Quem foi Margaret Thatcher, a Dama de Ferro

Margaret Thatcher é considerada uma das mulheres mais poderosas da história mundial mais recente. Em 1979. foi a primeira mulher se tornar primeira-ministra da Grã-Bretanha e o seu governo conservador divide opiniões até hoje.

A “Dama de ferro”, como veio a ser conhecida mais tarde, nasceu como Margaret Roberts, em 1925, em Grantham, Inglaterra. Margaret era muito próxima de seu pai, Alfred Roberts, um merceeiro, que foi seu conselheiro pessoal durante o seu governo conservador.

Os primeiros passos de Margaret Thatcher na política

Margaret se formou em química, na Universidade de Oxford, em 1947. Enquanto esteve na universidade chegou a ser eleita presidente da Associação Conservadora dos Estudantes. Mesmo após se formar, ela continuou com seu interesse na política e se juntou aos jovens conservadores.

Em 1949, aos 24 anos, ela se candidatou às eleições de deputados, se tornando a mais jovem candidata a concorrer pelo partido conservador. Não obteve sucesso nas eleições e em 1953, Margaret Roberts, casou-se com Denis Thatcher, um empresário, e assumiu o sobrenome do marido, passando a ser conhecida, finalmente, como Margaret Thatchet. Logo em seguida, ela deu à luz a gêmeos, Mark e Carol.

Nas eleições seguintes, Margaret esbarrou no machismo da época. Muitos comitês locais não aceitaram uma jovem mãe concorrendo ao Parlamento. Ela não foi selecionada para concorrer como uma candidata conservadora.

Em 1961, chegou ao cargo de subsecretária de pensões e seguros nacional. A partir de então, ocupou diversos cargos ministeriais e votou à favor da despenalização da homossexualidade e aborto, entretanto votou à favor de morte.

Em fevereiro de 1974, Margaret Thatcher, tornou-se líder do partido conservador e foi influenciada pelas ideias de conservadorismo de livre mercado e de reduzir o poder dos sindicatos, de Keith José. Por conta dessas ideias, quando finalmente se tornou a primeira-ministra da Grã-Bretanha, teve lidar com conflitos com os sindicatos e a Guerra das Malvinas.

Apesar dos seus esforços e promessas, o Reino Unido entrou em recessão e a sua popularidade despencou. Pesquisas mostravam que ela era a primeira-ministra mais impopular da história.

Margaret e as Falklands

Em abril de 1982, a Argentina invadiu as Ilhas Malvinas (Falklands). Thatcher inspirada por seu ídolo político, Churchill, não recuou e enviou tropas para as ilhas para contra-atacar e tomar o controle da região novamente.

Após 10 semanas de luta, morte de 649 soldados argentinos e 255 britânicos, a Argentina levantou a bandeira branca e se rendeu. Além da vitória e retomada da região, Margaret finalmente conseguiu aumentar a sua popularidade em seu país e respeito internacional.

O seu governo não ficou mais fácil. Ela ainda teve que lidar com uma grande greve dos mineiros e escapar de um atentado terrorista em 1984, na Conferência do Partido Conservador. A “Dama de ferro”, se mostrou firme e continuou a conferência, mesmo com 34 pessoas feridas.

Poll Tax e o motim contra Thatcher

Após ganhar a terceira eleição geral consecutiva, em 1987, Margaret Thatcher, implantou o Poll Tax, um imposto comunitário que todos deveriam pagar independente de sua renda. Motins eclodiram por diversas partes do país e 100 mil britânicos foram às ruas com o slogan “não é possível pagar, não vou pagar”.

Em 1990, a impopularidade da primeira-ministra alcançou o seu partido e ela renunciou, deixando no poder Downing Street. Em 1992, ela recebeu o título de nobreza e tornou-se Baronesa Thatcher e faleceu após um derrame cerebral, em 08 de abril de 2013, aos 87 anos, em Londres.

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