Descubra o interior da Inglaterra: 3 destinos fora do radar turístico

O interior da Inglaterra reserva belas surpresas para quem acha que Londres é o único destino turístico no Reino Unido.

É importante lembrar: não é apenas em Londres que a vida acontece. Fora da capital, outras cidades apresentam estilos de vida e programações distintas, para todos os gostos.

Superando as fronteiras londrinas, vamos conduzi-lo a um rápido passeio para outras regiões incríveis no interior da Inglaterra. 

Ficou interessado? Então siga a leitura.

3 destinos no interior da Inglaterra

Para quem viaja para a Inglaterra, espiar além da capital é quase uma obrigação. Abaixo, três motivos para conhecer o interior do país:

Bath

Bath - Cidades Medievais
Bath é famosa pelos banhos romanos. Foto: iStock, Getty Images

O primeiro dos destinos fora do radar turístico da Inglaterra é Bath. A cidade fica na região sudeste, a cerca de 150 quilômetros de Londres, mais precisamente no condado de Somerset. A população é de 88 mil pessoas.

Bath foi fundada no século VII, pelos romanos, que construíram casas de banho na região. Sua arquitetura peculiar e marcante é uma das principais características na paisagem. Para os amantes de literatura, é possível visitar o museu Jane Austen Centre, que traz memórias e itens que pertenceram à famosa escritora inglesa. Austen visitava Bath com frequência e a região aparece em vários de seus romances.

Anualmente, acontece um festival de literatura, que inclui atrações para adultos e outras específicas para crianças. A arte tem forte presença em Bath. São cinco teatros e diversos museus que retratam o apego da população à cultura.

A cidade de Bath também possui tradição no esporte, sobretudo no rúgbi, com o Bath Rugby, que disputa a English Premiership, divisão de elite da modalidade. No futebol, o Bath City joga apenas campeonatos semi-profissionais.

Dover

Aí temos outro destino bem peculiar: Dover, cidade portuária e famosa por seus penhascos, tombados como patrimônio nacional. Localizada a 125 quilômetros de Londres, no condado de Kent, a região sempre serviu como ponto de chegada e partida das Ilhas Britânicas ao longo da história.

Pelo Estreito de Dover, é possível chegar à França. Essa proximidade rendeu uma pronúncia francesa ao nome da cidade: Douvres. Estima-se que a região começou a ser habitada na Idade da Pedra, mas a população não é tão densa como nas grandes metrópoles. São apenas 33 mil habitantes, atualmente.

Dover foi de enorme importância estratégica para os militares na II Guerra Mundial e mesmo nas Guerras Napoleônicas. O turismo e os transportes portuários de carga representam grande parcela dos empregos da região. Se você gosta de visitar instalações antigas, o Dover Castle é uma ótima pedida, relembrando as origens e o passado da região. São três museus com temáticas distintas e a possibilidade de se maravilhar com a vista dos penhascos.

O escritor Ian Fleming, criador do agente 007, o lendário espião britânico, se inspirou na região para criar vários personagens e paisagens para suas tramas. Em “007 Contra o Foguete da Morte” e “007 Contra Goldfinger”, o condado de Kent recebe algumas cenas dos filmes e dos livros de Fleming, que eventualmente comprou uma casa na cidade para passar finais de semana e férias com a esposa. O museu de Dover tem uma sala dedicada ao escritor.

Roteiro em Londres

Derby

A rápida viagem de hoje acaba no destino de Derby, às margens do Rio Derwent. Povoada desde o ano 600 d.C, a cidade tem mais de 200 mil habitantes e já foi ocupada por comunidades anglo-saxãs e de vikings. Historiadores afirmam que a região foi uma das responsáveis pela Revolução Industrial, que impactou fortemente a relação entre trabalhadores e empregados ao redor do mundo.

Derby, que está a 180 quilômetros de Londres, é um dos grandes centros ferroviários da Inglaterra e sua projeção internacional se deu quase que exclusivamente em virtude do futebol. Nos anos 1960 e 70, o Derby County saiu da segunda divisão e foi campeão da elite inglesa, se mantendo por algum tempo entre os concorrentes ao título. O clube manda seus jogos no iPro Stadium, em Pride Park.

Mas os motores e a gasolina também são imprescindíveis para a sobrevivência da região. Derby tem uma grande fábrica da Rolls-Royce, da Toyota e produz grande parte dos propulsores de avião comercializados no país.

Além disso, perto de Derby, em Leicestershire, fica o circuito de Donington, uma das referências em automobilismo no Reino Unido e que dedicou um pequeno espaço a um memorial de Ayrton Senna, tricampeão mundial de Fórmula 1. A pista recebeu um Grande Prêmio em 1993, justamente quando Senna marcou época com uma vitória que teve atuação espetacular logo na primeira volta, debaixo de forte chuva.

Os turistas costumam visitar as catacumbas de Derby (onde prisioneiros eram transferidos por via férrea na Era Vitoriana), a fábrica Royal Crown Derby, uma das pioneiras na fabricação de porcelanas no Reino Unido, além da Derby Cathedral, construída no século XVIII.

Os destinos mais turísticos da Inglaterra

De acordo com levantamento do jornal The Telegraph, Londres é o destino mais visitado por turistas no Reino Unido, alcançando a marca de 16 milhões de pessoas ao ano.

Westminster Bridge e Big Ben - Fotos de Londres
Palácio de Westminster é um dos principais cartões-postais de Londres. Foto: iStock, Getty Images

A diferença para outras regiões é enorme, mas não quer dizer que o turismo fique concentrado na capital, como já mostramos em alguns exemplos acima.

Em Manchester, a vida noturna e o apelo do futebol falam muito alto na hora de atrair turistas. Estimativas do governo colocam mais de 980 mil turistas ao ano na potência industrial mancuniana. Manchester City e United certamente são responsáveis por esse boom turístico.

Depois das duas metrópoles, chama a atenção a alta movimentação de visitantes em Birmingham, que concentra festivais de música, de arte, exposições e outras excelentes atrações. Birmingham é completa como destino, já que oferece uma rica variedade de experiências como parques de diversão, zoológicos, grandes shoppings, estádios de futebol, estúdios da emissora BBC e museus que ajudam a contar a história da civilização inglesa. Mais de 940 mil turistas passam por lá anualmente.

E você, vai visitar o interior da Inglaterra? Deixe um comentário.

Descubra 3 cidades do Reino Unido para ir além da Inglaterra

Além de Londres, muitas cidades do Reino Unido podem entrar no seu roteiro britânico.

Não é só a Inglaterra que merece atenção e notas em guias de turismo no Reino Unido. Há muito além das fronteiras inglesas para se conhecer. Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte também possuem cidades que merecem a sua visita.

A viagem é longa, então aperte os cintos e esteja preparado para pesquisar mais detalhes destas lindas cidades do Reino Unido fora do eixo da Inglaterra.

3 charmosas cidades do Reino Unido

Esqueça Londres e a Inglaterra por um instante. A ideia agora é apresentar as mais charmosas cidades do Reino Unido nos outros países das ilhas. Então, que tal começar pela Escócia?

Edimburgo

A capital da Escócia, Edimburgo, é uma das cidades que merecem atenção.

Edinburgh Castle
Castelo de Edimburgo faz parte do cenário da capital escocesa. Foto: iStock, Getty Images

Quem nunca desejou passar por perto do Castelo de Edimburgo, uma construção imponente que se destaca em uma paisagem estonteante. Além do próprio castelo, é possível conhecer o interior e seus pequenos museus que enfatizam a história e as batalhas escocesas desde a origem do seu povo.

A viagem ao passado começa com o Palácio Real, passando por uma exposição das joias da coroa e dos bordados de Maria, a Rainha da Escócia, pela St. Margaret Chapel, os canhões e armas apontadas para o horizonte, além dos calabouços onde ficavam os presos e o National War Museum.

Edimburgo tem um local chamado Dynamic Earth, um centro onde acontecem várias exposições e experiências em 4D. A História da Terra é contada com filmes e itens de museu colocados em diferentes salas. O carro-chefe do Dynamic Earth é um cinema em 360 graus, com tecnologia avançada em imagem e som, trazendo o visitante para dentro da natureza. Animais e fósseis são representados de maneira fiel nas instalações. É um passeio para toda a família.

Entre julho e setembro, festivais de diversas áreas tomam conta da cidade. Arte, diversão, literatura e outros ramos marcam presença durante o verão. E se por acaso o seu interesse for em fazer compras, corra até a Princes Street para conferir a meca do comércio em Edimburgo.

E, por último, já ouviu falar no Palácio de Holyroodhouse, refúgio da Rainha Elizabeth II na Escócia?

Roteiro em Londres

Cardiff

Mudando um pouco de foco, vamos agora para Cardiff, capital do País de Gales. A região é muito popular entre turistas e tem importância histórica para o Reino Unido como uma grande zona portuária.

Cardiff
Castelo de Cardiff é um dos pontos turísticos da capital de Gales. Foto: Michel Curi, CC BY 2.0

A começar pelo foco esportivo, Cardiff é mesmo uma grande atração: o Principality Stadium concentra partidas da seleção galesa de rúgbi e o Cardiff City Stadium é a casa do clube homônimo, de futebol, que disputa a segunda divisão inglesa. Modalidades como o cricket e o hóquei de gelo também despontam como ponto de interesse da população.

Cardiff tem uma paisagem distinta, com muitas edificações antigas e uma renovada área à beira do Canal de Bristol, uma via marítima que se estende até o Oceano Atlântico Norte.

O Cardiff Castle, assim como os castelos clássicos do Reino Unido, possui museus que retratam os grandes feitos militares dos britânicos e a tradição das famílias reais que por lá viveram.

Um dos museus mais conceituados no Reino Unido fica em Cardiff, no País de Gales: o Whitewall Galleries, com exposições de pinturas e artistas famosos de todo o mundo. O St. Fagans National, por outro lado, é um museu a céu aberto que consiste em uma casa do século XVII preservada no interior e exterior, com um lindíssimo jardim.

Por fim, a Cardiff Bay é um destino essencial se você está visitando a capital galesa. Em 1999, a construção de uma barragem revitalizou a área, dando um aspecto de litoral à região. Não à toa, os imóveis próximos à baía se valorizaram bastante na última década.

Belfast

Aí chegamos a Belfast, na Irlanda do Norte. Uma cidade marcada pelos conflitos dos Troubles, uma disputa étnica, política e religiosa que assolou o país entre os anos 1970 e 90. As ruas de Belfast ferveram em meio ao embate entre católicos e protestantes. Mas felizmente a capital norte-irlandesa se recuperou disso e vive momento próspero.

Belfast City Centre
Belfast é uma cidade que normalmente escapa aos olhos turísticos. Foto: iStock, Getty Images

Foi de Belfast que partiu o Titanic, em 1911, rumo à Nova York. Projetistas de Belfast foram responsáveis pelo desenho e pela estruturação do navio, que era o mais moderno da época e considerado como “à prova de naufrágio”. Hoje, existe um museu especialmente dedicado ao navio, o Titanic Belfast, que afundou ao se chocar com um iceberg e deixou mais de 1500 mortos.

Os murais, ou “The Murals”, contam com ilustrações populares, desenhos e mosaicos a história violenta dos Troubles, espalhados pela cidade. E não há só um ponto de vista retratado nas pichações e grafitagens: unionistas, lealistas e republicanos deixaram seus registros nas paredes.

O Jardim Botânico é outro ponto de interesse muito comum entre turistas que frequentam cidades do Reino Unido. Oferece-se um passeio pela paisagem e pelo vasto número de plantas e flores do parque. O contato com a natureza também acontece na Giant Causeway, uma formação rochosa à beira do mar, diferente de tudo que você já viu.

Outras cidades do Reino Unido dignas de visita

Se você ainda não está satisfeito e quer conhecer lugares menos comuns em roteiros de viagens internacionais, Lyme Regis talvez sirva como ambiente litorâneo. Localizada no sudoeste da Inglaterra, a região tem muitas praias e penhascos, fugindo à lógica urbana inglesa. São apenas 210 quilômetros de distância de Londres, um destino muito bom para épocas de férias e verão, no meio do ano.

Aberdeen, na Escócia, também é uma ótima pedida para os amantes da natureza. As montanhas, as praias e as florestas encantam com facilidade. É altamente recomendável visitar Royal Deeside e os castelos famosos de Braemar, Dunnottar e Balmoral, entre outros que eram populares desde os tempos da Rainha Vitória.

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39 pontos turísticos de Londres

Descubra as principais atrações de York, na Inglaterra

York é um marco histórico para a Inglaterra. Localizada no condado de North Yorkshire, a cidade traz muitos resquícios da antiguidade em suas ruas e paisagens. Com apenas duas horas de viagem de trem a partir de Londres, você pode conhecer castelos, cavernas e heranças de outros povos que passaram por lá.

O passeio pelo túnel do tempo é só um dos chamarizes para York, sinônimo de Inglaterra e de suas tradições culturais.

Mas não fiquemos só nisso. Há muito mais em York para ser desbravado.

York - cidades medievais
York fica ao Norte de Londres, a 345 km da capital e a 2h de trem. Foto: iStock, Getty Images

Atrações de York, na Inglaterra

Vikings, romanos e ingleses, todos no mesmo lugar, em períodos diferentes da História da Inglaterra. York é recheada com reminiscências dos primeiros anos da humanidade. A estrutura urbana foi bem preservada e a cidade tem um elo muito forte com o passado. Caminhar pelas ruas de York é como frequentar um museu a céu aberto.

As tavernas, cafés e outros estabelecimentos acolhem o público, que é agraciado com atrações artísticas em todos os cantos. São muitas as opções de turismo, englobando um mergulho na religião, como por exemplo o York Minster, um mosteiro clássico que é o coração do catolicismo inglês. Uma grande escadaria leva ao topo da torre, que dá uma vista privilegiada para o resto da cidade.

Roteiro em Londres

É sempre um ótimo roteiro visitar a Clifford’s Tower, uma torre que revive a História no período medieval. Construída por Guilherme I, o Conquistador, a obra foi destruída algumas vezes em contexto bélico e teve sua última grande reconstrução no século XIII, por Henrique III. O horizonte com a Clifford’s Tower e as montanhas a seu redor é uma experiência essencialmente britânica.

O York Dungeon também não fica atrás no turismo. A construção oferece uma caverna com uma verdadeira imersão na antiga sociedade. Lá, você pode conhecer o funcionamento dos grandes tribunais, ver de perto como operavam os guardas das masmorras e como viviam os prisioneiros. Tudo apresentado com fidelidade histórica e boa interação com os guias e artistas que encarnam os personagens do passado.

Se ainda assim você não tiver se aventurado o bastante, o Jorvik Viking Center resolverá seu problema. Um museu dedicado à cultura escandinava e dos guerreiros vikings, que mostra como eles viviam, trabalhavam e deixaram o seu legado em York. É outra das fascinantes viagens aos séculos passados, com riqueza de detalhes.

Para quem deseja algo mais leve, a Chocolate Story é uma grande pedida. É uma loja especializada em doces, que remonta às origens do chocolate e proporciona uma experiência única e saborosa ao visitante.

O York City Cruises, por sua vez, consiste em passeios de barco pelo Rio Ouse, com o complemento de um bar e guias que mostram os pontos mais interessantes da cidade, viajando pelas águas locais.

Por fim, vale também conhecer o Railway Museum, uma grande exposição com trens e itens de ferrovia que resumem essa tão clássica forma de transporte na Inglaterra. Dos mais antigos trens até os vagões luxuosos que conduziram a realeza britânica, você será apresentado às relíquias do maior museu ferroviário do mundo.

De Londres para York

Existem várias formas para se chegar a York, na Inglaterra. A principal é por via férrea. York tem conexões diretas com Manchester, Londres e Edimburgo, na Escócia.

Outro modo é usar os ônibus em York. Eles são considerados os melhores e mais eficientes do Reino Unido e permite o transporte de animais. A pontualidade e a qualidade do serviço ajudam a manter a boa reputação dos ônibus na cidade.

York não possui um aeroporto, mas está a apenas trinta minutos de Leeds-Bradford. Outros aeroportos de cidades maiores estão a uma ou duas horas de estrada da cidade, como os de Manchester, Newcastle, Durham-Tees, Doncaster-Sheffield e Humberside.

Leia também: 8 cidades medievais da Inglaterra

Velha e Nova York

A origem de York remete aos romanos, que ocupavam a região por volta de 7000 a 8000 a. C e fundaram a cidade muito tempo depois, por volta de 71 d.C, mas foi apenas em 1396 que ganhou projeção local, graças ao Rei Ricardo II, que concedeu autonomia à cidade.

Com a medida de Ricardo II, York se consolidou, econômica e politicamente falando.

Nesse intervalo, os romanos já haviam entrado em decadência e deixaram York, que foi ocupada pelos anglos e posteriormente invadida por Vikings em 866 d.C.

A cidade já foi palco de grandes desgraças como as inundações dos rios Ouse e Foss, em 400 d.C, causando muitas mortes. Durante a dominação dos vikings, houve também o grande incêndio de 1068, durante uma rebelião popular. Em 1190, no York Castle, mais de 150 judeus foram mortos por um levante anti-semita. Séculos mais tarde, em 1644, se deu a Guerra Civil (1642-1651), que culminou na destruição de pontos-chave de York e na morte de 4000 soldados, além da captura de outros 1500 homens do batalhão.

Em fases mais pacíficas, sobretudo nos séculos XVII e XVIII, York se impôs como grande produtora têxtil, com alta movimentação de mercadorias para o restante da Inglaterra. Além disso, a região se converteu em um centro mercantil e social, com marcas bem definidas no ramo da cultura, algo que até hoje é visível na postura do povo de York.

No ano de 1664, exploradores da Inglaterra conquistaram a área de Nova Amsterdã, nos Estados Unidos. Rompendo o domínio holandês na região, os ingleses rebatizaram a cidade como Nova York e reinaram por 120 anos na colônia, até a independência dos Estados Unidos, em 1776.

Após intenso conflito armado, os ingleses deixaram a cidade americana em 1783, o que culminou na criação da Constituição dos EUA e na lenta consolidação do país como maior potência mundial quase dois séculos depois. Mas a marca britânica permanece visível na influência cultural e no nome da grande metrópole, que hoje abriga centenas de outros povos, raças e credos.

E aí, curtiu conhecer mais sobre a história e as atrações de York, na Inglaterra? Comente.

O que foi o Absolutismo na Inglaterra

O absolutismo na Inglaterra ocorreu em diferentes períodos e solidificou-se entre os séculos 15 e 17. Foi encerrado com a chegada de Guilherme de Orange (William of Orange) em 1688 e a Declaração dos Direitos (Bill of Rights), que instaurou o que seria uma monarquia parlamentar.

Esse fenômeno absolutista, que dá direitos plenos ao monarca, não se limitou apenas à Inglaterra. Diversos países da Europa experimentaram, naquele período, essa concentração de poderes em apenas um Rei ou uma Rainha.

Nessa corrente, o comandante soberano de um país detinha todas as formas de poder, de maneira independente, sem o apoio ou o contraponto de qualquer outro órgão. A Inglaterra foi uma das nações mais proeminentes nesse sentido.

O Absolutismo na Inglaterra também foi uma forma de consolidar o poder da monarquia, logo após o fim da Idade Média.

A transição política teve apoio da burguesia e os ingleses tinham em Henrique VII o seu primeiro rei absolutista, entre 1457 e 1509, quando ele morreu e deu lugar ao seu filho, Henrique VIII. O que mais você sabe sobre o absolutismo na Inglaterra? A seguir, falamos um pouco mais sobre esse momento da História.

O que foi o Absolutismo na Inglaterra
Hoje o Parlamento restringe os poderes da monarquia na Inglaterra. Foto: Mapa de Londres

História do Absolutismo na Inglaterra

A Inglaterra não foi o único país europeu de grande projeção que se submeteu ao absolutismo. A França e a Espanha, notórias colonizadoras, também passaram pelo processo através dos séculos.

A ideia absolutista consiste em concentrar os poderes de um país nas mãos de uma só pessoa, neste caso, a principal força de uma família real: o rei ou a rainha. Foi uma tendência entre os reis absolutistas a noção de que eles poderiam determinar quem vivia ou morria no estado. Quase sempre, as vítimas do rei eram opositores políticos ou pessoas contrárias ao regime, consideradas traidoras.

Um dos teóricos absolutistas foi Nicolau Maquiavel, autor da famosa obra “O Príncipe”, que inclusive se tornou em um adjetivo nos séculos seguintes. O termo “maquiavélico” reflete uma pessoa calculista e que faz de tudo para alcançar seus objetivos e atender seus próprios interesses, com má fé, mentiras e outras posturas recrimináveis.

Em suma, os fins justificam os meios, uma forma de pensamento que atraía muitos simpatizantes absolutistas. Maquiavel, que viveu entre 1469 e 1527, foi crucial para que o sistema se tornasse popular no continente.

Também era comum que os reis fizessem seu povo acreditar que Deus havia dado apenas a eles, pertencentes à coroa, a prerrogativa e a iluminação de comandar um país sem jamais serem questionados, com pleno direito de oprimir e assassinar qualquer cidadão. Além disso, o trono era considerado uma divindade. Um rei mandava, e todo o resto da população obedecia.

A monarquia, nesse quesito, ascendeu em virtude de uma tendência ao Estado Nacional, que buscava fortalecer raízes e questões nacionalistas. No entanto, os reis decidiam tudo em nome da nação, à revelia do povo e da própria nobreza. O absolutismo na Inglaterra diminuiu a força e as decisões do parlamento para ser encarada como a única verdade e a figura da lei.

Outra faceta do absolutismo na Inglaterra era a subordinação da Igreja Católica, que havia rompido relações com o Estado e se viu desprestigiada com a criação do Anglicanismo.

Reis absolutistas da Inglaterra

Estabelecido o absolutismo durante o reinado de Henrique VII, morto em 1509, o seu herdeiro, Henrique VIII, deu sequência ao legado deixado pelo pai. Os dois pertenciam à Dinastia Tudor, que conquistaram o trono da Inglaterra após a Guerra das Rosas.

O conflito opôs as casas de Lancaster e York, que eventualmente se uniram com o casamento entre Henrique VII e Isabel I. A ideia de Henrique VII, que ascendeu ao trono depois de assassinar o rei Ricardo III, era fragilizar a nobreza e isolar a monarquia como grande força nacional.

Os Tudor permaneceram no comando até 1603, quando a Casa de Stuart alcançou status superior perante as demais. Ao longo destes quase 100 anos entre a coroação de Henrique VIII e Jaime I da Inglaterra, estiveram na posição de rei/rainha os seguintes monarcas: Eduardo VI, Joana Grey (apenas por nove dias), Maria I, Filipe II (que se casou com Maria I) e Isabel I.

A monarca que durou mais tempo no comando do Estado foi justamente Isabel I, filha de Henrique VIII e Ana Bolena, entre 1558 e 1603. Quando a linhagem Tudor entrou em decadência e finalmente foi substituída pela dinastia Stuart, o modelo absolutista, em si, já estava em ruínas. Isabel, que não se casou e, portanto, não deixou herdeiros, simboliza a queda dos Tudor.

Monarquia parlamentarista do Reino Unido    

Hoje o Reino Unido tem uma monarquia parlamentarista. Nela, quem toma as decisões de fato é o Parlamento, cujos membros são eleitos pela população. Essa configuração restringe completamente os poderes do monarca, que apenas chancela as determinações do Parlamento e cumpre uma função mais protocolar e simbólica do que legislativa e executiva.

Essa democratização do poder na Inglaterra e no Reino Unido foi ganhando força aos poucos. Ao mesmo tempo em que os Stuart conquistaram o poder máximo na Inglaterra, o absolutismo perdia sua força e era fortemente contestado pelos ideais iluministas, que movimentaram bastante a França, até a explosão da Revolução Francesa, em 1789.

A demanda por liberdade individual, igualdade e descentralização de poder alterou radicalmente os rumos da sociedade britânica, até que o parlamento retomasse a importância que possui hoje, ainda que sob forte influência da Coroa. Os regentes ainda podem dissolver a câmara dos parlamentares, assim como podem nomear o primeiro-ministro.

Na configuração atual, sob Elizabeth II (Isabel II), existem duas câmaras: a Comum, que representa o povo britânico, e a dos Lordes, que consiste em representantes da nobreza. Os dois lados possuem como principal função discutir e formular novas leis para a população da Inglaterra.

A grande diferença democrática em relação ao período absolutista é que ambas as câmaras precisam entrar em consenso para qualquer decisão, mediante apresentação de projetos de lei, argumentação e votação. Um parlamentar pode propor uma legislação de maneira individual, mas para que ela seja discutida ou encaminhada para votação, é preciso que haja endosso do governo.

Entre a argumentação e a votação, esses representantes das duas câmaras se reúnem para deliberar possíveis emendas e também podem consultar especialistas que tragam provas e pareceres que legitimem o que está sendo proposto.

E aí, entendeu melhor como foi o absolutismo na Inglaterra, como ele perdeu força e qual é a configuração atual dessa monarquia parlamentarista? Comente.

Premier League da Inglaterra: história, importância e curiosidades

A Premier League da Inglaterra é motivo de orgulho para o futebol do país. Consolidada, rentável para seus clubes e assistida por todo o planeta, a liga é a grande vitrine do momento para jogadores em busca de reconhecimento.

Composta por vinte times, é a competição doméstica que mais paga por prêmios e direitos de transmissão televisivos. Palco de gigantes como Manchester United, Manchester City, Chelsea, Arsenal, Liverpool e outros coadjuvantes, a Premier League é a nova meca do futebol mundial e a casa dos principais atletas que defendem a Inglaterra.

História da Premier League da Inglaterra

Premier League da Inglaterra: história, importância e curiosidades
Em Londres, é possível conhecer os estádios de grandes times da Premier League. Foto: Mapa de Londres

O sistema do futebol inglês é o mais antigo do mundo. Sua liga, que já sofreu diversas mudanças de estrutura desde a fundação, em 1888, ganhou prestígio no fim da década de 1980 e no início dos anos 1990, com a criação da Premier League. Antes disso, a competição não era tão receptiva a atletas estrangeiros.

Apenas britânicos, em essência, povoavam os clubes que disputavam os torneios anuais na Inglaterra. Com a abertura gradual do mercado de transferências, craques de outros continentes se juntaram à festa das torcidas. O argentino Osvaldo Ardiles foi um grande exemplo de sucesso após sua chegada ao Tottenham, em 1978. Mas ele era exceção em um palco que era basicamente composto por ingleses, escoceses, irlandeses, norte-irlandeses e galeses.

O futebol da Inglaterra, por não ter sido mesclado a outras culturas futebolísticas, sofreu impacto no nível de sua seleção. Apesar de formar bons talentos em todas as décadas, especialmente após os anos 1960, a fama do país no esporte não era das melhores. A crônica esportiva descrevia os jogos ingleses como entediantes, previsíveis e de pouco recurso técnico, com muita insistência na bola aérea e em passes longos, estilo conhecido como kick and rush (chutar e correr, em tradução livre).

A Premier League, no momento de sua concepção, em 1992, deixou de ser um produto específico para o povo da Inglaterra. Com a alta adesão de jogadores sul-americanos, asiáticos, africanos e de outros países europeus destacados, a competição foi vendida para diversos cantos do planeta, com forte apelo de massa. Embora a atração tenha demorado a engrenar fora do eixo britânico, em comparação às ligas de Espanha, Itália e Alemanha, o sucesso foi estrondoso a partir dos anos 2000, com os supertimes de Manchester United, Arsenal, Chelsea e Liverpool.

Importância da competição

Desde então, o modelo da Premier League é visto como um sucesso para os ingleses e outros povos que se integram à identidade da competição. Famoso por sua excelente projeção financeira e pela farta distribuição de renda para seus participantes, o campeonato chega a ser tão televisionado quanto as maiores disputas de clubes no continente.

No acordo vigente pelas transmissões ao redor do mundo, a Premier League arrecada 5,14  bilhões de libras para 168 jogos ao vivo, valor que corresponde apenas às emissoras locais BT Sport e Sky Sports. Para se ter uma ideia, de 1992 a 97, nos cinco primeiros anos do formato, a liga arrecadou apenas 191 milhões de libras. Em 25 anos, a soma ultrapassou a casa dos 5 bilhões e tende a aumentar para o próximo acordo, que será feito em 2019.

Estima-se que o número de partidas transmitidas ao vivo suba de 168 para 200 no próximo ciclo. Ao todo, são 380 duelos na tabela da Premier League. Um colosso dentro e fora da Inglaterra. Essa dinheirama ajuda os vinte clubes da elite inglesa na hora de negociações por patrocinadores, montagem de elencos e estabilização de receitas em conjunto com a verba recebida por ingressos e outros planos de sócio.

Disputar a Premier League é não só um sinal de prestígio, mas um indício de riqueza. As agremiações promovidas de divisões inferiores recebem, no mínimo, 150 milhões de libras no momento do acesso, como prêmio. Estar entre os 20 concorrentes do mais alto nível de disputa no país atrai investidores, novos torcedores e olhares de todo o planeta. É impossível permanecer desconhecido participando do campeonato.

Não à toa, a Premier League ganhou o status de principal destino para os futebolistas de alto nível. Os salários e a exposição em caráter mundial impulsionam até mesmo as contratações de equipes menores. Atletas da Seleção Brasileira como Willian, Gabriel Jesus, Philippe Coutinho, Roberto Firmino e Fernandinho estão entre os titulares dos clubes mais populares do momento. David Luiz, que esteve na Copa do Mundo de 2014 e não tem aparecido nas listas de convocação de Tite, defende o Chelsea.

Atualmente, a Premier League dá quatro vagas para a Liga dos Campeões, torneio de maior reconhecimento em nível europeu. A partir de 2018-19, esses quatro ingleses qualificados estarão presentes já na fase de grupos, sem necessidade de disputas preliminares com equipes de outros países. O último vencedor da Liga dos Campeões vindo da Inglaterra foi o Chelsea, campeão em 2012. Em compensação, na Liga Europa, disputa secundária no continente, o Manchester United foi o campeão da última edição.

Curiosidades sobre a Premier League da Inglaterra

Premier League da Inglaterra: história, importância e curiosidades
Tour em Stamford Bridge está repleto de curiosidades. Foto: Mapa de Londres

Veja abaixo alguns dos fatos mais curiosos ao longo da história da competição:

  • Embora o atacante Mirandinha tenha sido o primeiro brasileiro a jogar na Inglaterra, em 1988, a estatística não contempla o período da Premier League, que foi fundada anos depois da sua saída do Newcastle. O pioneiro foi o atacante Isaías Marques Soares, que foi contratado pelo Coventry City em 1995. Ele teve passagens discretas por Fluminense, Friburguense e Cabofriense no Brasil. Sua melhor fase aconteceu no Benfica, entre 1990 e 95.
  • O maior goleador da Premier League é o atacante Alan Shearer, ex-Blackburn Rovers e Newcastle. Ele marcou 260 gols.
  • O maior campeão da história da Premier League é o Manchester United, que soma 13 títulos desde 1992. Ao todo, os Red Devils acumulam 20 conquistas, duas a mais do que o rival Liverpool, que tem 18 e está em jejum de títulos da liga desde 1990.
  • O recordista em jogos pela Premier League é o meia Gareth Barry, do West Brom, que esteve em campo por 642 jogos. Ele ainda está em atividade e pode aumentar consideravelmente este número.

Entendeu melhor a história e a importância da Premier League? Você já acompanha a competição? Deixe um comentário.

Notícias de Londres: as principais fontes de informação da Terra da Rainha

As notícias de Londres repercutem no mundo inteiro. Parece que os acontecimentos na capital britânica têm apelo maior do que no restante do planeta.

Talvez as notícias de Londres possuam maior amplitude devido à importância histórica e hegemônica da Inglaterra e do Reino Unido.

Talvez o principal motivo esteja no entorno da Família Real, da tradição monárquica e do embate cotidiano entre a conservação das raízes britânicas e a efervescência de um caldeirão de culturas e influências que transborda de Londres e ultrapassa as fronteiras do Velho Continente.

Talvez sejam os jornais, os veículos de imprensa e as grandes redes de comunicação que levem as notícias de Londres a um patamar mais elevado. Afinal, Londres é o verdadeiro hub jornalístico da Europa.

De qualquer forma, as notícias de Londres, da Inglaterra e do mundo ainda são tratadas com seriedade por grandes jornais da Inglaterra.

Não é difícil reconhecer quais são os mais confiáveis e os que possuem menor preocupação com o valor e os princípios jornalísticos, mas ainda há um bom número de veículos que respeitam o leitor e as tradições do ofício em solo inglês. A maioria está situada em Londres, centro econômico e grande metrópole britânica.

Roteiro em Londres

Neste post, vamos descobrir quais são as principais fontes de notícias de Londres, como se manter informado sobre os acontecimentos britânicos e em quais jornais e veículos ficar de olho para encontrar o bom jornalismo.

Vamos lá?

Quiosque de jornais em Londres
Jornalismo impresso ainda tem espaço em Londres. Foto: CC0, Max Pixel

Notícias de Londres nos jornais ingleses

A seguir, você vai descobrir onde ficar de olho para encontrar as notícias de Londres:

The Guardian

Um dos mais importantes jornais entre os diários ingleses é o Guardian, de alcance mundial, que traz notícias sobre acontecimentos dentro e fora do país, com um seleto grupo de colunistas. Nesse contexto, não é só o eixo de Londres que ganha atenção nas notícias. O mundo inteiro é assunto constante no Guardian. A cobertura cuidadosa faz do grupo, fundado em 1821, um dos pilares jornalísticos na Inglaterra.

The Telegraph

O Telegraph também desfruta de muito prestígio entre os produtores de notícias na Inglaterra, apesar de não esconder sua inclinação política nos editoriais e outros artigos de opinião. Fundado em 1855 e com forte influência do Partido Conservador, o Telegraph é conhecido por suas manchetes impactantes e objetivas, sem perder qualidade por práticas sensacionalistas. Ainda é uma das fontes de informação mais confiáveis da Europa, assim como o Guardian.

The Times

Um outro jornal de grande prestígio é o Times. Fundado em 1785, o diário londrino aposta em um formato compacto para continuar sendo uma das principais fontes de informação da Inglaterra. Foi o Times, aliás, que inventou a fonte Times New Roman, uma das mais básicas da história da escrita nos últimos séculos. É mais um dos gigantes baseados em Londres. Em seu site, o jornal dá muita atenção ao conteúdo produzido por seus colunistas, além de acompanhar assuntos polêmicos do momento, como o Brexit.

The Observer

Comprado pelo Guardian Media Group, o Observer se reinventou ao longo de sua trajetória. É o jornal mais antigo do mundo, criado em 1791, com orientação política centro-esquerdista. O veículo circula semanalmente aos domingos e tem maior concentração de exemplares em Londres, sua cidade-base. Depois de ser absorvido pela estrutura do Guardian, o Observer possui apenas uma página satélite na internet, como suplemento da marca principal do grupo. Notícias, artigos de opinião e outros especiais são frequentes no site.

Financial Times

Para quem vive de negócios, o Financial Times talvez seja a proposta ideal de notícias da Inglaterra. O veículo tem versão impressa que circula em todo o Reino Unido e um site oficial, no qual o mercado e a economia são as principais pautas. Tudo que envolve dinheiro e investimentos é de interesse do Financial Times, que desde 1888 se especializou nesse ramo.

The Sun, Daily Mail e Metro

À parte dos dois dinossauros de mídia, os veículos The Sun, Daily Mail e Metro tomaram uma grande fatia do mercado editorial, liderando com folgas o número de jornais vendidos diariamente na Inglaterra. Entretanto, essa força se explica pelo caráter polêmico e de tabloide, com forte apelo para manchetes e notícias sobre a vida particular de celebridades. Não raro, suas capas apresentam histórias duvidosas com apurações pouco cuidadosas.

O histórico do The Sun é particularmente problemático. O veículo já foi desmascarado em diversas pautas e atraiu enorme rejeição do público do futebol, pelo seu envolvimento na trama que sucedeu a tragédia de Hillsborough, em Sheffield, quando 96 torcedores morreram por negligência policial e superlotação. Na época, em 1989, o tablóide se posicionou contra os hooligans (torcedores organizados conhecidos pela violência), causa difundida pela ex-premiê Margaret Thatcher.

A postura impopular foi enfatizada com várias reportagens controversas, que culpavam as vítimas pelo incidente nas arquibancadas. No entanto, o conteúdo do The Sun também tem o diferencial de trazer histórias curiosas no cotidiano da Inglaterra. Seus personagens favoritos são criminosos ou vítimas de tramas violentas e desaparecimentos.

Os três veículos em questão, todos baseados em Londres, também possuem inclinação conservadora, mas o sensacionalismo, nesse caso, compensa, já que as publicações ultrapassam a casa de um milhão de exemplares vendidos no Reino Unido, estatística baseada no ano de 2017.

Dos três, o Metro é o menos sensacionalista. É distribuído gratuitamente nas estações de metrô, carregado para os trens por passageiros apressados e lido rapidamente entre o ponto mais próximo de casa e o desembarque, quando é deixado para um novo commuter, que passa os olhos pelas manchetes antes de se concentrar nas notícias do futebol.

Daily Mirror

Em contrapartida aos jornais e tablóides conservadores, o Daily Mirror é o principal representante da classe trabalhadora inglesa. Alinhado com a pauta do Labour Party, apresenta uma linguagem mais popular, para atrair mais leitores nas classes médias e baixas do país.  

BBC e as notícias de Londres e da Inglaterra

Gigante do ramo da comunicação, a BBC é um símbolo de Londres e da Inglaterra. Fundada em 1922 e pertencente ao governo do Reino Unido, a emissora se expandiu muito no século passado, ganhando força no rádio e na internet, além de sua vasta rede de filiais ao redor do mundo e canais para diferentes segmentos, como culinária, esportes, cidades, etc.

Presente em outros países como o Brasil, com uma versão em português de seu portal, a BBC ainda é uma das grandes produtoras de material jornalístico e qualidade inquestionável. Sediada em Londres, tem enorme alcance nas residências da Inglaterra, com alto poder de influência e penetração nas casas das famílias, das mais pobres às mais ricas.

É muito fácil ficar em contato com Londres e todo o panorama da sociedade inglesa acompanhando ao canal, que também aparece em operadoras a cabo no Brasil com a sua versão noticiosa, incluindo ainda debates sobre política e temas de interesse mundial.

Em complemento às suas notícias, a BBC também se consolidou no ramo do entretenimento, com muitas atrações e séries premiadas internacionalmente. Muitas delas, como Sherlock, estão no catálogo de seriados britânicos da Netflix.

E você, como fica por dentro das notícias de Londres? Deixe um comentário.

Exposição: Amazônia Imaginada, de Kim Poor

A artista brasileira radicada na Inglaterra Kim Poor abre em Londres uma exposição individual para celebrar a diversidade e a riqueza dos mitos e lendas da Amazônia.

Amazônia Imaginada é resultado de mais de 15 anos de pesquisa e inspiração. Poor teve a sensibilidade
de identificar e trazer para o universo de sua arte as histórias de vida que determinam as crenças indígenas e explicam os fenômenos naturais ao seu redor: o rio, a flora e a fauna da floresta Amazônica.

As pinturas de Poor são criadas usando sua técnica original de fundir camadas de vidro finamente moído, misturado a pigmentos naturais em placas de aço. Estas são expostas a temperaturas muito altas, até quarenta vezes, produzindo imagens que são tão luminosas quanto as asas de uma borboleta.

Kim Poor - Amazônia Imaginada

Livro

A nova exposição da artista coincide com o lançamento do livro A Amazônia Imaginada, sobre o trabalho de Kim Poor. O autor, o historiador e curador Edward Lucie-Smith, é considerado um dos escritores mais prolíficos em sua área.

Muitas das obras que estão no livro serão exibidas ao lado de uma grande instalação chamada Rio de Sangue, que representa 300 tribos indígenas na forma de flechas em voo.

Artista

A artista carioca Kim Poor desenvolve seu trabalho entre os ateliês de Londres e do Rio. Já exibiu em diversos países e, no Brasil, fez individuais no Museu de Arte Moderna no Rio e em São Paulo.

Exposição: Amazônia Imaginada, de Kim Poor

Quem deu nome à técnica usada pela artista foi ninguém menos do que Salvador Dali, ao visitar uma exposição dela nos anos 70 em Nova York. Dali batizou a técnica de “Diafanismo”.

Kim Poor também assinou mais de 30 capas de discos e ilustrou um livro de músicas do grupo inglês Genesis.

Seu trabalho como joalheira, de peças únicas e autorais, também é incensado pela imprensa internacional. Suas clientes incluem celebridades como Susan Sarandon, Judi Dench e a Princesa Diana.

Visite

O quê: Amazônia Imaginada

Abertura: 5 de dezembro (apenas para convidados)

Período: 6 a 29 de dezembro

Horários: Segunda a sexta, das 12h às 18h

Onde: Sala Brasil (12-14 Cockspur Street, Londres, SW1Y 5BL)

Descubra o que levar na mala de viagem para Londres

Tem viagem marcada para a Inglaterra e está em dúvida do que levar na mala de viagem para Londres? Calma: o fator climático não é tão assustador quanto você imagina.

Mesmo no inverno, o frio pode ser debelado com um bom casaco, e aquela chuva toda que faz a fama da cidade é mais amena do que você vê nos filmes. Na verdade, chove mais em Roma (e em São Paulo!) do que em Londres.

Além disso, se você já viajou no inverno para fora do Brasil e dos trópicos, provavelmente já tem todas as roupas necessárias para um enfrentamento adequado do clima. E se morar no Sul do Brasil, nem se fala: você já lida com o frio e não conta nem com a calefação.

O que levar na mala de viagem para Londres

Avião Londres
O clima em Londres é melhor do que você imagina. Foto: iStock, Getty Images

As roupas da mala para Londres dependem da estação climática. Se você decidir conhecer a cidade na primavera ou no verão, prepare-se para usar camiseta e passar calor, embora tenha que carregar também um casaco e se preparar para temperaturas baixas.

Em agosto e setembro, dois dos meses mais movimentados, você pode pegar até aqueles famosos 30 graus. Já imaginou passar calor em Londres?

Em abril e maio, dois dos meses que recomendamos para a viagem, as temperaturas ficam tranquilas, normalmente, e recebem bem os visitantes. Leve um casaco, mas não precisa de luva, touca e manta – a menos que você use essas peças em Gramado, por exemplo.

Já no inverno e no outono, a partir de outubro, o cenário fica um pouco mais tenso, e quem não está acostumado a temperaturas inferiores a 10 graus deve começar a se preocupar. Se você não lida bem com o frio, evite Londres de dezembro a fevereiro, três dos meses mais frios. Não pela neve, que não acontece com tanta frequência, mas pelas temperaturas, que podem ficar abaixo de zero.

O que levar na mala de viagem para Londres no inverno

Este é o tópico que a maioria dos leitores pedem: o que levar para Londres no inverno? Com que roupas devo me munir para não passar frio? Bom, depende do que você faz no Brasil quando está 0 grau, por exemplo. O que você veste quando enfrenta essa temperatura? É mais ou menos o mesmo que você terá que fazer na capital britânica, com a diferença de que as lojas e lugares públicos contam com aquecimento, e você vai passar frio apenas na rua.

Um casacão encorpado é necessário, e luvas, touca e manta são recomendadas. Um blusão de lã e uma camisa térmica também fazem bastante sentido nessa hora. Pijamas e ceroulas reforçadas, também.

Muitos questionam a respeito da neve, mas, como dito ali em cima, esse fator climático não deve entrar no seu radar, a menos que você verifique no noticiário que os flocos brancos estejam caindo pela capital britânica. Normalmente, a neve cai em regiões mais periféricas da Inglaterra e do Reino Unido, e o centro de Londres, especialmente, é menos atingido.

Da chuva, não há como fugir. Mas a boa notícia é que ela cai de forma comedida, normalmente, em uma comparação com a chuva que se vê normalmente no Brasil. No Reino Unido, chove em muitos dias, em muitos momentos diferentes, mas em uma intensidade menor e por menos tempo. Em muitos casos, você não vai nem querer perder tempo com guardachuva.

Foto: Kamilla Fernandes
Vale a pena comprar malas de viagem em Londres. Foto: Mapa de Londres

E pra não sanar todas as suas dúvidas sobre o que levar na mala para Londres, confira estes posts a seguir:

Tempo em Londres: nem chove tanto

Neve em Londres: não se anime

Clima em Londres: melhor do que você imagina

Inverno em Londres: dicas para sua viagem

Ataques terroristas a Londres: entenda por que a capital britânica é um alvo

Londres é um alvo de ataques terroristas.

Apesar de ser uma das metrópoles mais protegidas e seguras do mundo, a capital britânica está na mira de grupos terroristas há muito tempo.

No século 21, o ataque terrorista a Londres mais violento ocorreu em 2005. Nessa ocasião, várias explosões no metrô da cidade vitimaram 52 pessoas.

Esse atentado faz parte de uma série de ações de terroristas em todo o continente Europeu. França, Bélgica, Alemanha, e Espanha figuram na lista de países que já sofreram ataques ao longo dos últimos 15 anos.

Embora várias nações tenham enfrentado problemas, os terroristas parecem ter a capital do Reino Unido como um de seus alvos preferenciais.

Apenas em 2017, foram dois ataques a Londres e outro a Manchester.

No post de hoje, você poderá acompanhar uma retrospectiva de todos os ataques terroristas a Londres ao longo dos últimos anos. Falaremos também das principais motivações para tantos atentados segundo a opinião de especialistas. Confira!

Scotland Yard - Metropolitan Police
Londres é um dos alvos preferidos do terrorismo na Europa. Foto: iStock, Getty Images

Os principais ataques terroristas a Londres e a Inglaterra

Vamos apresentar, a seguir, os principais ataques terroristas a Inglaterra até 2015.

Ataques terroristas ao metrô, em julho de 2005

O evento que entrou para a história como o ataque ao metrô de Londres, foi o maior atentado terrorista da história do Reino Unido.

Nessa ocasião, 4 explosões coordenadas espalhadas pelo sistema de transporte público da cidade vitimaram 56 pessoas e deixaram outras 700 feridas. A época, a Al Qaeda reivindicou a autoria dos ataques.

No dia seguinte às explosões, outras bombas foram encontradas em estações de metrô. A perícia técnica constatou que elas não explodiram devido a um erro de cálculo, evitando, assim, uma carnificina ainda maior.

Esse atentado também ficou marcado pela morte do brasileiro Jean Charles, dias depois dos ataques. Policiais da Scotland Yard o confundiram com um terrorista e efetuaram vários disparos para abatê-lo.

Aeroporto de Glasgow, junho de 2007

Em junho de 2007, em Glasgow na Escócia, um carro lotado de botijões de gás conduzido por dois terroristas invadiu o principal terminal do aeroporto da cidade.

A intenção do indiano que estava ao volante e do médico iraquiano que o acompanhava era explodir o veículo em meio a uma área com grande concentração de pessoas — algo que não aconteceu.

Nesse incidente, a única vítima foi o motorista do carro que, após a colisão, ficou gravemente ferido e veio a falecer 30 dias depois. O outro terrorista, de nacionalidade iraquiana, foi condenado a prisão perpétua.

No dia seguinte a esse ataque, a polícia encontrou outro veículo, nas imediações de aeroporto, carregado de centenas de litros de gasolina. À época, a investigação concluiu que se tratava de mais uma tentativa frustrada de atentado terrorista.

Assassinato do soldado Lee Rigby, maio de 2013

Dois homens de origem Nigeriana foram responsáveis por atropelar, esfaquear e matar um soldado inglês no sudoeste de Londres, em maio de 2013. Em vídeo gravado minutos depois do assassinato, um dos terroristas com as mãos tomadas por sangue profere palavras de ordem em exaltação ao Islã.

Segundo pessoas que presenciaram a cena, os dois homens ainda justificaram o ato dizendo que se tratava de uma vingança pelos muçulmanos mortos pelo exército inglês.

Os dois terroristas foram presos pela polícia londrina minutos depois do assassinato. Em 2014, ambos foram condenados à prisão perpétua e hoje estão cumprindo sua pena.

Tentativa de assassinato no metrô de Leytonstone, dezembro de 2015

Muhaydin Mire, de 29 anos, esfaqueou duas pessoas na saída do metrô de Leytonstone, zona leste de Londres. Uma delas se feriu gravemente, mas, por sorte, ambas sobreviveram aos ferimentos.

O homem foi preso instantes depois do atentado e hoje aguarda sua sentença. Em seu celular, foram encontradas fotos do exército do Estado Islâmico.

Ataques terroristas recentes em Londres

Como já destacamos, somente nos últimos meses aconteceram três ataques terroristas a Inglaterra — dois em Londres e um em Manchester.  A seguir, você poderá conferir detalhes sobre todos esses atentados.

Atropelamento na ponte de Westminster, março de 2017

Um homem atirou um carro sobre várias pessoas nas imediações do parlamento inglês, próximo à ponte de Westminster, em Londres. Um total de 29 pessoas se feriram e outras 5 foram assassinadas, além do terrorista — morto pela polícia.

Até hoje, 8 pessoas foram presas suspeitas de participar dessa e outras ações terroristas.

Atentado em show da cantora Adriana Grande, maio de 2017

No dia 22 de maio de 2017, o show da cantora Adriana Grande que acontecia na Manchester Arena, em Manchester, foi interrompido por um atentado a bomba. Naquela ocasião, um homem que portava explosivos de altíssima potência explodiu em meio a uma multidão que se concentrava na entrada do estádio.

O saldo da tragédia foi de 22 mortos e 116 feridos. Segundo a polícia, o terrorista também morreu durante a explosão. Investigações ainda estão em curso para descoberta de maiores informações sobre o ataque.

Atropelamento na London Bridge, junho de 2017

Esse atentado teve início com um atropelamento em massa na London Bridge, no coração de Londres, e terminou com esfaqueamento de pedestres no Borough Market — local onde os suspeitos deixaram o veículo.

No total, 9 pessoas morreram e outras 48 ficaram feridas. Entre as mortes, estão a de 3 terroristas envolvidos no ataque. A polícia ainda mantém investigações a fim de desarticular outras ações desse mesmo grupo terrorista que mantém ligações com o Estado Islâmico.

Por que Londres é foco de terrorismo?

Desde 2005, quando aconteceu o ataque ao metrô com 52 mortes, especialistas atribuem a massiva ação de terroristas em Londres, e na Inglaterra como um todo, ao envolvimento do país em conflitos no Oriente Médio.

No Afeganistão, por exemplo, os ingleses foram aliados de primeira hora dos Estados Unidos. Isso despertou a ira de vários grupos organizados, como a Al Qaeda — responsável pelos ataques a bomba no metrô.

Passando a uma análise dos casos mais recentes, poderíamos dizer que as mudanças no governo guardam alguma relação com os atentados deste ano. A primeira-ministra eleita pelo partido Conservador, Theresa May, apresenta posição favorável ao endurecimento das regras de imigração.

Em discurso recente, ela chegou a declarar que existe uma “tolerância excessiva” com grupos extremistas no Reino Unido. Nessa mesma ocasião, ela ainda afirmou que o governo promoveria uma reestruturação estratégica das ações de combate ao terrorismo no país.

Outro aspecto importante, que tem a ver com a atual situação, é a atuação da Inglaterra na Síria. O ataque a London Bridge, por exemplo, aconteceu apenas um dia depois de um bombardeio, coordenado pelo exército inglês, a regiões controladas pelo Estado Islâmico.

Entendeu melhor como ocorreram os últimos ataques terroristas a Londres e por que a cidade é um alvo? Comente.

Trailer da segunda temporada de The Crown

Já assistiu ao trailer da segunda temporada de The Crown? A série da Netflix que retrata os bastidores, as nuances e os tormentos da Coroa Britânica terá sua continuação a partir de 8 de dezembro.

Dá uma olhada:

Se você também é um fã da Família Real Britânica e da cultura inglesa, vale muito a pena assistir. A trama é baseada em fatos reais no entorno da Rainha Elizabeth II e em sua luta pela manutenção da estrutura monárquica do Reino Unido.

Ainda não assistiu à primeira temporada? A gente fala sobre ela aqui.

E se quer outras dicas de séries de Londres e da Inglaterra, espie estes posts:

Séries ambientadas em Londres

11 séries britânicas para você se sentir dentro da Inglaterra

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