Descubra como era a Inglaterra Vitoriana

A Inglaterra Vitoriana a maior potência industrial e militar do mundo. Você provavelmente se recorda disso de suas aulas de história. O país tinha uma Rainha cuja personalidade e valores acabariam por dar nome a toda uma era. Período Vitoriano ou Era Vitoriana são termos que se referem ao tempo em que a Rainha Vitória era a monarca britânica.

Foi o segundo maior reinado da história da realeza britânica (o maior é o da atual Rainha Elizabeth II) e foi caracterizado por um predomínio dos Ingleses tanto no plano militar quanto econômico mundial.

Algumas das maiores personalidades políticas Inglesas também surgiram nesse período de intensas transformações econômicas e domínio britânico na economia e influência política  global. O que você sabe sobre a Inglaterra da Rainha Vitória? Quem foi essa famosa rainha e por que o seu nome é usado para nomear uma era histórica inteira? O que foi o século Vitoriano afinal de contas? Continue lendo e descubra.

Museu de Londres - Mapa de Londres
Período vitoriano é retratado no Museu de Londres. Foto: Mapa de Londres

O que foi a Inglaterra Vitoriana

A Inglaterra Vitoriana é o nome dado ao período que vai de 1837 a 1901, no qual a Rainha Vitória foi a monarca Inglesa. O adjetivo Vitoriano também é utilizado em alguns contextos para designar algo muito rígido e moralista, puritano ou conservador.

A origem desse uso da palavra Vitoriana vem exatamente dos valores que dominavam a Inglaterra do século 19 e que eram endossados pela Rainha Vitória. Era uma sociedade de comportamento conservador e preceitos e comportamentos rígidos, com um forte moralismo espalhado por toda a Inglaterra e especialmente em Londres.

A Inglaterra Vitoriana também coincidiu com o período conhecido como Pax Britannica. Período iniciado com o fim das guerras napoleônicas e que se estende até o início do século 20 no qual a Europa gozou de uma paz relativa baseada na supremacia militar e econômica da potência Inglesa e do controle das principais rotas de comércio pela Real Marinha Britânica.

Alguns dos principais aspectos da Era Vitoriana foram a grande expansão econômica e tecnológica acontecida na Inglaterra, vista por muitos como a segunda fase da Revolução Industrial, a constituição do Império Britânico e a incrível força naval que garantiu ao Reino Unido o domínio das principais rotas de comércio ao redor do globo. Vamos conhecer melhor esses pontos agora.

O império Britânico

Você já ouviu falar muito do Império Romano, com certeza também do gigantesco Império Mongol. Além desses, O Império de Alexandre, O Grande, o Império Carolíngio na Idade Média e muitos outros Impérios são descritos como grandes, importantes e poderosos. Mas você sabe qual foi o maior deles?

A essa altura você já deve ter adivinhado. Mais do que Roma e qualquer outro Império, o maior de todos em extensão territorial da História foi o Império Britânico, durante o Reinado de Vitória.

Tudo bem que o então gigantesco Império sob influência da Inglaterra Vitoriana era descontínuo, isto é, os diversos territórios não eram interligados fisicamente. No entanto, somando-se todas as colônias, protetorados, domínios e outras formas de controle político, o Reino Unido chegou a ter quase um quarto de todo o território continental do globo sob seu domínio. Muita coisa, não é mesmo?

A maior extensão territorial do Império Britânico foi alcançada após a primeira guerra mundial, já depois do término da Era Vitoriana, mas foi sob os auspícios da senhora Rainha Vitória que o cerne do maior Império da História foi construído.

Roteiro em Londres

A consolidação da Revolução Industrial

Um dos motivos principais para o grande domínio e influência que os Ingleses alcançaram no século Vitoriano foi sem dúvida a continuação da Revolução Industrial em solo britânico. A indústria Têxtil e do vestuário foram as mais importantes do parque industrial britânico durante o período, mas a siderurgia, mineração e a indústria de transportes, destacadamente ferroviária e naval, também se desenvolveram muito rapidamente durante o século 19.

A introdução de barcos a vapor, o desenvolvimento do motor à combustão e a construção de ferrovias e também das primeiras linhas de metrô de Londres são alguns dos acontecimentos que contribuíram para o acelerado crescimento econômico britânico.

Museu do metrô de Londres - logo - símbolo
Metrô de Londres foi o primeiro Underground do mundo. Foto: Mapa de Londres

Foi como potência industrial e tecnológica que o Reino Unido da Era Vitoriana se consolidou como potência mundial e pode expandir sua influência e controle ao redor do globo em busca de novos mercados, fontes de matéria prima e projeção geopolítica.

O Domínio dos mares

A Marinha Real Britânica, a Royal Navy, como diriam os britânicos, foi fundada oficialmente no século 16. Com sucessivos investimentos e uma clara preocupação em desenvolver a sua força naval, a partir do século 17 até meados do século 20, a Royal Navy era a marinha mais bem preparada e poderosa do mundo, tendo sido fundamental para a consolidação do Império Britânico e da Pax Britannica.

No período vitoriano, uma das mais significativas medidas econômicas tomadas foi a revogação dos Atos de Navegação, que haviam sido instituídos por Oliver Cromwell ainda durante o século 17.

Incentivado pelo rápido crescimento naval de outras potências, o que estava afetando negativamente o comércio e a economia inglesa, o Reino Unido revogou os atos de navegação que impediam o comércio exterior inglês de ser feito com navios não Ingleses.

No entanto, a Marinha Real Britânica e a bandeira do Reino Unido continuaram a ser a predominante nos mares durante todo o século Vitoriano. O domínio dos mares e das principais rotas de comércio foram fundamentais para a consolidação do Império e do poderio econômico britânico no século 19.

Curiosidades da Inglaterra Vitoriana

A Era Vitoriana foi recheada de características marcantes. O importante pensador e psicanalista Lacan teria dito mesmo que sem a Rainha Vitória a Psicanálise não teria surgido, haja visto terem sido os rígidos valores da Rainha (e da sociedade) britânica que impulsionaram a necessidade de ”despertar” uma nova abordagem para as questões morais e psicológicas.

Como eram os valores Vitorianos? Como a sociedade se portava e vivia? Como era a capital Londres durante o Reinado de Vitória? Vamos às respostas agora!

Valores da Inglaterra Vitoriana

A Inglaterra Vitoriana possuía valores morais muito rígidos e conservadores. É por isso que o termo Vitoriana é às vezes usado como sinônimo de conservador ou moralista, no que diz respeito aos costumes e valores sociais principalmente.

A sociedade era dominada pela figura masculina e as mulheres cumpriam um papel de submissão tanto em âmbito público como privado. A preguiça e o sexo eram condenados e mal vistos por toda a população. Um dos exemplos clássicos do moralismo Vitoriano foi a condenação de Oscar Wilde e Lord Alfred Douglas a dois anos de trabalhos compulsórios pela acusação de sodomia, devido a um relacionamento entre os dois.

Regras de Etiqueta na moda

Devido ao caráter conservador da época, a moda não poderia ser livre e prazerosa. As mulheres possuíam vestidos adequados para cada ocasião social. Desde as coisas mais simples como um jantar e uma caminhada até eventos como reuniões sociais, festas e teatro, tudo possuía o seu traje mais recomendado e adequado. Não dava para sair do figurino!

Regras de etiqueta para interação social

Sabe aquele bate papo rápido e descontraído com uma pessoa que você nunca viu no ponto de ônibus, na fila do cinema? Na Era Vitoriana seria muito mais complicado viver situações assim. Primeiro que ônibus e cinema ainda não estavam circulando por aí, segundo, que havia uma série de regrinhas e comportamentos pré-definidos na hora de se comunicar com um desconhecido, principalmente em ambientes públicos e com pessoas do sexo oposto.

De acordo com a etiqueta da Era Vitoriana, mulheres jovens e solteiras não poderiam conversar com homens se estivessem sem mais ninguém por perto. Além disso, os homens só poderiam inclinar a cabeça e beijar a mão depois de que a moça o tivesse reconhecido e com o pequeno detalhe: A mão a ser beijada deveria ser a que estivesse mais afastada do corpo da mulher. Imagina ter que pensar tudo isso na hora de cumprimentar alguém!

Regras de etiqueta para flertar e namorar

Se para se vestir e conversar já há tantas regras, imagine para abordar uma pessoa e paquerar. Sim, a sedução de seu bem amado não era coisa simples e exigia bastante traquejo.

O afeto entre os casais não era visto como algo essencial nos relacionamentos, apesar de também não ser considerado incompatível. Isso gerava muitos problemas e contradições evidentemente.

Mas para além da questão do afeto, os britânicos vitorianos eram recomendados a buscar parceiros dentro de seu círculo social. Assim, sair para eventos sociais e abordar pessoas nas praças e festas não era exatamente algo bem recomendado.

Alguns livros de etiqueta da época indicavam que um homem de 30 anos deveria se casar com uma mulher de 22, enquanto que um de 40 deveria escolher uma parceira em torno de 27 anos. Em geral, era recomendado que os homens se casassem com mulheres mais jovens. Sempre o homem mais velho da família era o mais “requisitado”, pois na Era Vitoriana era tradição ser ele o herdeiro de todo o patrimônio da família.

O “mercado de casamento”

Anualmente, entre os meses de janeiro e junho, acontecia nas cidades uma espécie de “feira” ou “temporada” na qual as mulheres locais tomavam parte. Tratava-se de um período socialmente difundido e com o propósito de ser uma forma de “mercado de casamento”. A pressão em cima das mulheres era grande, e depois de três temporadas, uma mulher que não tivesse encontrado um marido já seria considerada uma solteirona.

Apesar de parecer “avançado”, o evento tinha regras rígidas tanto para os homens como para as mulheres. O rapaz que mostrasse interesse em uma moça não poderia ficar sozinho com ela de jeito nenhum. A “temporada” funcionava para que os casais marcassem de conversar na casa da moça, em presença dos pais da mesma.

Londres durante o reinado da Rainha Vitória

Londres passou por enormes transformações com a Era Vitoriana. A população cresceu muito rapidamente de 1 milhão para 6 milhões ao longo do século 19. Muitas das principais construções da cidade foram erguidas durante essa época também, como a Trafalgar Square, o Parlamento e a Tower Bridge.

Como não podia deixar de ser, como característica negativa, Londres era conhecida por seu cheiro pútrido, fruto do esgoto lançado às águas do rio Tâmisa e também da falta condições sanitárias adequadas em cemitérios e hospitais.

Museu de Londres - Mapa de Londres
Londres era a capital da Inglaterra (e do mundo) no período vitoriano. Foto: Mapa de Londres

Quem foi a Rainha Vitória

Foi no dia 24 de maio de 1819 que nasceu Alexandrina Vitória Regina, filha do casal formado pelo duque de Kent e pela ex-princesa de Leininge. A famosa Rainha Vitória fazia sua estreia no mundo. Em 1837, com apenas 18 anos, Vitória assumiu o trono britânico e deu início ao chamado período Vitoriano.

Três anos após assumir o trono, Vitória casou-se com seu primo, o príncipe Alberto, no ano de 1840. O casamento rendeu 9 filhos à família real e o marido Alberto desempenhou um importante papel influenciando as decisões da Rainha..

Vitória falava fluentemente francês e o alemão e era versada em piano; de maneira geral, a Rainha que ficou conhecida por seu rígido moralismo era uma amante das artes e das letras.

Em 1861 Alberto, marido de Vitória faleceu e deu início a um período de luto que Vitória manteve pelo resto da vida. O ponto alto de sua vida como Imperatriz foi a consolidação do Império Britânico e o apogeu industrial e econômico inglês no século 19.

Em 1901, a rainha Vitória faleceu. Seu legado vai desde a supremacia industrial e militar britânica no século 19 até ao rígido moralismo e puritanismo que caracterizou a sociedade britânica de então. Certamente uma das mais poderosas Rainhas da História e uma das personalidades mais importantes da Era Moderna.

O que você achou de conhecer melhor a Inglaterra Vitoriana? Talvez você não goste tanto das complicadas regras de etiqueta da época, mas com certeza é um período muito importante.

A Rainha Vitória foi um dos principais personagens do século e devido à extensão do território que pertenceu ao Império Britânico, as influências daquela época podem ser encontradas até os dias de hoje.

15 Castelos medievais para visitar na Europa

Imagens de Londres: Torre de Londres à noite
Torre de Londres à noite é uma das belas imagens da capital britânica. Foto: Mapa de Londres

Alguns períodos da história deixaram verdadeiras relíquias a céu aberto para as gerações futuras. Esse é o caso dos castelos medievais da Europa. É praticamente impossível pensar em uma viagem pelos países europeus e não incluir no roteiro visitas aos imponentes castelos erguidos durante a Idade Média. E é para quem acalenta as imagens dessas fortalezas em suas próximas jornadas que nós vamos falar agora.

Várias civilizações construíram castelos e fortificações que se prestam mais ou menos às mesmas funções que os castelos da alta idade média européia (séculos 9 a 14), mas a construção mais difundida na cultura popular moderna são as dos castelos medievais da Europa. São eles que em geral são retratados em filmes e peças televisivas.

Provavelmente, quando você imagina um castelo, é um dos castelos medievais europeus que você visualiza mentalmente. Este texto vai mostrar o que são essas construções, seus aspectos arquitetônicos, históricos e militares.

E é claro, você vai conhecer também alguns dos principais castelos para visitar na Europa. A seguir, você vai encontrar boas ideias para seu próximo roteiro de viagem pelo Velho Continente.

O que eram os castelos medievais na Europa

Essas construções são objetos de muita curiosidade. O cinema está cheio de filmes, desde os mais fantásticos aos mais históricos, nos quais abundam construções e fortalezas que cumprem um papel importantíssimo em guerras e na vida social e econômica do reino.

Lembra daquelas cenas em que milhares de arqueiros se posicionavam na muralha do castelo para impedir a entrada de inimigos enquanto a ponte levadiça era içada para fechar a única entrada para a fortificação? Quantos filmes você já viu em que essa cena se repete? Com essa imagem em mente, vamos agora aos detalhes dessas construções.

Roteiro em Londres

Os primeiros castelos da Europa e o seu desenvolvimento

Os primeiros castelos europeus começaram a ser construídos entre os séculos 5 e 10. Mas as primeiras construções ainda estavam longe de ser as imponentes fortificações de pedra que conhecemos hoje.

Inicialmente os castelos europeus eram construídos de madeira, em geral retirada dos bosques e florestas da propriedade feudal. Sua arquitetura e projeto eram mais simples, consistindo basicamente em algumas torres cercadas por muros e outras camadas defensivas. Eram fortificações destinadas à funções militares de proteção e observação.

A partir do século 9, começaram a ser erguidos castelos em alvenaria, com grandes blocos de pedra e com um projeto mais arrojado: Grandes muros, fossas, várias torres e grandes cômodos e áreas internas destinadas às mais  variadas funções.

Foi no final da Idade Média, nos século 9 a 14, que os castelos europeus alcançaram a forma e o auge de sua função militar, social e econômica.

Basicamente, os castelos eram uma fortificação militar destinada à proteção do feudo, do senhor feudal e sua família, e também dos servos e outros camponeses que trabalhavam no propriedade.

Servia também de residência ao senhor feudal e sua família e durante a alta idade média, um período cuja economia era baseada na produção agrícola e na propriedade rural, foram importantes vetores de atividade econômica, demandando mão-de-obra especializada e chegando mesmo a competir com catedrais e outras construções por mestres-de-obra, ferreiros e outros profissionais.

O que você deve saber sobre um castelo

Há muitos aspectos interessantes sobre os castelos. Caso você tenha o privilégio de visitar algumas dessas fortificações na Europa, saber os conceitos arquitetônicos e algumas informações adicionais certamente irá enriquecer o seu passeio. 

A defesa militar

Os castelos eram construções com objetivo essencialmente militar e de proteção. Devido a isso, o seu projeto e localização estavam inteiramente dedicados a maximizar esses dois pontos. É por isso que em geral os castelos estão situados em regiões mais altas e preferencialmente próximos de vias de comunicação, pois assim a identificação da aproximação de inimigos e o estabelecimento de canais de comunicação era mais fácil rápido.

Os enormes fossos construídos em volta dos castelos, a existência de apenas uma entrada e de uma ponte levadiça que podia ser içada a qualquer momento para inviabilizar o acesso às dependências internas, eram aspectos construtivos eminentemente militares e visavam proteger a comunidade acastelada de inimigos externos. Quando um feudo era atacado e saqueado, tanto os membros da nobreza local como os camponeses e servos se protegiam dentro dos castelos.

Ainda, do ponto de vista da defesa militar, a arquitetura dos castelos medievais europeus possui um vocabulário que não é tão difundido, apesar de que visualmente com certeza você vai entender do que se trata. Já ouviu falar em adarve, seteira, ameia,merlões e troneiras?

Pois bem, quando você visitar um dos 15 castelos que vamos te mostrar na segunda seção do texto, você vai se lembrar dessas palavras. Veja o que elas significam:

  • Adarve: Também chamado de caminho de ronda, os adarves são aqueles pequenos corredores no alto dos muros dos castelos por onde vigias e observadores fazem rondas noturnas e observam o horizonte.
  • Seteira: O arco e flecha era a principal arma para abater inimigos à distância na idade média. As seteiras nada mais são do que aberturas feitas nas muralhas dos castelos que permitiam aos arqueiros lançar flechas contra inimigos do lado externo. Podiam ser apenas um feixe vertical e algumas vezes também tinham forma de cruzeta aberta no meio de um muro.
  • Troneira: Com o desenvolvimento das primeiras armas de fogo, algumas seteiras foram adaptadas ou construídas novamente com uma abertura circular adicional para o posicionamento de arcabuzes e mosquetes. Essas aberturas circulares, junto com uma seteira ou sozinha, são chamadas de troneiras.
  • Ameia: As ameias são as partes abertas do parapeiro das muralhas. Sabe aquele parapeito quadriculado, ora com um muro mais alto ora com ele mais baixo? As ameias são as partes rebaixadas do parapeito, destinadas a observação e visualização do lado externo do castelo.
  • Merlões: Ao contrário das ameias, os merlões são as partes mais elevadas do parapeito, localizados entre duas ameias.

E aí, conseguiu lembrar desses aspectos construtivos dos castelos que você já viu em filmes e na televisão? Quando visitar um de verdade, poderá passar por uma seteira e imaginar como é ser um arqueiro de prontidão em sua posição no castelo!

Luxo ou praticidade

Muitos filmes retratam os castelos medievais europeus como luxuosos e recheados de prazeres. Mas não é bem assim.

É importante sabermos que um castelo é diferente de um palácio, por exemplo. Os castelos medievais da Europa possuíam, sim, alguns cômodos e dependências feitos sob medida para que a família do senhor feudal ou do monarca pudesse viver. Mas, em geral, os castelos eram rústicos e seus cômodos largos eram desconfortáveis e práticos, e não exatamente luxuosos como alguns filmes mostram.

Agora que você já conhece o que são e os principais conceitos por trás dos castelos medievais europeus, é hora de conhecer aonde ir e onde estão os melhores castelos para se visitar na europa.

15 castelos medievais para visitar na Europa

Listar alguns castelos europeus em meio aos tantos que se pode visitar é uma coisa que não dá para fazer sem ter de fazer escolhas difíceis. Os 15 castelos abaixo com certeza merecem ser visitados e possuem alguns traços que nos parecem mais distintivos:

1 – Castelo de Windsor, na Inglaterra

Castelo de Windsor é o maior e mais antigo palácio ocupado no mundo. Foto: Mapa de Londres
Castelo de Windsor é o maior e mais antigo palácio ocupado no mundo. Foto: Mapa de Londres

Situado no condado de Berkshire, na Inglaterra, a 1 hora de Londres, este castelo é um dos mais visitados e famosos do mundo. O Castelo de Windsor possui uma arquitetura icônica e é reduto das mais antigas linhagens da monarquia britânica.

A fortaleza é hoje o maior e mais antigo castelo habitado do planeta. Foi construído no século 11, por Guilherme, o Conquistador, na chamada Invasão Normanda. É famoso por ter sido o refúgio da Família Real durante a segunda Guerra Mundial.

2 – Castelo de Dover, na Inglaterra

Castelo de Dover
Dover foi um ponto central de defesa britânica na Segunda Guerra. Foto: iStock, Getty Images

O Castelo de Dover, o Dover Castle, é um castelo medieval inglês situado na localidade de mesmo nome, em Kent. Foi erguido no século 12 e é uma das três fortalezas reais de Kent ( as outras duas são Canterbury e Rochester).

Esses três fortes guardavam a estrada principal que dava acesso a Londres e a Dover.  O Castelo de Dover é conhecido como a “Chave da Inglaterra”, pois cumpriu um papel importante para a defesa de toda Inglaterra ao longo de sua história.

3 – Castelo de Edimburgo, na Escócia

Castelo de Edimburgo
Castelo de Edimburgo parece ainda mais imponente à noite. Foto: iStock, Getty Images

Localizado no cume do Castle Rock, o Castelo de Edimburgo é uma fortaleza situada na cidade de Edimburgo e uma das mais importantes construções do país.

É uma das atrações turísticas mais visitadas de toda a Escócia. O castelo é palco durante o mês de Agosto de uma das mais famosas paradas de bandas militares da Europa, o Edinburgh Military Tatoo.

4 – Torre de Londres, na Inglaterra

Torre de Londres foi erguida na invasão normanda. Foto: Mapa de Londres
Torre de Londres foi erguida na invasão normanda. Foto: Mapa de Londres

Uma das principais atrações turísticas de Londres, a Torre de Londres é um Palácio e fortaleza militar situado às margens do Rio Tâmisa.

A Torre de Londres já foi Casa da Moeda, Zoológico, local de torturas e execuções e hoje dá guarida às Joias da Coroa. Foi erguida a partir da invasão e conquista Normanda da Inglaterra. A Torre Branca, localizada na parte central da fortificação, passou para a história como símbolo de opressão que foi infligida pela corte do Rei Guilherme I.

5 – Castelo de Warwick, na Inglaterra

warwick
Castelo de Warwick preserva arquitetura medieval. Foto: Domínio Público

Erguido por Guilherme, O conquistador, em 1068, o castelo medieval de Warwick fica em uma curva do Rio Avon, na capital do condado de Warwickshire, na Inglaterra.

Até o século 17 a construção foi usada essencialmente como fortificação militar, tendo sido transformada em casa de campo pela família Greville, que se tornaria depois os Condes de Warwick. É considerado um dos principais exemplos de arquitetura militar dos séculos 14 e 15, tendo sido importante na Guerra dos Cem Anos e em outros conflitos.

6 – Castelo de Lincoln, na Inglaterra

Castelo de Lincoln - Castelos Medievais da Inglaterra
Castelo de Lincol é uma das principais atrações medievais na Inglaterra. Foto: iStock, Getty Images

O Castelo de Lincoln é uma surpreendente fortaleza medieval que funcionou como prisão durante os períodos georgiano e vitoriano. Localizado em Lincolnshire, Inglaterra, foi construído em 1068 e já foi retratado em diversas séries, filmes e programas de TV. O mais famoso deles é a série britânica  “Downton Abbey”.

7 – Castelo de Malbork, na Polônia

Castelo de Malbork - Castelos medievais da Europa
Castelo de Malbork é um legado dos Cavaleiros Templários Teutônicos. Foto: iStock, Getty Images

O Castelo de Malbork foi erguido na Prússia, no ano de 1274 pela famosa Ordem dos Cavaleiros Teutônicos. A construção é um complexo militar em estilo gótico situado a pouco mais de uma hora da cidade polonesa de Gdansk. Em 1997 foi declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco. É um dos castelos mais visitados e impressionantes da Europa.

8 – Castelo de Coca, na Espanha

Castelo de Coca - Castelos medievais na Europa
Coca Castillol é um castelo medieval na Espanha. Foto: iStock, Getty Images

O Castelo de Coca foi fundado no século 15 pelo arcebispo de Sevilha. Construído em estilo gótico, é uma imponente construção e desde a década de 1930 do século passado é considerado patrimônio histórico espanhol. Hoje em dia é utilizado como escola para engenheiros florestais, mas ainda é possível fazer visitas e conhecer o museu da fortificação.

9 – Castelo de Bran, na Romênia

Castelo de Bran - Castelos medievais da Europa
Castelo de Bran está ligado ao foclore de Conde Drácula. Foto: iStock, Getty Images

Esse castelo medieval é outro que figura entre os mais famosos da Europa. Sua história está ligado ao folclore e contos sobre o Conde Drácula. Teria sido residência do Príncipe Vlad, o Empalador (daí a sua fama como o Castelo de Drácula). O castelo foi construído pela Ordem Teutônica e está localizado na fronteira entre a Transilvânia e Valáquia.

A região é isolada e o Castelo possui um aspecto assombroso e sombrio, muito condizente com sua fama e folclore.

10 – Monte Saint-Michel, na França

Mont Saint Michel - Castelos Medievais da Europa
Mont Saint Michel é um castelo medieval na Normandia, na França. Foto: iStock, Getty Images

Localizado na foz do Rio Couesnon, França,  é considerado uma das grandes relíquias do período medieval. O castelo-palácio foi erguido em um monte rochoso e possui um aspecto impressionante. Utilizado como convento e palácio, a construção foi fortificada no século 13 e passou a fazer parte de um complexo de três cidadelas históricas: Aigues-Mortes, Carcassonne e Avinhão.

11 – Castelo de Eger, na Hungria

Castelo de Eger - Castelos medievais da Europa
Castelo de Eger foi construído em estilo gótico. Foto: iStock, Getty Images

Construído em estilo gótico, como tantos outros da alta idade média, o castelo de Eger entrou para história ao deter o avanço militar turco na invasão de 1552 da Hungria.  Atualmente há quatro grandes museus e exposições as mais variadas acontecem no castelo. Já teve parte de suas construções destruídas e depois reconstruídas e começou a ser estudado por arqueólogos apenas no início do século 20. É um dos principais monumentos medievais da Hungria.

12 – Castelo de Corvin (Hunyadi), na Romênia

Castelo de Corvin - Castelos Medievais da Europa
Castelo de Corvin já deu guarida a personagens assustadores. Foto: iStock, Getty Images

Localizado em Hunedoara, na Romênia, este é, junto ao Castelo de Bran, um dos principais do país. Teria sido neste castelo que Vlad III (o mesmo do Castelo de Bran, conhecido como O Empalador) ficou preso por 7 anos. Foi construído em estilo gótico, mas também possui traços barroco e renascentista em sua arquitetura.

13 – Castelo de Praga, na República Tcheca

Castelo de Praga - Castelos medievais na Europa
Castelo de Praga é um dos mais belos da Europa. Foto: iStock, Getty Images

O Castelo de Praga está situado na capital da República Checa. Localiza-se na Colina Hradcany, elevação conhecida por ter sido o lugar de fundação da cidade. O castelo fica às margens do rio Vltava. Erguido no século 9, é uma das construções mais importantes de todo o país e atual residência presidencial.

14 – Castelo de Eltz, na Alemanha

Castelo de Eltz - Castelos medievais da Europa
Castelo de Eltz é um dos castelos mais visitados da Alemanha. Foto: iStock, Getty Images

Um dos mais visitados castelos da Alemanha, o Burg Eltz, como é chamado por lá, foi erguido no século 12 e está localizado no estado da Renânia-Palatinado. É conhecido por ter permanecido ileso durante as guerras dos séculos 17 e 18. O castelo está situado no meio de um vale e circundado pelo rio Eltz.

15 – Castelo de Frankenstein, na Alemanha

Castelo de Frankenstein - Castelos medievais da Europa
Castelo de Frankenstein é uma fortaleza que guarda muitos segredos. Foto: Pascal Rehfeldt, CC BY-SA 3.0

Mais um castelo envolto em lendas e folclore, o Castelo de Frankenstein está localizado no estado de Hesse, na Alemanha. Atualmente a construção está em ruínas e é ainda assim uma importante atração turística. Consta que teria sido lá que o alquimista Johann Conrad Dippel teria feito e pesquisas e experimentos com cadáveres. A escritora Mary Shelley se inspirou nessas histórias para escrever e eternizar a história de Frankenstein que você provavelmente já leu ou assistiu em um de seus inúmeros formatos.

E aí, curtiu conhecer um pouquinho dos principais castelos medievais da Europa? Como está o seu roteiro de viagem? Deixe um comentário.

Rei Arthur e os Cavaleiros da Távola Redonda: Lenda ou Realidade?

Sabe aquela história que vive sendo recontada no seu círculo de amigos ou em sua família mas que ninguém tem certeza de que é verdade? A jornada do Rei Arthur e os Cavaleiros da Távola Redonda pode ter começado assim. Ninguém sabe se as aventuras Arthurianas possuem algum embasamento em acontecimentos reais ou se são completamente fabricadas.

Arthur e os cavaleiros da Távola Redonda foram citados em livros durante a Idade Média e posteriormente. Sabe-se que havia uma tradição oral que transmitia no tempo os contos sobre o lendário herdeiro de Excalibur, a espada que só poderia ser empunhada pelo verdadeiro rei da Grã-Bretanha.

Você já deve ter visto ou ouvido falar no filme sobre Rei Arthur, certo? A história, ou parte dela, você também provavelmente já deve conhecer e saber mais ou menos do que se trata.

Mas se você quer realmente entender o que existe de fato por trás dessas crônicas fantásticas e o que é mito ou realidade, conhecer a história com mais detalhes e saber curiosidades sobre a melhor adaptação feita para cinema, continue lendo esse texto que, ao final, as crônicas e os acontecimentos em torno delas estarão na ponta da sua língua. Vamos lá.

Rei Arthur e os Cavaleiros da Távola Redonda – Mito ou verdade?

Rei Arthur e os Cavaleiros da Távola Redonda
Rei Arthur e seus cavaleiros na távola redonda. Foto: iStock, Getty Images

Não são poucos os mitos e lendas que se difundiram na época da Idade Média. Você se lembra de Robin Hood? Ele também é outra figura cuja existência histórica é muito discutida e contestada. Por toda a Europa da Idade Média histórias como a de Robin Hood e Rei Arthur foram escritas.

A seguir, vamos descobrir de onde foram tiradas as histórias de Arthur e os Cavaleiros da Távola Redonda.

Os livros do Rei Arthur que chegaram até nós

A existência histórica do Rei Arthur é objeto de discussão até os nossos dias. As crônicas que chegaram até nós se mantiveram vivas principalmente devido ao folclore transmitido de forma oral pelo povo e também pela literatura, com destaque para quatro trabalhos que são basilares para o que conhecemos sobre o Rei Arthur e seus Cavaleiros. São eles:

  • História dos Bretões (Historia Brittonum), escrito no século 9.
  • Anais da Câmbria (Annales Cambriae), escrito no século 10.
  • Historia Regum Britanniae (História dos Reis Britânicos) de Geoffrey de Monmouth, escrito no século 12.
  • Lancelote, o Cavaleiro da Carreta; Perceval ou O Conto do Graal; Ivain, o Cavaleiro do Leão; Erec e Enida;

Todos esses livros foram escritos por Chrétien de Troyes, poeta francês do século 12 que adicionou aos contos de Monmouth as figuras de Lancelote e o Conto do Santo graal.

Os livros História dos Bretões e Anais de  Câmbria, trabalhos pseudo-históricos que retratam de maneira um tanto fantasiosa o desenvolvimento de acontecimentos nas ilhas britânicas, são onde o nome de Arthur e suas batalhas aparecem pela primeira vez registrados.

Antes do livro de Geoffrey de Monmouth já havia contos, poemas e lendas do folclore popular que faziam referências a Arthur, como os dos livros citados acima,  mas é o Historia Regum Britanniae que é considerado como ponto de partida para as histórias dos guerreiros e batalhas de Arthur.

O próprio livro de Geoffrey é tido como uma coleção de poemas e contos do folclore britânico que já existiam na época em que foi escrito. No História dos Reis Britânicos, arthur é descrito como um Rei guerreiro britânico que lutou e derrotou os saxões que haviam invadido a Grã-bretanha.

Muitos personagens e eventos que atualmente estão incorporados na história de Arthur se originaram no livro de Geoffrey, entre eles: Uther Pendragon (pai de Arthur), o mago Merlim, a lendária espada Excalibur e as batalhas finais de Camlann contra Mordred em Camelot.

Outros elementos que estão hoje plenamente incorporados às lendas originais, como o Santo Graal e o também lendário guerreiro Lancelote foram adicionados por Chrétien de Troyes, ao final da Idade Média, e hoje são retratados nas adaptações cinematográficas, literárias e teatrais.

Assim se consolidou uma das mais populares crônicas medievais de nosso mundo. Até os dias de hoje os feitos e batalhas de Rei Arthur em conjunto com seus cavaleiros são inspiração para muitas criações contemporâneas no cinema e outras áreas artísticas e culturais.

Rei Arthur: Mito ou verdade?

Lendas Arthurianas
Coleção de selos do Rei Arthur. Foto: iStock, Getty Images

E aí, o que você acha? Se os livros de Geoffrey e Troyes existem mesmo, será então que a história é verdadeira? A resposta: Não exatamente.

Por mais apelativo que seria se uma figura como o Rei Arthur e a poderosa Excalibur tivessem realmente existido, o fato é que os livros mais antigos nos quais esse personagem é mencionado são obras recheadas de elementos fantásticos e mitológicos.

Se por um lado livros como o Historia Brittonum são fontes importantes para a historiografia moderna devido à escassez de registros escritos daquela época, por outro é muito difícil tomar os seus escritos como verdadeiros sem a existência de registros arqueológicos ou outras comprovações históricas.

Os livros de Chrétien de Troyes por sua vez, consistem em romances de cavalaria, um gênero literário popular na idade média mas que não possui objetivos ou preocupações historiográficas.

Não foram encontrados registros arqueológicos ou evidências físicas de que o Rei Arthur e seus cavaleiros tenham realmente existido na forma com que os mitos e folclore os retratam. Por mais que seja tentador acreditar nos relatos das crônicas histórico-mitológicas da Idade Média, o mais sensato é considerar a figura de Rei Arthur como provavelmente mitológica ou, no mínimo, uma figura cuja existência ainda carece de evidências reais.

História do Rei Arthur

Existem versões diferentes para a história do Rei Arthur devido às diversas fontes de autores distintos e à sua origem no folclore oral que naturalmente gerava fatos diferentes e incorporava sempre novas mudanças e adaptações. São duas as versões principais sobre a lenda do Rei Arthur. 

A versão da Excalibur

Nesse relato, Uther Pendragon, pai de Arthur, fora perseguido em uma emboscada e antes de morrer enfiou a espada excalibur numa pedra, dizendo que quem conseguisse retirá-la dali seria o novo Rei da Bretanha. A partir da difusão das notícias, começou-se a ser organizado torneios entre os guerreiros do reino nos quais os vencedores tentavam retirar a espada da pedra.

Arthur, à época criado por Ectório, servia como pajem de Cai, filho mais velho de Ectório. Consta que Arthur teria perdido a espada de Cai e ao ver a excalibur fincada na pedra, tentou retirá-la e conseguiu tranquilamente empunhá-la.

Com a retirada da espada, algumas pessoas juraram fidelidade a Arthur como Rei, outras se recusaram, dando início a uma guerra ao fim da qual Arthur teria unificado o Reino. Nessa lenda, o famoso mago Merlin é pai de Ingraine, mãe de Arthur, e também conselheiro de Uther Pendragon e do próprio Arthur depois que o mesmo se torna rei.

Depois de assumir o controle do Reino, Arthur instituiu a Ordem da Távola Redonda, um conjunto dos melhores guerreiros do Reino que em suas reuniões se sentavam em volta de uma távola circular para representar a igualdade entre todos os membros da ordem.

A versão das Brumas de Avalon

Na versão das Brumas, Viviane, Sacerdotisa de Avalon, teria obrigado que Igraine, sua irmã mais nova e futura mãe de Arthur se deitasse com Uther Pendragon para que ele pudesse ter um filho. Mesmo Igraine sendo casada com Galois, Uther Pendragon a engravidou de Arthur.

Quando Uther morreu, arthur foi coroado Rei por meio do ritual do gamo-rei, no qual recebeu a espada Excalibur, cuja bainha, confeccionada pelas sacerdotisas de avalon conferia proteção contra ferimentos e outros acidentes. Munido da espada, Arthur e seus cavaleiros mantiveram o reino unido.

Em algumas lendass, a verdadeira missão de Arthur e seus cavaleiros, fiéis à igreja católica, teria sido partir em busca do Santo Graal, o cálice com o qual Cristo fez a última ceia. Essa parte da crônica se popularizou a partir do século 12, com os livros de Troyes.

Outros personagens importantes:

Os personagens mais importantes das lendas Arthurianas, isto é, do conjunto de escritos e contos sobre o rei Arthur e seus cavaleiros, são:

  • Lancelote: É filho de Viviane, Sacerdotisa de Avalon e, portanto, primo do rei Arthur. É considerado o melhor guerreiro de todos os cavaleiros da Távola Redonda. Teve um romance proibido com Guinevere, esposa do rei Arthur, e por conta disso foi expulso da Ordem da Távola Redonda.
  • A Rainha Guinevere: Esposa do Rei Arthur, viveu um romance proibido com Lancelote, chefe da cavalaria do Rei e melhor guerreiro da Ordem da Távola  Redonda
  • Mordred: Filho de Arthur com Morgana, nascido da cerimônia do Gamo-Rei, na qual Arthur e Morgana entregaram os corpos aos Deuses para conceber um filho. Também foi cavaleiro da Távola Redonda e foi o responsável por revelar o segredo proibido de Lancelote e Guinevere.
  • Morgana: Morgana era a irmã mais velha de Arthur e foi dada a ele na cerimônia do Gamo-Rei, na qual Mordred, filho dos dois irmãos foi concebido.

Excalibur

Sem dúvida um dos motivos pelos quais os contos do Rei Arthur são populares até hoje, a mágica espada Excalibur é tão representativa que parece uma sacada dos melhores diretores de cinema moderno. Com certeza você já ouviu falar dessa lenda.

Fincada em uma pedra de forma que nenhum guerreiro conseguiria retirá-la, é a espada que escolhe o seu dono. (Para quem já leu Harry

Segundo a lenda, esse dono seria o verdadeiro rei da Bretanha. Coube a Arthur, em uma das versões de sua lenda, retirar a espada da pedra e se sagrar novo rei dos britânicos. Essa é a lenda como tradicionalmente contada em uma das versões. No entanto, algumas fontes apontam que o nome correto da espada fincada na pedra é “Espada na Pedra da Lua”, sendo que Excalibur é nome dado à Espada entregue a Arthur após a cerimônia do Gamo-Rei, segundo a versão das Brumas de seus contos.

Comumente é utilizada apenas Excalibur para se referir à espada mágica do lendário Rei Arthur. É uma bela ideia, você não acha? Uma espada mágica que escolhe o seu próprio dono para que só possa ser empunhada pelo verdadeiro rei da Bretanha. Não havia cinema na Idade Média, mas a crônica de Excalibur parece ter sido feita sob medida para as telas modernas de nosso tempo.

Rei Arthur, o filme

Você gostou do que aprendeu até agora? Gosta de cinema também? Então temos boas notícias para você. Em 2017 uma nova adaptação para a história do Rei Arthur será lançada para as telas dos cinemas. Trata-se de Rei Arthur – A lenda da Espada, que como o próprio nome já diz, foca na lenda da mágica espada do Rei Arthur.

No novo filme, Arthur, interpretado por Charlie Hunnam, é apresentado como um jovem que vive nas ruas e desconhece o seu fabuloso destino até encontrar a Excalibur. A espada o escolhe e a partir dali uma luta pessoal começa e se expande posteriormente em uma luta maior pela unificação de seu povo.

Exatamente a história que você aprendeu aqui nesse texto, não é mesmo ? O filme está previsto para ser lançado em 18 de maio. Fique de olho, e prepara-se para pôr em prática os conhecimentos adquiridos nessa leitura.

Explore essa história na Inglaterra

Se você estiver de malas prontas ou pensando em viajar para a Inglaterra, com certeza deve estar imaginando quais atrações históricas e turísticas relacionadas às lendas do Rei Arthur você pode visitar por lá. Existe uma atração em particular que está diretamente relacionada a essa narrativa, as ruínas de Tintagel.

Tintagel nada mais é do um vilarejo localizado na costa da Cornualha. A cidade guarda um castelo em ruínas que é associado à lenda do Rei Arthur. É o principal centro turístico da Cornualha atualmente.

Lembra do Geoffrey Monmouth? O escritor medieval que escreveu sobre as crônicas do Rei Arthur? Foi exatamente ele quem citou essa cidade e castelo como sendo o local de origem do monarca.

Agora que você conhece a história e as discussões por trás dela, que tal ler os livros que mantêm vivas essas lendas? É bom ler antes que a trama chegue ao cinema, ainda neste ano 🙂

Tudo sobre a Inglaterra: da libra esterlina à Rainha Elizabeth II

Você conhece a Inglaterra?

Falar de Brexit e Premier League apenas não vale. Você conhece a moeda, a monarquia e a diferença entre Inglaterra, Grã-bretanha e Reino Unido?

O principal país das ilhas britânicas não se resume à sua conturbada relação com os vizinhos continentais e à poderosa liga de futebol nacional. Saber tudo sobre a Inglaterra não é para qualquer um. A terra natal de Shakespeare é rica e multifacetada, e não é à toa que tem atraído visitantes do mundo inteiro para conhecer sua cultura e atrações turísticas.

Nos próximos parágrafos, caminharemos por território anglo-saxão. Vamos ajudar você a entender melhor esse país fantástico e ao final você vai estar sabendo tudo, ou melhor, quase tudo sobre a Inglaterra, afinal de contas, uma nação tão rica e herdeira de tantos reis e rainhas não cabe em apenas um post como este.

Onde fica a Inglaterra

Vamos começar a conhecer a Inglaterra literalmente viajando até lá. Claro que você não precisa comprar uma passagem aérea para ler esse texto – uma breve visita ao Google Maps já basta para início de conversa. Aliás, é exatamente o que vamos fazer para conhecer onde fica nosso destino. Vejamos o que os mapas nos dizem sobre a localização geográfica do povo inglês.

Map of Great Britain
Grã-Bretanha

Inglaterra, basta digitar o nome do país que em poucos segundos você verá um arquipélago formado por duas ilhas principais. Uma maior, à direita, e outra um pouco menor. O conjunto de ilhas está ali espremido entre o Atlântico Norte, à oeste, o Mar do Norte e uma estreita faixa de marítima que separa o continente europeu das ilhas britânicas.

Você viu que a palavra norte já apareceu mais de uma vez, não é mesmo? Não é para menos, a Inglaterra está localizada na maior ilha do arquipélago britânico e é um dos países mais setentrionais da Europa.

Não foi à toa que os Vikings escandinavos e dinamarqueses resolveram fazer algumas excursões por lá em diferentes períodos da história. Os países mais frios da Europa estão bem ao alcance dos ingleses. Noruega, Suécia e Finlândia estão um pouco mais ao norte, separados pelas águas geladas e ricas em petróleo do Mar do Norte. A Dinamarca, Norte da França e Países Baixos são as nações continentais mais próximas, localizados à sudoeste do arquipélago.

Roteiro em Londres

Outros nomes que você verá no mapa serão: País de Gales, Escócia, Irlanda do Norte e Irlanda. Estes são os demais países que junto com a Inglaterra compõem o conjunto das ilhas britânicas.

Agora você sabe onde fica a país que inventou o futebol moderno e quem está ao seu redor. Já deu o primeiro passo para conhecer tudo sobre a Inglaterra.

Inglaterra, Grã-Bretanha ou Reino Unido

Você está aqui para conhecer a Inglaterra, correto? Ou seria a Grã-Bretanha? ou talvez o Reino Unido? Ou ainda, as Ilhas Britânicas ? Todos esses termos são muitas vezes usados de forma intercambiável, fazendo referência ao mesmo lugar. Mas não é bem assim. Apesar de todos esses nomes indicarem lugares vizinhos e em grande medida se sobreporem em alguns casos, eles delimitam territórios diferentes. Vejamos quais as diferenças.

Ilhas Britânicas ou Arquipélago Britânico

É o arquipélago localizado no Mar do Norte, próximo aos países escandinavos e norte da França. É formado pela Grã-Bretanha, maior ilha do arquipélago, Irlanda e Irlando do Norte, que formam a segunda maior ilha, e outras muitas pequenas ilhas adjacentes e próximas.

Grã-Bretanha

A Grã-Bretanha é a maior Ilha do Arquipélago Britânico. Nesta ilha estão localizados a Inglaterra, a Escócia e o País de Gales.

Grã-Bretanha no mapa
Grã-Bretanha é a maior ilha britânica. Irlanda é a segunda maior. Arte sobre Google Maps

Reino unido

Chamado oficialmente de Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte, o Reino Unido é uma união política formada por quatro países constituintes: Inglaterra, País de Gales, Escócia e Irlanda do Norte. Compreende toda a Grã-Bretanha e a parte nordeste da ilha da Irlanda e ainda várias outras ilhas menores. O governo é um sistema de monarquia parlamentar sediado em Londres, onde está situado o parlamento. O atual chefe de estado do Reino Unido é a Rainha Elizabeth II e o chefe de governo é a primeira-ministra Theresa May.

Inglaterra

A Inglaterra é o maior país constituinte do Reino Unido. Localizado na Grã-Bretanha, faz fronteira a oeste com País de Gales e a norte com a Escócia. Outras mais de 100 ilhas menores também fazem parte da Inglaterra. Sua capital é Londres e sua população está estimada em mais de 50 milhões de habitantes.

Agora quando você viajar para Londres não cometerá equívocos na hora de fazer referências aos países da região. Um passo importante para conhecer a Inglaterra.

Moeda da Inglaterra

Não se faz nada sem algumas notas na carteira e apesar de os cartões estarem substituindo cada vez mais o dinheiro em espécie, possuir alguma reserva física durante viagens é uma recomendação importante. A Inglaterra possui uma moeda forte, herdeira de uma rica tradição financeira que remonta ao Império Britânico do século 19: A libra esterlina.

A temida Libra Esterlina. Foto: Mapa de Londres
A temida Libra Esterlina. Foto: Mapa de Londres

Um dos países que não decidiu entrar na união monetária promovida pela União Européia e agora com o Brexit (vide próxima seção), a Inglaterra paga tributo à força da libra esterlina e sua história no sistema financeiro mundial.

No momento da redação desse texto, uma unidade da moeda inglesa equivalia a R$3,89, mais valorizada que o Euro (R$ 3,32) e significativamente mais forte que o dólar (R$ 3,12).

A Libra esterlina

A libra esterlina, ou simplesmente libra, é a moeda oficial de todo o Reino Unido. Foi adotada oficialmente em 1971, mas o nome libra já era usado desde há muito tempo e não apenas no Reino Unido. Em 15 de fevereiro de 1971, uma libra esterlina passou a valer 100 pence.

Antes dessa data a divisão não era exata e um libra valia o equivalente a 20 shillings, com cada shilling valendo 12 pence. Ou seja, antes da adoção do sistema decimal, uma libra valia 240 pence. O Penny (singular de pence) é a menor unidade da moeda inglesa. É o “centavo” da libra esterlina. O Schilling foi extinto em 1971.

Ao contrário do Real brasileiro, a libra pode ser emitida por mais de um banco. Tanto os bancos da Inglaterra como os da Escócia atuam em coordenação para tal.  O símbolo da libra esterlina é o “£ (Sterling)“. Ao conversar com um inglês provavelmente você deverá usar o termo English pound ou simplesmente pound para se referir à moeda inglesa.

Na Inglaterra são usadas notas de £5, £10, £20 e £50. Na escócia também há notas de £1 e £100.

Inglaterra e o Brexit

Agora vamos falar de um assunto que você com certeza já ouviu falar. Provavelmente até conversou sobre isso com amigos e familiares. Estamos falando da saída do Reino Unido da União Europeia, o chamado Brexit.

Theresa May
Manifestantes em Londres pedem para ficar na União Europeia: “MAY WE STAY?”. Foto: iStock, Getty Images

O que é o Brexit

Conjunção dos termos Britain (Bretanha) e exit (saída), Brexit designa o referendo que foi realizado em 23 de junho de 2016 no qual mais de 30 milhões de pessoas votaram para decidir se o Reino Unido deveria continuar na União Europeia ou não. A votação acabou por terminar com a vitória dos que defendem a saída do Reino Unido da organização europeia.

Repercussão e votação

Junto com a eleição do Republicano Donald Trump para a presidência dos EUA, o Brexit foi o acontecimento político mais importante desde 2016 até agora. Inclusive, esses dois fatos são vistos como frutos de um deslocamento de forças poĺíticas que acontece em âmbito global.

O então primeiro ministro, David Cameron, era defensor da permanência na União Europeia. A derrota no referendo fez que com que ele abrisse mão de seu cargo, renunciando pouco depois do resultado do referendo. A opositora e defensora do Brexit, Theresa May, sucedeu Cameron no comando político do Reino Unido e é quem atualmente dá seguimento ao processo de desvinculação da UE.

A votação foi extremamente apertada. Veja abaixo:

  • Saída da UE: 17.410.742, ou  51,9% do total de votos válidos;
  • Permanência na UE: 16.141.241, ou 48,1% do total de votos válidos.

Não é para menos. O referendo envolveu uma forte polarização nos britânicos e no mundo todo. As campanhas pró e contra a permanência fizeram críticas pesadas uma às outra e todo o povo do Reino Unido se viu envolvido nas discussões sobre qual seria o destino da relação política com a organização supranacional europeia.

O mundo acompanhou de perto o referendo e o resultado. O Brexit foi entendido como uma derrota importante da UE e do movimento europeu como todo e uma vitória dos movimentos de cunho mais nacionalista e antiglobalização.

O mundo ficou atônito pois a partir dali não se sabia se outros países poderiam ou não trilhar o mesmo caminho, principalmente devido ao extenso ano eleitoral que segue desde então. A Holanda realizou eleições em março e os líderes que defendem um movimento semelhante ao Brexit foram derrotados. França e Alemanha, as duas nações que compõem a espinha dorsal da UE, terão eleições gerais em 2017 e o mundo observa atento a possibilidade de partidos de oposição e antieuropeus alcançarem ainda mais influência.

A monarquia na Inglaterra

Falar de Inglaterra e não falar de seus Reis e Rainhas é impossível. O que você sabe sobre a famosa Monarquia Parlamentar ? A princípio o nome é até um pouco estranho, como uma Monarquia pode ser parlamentar ? Vamos entender isso agora.

Queen Elizabeth II
Poderosa, a Rainha Elizabeth II é a proprietária legal de um sexto da superfície terrestre. Foto: iStock, Getty Images

Vida longa ao Rei – Vida fácil ou difícil?

Na verdade, os monarcas britânicos não tiveram vida fácil ao longo da história. O poder absoluto dos reis Ingleses foi muito contestado mesmo durante o fim da Idade média e durante a Idade Moderna (séculos 16 a 19). Em 1215 o rei João assinou a Carta Magna, um dos documentos mais importantes da história política do ocidente. Foi um marco pois limitava o poder absoluto do monarca e o proibia de criar novos impostos sem a aprovação do Grande Conselho (órgão formado por membros do clero e da nobreza). Esse documento é visto como ponto de partida para o desenvolvimento dos atuais sistemas constitucionais.

Apesar disso os monarcas Ingleses exerceram o papel de chefe de estado e de governo por muito tempo. É considerado como primeiro chefe de governo eleito pelo parlamento o político Robert Walpole, 1.º Conde Orford, que comandou o parlamento e o governo de 1721 a 1742. Portanto, desde a aprovação da Carta Magna em 1215, foram mais de 500 anos nos quais o monarca inglês além de chefe do Estado era também chefe do governo.

Desde a Carta Magna passando pelas revoluções Inglesas do século 17, a Monarquia ora teve um papel de maior influência política e ora de menor poder sobre os destinos do País.

Atualmente a Inglaterra vive uma Monarquia Parlamentarista, na qual a Rainha Elizabeth II possui um papel simbólico de chefe de estado, é ela quem atribui honrarias e títulos honoríficos por exemplo, além de representar o Reino Unido em outros países e eventos internacionais. O comando do governo e da política do país em si está à cargo do Primeiro Ministro eleito pelo parlamento, que por sua vez é eleito pelo povo Inglês em eleições gerais.

Apesar do papel simbólico e representativo da monarquia atual, a Família Real Britânica é popular e amplamente respeitada pelo povo inglês. Apesar de eventuais movimentos de contestação e polêmicas que afloram vez ou outra, não há sinais de que a dinastia dos Windsor (família da atual monarca) deixará de cumprir com seu papel ainda por muitos anos.

Você já imaginou como seria ter uma Família Real no seu País? Os brasileiros que viveram na época do Império souberam o que era viver sob a política de um monarca, ainda que não fosse dentro de um regime parlamentarista. Quem sabe uma visita à Inglaterra não permitirá experimentar a sensação viver sob a representação de uma rainha?

Turismo na Inglaterra

Depois de conhecer um pouco de todas essas facetas da Inglaterra não é difícil de imaginar o porquê de tantas pessoas viajarem para esse país todos os anos. Além de toda a importância política, econômica e histórica, a Inglaterra é um dos principais destinos turísticos da Europa.

London Eye à noite
Vista de Westminster, em Londres, à noite. Foto: Mapa de Londres

Para fazer turismo você não precisa conhecer tudo sobre a Inglaterra. Claro que depois desse texto você vai estar um pouco mais apaixonado e sábio sobre o povo inglês, mas as atrações turísticas de Londres e de toda a Inglaterra valem a pena por si só.

Veja abaixo algumas das razões pelas quais o apelo do turismo na Inglaterra é tão forte:

  1. Não é necessário visto e nem seguro de saúde. Vistos e seguros sempre dão um trabalhão para providenciar. Para fazer turismo na Inglaterra, você precisa passar por uma entrevista apenas, mas não é necessário um visto formal. Seguro de saúde, embora sempre recomendado, também não é uma exigência formal do país.
  2. Grande parte das atrações em Londres são gratuitas. Isso mesmo! Os principais museus como o Museu Britânico e a National Gallery, os parques reais e as feiras urbanas são públicos e não precisa pagar para entrar. Os famosos pubs ingleses, recheados de cervejas Porter e Stouts também são gratuitos.
  3. Atrações turísticas variadas: Stonehenge, cidades universitárias de Cambridge e Oxford, praias em Brighton e Bournemouth, atrações naturais em Dover e, é claro, Londres, uma das mais fantásticas metrópoles do mundo.

Esses são só alguns dos motivos que fazem a Inglaterra um destino turístico de ponta. A terra natal dos Beatles tem muito a oferecer e para conhecer. Agora que você já sabe quase tudo sobre a Inglaterra, talvez já esteja dando aquela vontade de pesquisar como estão as promoções de passagens aéreas e outras atrações turísticas, não é mesmo? Pois não perca tempo, a viagem vale a pena e você já sabe mais do que imagina sobre seu destino.

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15 cidades da Europa para o seu roteiro de viagem

Escolhendo cidades da Europa para o seu roteiro de viagem? Essa é uma sensação ótima, mas uma decisão difícil. São tantos lugares lindos, charmosos e cheios de história, que fica muito complicado eliminar algum deles.

Mas calma: este post vai ajudar.

Todo os anos milhares de pessoas de todo o mundo arrumam as malas e vão para a Europa em busca de suas cidades turísticas, atrações históricas e seus símbolos culturais.

Para fazer um belo roteiro que garante uma viagem completa e genuinamente europeia, você conhecerá neste texto 15 cidades na Europa que você deve considerar incluir em suas próximas jornadas.

Neste post, selecionamos cinco cidades da Europa em alta para 2018, cinco entre os destinos mais belos no continente e cinco lugares históricos que você precisa conhecer de perto.

Por que viajar para cidades da Europa

Primeiro, é interessante compreender o apelo de viajar para a Europa.

É claro que cada continente e cada país possui as suas atrações e com certeza todos eles têm algo de legal para conhecer e curtir. Escolher a Europa e suas cidades como destino não significa relegar os demais continentes ao segundo plano. Mas cá entre nós, o solo europeu tem algo de especial e algumas boas razões para ser visitado que outros lugares não possuem.

Confira algumas delas:

  • A Europa é segura –  Essa não poderia deixar de ser a primeira razão. As cidades da Europa são muito mais seguras do que as cidades do Brasil. Mesmo a Ásia, que abriga Japão e Coréia, dois dos países mais seguros do mundo, não possui números tão bons quanto os europeus.
  • União Europeia não exige Visto – Nós, brasileiros, não precisamos tirar visto para viajar aos países membros da União Europeia. Basta seu passaporte atualizado (com validade de nove meses depois da chegada) e seguro de viagem (que é recomendado mesmo que não fosse exigido). Imagine ter que tirar visto para todos os países que você quiser incluir em seu roteiro. A Dor de cabeça e gastos extra com certeza não seriam uma grande motivação.
  • Fácil de conhecer e de viajar para vários lugares – Os europeus construíram uma malha de transportes eficiente e altamente interligada. Além de ser fácil de se locomover por modais de transporte diferentes (trem, avião, carro, ônibus, etc), você pode rodar vários países diferentes na mesma viagem com uma facilidade dificilmente encontrada em outros lugares.
  • Riqueza cultural, histórica e arquitetônica – Não é exagero dizer que as cidades da Europa são berços da cultura ocidental e, por extensão, da cultura globalizada do nosso mundo atual. Foi lá que a revolução industrial e os grandes acontecimentos que moldaram o mundo nos últimos séculos se concentraram. E isso é visto a céu aberto por lá. As cidades são grandes museus ao ar livre e os centros de arte e cultura são simplesmente os melhores do mundo.
  • A comida, sim, a comida – Falar da culinária que você terá acesso em qualquer cidade da Europa é chover no molhado. Mas sim, essa é uma das razões que fazem a viagem tão especial. Itália, França, Espanha, Alemanha e todos os demais países possuem uma tradição gastronômica imponente e de dar água na boca. A Itália talvez seja o maior ícone da culinária europeia. Seus pratos são tão apreciados que praticamente já fazem parte da cultura global. Lembre-se de não ter vergonha de comer bem quando estiver por lá.

Essas são algumas ótimas razões para você se convencer que a Europa é um destino especial e tem tudo para fornecer uma viagem memorável. Agora que você está mais convencido de sua escolhida, vamos te ajudar a escolher as melhores cidades para visitar no Velho Continente.

Cidades da Europa em alta em 2018

Todos os anos algumas cidades da Europa se destacam, seja pelo seu eventual custo-benefício seja por algum evento internacional ou esportivo. As cidades da Europa em alta em 2018 são muitas. Sempre são, afinal de contas, estamos falando da Europa. Para este ano nós temos 5 grandes destinos recomendados:

1 – Glasgow, Escócia

Catedral de Glasgow_publico
Catedral de Glasgow é um monumento remanescente da Idade Média. Foto: Domínio Público

A Escócia é um país cuja visita pode ser casada com Londres e outras cidades Inglesas. A sua capital Glasgow é uma dessas cidades que ostenta uma atmosfera tão própria que é difícil não se lembrar de cada detalhe da viagem mesmo anos depois.

Além de ser mais barato do que Londres e outros centros Ingleses, Glasgow possui muitos passeios gratuitos, especialmente aos seus museus e prédios históricos. Apreciadores da companhia de um bom whisky irão adorar a cidade. A música local também é muito característica e é outra das coisas que ficam marcadas na memória

2 – Córdoba, Espanha

Outrora Córdoba foi o maior e mais vibrante centro cultural da Europa. Sua herança muçulmana e judia e seu aspecto histórico a faz um destino obrigatório para quem passa pela espanha (os outros dois são Barcelona e Madri). A principal atração é a Mesquita-Catedral de Córdoba.

3 – Utrecht, Holanda

A apenas 30 minutos de Amsterdam,  Utrecht é uma cidade mais jovem e estudantil, e como tal, também tem preços condizentes com seu público (o que é ótimo para nós viajantes). A cidade possui uma bela vida noturna e é um ótimo destino para descansar e aproveitar mais restaurantes e bares do que passeios cansativos e longos.

4 – Montpellier, França

Essa é uma cidade mediterrânea, tal como as demais dessa lista é mais em conta do que a capital de seu País, no caso, Paris. Como toda cidade francesa, dispõe de cafés e boulevards convidativos e cultos. O centro histórico, o Musée Fabree, o distrito de Antigone e o Jardin des Plantes são as principais atrações da cidade.

5 – Leipzig, Alemanha

Johann Sebastian Bach, Richard Wagner e Friedrich Nietzsche. Você conhece algum deles? É claro que sim. Não só eles como também Goethe, talvez o maior escritor da literatura alemã. Todos eles têm algo em comum: Leipzig. A “cidade dos heróis” como é chamada pelo papel que teve na queda do muro de Berlim, é uma cidade mais barata do que a central Berlim e ótima pedida para 2017. Dentre suas atrações estão sua arquitetura variada, a efervescente cena jovem e belas paisagens naturais com florestas e lagos

Gostando dos destinos? Que ótimo! Mas não pare por aqui. Temos mais sugestões logo abaixo.

5 das cidades mais belas da Europa

Abaixo, confira uma lista com cinco das cidades europeias mais bonitas e encantadoras:

1 – Paris

Paris é uma das principais cidades da Europa
Paris é uma cidade apaixonante. Foto: iStock, Getty Images

A capital francesa dispensa grandes apresentações. A popularidade da torre Eiffel, do museu do Louvre, do Arco do Triunfo e da avenida Campos Elísios é tão grande que quase não é necessário citar que são as maiores atrações da cidade. Paris é uma cidade cara, mas que se paga. Seja você um poeta buscando inspiração ou um jovem buscando a abundante vida noturna do boêmio bairro de Montmartre, Paris vale cada centavo de euro que você deixa por lá.

2 – Londres

Londres é uma das grandes capitais da Europa. Sede do Parlamento britânico e detentora de uma história rica e de uma vibrante vida cultural. Os passeios pelos museus (a maioria com entrada gratuita) e por seus pubs a tornam ideal tanto para viagens em família como para diletantes em busca de experiências pessoais únicas.

A libra esterlina é uma moeda cara, mas se você souber aproveitar os passeios gratuitos pela cidade a visita acaba saindo por um preço muito menor do que você poderia imaginar.

3 – Barcelona

Terra natal do Barça e capital da Catalunha, Barcelona é passagem obrigatória de quem vai à península ibérica. Cidade ao mesmo tempo litorânea e montanhosa, moderna e tradicional, é também um centro cosmopolita e com um cardápio de atrações turísticas que não merecem uma visita rápida.

Faça questão de reservar alguns dias, no mínimo, para rodar pela cidade e dedicar a atenção que a mesma merece. De quebra, um jogo decisivo pelo campeonato espanhol em pleno Camp Nou pode coroar a visita com chave de ouro.

4 – Praga

Capital da República Checa, Praga é um dos centros urbanos europeus indicados para quem gosta de riqueza arquitetônica e vida cultural. Situada às margens do rio Vltava, a capital também conhecida como “Cidade das cem cúpulas” junta as duas melhores coisas de se viajar às cidades do leste europeu: é muito mais barata do que as capitais do oeste e é tão turística quanto.

Além de fazer bem para você e seu roteiro de viagem, Praga também pode ajudar a equilibrar as despesas de se conhecer os principais destinos turísticos como Paris e Londres.

5 – Moscou

A capital russa, Moscou, é uma cidade imponente e bela de tirar o fôlego. Mas nem sempre figura entre as mais visitadas do mundo. O fato de a Federação Russa não ser exatamente muito simpática aos olhos da maioria dos europeus e outros países às vezes faz com que as cidades do países sejam preteridas em favor das concorrentes do oeste. No entanto, não há dúvidas que se trata de um grande centro de turismo.

O teatro Bolshoi (grande teatro, em russo), o Kremlin e a catedral de Santa Sofia são atrações tão conhecidas quanto o Louvre e o Arco do Triunfo. Detentora de uma moeda desvalorizada, o Rublo, a Rússia pode ser um destino barato comparado às principais capitais da zona do euro. Moscou está bem a leste e pode ser casada com um passeio pelos demais países do leste europeu.

Cidades históricas da Europa

Dizer que uma cidade europeia é histórica é quase redundância. O Velho Continente não possui esse apelido por nada. Sejam as capitais ou as cidades menores e distritos rurais, é difícil encontrar um centro urbano na Europa que não tenha uma longa história para contar.

Algumas cidades são destaques dos nossos livros de história. Capítulos inteiros e coleções inteiras podem ser encontradas em bibliotecas e livrarias sobre cidades como Roma e Atenas.

Essas cidades históricas são as últimas paradas antes de colocarmos um ponto final em nossa viagem.

1 – Roma

Coliseu
Pontos históricos de Roma atraem milhares de visitantes à Itália. Foto: iStock, Getty Images

Não tem como não conhecer Roma, literalmente falando. Mesmo que você nunca tenha pisado em solo italiano e não saiba pedir um espaguete na língua de Dante, você já estudou, viu filmes, leu livros, notícias e reportagens sobre a lendária e real cidade de Roma.

A capital Italiana é herdeira do clássico Império Romano, que no imaginário ocidental é conhecido por suas ruínas e pelas adaptações para cinema feitas por tantas vezes. Ligada umbilicalmente à Igreja católica também, Roma é a própria história sendo dita em concreto e asfalto.

2 – Atenas

A capital Grega está no mesmo patamar de Roma. Não adianta ter nascido longe, não gostar de história e ter pavor daquelas letrinhas gregas que povoam os livros de matemática, você conhece a Grécia e Atenas de uma forma ou de outra.

Tal como Roma, Atenas faz parte da constituição da própria história do ocidente e é tão estudada e representada em nossa cultura que dificilmente você encontrará alguém que não reconheça as colunas do Partenon. Sair do cinema e dos livros e conhecer as ruas e as pessoas é ainda melhor.

3 – Berlim

Berlim e os seus 3,5 milhões de habitantes é a maior cidade da Alemanha. Centro da maior potência econômica da Europa, essa cidade da Europa germânica também respira história em suas grandes avenidas, ruas e vielas.

Surgida no século 13, Berlim foi capital sucessivamente dos Reinos da Prússia, do Império alemão, da República de Weimar, do Terceiro Reich, e da República da Alemanha. História viva do século XX e da Guerra fria, quando foi dividida em Berlim ocidental e oriental, a cidade é um livro que se desdobra a cada esquina para quem se dispõe a visitá-la. Passeio obrigatório na Alemanha.

4 – Lisboa

Lisboa é uma cidade relativamente pequena, com pouco mais de 500 mil habitantes. Mas sua história é gigante. Cidade em que morou Fernando Pessoa e muitos dos grandes mestres da literatura em língua portuguesa, a capital lusa é um dos destinos preferidos dos brasileiros na Europa. Ao mesmo tempo barata, segura, histórica e com um sentimento de familiaridade para todos nós brasileiros.

Essa cidade tem tudo para ser a porta de entrada de seu roteiro na Europa. Entrar na Europa por Lisboa é como ganhar a taça de um torneio antes mesmo de ganhar a final.

5  – Istanbul

Por fim, nossa última recomendação. Ao mesmo tempo europeia e asiática, a capital da Turquia é herdeira de toda a cultura do Império Otomano. Trata-se do centro urbano mais populoso da europa com mais de dez milhões de habitantes e ponto de contato nevrálgico entre o continente europeu e o Oriente Médio.

A cidade abriga uma culinária histórica e muito própria, construções e mesquitas estonteantes e feiras ao melhor estilo da antiguidade otomana. É uma das cidades mais históricas do mundo e coroa nossa viagem de forma inesquecível.

Roteiro em Londres

E aí, como está o seu roteiro de viagem pela Europa até agora ? Mais histórico ou mais turístico? O que achou das nossas sugestões? Deixe um comentário.

Entenda o que foi o Iluminismo e o impacto desse movimento cultural

Sabe o que foi o Iluminismo? Esse é o nome de um dos movimentos culturais e filosóficos paradigmáticos para a construção do mundo tal como o conhecemos hoje.

Desde a ascensão da filosofia clássica na Grécia antiga e passando pelo desenvolvimento da Escolástica na Idade Média e do advento do Renascimento na Europa dos séculos 14 e 15, os movimentos culturais que moldaram o pensamento contemporâneo foram feitos por pensadores de matizes e classes sociais diferentes e reverberam até hoje em nosso modo de vida.

O Iluminismo tem um lugar à parte no conjunto destes movimentos. Alguns aspectos definidores da estrutura política e econômica do mundo atual foram dados pelos próceres desse importante movimento que teve como epicentro a França monarquista do Século 18.

Rousseau, Voltaire, Barão de Montesquieu, D’Alembert e Diderot foram os filósofos franceses que que mais contribuíram para a criação da Enciclopédia (1751-1772), obra máxima do Século das Luzes, como ficou conhecido o século18.

Reino Unido e Alemanha foram os outros dois principais centros do Iluminismo, com pensadores como David Hume e Adam Smith, pelo lado britânico, e Immanuel Kant e Gotthold Ephraim Lessing pelo lado germânico.

Em que consiste esse movimento filosófico e cultural? Qual sua importância para o pensamento contemporâneo? Como foi esse movimento na Inglaterra ? Vamos responder essas questões nos próximos parágrafos.

Adam Smith e o Iluminismo
Adam Smith foi um dos pensadores britânicos que contribuiu para o Iluminismo. Retrato de autor desconhecido

O que foi o Iluminismo?

O Iluminismo é o nome de um movimento cultural que marcou profundamente as artes, a cultura e a filosofia mundial. Abaixo, vamos conhecer mais detalhes sobre ele.

O século das Luzes

Também chamado de Ilustração e Século das Luzes, o Iluminismo foi um movimento de mudanças e estabelecimento de um novo paradigma para o pensamento filosófico, científico, religioso e cultural do mundo europeu do século 18. Devido à importância dos centros europeus e sua extensa rede de colônias ultramarinas, o movimento acabou por ser fundador de toda uma série de valores do mundo contemporâneo, especialmente no Ocidente.

O nome Iluminismo vêm da importância e papel central que os pensadores desse período davam à Razão no sentido de tirar os homens das trevas e escuridão intelectual que predominava até então. Em contraposição à ainda forte influência escolástica e religiosa nas universidades e na ciência, os pensadores iluministas pregavam a ideia de que a Razão é o único caminho possível para a verdade e que deve ser a ferramenta por excelência da humanidade na construção do progresso e no avanço da cultura.

Devido ao seu caráter racional e científico, foi um movimento de contestação da autoridade da Igreja e de sua influência no pensamento filosófico e científico. Era um movimento de matiz liberal e secular, propondo a limitação dos poderes absolutos dos monarcas europeus e fortemente contra a intolerância e arbitrariedade do Estado.

Alguns pensadores como Rousseau são vistos como precursores de ideias socialistas que viriam a ganhar força no século seguinte. Dentre os grandes feitos desse movimento e acontecimentos que foram influenciados diretamente por seus ideais políticos, podemos citar principalmente:

  • A edição da Encyclopédie, ou dictionnaire raisonné des sciences, des arts et des métiers. Editada por Jean Diderot e D’Alembert, foi uma das primeiras enciclopédias do mundo. Compreendia mais de 35 volumes publicados ao longo de mais de 20 anos.
  • Declaração Francesa dos Direitos do Homem e do Cidadão e Revolução Francesa. Epicentro do Século das Luzes, as estruturas políticas e culturais da França não passaram incólume ao movimento iluminista. Os líderes da Revolução francesa de 1799 foram fortemente influenciados pelos ideais de laicização e limitação do poder do Estado absoluto Francês. A Carta Francesa dos Direitos do Homem e do Cidadão foi um dos primeiros documentos que trazia em seu bojo os princípios de direitos universais do homem em âmbito individual e coletivo.
  • Carta dos Direitos e Independência Estados Unidos. As dez primeiras emendas da constituição dos EUA foram redigidas sob influência direta do pensamento iluminista, garantindo o direito dos cidadãos de não serem alvo de ações do  Estado sem o devido processo legal e garantindo as liberdades individuais.

Duzentos anos após o fim do século das Luzes, suas obras e ideias continuam a fazer parte da vida política de todo o ocidente e parte do oriente. Os principais pensadores desse período são amplamente estudados em todo o mundo e seus ideais ainda fazem eco a muitos acontecimentos contemporâneos.

Características e influências no mundo contemporâneo

O Iluminismo foi um movimento amplo, indo desde uma concepção filosófica de como buscar a verdade até a ação do homem no mundo político e a estrutura do estado e da Igreja. Durante o século 18 diferentes pensadores contribuíram com diversas ideias e em fases diferentes.

Dependendo do país e da época, o Iluminismo pode ter algumas características mais distintas quando comparado a outros lugares, mas, em geral, o movimento possui um conjunto de valores que o define e que é mais ou menos constante em todos os seus representantes.

Immanuel Kant, principal representante do iluminismo na Alemanha, definiu o Século das Luzes em um clássico texto de 1784 chamado: Beantwortung der Frage: Was ist Aufklärung? (Resposta à pergunta: O que é o Iluminismo):

“O iluminismo representa a saída dos seres humanos de uma tutelagem que estes mesmos se impuseram a si. Tutelados são aqueles que se encontram incapazes de fazer uso da própria razão independentemente da direção de outrem. É-se culpado da própria tutelagem quando esta resulta não de uma deficiência do entendimento mas da falta de resolução e coragem para se fazer uso do entendimento independentemente da direção de outrem. Sapere aude! Tem coragem para fazer uso da tua própria razão! – esse é o lema do iluminismo”

Dos valores do século das Luzes, a importância dada ao papel da Razão em contraposição à autoridade do Estado, da Igreja e da superstição talvez seja o mais marcante. Dentre as características que definiram o século, as principais são:

  • Crença no progresso e avanço civilizatórioInfluenciado pelo desenvolvimento da física clássica e da Revolução Industrial, os pensadores Iluministas tinham um forte senso de que a sociedade caminha em direção ao progresso, calcado no desenvolvimento da técnica e da aplicação da razão.
  • Pensamento Laico: Ainda muito influente nos séculos 17 e 18 na vida política e econômica, a Igreja era vista como herdeira de uma tradição de censura e de obstrução ao avanço da razão. Nesse sentido, a autoridade religiosa sob os caminhos da homem foi fortemente contestada pelos iluministas.
  • Autonomia e consciência racional do homem: como explicitado por Immanuel Kant, cabe ao homem, por meio da razão e da coragem, não ser tutelado ou regido pelas ordens de outrem, seja ele um líder político e religioso. O homem é dotado de razão e cabe a ele, por meio do exercício do pensamento lógico, ser autônomo e livre.
  • Noção de direitos naturaisA noção de direitos naturais foi muito compartilhada e foi importante para todos os movimentos e documentos políticos de matiz iluminista. A ideia de que existem direitos que não dependem da concessão do Estado ou da Igreja e que não podem ser violados, está presente atualmente na agenda de Direitos Humanos e foi fundamental para a garantia dos direitos individuais nas Constituições que se seguiram.
  • Pensamento antiabsolutista: o século 18 ainda era palco de reis e monarcas que governavam com punho de ferro os seus Estados. O poder estatal, simbolizado pelos reis absolutistas europeus, foi amplamente contestado. O Iluminismo defendia a garantia dos direitos individuais face ao poder dos Reis e a limitação da autoridade irrestrita dos Monarcas. A tripartição dos poderes em Legislativo, Judiciário e Executivo é uma herança de um dos principais iluministas franceses, o Barão de Montesquieu.

Não é possível dizer que o mundo contemporâneo seja fruto de uma raiz ou tradição de pensamento em específico. São várias correntes e movimentos que se misturaram e em cada momento tem mais preponderância nos acontecimentos mundiais. No entanto, lendo as principais características do Iluminismo fica claro que muito dos nossos direitos e da forma de pensar atual tem sua raiz no século das luzes.

Principais pensadores e filósofos Iluministas

A frança iluminista

A frança foi o palco principal do Iluminismo. Foi lá que a maior parte dos expoentes do movimento viveram e produziram suas obras. Dentre eles, os mais importantes são:

Jean-Jacques Rousseau (1712-1778)

Foi importantíssimo para a consolidação da ideia de direitos naturais. Escreveu Do Contrato Social, sua obra mais importante. Defendia que a essência do homem era benigna e que a propriedade privada era a origem da desigualdade e divisão social. Também era músico e escreveu árias e outra obras musicais.

Voltaire (1694-1778)

Aristocrata de personalidade ácida e frequentador da corte francesa, Voltaire é um dos mais celebrados iluministas. Seu nome verdadeiro era François-Marie Arouet. Escreveu obras de dramaturgia e literárias em estilo fortemente irônico e sarcástico. Foi ferrenho defensor da liberdade intelectual e crítico da Igreja e do Clero.

Diderot (1713-1784) e D’Alembert (1717-1783)

Foram os editores da famosa Enciclopédia, monumental conjunto de 35 volumes que reunia boa parte do conhecimento científico que se tinha à época. Convidaram os principais pensadores iluministas para contribuir com sua redação.

Barão de Montesquieu (1689-1755)

Escreveu Do Espírito das Leis(1748), clássico da Política no qual defendia a divisão dos poderes do estado em Legislativo, Judiciário e Executivo. Cada poder deveria ser independente e um regularia as funções do outro.

Barão d’Holbach 1723-1789

Foi o mais proeminente ateu do iluminismo, consagrando as suas òbras a uma crítica ferrenha à Igreja e à Religião. Sua obra principal, Sistema da Natureza, publicada em 1770, é um clássico do ateísmo moderno..

Alemanha e a Aufklärung

A alemanha também foi um importante centro do pensamento iluminista. Um dos maiores filósofos de todos os tempos, Immanuel Kant, foi o mais proeminente filósofo iluminista germânico. Os três principais representantes do Iluminismo alemão foram:

Immanuel Kant (1724-1804)

Um dos mais importantes pensadores da história, Kant era famoso por sua disciplina e caráter metódico. Defendeu vigorosamente a preponderância da razão na construção do conhecimento e na autonomia do homem. Suas obras principais foram Crítica da Razão Pura e Crítica da Razão prática, além de importantes textos como a  A paz perpétua, no qual sugeriu a criação de um organismo supranacional para promover a paz e harmonia entre os estados, e o clássico Resposta à Pergunta: Que é esclarecimento?

Johann Gottfried von Herder (1744-1803)

Natural da Prússia Oriental, escreveu obras de crítica literária e de arte, livros sobre política, linguagem e vários outros assuntos.

Gotthold Ephraim Lessing (1729-1781 )

Foi poeta, filósofo e dramaturgo. Ficou famoso por sua crítica ao Anti-semitismo europeu e à sua defesa da liberdade religiosa e de pensamento. Foi um dos escritores mais importantes para o desenvolvimento da literatura alemã.

O Movimento Iluminista na Inglaterra

Os países britânicos também foram um importante difusor e produtor de obras iluministas. Alguns dos seus representantes fazem parte dos pensadores mais importantes da filosofia moderna e da economia clássica.

Herdeiros da tradição de John Locke e influenciados pela rica história de contestação do parlamento Inglês, as obras dos iluministas ingleses possuem um forte teor liberal e de liberdade econômica. Abaixo vamos conhecer os principais pensadores iluministas ingleses:

Adam Smith (1723-1790)

Nascido na Escócia escocês, escreveu o famoso clássico do liberalismo econômico “Ensaio sobre a riqueza das nações”, de 1776. Esse livro foi um marco contra a política mercantilista e a intervenção do Estado no desenvolvimento dos negócios e da economia. Confiava na preponderância da razão e na capacidade do homem de fazer avançar a civilização por meio do pensamento racional e desenvolvimento econômico.

David Hume (1711-1776)

Natural da Escócia, David Hume foi diplomata e teve a possibilidade de conhecer e excursionar por diversos países. É o principal representante do Empirismo Inglês, corrente filosófica do século XVIII que defendia a experiência prática e sensorial como as únicas fontes viáveis de conhecimento. Sua obra principal foi Investigação acerca do entendimento humana, na qual expunha sua teoria empírica. No âmbito do Iluminismo, foi defensor da liberdade de pensamento e do desenvolvimento técnico da sociedade.

Alexander Pope (1688-1744)

Foi um dos maiores poetas britânicos do século 18. Ficou famoso por suas traduções de Homero. Sua obra The Rape of the Lock (O rapto da Madeixa), tinha como alvo a corte da Inglaterra e suas delicadezas e extravagâncias. Em estilo satírico ridicularizou os modos da corte e criticou de maneira mordaz a aristocracia da época.

Vários outros filósofos e pensadores também fizeram parte do movimento Iluminista. Os mais importantes foram aqui citados e os principais países que tomaram parte na efervescência cultural do Século das Luzes foram exatamente os lares desses pensadores fundamentais.

O Iluminismo é presente até hoje em toda a sociedade ocidental e no seu modo de ver e conceber o mundo. Os clássicos do século 18 sempre são lembrados em momentos em que a razão cede espaço para decisões irracionais e supersticiosas.

Promoções de passagens para Londres nos próximos meses

Está procurando promoções de passagens para Londres? Os preços dos voos para a Europa sempre são os itens que mais pesam na maioria das viagens dos Brasileiros ao velho Continente. Londres é um dos principais destinos e economizar nos bilhetes aéreos pode render alguns dias a mais de passeio ou mesmo a possibilidade de conhecer outras cidades do continente.

Neste post, você encontra bons preços de passagens para Londres nos próximos meses e algumas dicas para encontrar promoções e pesquisar por conta própria.

Bem-vindo ao aeroporto de Heathrow em Londres. Foto: Mapa de Londres
Bem-vindo ao aeroporto de Heathrow em Londres. Foto: Mapa de Londres

Promoções de passagens aéreas para Londres

Veja abaixo algumas opções de passagens aéreas para Londres que estão com bons valores nos próximos meses. A pesquisa parte de São Paulo.

Passagens para Londres em abril

No mês de abril há boas passagens saindo da segunda semana e retornando nas duas semanas finais do mês e início de maio. Os bilhetes de ida mais baratos estão na segunda semana de abril, por pouco mais de R$1.500. A volta é no dia 21/04, pelo mesmo preço da ida. Veja aqui.

Passagens para Londres em maio

No mês de Maio há duas boas promoções, ambas saindo dia 06/05. Uma retorna dia 15/05 e outra dia 16/05. Em ambos os casos a ida está R$1.307 e a volta R$1.306. São os melhores preços do mês de Maio. Confira as passagens aqui.

Passagens para Londres em junho

Há uma boa promoção para Londres em junho com ida em 07/06 e volta em 23/06, por 940 euros, pela Royal Air Maroc. Foi a melhor promoção direto para Londres que encontramos para o mês de junho. Confira aqui.

Uma outra boa opção é a ida é no dia 04/06 e a volta em 16/06. A passagem sai por um total de R$2.555. A passagem pode ser vista aqui.

Promoções de passagens para a Europa

São Paulo – Lisboa

Para Lisboa a partir de São Paulo a passagem mais barata de ida é no dia 29/04, pouco mais de mil reais, com volta para maio também em torno do mesmo valor( confira aqui ).

Em maio, as passagens estão mais baratas e a melhor delas é esta, saindo dia 19/05 por R$ 1.799 com a volta no dia 25/05 pelo mesmo preço.

Em junho. a melhor promoção é esta, saindo do dia 03/06 e retornando dia 09/06. Os voos tanto de ida e volta são R$1.518 cada.

São Paulo – Frankfurt

Saindo de São Paulo dia 24/04 e retornando dia 22/05 há uma passagem por R$ 1.670 para ida e mesmo preço a volta. Esta passagem pode ser vista aqui e pode ser casada com o voo promocional da Ryanair de  menos de 30 Euros.

No entanto, para o mesmo mês de Abril a opção mais barata é saindo dia 29/04 e retornando dia 09/05. Nesse caso a passagem sai por R$1.486 a ida e R$1.527 a volta. Veja aqui.

Em maio, um voo que pode ser casado com a promoção da Ryanair para Londres a partir de Frankfurt é o que sai de São Paulo dia 09/05 e chega em Frankfurt dia 19/05. Esta é, inclusive, uma das melhores passagens do mês de Maio. A passagem de ida sai por R$1.488 e a de volta por R$1.876. Confira aqui.

Em junho, a passagem mais barata para Frankfurt sai dia 02/06 e retorna dia 07/06. Ambas passagens custam pouco mais de R$1.200. Embora não possam ser casadas com a promoção de pouco mais de 20 euros da Ryanair para Londres, ainda assim podem ser encontrados voos de poucas centenas de euros para Londres por essa mesma companhia regional.

Esses foram os voos que podem ser combinados entre Brasil e Portugal/Frankfurt e depois Londres. São bons exemplos de como otimizar os custos da viagem e ao mesmo tempo dar uma incrementada nos destinos e passeios. Por que conhecer apenas Londres quando se pode conhecer na mesma viagem Lisboa ou Frankfurt (e outros destinos) ? Não deixe de pesquisar outras opções como Paris e Amsterdã.

Como encontrar promoções para Londres e outras cidades europeias ?

Atualmente são vários os sites e aplicativos que fazem pesquisas automáticas sobre passagens e promoções aéreas. A possibilidade de comparar as opções de voos em dias e horários diferentes permite ao usuário encontrar as passagens que melhor lhe atende e, além disso, promoções e ofertas relâmpago são sempre destacadas na primeira página desses portais.

Seja Londres ou qualquer outra cidade da Europa ou do mundo, os buscadores que você vai utilizar em sua pesquisa são os mesmos. Alguns desses sites executam buscas genéricas apenas. Fazem uma varredura de todas as passagens disponíveis num dado momento e elaboram uma lista enorme que você pode ordenar por preço, tempo de viagem e outros filtros segundo à sua preferência.

Pesquisar as melhores passagens nessas listas é cansativo e exige uma boa dose de esforço e tempo. Para mapear promoções e ofertas relâmpago existem alguns sites e aplicativos que possuem um diferencial. Além da busca convencional, esses sites e apps são especializados em encontrar as melhores promoções e ofertas e as colocam logo na página inicial, com devido destaque e informações básicas.

Os destinos são variados e as datas também, pois as companhias fazem novas promoções a toda hora para atrair clientes. Uma dessas promoções pode ser a oportunidade que você estava buscando para baratear sua viagem para Londres.

Nos próximos parágrafos vamos apresentar alguns sites e aplicativos fundamentais para que você possa acompanhar e encontrar a promoção que você precisa. Confira!

1. Promoção Relâmpago Passagens

Promoção Relâmpago Passagens é um site que faz um compilado de todas as promoções relâmpago que estão acontecendo no momento em que você está pesquisando. São destinos variados e capitais e cidades turísticas da Europa sempre figuram entre os destinos promocionais.

2. Rumbo

Rumbo é uma ótima pedida tanto para se realizar uma pesquisa convencional tanto para monitorar promoções. O site dispõe de uma ferramenta de gráficos de barras para comparar os preços das passagens para os próximos meses que permite ver os  menores preços de uma forma tão simples que é difícil acreditar que a maioria dos sites de buscas de passagens não utiliza a mesma forma de exibição dos dados.

As promoções são exibidas em destaque logo abaixo dos gráficos. No momento desta pesquisa foi encontrado passagens a partir de 33 euros para Londres, partindo do aeroporto de Faro, em Portugal. Isso mesmo! Veja a próxima sessão para maiores detalhes.

3. Melhores Destinos

O Melhores Destinos exibe uma lista bem completa das principais promoções e ofertas que estão ocorrendo. Uma ótima opção deste site é a possibilidade de você cadastrar seu email e receber a listagem de promoções diretamente em sua caixa de correio eletrônico. Uma facilidade na hora de monitorar a ocorrência de ofertas relâmpagos e observar a evolução das promoções de passagens para a Europa.

4. Viajanet

O Viajanet tem uma ótima lista de passagens promocionais que pode ser restringida a alguns destinos em específico. Assim, você pode selecionar algumas cidades que gostaria de incluir em seu roteiro de viagem antes de chegar a Londres e monitorar se ofertas promocionais estão acontecendo para esses destinos.

Aplicativos para encontrar passagens aéreas

Brevemente, aqui vai uma lista dos melhores aplicativos para encontrar passagens para Londres e outros destinos europeus:

  1. SkyScanner
  2. Voopter
  3. Wego
  4. Kayak
  5. eDestinos.

Alguns aplicativos, como o Voopter, contam com alertas de preços e outras funcionalidades que são muito úteis para quem está planejando uma viagem e monitorando as promoções e ofertas especiais.

Curtiu as dicas? Qual é o seu método para encontrar as melhores passagens internacionais? Deixe um comentário!

7 dicas para o turismo na Inglaterra

É fácil entender o apelo do turismo na Inglaterra. O país tem uma cultura vibrante, uma história incrível, um contraste de verde e cinza em todos os cantos, ícones reconhecidos em todo o planeta, cidades medievais e uma das mais belas capitais, Londres.

Além de ser uma terra instigante, a Inglaterra faz parte da Grã-Bretanha, uma ilha que tem outros dois países encantadores: Escócia e País de Gales.

Para quem ainda está pensando no roteiro e definindo se vale a pena o turismo na Inglaterra, reunimos algumas dicas que podem ser bem úteis no planejamento de viagem.

7 dicas para o turismo na Inglaterra

Palácio de Westminster (Big Ben) em Londres
Vista da London Eye para o Palácio de Wesminster em Londres. Foto: Mapa de Londres

Confira abaixo o que você precisa saber antes de embarcar:

1 – Não precisa de visto para a Inglaterra

Brasileiros que desejam fazer turismo na Inglaterra não precisam de visto. Mas é necessário passar por uma pequena entrevista com um agente da imigração. Nesse momento, é preciso mostrar que sua intenção é de lazer mesmo e que você voltará ao Brasil ao fim do período de viagem.

Para isso, você deve reunir documentos e comprovantes que reiterem os objetivos turísticos de sua viagem. Separe em uma pastinha passagens de volta para o Brasil e para qualquer outro destino pelo qual você passará no roteiro, comprovantes de hospedagem e documentos que reforçam o seu vínculo com o Brasil, como uma cartinha do empregador ou matrícula na universidade.

Ficou assustado com a entrevista da imigração? Não se preocupe, mas é bom se prevenir. Siga o link aqui em baixo para ver todas as dicas sobre o assunto. E lembre-se de que se você entrar na Inglaterra por uma cidade diferente, sua passagem pela imigração será mais tranquila.

Confira: Mais dicas para a imigração de Londres

2 – Não é necessário seguro saúde para o turismo na Inglaterra

Você não precisa fazer um seguro saúde para entrar no Reino Unido, mas nossa dica é fazer um mesmo assim. O custo não é tão alto e ele representa uma segurança maior em casos extraordinários que exijam atenção médica. Além disso, se seu roteiro incluir algum país do Espaço Schengen (como França, Espanha, Itália, entre muitos outros), você precisará de um seguro viagem de qualquer forma.

Confira: Seguro saúde para a Europa

3 – Inglaterra não é tão cara assim

Você vai achar estranho ao ler que a Inglaterra não é tão cara, mas é a verdade. A capital, Londres, é uma das cidades com maior custo de vida do mundo. Mesmo assim, para um turista, há muitas facilidades. Uma delas é a abundância de atrações e passeios gratuitos, como todos os museus públicos (que incluem preciosidades como o Museu Britânico e a National Gallery), todos os Parques Reais (alguns dos mais bonitos do planeta, como o Regent’s Park) e todas as feirinhas de ruas (como as mais famosas, de Camden Town e Notting Hill).

Confira: O que fazer de graça em Londres

4 – O clima inglês é melhor do que você imagina

Sim, o clima da Inglaterra não é aquele que você vê nos filmes, que retratam uma Londres chuvosa 24 horas por dia. Na verdade, chove menos em Londres do que em Roma e São Paulo, sabia? Por outro lado, para quem quer ver neve, também não vai ser tão fácil, já que esse fenômeno climático é mais raro nas regiões turísticas, como o centro de Londres.

Confira: Tudo sobre o clima de Londres e da Inglaterra

5 – Turismo não precisa ficar só na Inglaterra

Não encare o Brexit como um aviso para ficar longe da Europa. Há uma infinidade de lugares incríveis bem próximos da Inglaterra.

Para quem viaja a turismo para a Inglaterra e possui um tempo a mais no roteiro, uma dica é aproveitar o Eurostar, trem que liga a Inglaterra ao restante do Continente Europeu pelo Eurotúnel. Com o trem você pode ir de Londres até Paris, o u de Londres até Bruxelas, em viagens que duram pouco mais de 2 horas. Comprando as passagens com antecedência é possível obter ótimos descontos.

Outras opções são Amsterdã, Barcelona, Dublin e Paris, de trem “normal” ou ônibus. As viagens são mais longas e partem de Londres.

6 – Libra está mais barata do que nunca

Se você ainda não decidiu se viaja para a Inglaterra ou não, aproveite a oportunidade: a libra não costuma ficar em patamares tão acessíveis quanto o atual, em R$ 4. Em vários momentos, ela deixa o real no chinelo e acaba flutuando lá em cima, a um custo superior a R$ 6.

Confira: O que você precisa saber sobre a libra esterlina

7 – Pubs são cultura

Outra atração gratuita da Inglaterra são os pubs. Eles têm entrada grátis, mas o chope acaba sendo caro na conversão para os reais. Tudo bem: considere como um museu etílico bem divertido, e você estará no lucro.

Confira: 11 pubs imperdíveis em Londres

Cidades para o turismo na Inglaterra

Brighton
Brighton é uma cidade universitária pertinho de Londres. Foto: Mapa de Londres

Londres é a melhor cidade do mundo, você vai ver. Mas a Inglaterra tem outras cidades muito bacanas para o turismo. Conheça abaixo algumas delas:

Liverpool

Uma cidade portuária, ficou conhecida mundialmente por ser a cidade dos Beatles, banda que levou a história da música inglesa para todo o mundo e revolucionou o rock. Para incluir na programação, The Beatles Story Museum  é é um dos passeios que não pode faltar. No acervo, podem ser observados diversos itens pessoais que pertenceram aos integrantes da banda, como objetos e fotos. Outras opções são os tours dedicados aos Beatles e o lugar onde tudo começou, o Cavern Club.

Brighton

Brighton é uma praia inglesa e cidade universitária. É uma delícia para um retiro rápido de Londres, já que fica a menos de uma hora de viagem de trem. Aqui você encontra a Brighton Wheel, uma roda-gigante à beira-mar, uma praia com pedrinhas no lugar da areia e gente de calça na orla em vez de biquíni, muitas opções de Fish & Chips fresquinhos e muitas festas, bares e música ao vivo.

Cornualha

Situada no sudoeste da Inglaterra, a cinco horas de Londres, é uma das cidades mais bonitas de toda a Inglaterra. A cidade de cornualha possui uma tipologia que lembra um vilarejo medieval bem preservado, com muito verde e flores por onde se passar. Para quem quer tranquilidade, é sem dúvidas um excelente lugar para dedicar um tempo de sua viagem à Inglaterra.

Para quem planeja incluir o passeio a cidade de Cornualha em sua programação, é importante mencionar os portos de Newlyn, Padstown e a lindíssima enseada de Port Isaac.

Cambridge

Cambridge é uma cidade universitária, conhecida mundialmente por abrigar uma das maiores e melhores universidades do mundo. A cidade é aconchegante e tem um ar medieval e não requer muito tempo dedicado a um passeio. Com estilo venesiano, uma opção é fazer um passeio de gôndola, que não custa muito caro também.

Bath

Uma das cidades que mais impressionam a quem vai à Inglaterra, Bath é o que podemos chamar de Inglaterra romana, ou pedaço de Roma na Inglaterra. A cidade fora ocupada pelos romanos bem no início da era cristã, e ficou conhecida por suas piscinas públicas que serviam para os banhos dos romanos. Outro ponto turístico é a Bath Abbey, que é a Catedral de Bath. Na catedral é possível conhecer um pouco da história do cristianismo da região.

Um monumento inglês, com a formação de um semicírculo e aproximadas trinta mansões é o Royal Crescent. Neste monumento também é oferecido um museu para visitação. Para quem tem interesse por moda, uma opção para incluir no roteiro de viagem é o Fashion Museum, que apresenta toda a evolução da maneira de vestir-se na Inglaterra.

Turismo em Londres

London Eye à noite
Westminster é iluminada pela London Eye à noite. Foto: Mapa de Londres

Falar de turismo na Inglaterra e não citar a capital britânica é impossível. Londres foi feita para conquistar o mundo e, a cada novo visitante que desembarca no Heathrow, ganha mais um fã.

E para sua primeira vez em Londres, nós recomendamos que você faça um roteiro bem minucioso. Com ele, você poderá se organizar melhor para conhecer a cidade, que é gigante e pode deixá-lo tonto com tantas atrações e pontos turísticos.

Se você acha que é exagero, que nem tem tanta coisa para fazer em Londres, dê uma olhada neste post, com 39 pontos turísticos de Londres. Esses são apenas os principais, acredite. Há muito, muito mais.

Apenas em Westminster, sede do poder, estão lugares como o Palácio de Westminster (que abriga o Parlamento e o Big Ben), a London Eye (a roda-gigante à beira do Rio Tâmisa), a Abadia de Westminster (onde ocorrem as coroações da monarquia), o museu do Churchill (o primeiro-ministro que coordenou a defesa de Londres na Segunda Guerra), o Green Park e o St. James’s Park (Parques Reais de Londres), o Palácio de Buckingham (residência da Rainha Elizabeth II), onde é realizada a Troca da Guarda, entre muitos outros.

Por sorte, o Mapa de Londres tem um roteiro pronto, que conta com guias cheios de dicas para aproveitar a cidade ao máximo e economizar na compra de ingressos. Além de uma programação completa, com mapinhas indicando cada um dos lugares e as rotas necessárias, você ganha uma planilha editável para deixar o itinerário com a sua cara, incluindo e reordenando os pontos conforme o seu interesse.

Como escolher sua mochila de viagem

Uma boa mochila de viagem pode fazer a diferença na sua jornada. Enquanto você se preocupa em observar a Fontana Di Trevi, em Roma, admirar a Torre Eiffel, em Paris, ou se encantar com a vista da London Eye, em Londres, ela pode carregar acessórios, notebook, garrafinha de água e muito mais.

Em um mochilão pela Europa ou pela América do Sul, então, a mochila de viagem ganha ainda maior relevância. Nesse caso, ela se torna sua companheira inseparável – tudo que você precisa está ali, das roupas ao kit de farmácia.  

Mas com tantas cores, tamanhos e formatos, como escolher a melhor mochila para sua jornada? A decisão não depende apenas do viajante, mas da rota escolhida. A seguir, reunimos as melhores dicas.

Tipos de mochila de viagem

Mesmo tendo várias características em comum – como o fato de usar nas costas e vários compartimentos -, as mochilas de viagem são bem diferentes entre si.

Você vai ver a seguir os principais tipos de mochila de viagem. Sim, existem aquelas especialmente para este fim, mesmo que se possa aproveitar a mochila escolar que muita gente tem em casa.

Qual é a diferença entre as mochilas de viagem e escolares? As primeiras têm mais partições, sendo possível levar mais coisas.pertinentes à uma estadia fora de sua cidade de origem. Além disso, são mais resistentes e aguentam mais caminhadas e peso.

São também maiores – algumas chegam a ter capacidade de 100 litros – e feitas de maneira mais resistente, justamente para transporte de cargas maiores, por mais tempo e maior distância.

Veja os principais exemplos de mochilas de viagem:

Mochila de ataque

Mochila de viagem
Mochila de ataque serve para viagens com passeios ao ar livre. Foto: iStock, Getty Images

Esse tipo é bastante resistente e, como o próprio nome diz, para ser usado como se fosse para ir a uma guerra mesmo.

Muito resistente e com várias regulagens, é flexível e agrada homens e mulheres dos mais diversos portes físicos.

Sua capacidade é de, em média, 20 a 40 litros. Apesar de representar uma viagem mais descontraída, muitas marcas oferecem modelos bastante aprimorados.

A mochila de ataque é muito usada para caminhadas, pela sua resistência. Também é uma opção muito favorável para trekkings e viagem nas quais se praticam esportes radicais.

Escaladas em montanhas também pedem este modelo de mochila de viagem. Por isso ela leva o nome ataque: para ser usada no ataque ao topo.

Mochila trekking ou cargueira

Mochila de viagem
Mochila cargueira é uma companhia inseparável na viagem. Foto: iStock, Getty Images

Para quem vai passar vários dias caminhando na viagem, a mochila cargueira ou de trekking é a melhor opção.

Há vários tamanhos disponíveis. Algumas têm até 90 litros, sendo opções para viagens mais longas.

Suas peças são o diferencial. Além de regulador, possui barrigueira, prendendo bem a mochila ao corpo e distribuindo o peso, que não fica apenas nas costas. O quadril, uma das partes mais resistentes do corpo humano, é exigido.

A fita peitoral é importante para equilibrar o peso do corpo e da bagagem, Assim, atividades como escalada de montanha são praticadas com mais segurança.

A armação garante a posição ereta da mochila de viagem e um encosto eficiente, que reduz a transpiração nas costas.

As fitas de compressão lateral fazem com que a carga fique imóvel durante o transporte. Normalmente, ela também é equipada com capa de chuva.

Mochila com rodinhas

Mochila de viagem
Mochila de rodinhas é muito útil em aeroportos. Foto: iStock, Getty Images

A mochila com rodinhas é mais apropriada para viagens que não precisam de muita caminhada com a bagagem. Ela tem as mesmas funções de uma similar escolar: fazer com que o usuário não carregue tantas coisas nas costas.

Seus compartimentos também são pontos positivos, pois são diferentes de um modelo feito para carregar material escolar. Você pode carregar notebook e outros objetos que transportaria se usasse um uma mochila de viagem para as costas.

Escolha a mochila de acordo com a viagem

Não é só o tamanho que determina a melhor mochila para sua viagem. Você precisa analisar a qualidade, o que vai levar nela e por onde vai passar durante a sua jornada. Em algumas ocasiões, o melhor pode nem ser uma mochila, e sim uma mala.

Aqui, vamos classificar as viagens de acordo com o tempo e o caminho. Assim, você poderá ter a melhor opção para a sua viagem.

Para viagens de até 15 dias, não é preciso levar muita coisa. Uma mochila de 50 a 60 litros é suficiente para levar roupas, acessórios e até um computador.

Se você for usar bastante transporte público, esqueça as malas e mochilas de rodinhas, pois você poderá ter trabalho para andar em escadas e desníveis de calçadas. Escolha um modelo ideal para usar nas costas.

Em caso de uma viagem mais longa e, consequentemente, com muita bagagem, procure uma mochila de ataque ou cargueira, pois ela distribui melhor o peso pelo corpo.

Se o transporte público não for muito utilizado em seu destino, os modelos com rodinhas são os mais recomendados. As com quatro rodinhas ainda são melhores, pois não é necessário incliná-las. Porém, esse tipo é mais frequente em malas.

Se a sua viagem for estilo mochilão e você for passar mais de um mês fora, não precisa levar roupas para todo esse período. Escolha bem as peças que for vestir, escolhendo as melhores combinações possíveis, e utilize lavanderias. O trabalho para se deslocar com muitas roupas nas costas certamente não vale a pena.

Um aspecto no qual é preciso pensar com carinho é a qualidade da sua mochila de viagem. Não adianta levar o modelo mais barato da loja e esperar uma altíssima qualidade, principalmente em jornadas longas. Você corre o sério risco de ficar sem mochila antes do retorno.

Para voltar, você precisará comprar outra peça para substituir a que quebrou. E não é só o dinheiro que você terá que gastar novamente: é o tempo. E o prejuízo com este ainda é pior, pois você perde horas nas quais poderia estar visitando um ponto turístico bem interessante ou confraternizando. Realmente, o investimento em uma peça de mais qualidade compensa bem mais.

Procure um modelo que tenha vários compartimentos, para que você possa separar melhor os seus pertences. E não é só isso: mochilas de viagem com abertura na qual se possa tirar peças de seu fundo sem ter que retirar tudo são ótimas, pois as roupas não amassam à toa.

Alguns modelos permitem até mesmo guardar as alças no momento em que não forem usadas. Assim, a mochila se torna praticamente uma mala.

Um outro fator muito importante é a força do viajante. A força física de homens é normalmente maior e, por isso, podem transportar mais peso nas costas sem maiores problemas. No entanto, entre homens e mulheres a capacidade de transportar peso varia. Não adianta escolher um modelo e enchê-lo, tendo dificuldades para carregar depois.

Se você tem dores frequentes nas costas, estude bem a possibilidade de usar uma mochila. Adquira uma apenas se não for muito peso ou um modelo que distribua melhor o peso pelo corpo.

Agora que você já sabe qual a melhor mochila de viagem para as suas necessidades, veja onde você pode comprá-las.

Onde comprar mochilas de viagem

Os locais com mais variedade de mochilas de viagem são as lojas de artigos esportivos. Algumas, que pertencem a redes, oferecem uma qualidade enorme de modelos, sendo difícil sair de lá sem a sua.

Entretanto, a internet também tem muitas opções. Há uma infinidade de endereços com modelos que estão de acordo com qualquer tipo de viagem.

Além dos cuidados que você precisa ter em comprar em uma loja virtual, observe bem as dimensões da mochila antes de concretizar a compra. Veja as especificações na etiqueta para ter uma noção melhor.

Leia atentamente a descrição do produto antes de efetivar a transação. Veja se tem os acessórios que você precisa.

E não se esqueça: uma mochila de viagem é um investimento. Verifique vários modelos antes de escolher um para te acompanhar pelo mundo afora. Claro que o preço pode ser um fator de escolha, afinal você pode encontrar boas diferenças em mochilas idênticas de loja para loja. Mas não pode ser o único fator.

Principais marcas de mochilas de viagem

Uma boa marca de mochilas deve ser considerada na hora de adquirir um modelo para sua viagem. Existem muitas no mercado que atendem às expectativas de qualquer pessoa, mesmo aquele que exige um material de boa qualidade.

As melhores do mercado são:

Conta com 175 modelos de mochilas diferentes e uma loja virtual própria. Você pode ordenar a sua busca por preço ou categoria, ficando fácil escolher uma mochila de viagem.

A The North Face é uma marca americana e foi fundada nos anos 60. A loja virtual, porém, é brasileira. Não é necessário comprar em dólares, nem ter um cartão de crédito internacional.

Você pode também comprar sua mochila de viagem diretamente de seu site. Conta com uma descrição muito detalhada de seus produtos, o que aumenta muito as chances de adquirir o produto certo.

A Trilhas & Rumos é brasileira e nasceu em uma cidade serrana, relacionada à aventuras: Teresópolis (RJ). Tem mais de 30 anos de tradição.

Sua garantia é de tempo indeterminado contra defeitos de fabricação.

É uma marca pertencente à rede de lojas de artigos esportivos Decathlon.  Logo, qualquer produto da marca pode ser adquirido em suas lojas físicas e e-commerce, incluindo suas mochilas de viagem.

Você também pode saber bastante sobre o item antes mesmo de comprá-lo. As descrições são bem detalhadas, não só sobre o artigo em si, mas também a respeito de seu melhor uso e como usá-lo.

As mochilas de viagem desta marca podem também ser compradas através de sua loja virtual.

Com muitas fotos e descrição detalhada de todos os produtos, você adquire mais segurança ao comprar sua peça, tendo a certeza de comprar um produto com a cara de sua viagem.

A Curtlo surgiu em São Paulo. no início dos anos 90. Também dá garantia vitalícia aos seus produtos contra qualquer irregularidade na elaboração.

Ao contrário das marcas anteriores, a Deuter não possui loja própria, mas seus produtos são comercializados nas principais lojas de itens esportivos.

Porém, todos os modelos de produtos – e, como não poderia deixar de ser, de suas mochilas de viagem – são minuciosamente detalhados no site oficial. Isso permite que você conheça muito bem qualquer item e ajuda na hora de escolher o melhor para a sua precisão.

Nome muito tradicional em artigos para camping, também oferece muitas opções de mochilas de viagem.

Você também pode saber mais sobre cada produto e comprar ali mesmo, no seu site oficial. Dimensões e dicas de uso, com atenção especial sobre a melhor maneira de usar, podem ser conferidas no momento em que se conhece o modelo.

Com descrições mais resumidas dos produtos, a Oakley também tem boas e bonitas mochilas de viagem.

Também conta com loja virtual própria e frete grátis para todo o Brasil. E, como um bom produto exige um investimento extra, nada como gastar exatamente o valor do item.

É uma marca americana e foi fundada em 1975. Também é tradicional na fabricação e venda de óculos de sol e acessórios como bonés.

Ufa! Depois de saber tudo sobre mochilas de viagem e a melhor opção para seu uso, é hora de escolher a peça para sua próxima jornada.

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Tudo sobre a seleção inglesa de futebol: história e curiosidades

A história da seleção inglesa de futebol se confunde com a própria história do esporte mais popular do planeta. Quer saber por quê? Neste post, vamos entender as origens do futebol no país e a formação de sua seleção.

Bom, primeiro é importante lembrar que o futebol não é novidade. Os primeiros registros de manifestações esportivas jogadas com uma bola e com os pés remontam à antiguidade chinesa. Há ainda relatos de esportes semelhantes na Grécia antiga, no Japão e no México pré-colonial. Mas foi mesmo na Inglaterra que o futebol como conhecemos hoje foi sistematizado.

Os britânicos possuem longa tradição no esporte, começando em 1848 quando a Cambridge University Association Football Club elaborou o primeiro conjunto de regras que com as atualizações posteriores daria ao esporte as características atuais.

Não é surpresa saber que a seleção Inglesa tem tanta tradição quanto a própria história do futebol. Os britânicos desempenharam papel fundamental no decorrer do seu desenvolvimento e hoje são donos da maior liga do planeta, a Premier League, de longe a liga de futebol mais poderosa economicamente do mundo.

Servida pelos gigantes do futebol inglês e também pelos demais bem estruturados times da Liga local, a seleção da Inglaterra é detentora de longa tradição e jogadores que marcaram o esporte mais popular do mundo. Vamos conhecer neste texto como aconteceu essa história e os principais aspectos de uma das seleções mais importantes do mundo futebolístico.

Estádio de Wembley
Estádio de Wembley é a casa da seleção inglesa. Foto: E01, CC BY-SA 2.0

História da Seleção Inglesa de futebol

História e futebol são duas coisas que se misturam para os Ingleses. Foram eles que elaboraram o primeiro corpo de regras que deu forma ao futebol contemporâneo. Definido pela primeira vez em 1848, o chamado Cambridge Rules foi a base para o código de regras adotado pela Football Association em 1863, organização essa responsável por gerir as ligas de futebol inglesas e por convocar e administrar a seleção de futebol da Inglaterra.

Foram necessários oito anos para que após a adoção das Cambridge Rules pela associação local o  embrião da seleção nacional de futebol do país fosse formado. Em 1872, foi realizada aquela que é considerada a primeira partida entre seleções nacionais e que fundou as duas primeiras seleções de futebol da história.

De um lado a Escócia, vizinha geográfica e política, e do outro a Inglaterra, centro industrial e potência econômica do então século 19. A partida oficial de 1872 foi precedida por outros 5 jogos representativos entre os dois países. Apesar dos 5 primeiros confrontos terem sido entre duas nações, é o jogo de novembro de 1872 o considerado como o marco inicial da história dos jogos internacionais.

A partida terminou no zero a zero, placar magro para a rica tradição que começaria a partir dali.

Primeiras décadas do futebol bretão: A era Pré-FIFA

Do seu primeiro jogo oficial em 1872 até a entrada na FIFA em 1906, foram mais de 40 anos de futebol exclusivamente britânico para os jogadores da seleção Inglesa. Durante essas primeiras décadas a seleção nacional se restringiu a jogos apenas entre países membros do Reino Unido, Irlanda (que depois se dividiu), Escócia e País de Gales.

Esses quatro países organizavam e jogavam a chamada British Home Championship, competição local na qual apenas os quatro membros pertencentes ao Reino Unido tomavam parte. O torneio exclusivamente britânico teve vida longa e foi abolido apenas na temporada 1983-84, mais de 100 anos após as primeiras disputas.

A seleção Inglesa, potência futebolística das ilhas britânicas, é de longe a maior vencedora dessa histórica competição com 54 conquistas. A Escócia vem em segundo com 41 títulos. País de Gales e Irlanda fecham a conta com 12 e 8 títulos, respectivamente.

A era Pré-FIFA foi também uma época de orfandade para a seleção Inglesa. O estádio oficial do time, o Wembley, fora construído apenas em 1923. Sem uma casa permanente, os jogos das primeiras décadas eram disputados em diferentes cidades e estádios.

O início do século 20 foi um divisor de águas. Aqui o time passou a ser associado da FIFA, em 1906, e inaugurou o seu estádio permanente oficial. A história Inglesa no futebol mundial começava ali.

Da conturbada relação com a FIFA ao título mundial

As primeiras partidas oficiais da seleção Inglesa contra um país de fora do Reino Unido aconteceram em 1908, dois anos após o ingresso do time na FIFA. As disputas foram contra países da Europa continental e foram realizadas durante uma turnê pelo Velho Continente.

A relação entre a federação internacional de futebol e os Ingleses não era fácil e após pouco mais de 20 anos como país associado, os britânicos abandonaram o barco e voltaram a ficar um longo período de fora dos principais palcos do futebol mundial.

A saída da FIFA devido à divergências com sua direção aconteceu em 1928. Esse interlúdio no qual a Inglaterra se manteve fora da FIFA fez com que a seleção de futebol mais antiga do mundo não participasse das três primeiras edições da Copa da Mundo.

Apenas em 1946 os ingleses voltariam a figurar na organização internacional de futebol. A primeira participação em Copas do Mundo foi em 1950, na fatídica e bem conhecida dos brasileiros Copa do Maracanazo. Sediada no Brasil, a quarta edição da Copa do Mundo sagrou a seleção celeste do Uruguai como campeã e foi o palco de estreia para os Ingleses na competição internacional mais importante do mundo.

A tímida participação em sua primeira Copa do Mundo não foi condizente com o que seria mostrado nos anos seguintes. Após chegar às quartas de final nas edições de 1954 e 1962 (em 1958 o time foi eliminado na primeira fase), a seleção Inglesa venceu o torneio em 1966, sediado na própria Inglaterra. Sob comando do técnico Alf Ramsey, essa edição entrou para história da povo Inglês como o único título de Copa do Mundo conquistado por eles.

A histórica final contra a Alemanha Ocidental terminou em 4 a 2, já na prorrogação, e foi assistida de perto por 98 mil torcedores. Como não poderia deixar de ser, o palco da conquista foi o emblemático Wembley Stadium. A taça Jules Rimet, como era chamado troféu dado ao vencedor do torneio, foi entregue pelas mãos da própria Rainha e selou a primeira e única conquista dos ingleses.

Da conquista mundial à atualidade

A conquista da Taça Jules Rimet em 1966 foi a melhor performance da seleção da Inglaterra em torneios internacionais (excetuando-se as atuações no British Home Championship). Após o título mundial, a Inglaterra voltou a participar de nove edições da Copa do Mundo e ficou de fora de outras três edições. Sua melhor participação foi em 1990, na Copa do México, em que logrou chegar às semifinais e foi eliminada pela Alemanha Ocidental, mesmo time que derrotou na final de 1966.

Além das Copas do Mundo FIFA, a Inglaterra também tem uma rica participação nas edições da Eurocopa, torneio que reúne as melhores seleções do velho continente.

Em 14 edições do torneio organizado pela UEFA, os ingleses se classificaram para 9 e ficaram fora de 5. As melhores participações foram em 1968, quando foi conquistado um ótimo terceiro lugar, e em 1996, em que o time chegou às semifinais. Ao contrário do torneio da FIFA, a Eurocopa é uma competição que os Ingleses ainda não venceram.

O atual técnico da seleção é Gareth Southgate, inglês como a grande maioria dos seus antecessores (apenas 2 de 19 técnicos da seleção inglesa eram de outras nacionalidades).

Apesar dos poucos títulos internacionais em torneios FIFA e UEFA, a Inglaterra é tida como uma potência do futebol e uma seleção respeitada. A Premier League tem revelado ótimos jogadores desde sempre e alguns dos craques ingleses são reconhecidos expoentes da história do futebol, como David Beckham, Wayne Rooney e Michael Owen.

Curiosidades sobre a seleção da Inglaterra

A seleção inglesa e seus mais de 140 anos de história possui uma longa tradição e fatos controversos. Desde a alcunha de “Os três Leões”, apelido oficial da equipe, até o gol na prorrogação da final da copa de 1966 que na verdade não teria passado a linha do gol, o time de coração da família real já passou por muita coisa.

Os três leões

O apelido oficial da seleção Inglesa está relacionado ao brasão estampado no logo do time e também no escudo da federação inglesa de futebol. Trata-se de três leões guardant passant, símbolo do Rei Ricardo I (1189-1199) e também brasão do exército inglês.

Os Três Leões é um apelido de representação histórica e ilustrado nos escudos da federação nacional e no emblema do time.

O polêmico gol do título mundial de 66

Em 1966, a partida que daria à Inglaterra seu primeiro e único título de Copa do Mundo foi marcada por um gol polêmico. Geoff Hurst, que no tempo normal de jogo já havia marcado um tento e ajudado seu time a manter a partida empatada em 2 a 2 e levá-la para a prorrogação, entrou para história ao marcar um dos gols mais polêmicos da história das Copas do Mundo.

Eram cerca de 11 minutos do primeiro tempo da prorrogação, o atacante, então artilheiro da equipe britânica na Copa, recebeu passe próximo da área adversária, se posicionou quase na entrada da pequena área e disparou um petardo contra o goleiro alemão. A bola explodiu no travessão e quicou no chão caprichosamente, mas sem ultrapassar a linha do gol.

O árbitro da partida, Gottfried Vienst, validou o gol e colocou os ingleses na frente novamente. A partir dali, jogando em casa e com o apoio dos quase 98 mil torcedores, a Inglaterra dominou o jogo e marcaria ainda mais uma vez, também com Geoff Hurst, e se sagraria campeã mundial.

A revanche alemã na África do Sul

Em 2010, na Copa da África do Sul, mais um lance polêmico se juntaria à história da seleção Inglesa. Mas desta vez não foi para ajudar.

Em partida contra a mesma Alemanha, pelas oitavas de final, o craque Inglês Lampard deu um chutasso no travessão em jogada muito parecida com a de Geoff Hurst. Tal como em 1966, a bola caprichosamente bateu no chão após explodir na trave, mas dessa vez do lado de dentro da linha do gol.

O árbitro da partida, o uruguaio Jorge Larrionda, não validou o gol e deu seguimento ao jogo. O lance ficou pra história do futebol como a vingança da Alemanha pelo gol mal assinalado 44 anos antes.

Maiores artilheiros da seleção inglesa

A Inglaterra conta com grandes artilheiros em seu panteão de craques. O primeiro da lista ainda está em atividade. Trata-se de Wayne Rooney, aguerrido atacante que além de ídolo nacional é também um dos maiores jogadores do Manchester United.

Outros grandes atacantes também figuram na lista. Veja quem são os maiores artilheiros da seleção inglesa:

  1. Wayne Rooney ( 53 gols)
  2. Bobby Charlton (49 gols)
  3. Garry Lineker (48 gols)
  4. Jimmy Grieves (44 gols)
  5. Michael Owen (40 gols)

Wayne Rooney está na seleção nacional desde 2003 e foi companheiro de Owen até 2008. Os dois formaram uma das duplas de ataque mais temidas dos anos 2000.

Bobby Charlton e Jimmy Grieves foram companheiros de time durante as décadas de 60 e 70. Fechando a lista, Garry Lineker foi o artilheiro Inglês na década de 80.

Jogadores mais longevos

Em seus mais de 140 anos de história, é de se esperar que alguns jogadores tenham jogado na seleção por longos anos e disputado centenas de jogos. Curiosamente, os jogadores que mais disputaram partidas pelo time inglês são relativamente novos na história da seleção. Vejamos quem são eles!

  1. Peter Schilton (1970-1990)
  2. Wayne Rooney (2003-até o momento)
  3. David Beckham (1996-2010)
  4. Steven Gerrard (2000-2014)
  5. Bobby Moore (1962-1970)

Peter Schilton disputou 125 jogos. É seguido de perto por Rooney com 119, Beckham com 115 e Gerrard com 114. Bobby Moore completa a lista como o quinto jogador que mais jogos disputou pela seleção Inglesa, um total de 108.

Elenco atual e uniformes da seleção Inglesa

Ao contrário da seleção brasileira e da maioria dos países sul americanos, a seleção Inglesa é formada quase que inteiramente por jogadores que atuam na Premier League. Do elenco atual dos Três leões, apenas o goleiro Hart atua no futebol estrangeiro, defendendo o Torino, da Itália.

Dos jogadores convocados pela última vez em março de 2017, 11 são dos gigantes do campeonato inglês: Manchester United, Manchester City, Arsenal, Liverpool, e Tottenham.

O time que mais cedeu jogadores para a última convocação foi o Southampton, com cinco convocados pelo técnico Garath Southgate. O elenco atual conta com:

Goleiros: John Hart (Torino), Fraser Foster (Southampton) e Tom Heaton (Burney)

Defensores: Kyle Walker (Tottenham), Ryan Bertrand (Southampton), Michael Kayne (Burney), John Stones (Manchester City), Nathaniel Clyne (Liverpool), Luke Shaw (Manchester United), Ben Gibson (Middlesbrough).

Meio-campistas: Eric Dier (Tottenham), Raheem Sterling (Manchester City), Alex Oxlade-Chamberlain (Arsenal), Dele Alli (Tottenham), Adam Lallana (Liverpool), Jake Livermore (,West Bromwich Albion) James Ward Prowse (Southampton), Ross Barkley (Everton), Jess Lingard (Manchester United), Nathan Redmond (Southampton)

Atacantes: Jermain Defoe (Sunderland), Jamie Vardy (Leicester), Marcus Rashford (Manchester United)

Wayne Rooney não foi convocado na última lista dos Three Lions. O maior artilheiro da história da Inglaterra vive mau momento em seu clube, o Manchester United, mas pode voltar a qualquer momento.

Wembley, a casa dos Três Leões

Wembley tem capacidade para 90 mil torcedores. Foto: Mapa de Londres
Wembley tem capacidade para 90 mil torcedores. Foto: Mapa de Londres

O estádio oficial e permanente da seleção da Inglaterra é o emblemático Wembley Stadium. O local tem história para contar. Originalmente inaugurado em 1923 para ser a casa da seleção Inglesa, o estádio foi demolido em 2002-2003 e passou por um processo de reconstrução total.

Foi no antigo Wembley que os Ingleses viram sua seleção levantar a Taça da Copa do Mundo de 1966. Também foi amplamente utilizado na Eurocopa de 1996, sediada na Inglaterra e na qual o time da casa conseguiu sua melhor performance no torneio.

Após o fechamento em 2000 e demolição nos anos seguintes, a reinauguração aconteceu somente em 2007, após um longo período de construção e espera por parte do público britânico.

O projeto arquitetônico foi feito por uma parceria entre dois renomados escritórios de calibre mundial, o Foster And Partners, sediado em Londres, e a Populous( antiga HOK Sport Venue Event).

Projetado para ser uma arena completa, abrigando também jogos de Rugby, competições de atletismo e atrações musicais, o estádio é o maior da Inglaterra e o segundo maior de todo continente Europeu (o primeiro lugar é do Camp Nou, do Barcelona).

A capacidade de público é de impressionantes 90 mil pessoas, que pode ser estendido para 105 mil.  O Wembley Stadium é classificado como estádio 4 estrelas pela UEFA, a maior classificação da entidade máxima do futebol europeu.

Em Londres, é possível fazer um tour guiado pelo estádio de Wembley. Já imaginou?

E aí, curtiu aprender um pouquinho sobre a seleção inglesa e as curiosidades da origem desse esporte? Comente.

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