inclusive a Torre de Londres!), com o intuito de afastar quaisquer possíveis invasores que desejassem lhe roubar a Coroa. Também fez um mapeamento completo de suas novas terras, um documento hoje chamado de “Domesday Book”, que é considerado um importante registro do território inglês logo após a conquista normanda.

Seu reinado, porém, não durou muito. Em 9 de setembro de 1087, Guilherme morreu no campo de batalha, enquanto tentava conquistar novas terras na França. Ele foi sucedido por seus dois filhos no trono inglês: Guilherme II e Henrique I.

Guilherme, o Conquistador: legado para a Inglaterra

Por ter sido o primeiro francês a se sentar no trono da Inglaterra, Guilherme causou um impacto que até hoje rende frutos na cultura inglesa. Sua conquista culminou em reformas na igreja, na cultura e no idioma do país – além de ter resultado em uma proximidade entre França e Inglaterra.

O governo de Guilherme mesclou elementos dos sistemas de governo inglês e normando em um único e novo modelo, que posteriormente lançou as bases do que seria o reino medieval inglês. Ele foi apenas um dos primeiros representantes da monarquia absolutista poderosa que guiou o Reino Unido durante séculos.

E aí, gostou de conhecer a história de Guilherme, o Conquistador? Deixe um comentário. ?

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