Descubra onde comprar presentes em Londres

Quer se planejar para comprar presentes em Londres? A capital britânica é um dos centros de compras do planeta e tem lojas para absolutamente todos os gostos (e bolsos). Mas, se você não se organizar, é capaz de se perder com tantas opções e acabar voltando de mãos vazias – sem aquele perfume prometido para a sobrinha, o brinquedo para o afilhado e os souvenirs para a casa.

Neste post, você vai encontrar muitas dicas para comprar presentes em Londres, divididas pelo tipo de produto e público-alvo. Ficou interessado? Então siga a leitura.

Onde comprar presentes em Londres

Londres tem presentes para todo mundo. O que você precisa é um bom plano para fazer as compras sem perder tempo demais e atrapalhar o roteiro da viagem.

Veja abaixo algumas lojas e lugares imperdíveis para quem quer fazer compras certeiras em Londres:

Presentes para crianças

M&M's World tem muitos andares de chocolates e brinquedos. Foto: Mapa de Londres
M&M’s World tem andares de chocolates e brinquedos. Foto: Mapa de Londres

Para os pequenos, há lojas de sobra em Londres:

Presentes para adultos

Foto: Kamilla Fernandes
Fachada da Selfridges está em constante transformação. Foto: Kamilla Fernandes, Mapa de Londres

Nestas lojas, você vai ter que se conter para não comprar um monte de coisas para você mesmo e esquecer os presentes:

  • Lojas de departamento: Lojas como Selfridges, Harrods e Fortnum & Mason oferecem um universo de possibilidades, de roupas a kits de chá
  • PC World: notebooks e eletrônicos valem a pena com a libra baixa
  • Primark: aquelas compras de vestuário por preços ridiculamente baixos
  • TK Maxx: roupas, óculos e perfumes de grandes marcas por preços bem em conta
  • Sports Direct: artigos esportivos, sempre com alguma liquidação
  • Loja da Tate Modern: vale a pena visitar a loja após o passeio.

Presentes e souvenirs em feiras e mercados

Nestes dois mercados de rua, você vai encontrar todo tipo de souvenir e presente para voltar com a mala cheia:

  • Camden Town: as feiras de Camden Town oferecem absolutamente tudo que você pode imaginar. Vestuário alternativo, antiguidades, jogos de tabuleiro, peças esquisitas que você nem sabe para que servem e muitos souvenirs de Londres.
  • Portobello Market: a feirinha de Notting Hill é um pouco mais tradicional e mais turística do que as de Camden Town. Aqui você também encontra antiguidades, peças de roupa em diferentes brechós e muitos souvenirs interessantes da capital britânica.

Onde comprar souvenirs em Londres

Portobello Market - Notting Hill - Mapa de Londres
Loja em Notting Hill vende placas muito divertidas com temas de Londres. Foto: Mapa de Londres

Não somos muito adeptos dos souvenirs, mas um íma ou plaquinha de rua vale a pena comprar em Londres, né?

Normalmente, os centros turísticos oferecem souvenirs mais caros. Por exemplo, as lojas dos museus e das atrações contam com uma variedade enorme de bugigangas e presentinhos, porém costumam ser mais caras.

Um lugar bacana de comprar placas antigas relacionadas a Londres é Notting Hill. Os preços não são tão elevados, e a qualidade é maior do que em outros lugares.

Roteiro em Londres

A dica para encontrar melhores preços é se distanciar um pouco do turismo, em lojas de ruas menos centrais. Se não tiver sucesso logo, o melhor é passar nas lojas de Oxford Street no fim da tarde ou início da noite, no fim do expediente. Pode barganhar à vontade nesses lugares. Eles estão acostumados e dão desconto se você insistir.

Vale a pena comprar em Londres?

A temida Libra Esterlina. Foto: Mapa de Londres
A temida Libra Esterlina. Foto: Mapa de Londres

A libra está em um nível bastante aceitável neste momento de incerteza e iminência de Brexit. Por isso, vale a pena direcionar esforços para as compras, medida que antes, com o pound acima de 6 reais, não era tão viável.

Se você está em busca de compras grandes, Londres pode oferecer preços bastante atraentes na comparação com o Brasil, embora seja bem mais cara do que os Estados Unidos.

Eletrônicos, como notebooks e videogames, e perfumes, de marcas normalmente caras, podem compensar o esforço e o espaço na sua mala.

Gostou das dicas para comprar presentes em Londres? Comente.

Os atos de Navegação e seus impactos no mundo

Você já ouviu falar nos Atos de Navegação? Provavelmente sim, mas em alguma aula de história na qual você não estava prestando a devida atenção.

Pode acreditar: esse é um capítulo fascinante da história da Europa e merece um resumo apropriado sob o prisma de Londres e da Inglaterra.

Os Atos de Navegação que aconteceram há quase 400 anos tiveram um papel fundamental para moldar o mundo como ele é hoje.

Supremacia naval, a maior marinha de guerra do mundo, um rei que perdeu a cabeça (literalmente), a maior potência econômica do mundo por dois séculos. Quer saber como um país alcança tudo isso?

É o que vamos descobrir agora.

Os atos de Navegação e seus impactos no mundo
Fonte: Pixabay.

Origens dos Atos de Navegação

Os atos navegações foram um conjunto de leis aprovadas pelo parlamento britânico em 1651, que representaram o domínio do comércio e do poder naval pelos britânicos.

Para entender como tudo se desenrolou, vamos relembrar o pano de fundo história da Inglaterra daquela época.

Em 1651, a Inglaterra vivia uma época de intensas mudanças. Foram duas grandes revoluções que convulsionaram o país no século 17.

Revoluções liberais na Inglaterra

A Revolução Puritana de 1640 a 1648 foi a primeira Revolução Liberal na Inglaterra.

Você já ouviu falar de algum Rei que perdeu a cabeça? Na década de 1640, na Inglaterra, o Rei Carlos I foi decapitado por ordem do Parlamento Inglês sob liderança revolucionária. Foi o primeiro monarca condenado à morte por uma parlamento em toda a história.

Com  a derrota do Rei e a ascensão ao poder do líder puritano Oliver Cromwell, representante da Burguesia mercantilista da época, os Atos de Navegação foram aprovados no Parlamento e deram início à supremacia naval da Inglaterra.

Cromwell ficou no poder até 1658, sendo substituído por seu filho, que foi deposto no mesmo ano. A medida mais importante de seu governo foi exatamente a aprovação dos Atos de Navegação.

Após os conturbados anos de Cromwell, a Inglaterra viveu um período de restauração dos poderes da Monarquia de 1660 a 1688. Até que em 1688, com a chamada Revolução Gloriosa e posterior aprovação da Petição de Direitos de 1689, foi instaurado o parlamentarismo monárquico na Inglaterra, colocando o Rei sob maior controle do parlamento.

Esse período de 40 anos, que vai de 1640 a 1688, foi o cenário das Revoluções Liberais Inglesas. Do ponto de vista econômico, os Atos de Navegação foram o acontecimento mais importante desse período.

Ao fim das Revoluções Inglesas e com a aprovação dos Atos de Navegação, a Inglaterra deu início a um processo que culminaria com o domínio de um Império gigantesco e com a marinha de guerra mais poderosa do mundo – a Royal Navy.

O mercantilismo inglês

O outro aspecto para entendermos a importância e funcionamento dos atos de navegação é o Mercantilismo. Você gosta de guardar dinheiro? De ter sempre um fluxo positivo de caixa? Provavelmente sim, e o mercantilismo também pensava assim. Essa política econômica implementada pelos reinos Europeus dos séculos 16 e 17 possui como principais características os seguintes pontos:

  • Intervenção e atuação direta do Estado
  • Metalismo – Acumulação de reservas de metais preciosos como forma de enriquecimento por meio de uma balança comercial sempre positiva
  • Colonialismo – Manter colônias e protetorados ao redor do mundo para fornecerem matérias primas baratas e servirem como mercados de exportação
  • Protecionismo – Nações européias protegiam o mercado interno de seus países de forma a garantir exportações de bens valorizados e importações a preços baratos de suas colônias.

Os Atos de Navegação têm relação direta com todas essas características. A sua aprovação no contexto das revoluções liberais na Inglaterra aconteceu exatamente por ser uma política econômica que interessava à classe burguesa que se fortalecia em detrimento da antiga nobreza absolutista.

Os atos de Navegação e seus impactos no mundo
Fonte: Pixabay.

Os Atos de Navegação de 1651

Os atos de Navegação  foram uma série de leis aprovadas em 1651, durante o governo de Oliver Cromwell, que tornavam o uso de navios estrangeiros (qualquer um que possuísse bandeira diferente da Inglesa) proibido para todo o comércio entre o Reino Unido e suas colônias pelo mundo.

Determinava ainda que todo o comércio marítimo de países europeus deveria ser feito por navios pertencentes ou à Inglaterra ou ao próprio país europeu que estivesse comprando o produto.

A lei eliminava a existência de intermediários no comércio marítimo inglês, e garantia que a indústria naval britânica florescesse. Além disso, os mercados externos das colônias e protetorados ingleses também ficavam protegidos da concorrência, especialmente os holandeses, à época, os maiores rivais comerciais da Inglaterra.

A Holanda era um dos maiores exportadores de bens do mundo, recebendo matérias-primas de várias regiões além mar e exportando produtos para países europeus e para outras colônias. Com os Atos de Navegação, esse país se viu fortemente restringido e abatido nas suas relações comerciais.

O fato levou inclusive a uma guerra, entre 1652 e 1654, entre Inglaterra e Holanda. Ao fim os holandeses foram derrotados e tiveram de aceitar a imposição dos Atos de Navegação e da dominância naval inglesa.

Efeitos dos atos de Navegação na Inglaterra

Os Atos de Navegação garantiram o cumprimento de todos os preceitos do mercantilismo na Inglaterra. Com esse conjunto de leis, os ingleses passaram a dominar o comércio marítimo no mundo e garantiram acesso privilegiado às suas colônias.

Outro efeito importante foi o florescimento da indústria naval e bélica no Reino Unido. Com o domínio do comércio marítimo, os britânicos tiveram de investir pesado em sua força naval, o que resultou na maior marinha de guerra do mundo nos séculos 18 e 19.

O poderio naval inglês do período foi a base para a atual Royal Navy e para a pujante indústria de estaleiros e serviços marítimos até hoje presente no país.

Ao fim das Revoluções Inglesas em 1688, além de ter decapitado um Rei e consolidado o controle do parlamento sobre a monarquia, os Ingleses também haviam consolidado a sua política comercial e colonial e pavimentado o caminho para se tornar a maior potência econômica e militar dos dois séculos seguintes.

Os atos de Navegação e seus impactos no mundo
Vista do Museu Marítimo de Londres.Fonte: Pixabay.

Efeitos dos atos de Navegação nas Colônias da América do Norte

Os Atos de Navegação enriqueceram a Inglaterra e o Reino Unido como um todo, como vimos acima, mas também acumularam desentendimentos entre os colonizados e os colonizadores, o que culminou na Revolução Americana.

Esses Atos de Navegação exigiam que todas as importações de uma colônia fossem compradas do Reino Unido ou revendidas por comerciantes britânicos no Reino Unido, independentemente do preço obtido em outros lugares.

Segundo o historiador Robert Thomas (1965), mesmo o custo líquido por cada taxa sendo pequeno, a soma dessas taxas era muito significativa sobre as colônias, o que gerou esse descontentamento político vindo das colônias.

Os Atos de Navegação também foram parcialmente responsáveis por um aumento da pirataria no final do século XVII e início do século XVIII: comerciantes e oficiais coloniais compraram mercadorias capturadas por piratas abaixo do valor de mercado, e governadores coloniais como Fletcher, de Nova York, encomendaram corsários que admitissem abertamente que destinado a virar pirata.

Museu Marítimo Nacional em Londres

Se você tem viagem marcada para Londres, pode fazer um passeio pela história de soberania das águas dos ingleses e por todos os aspectos relacionados aos atos de navegação.

No Distrito Real de Greenwich, você encontra o Museu Marítimo Nacional, que conta esse e outros capítulos do poderio naval britânico.

É uma visita gratuita e interessante, que pode ser combinada com um pulinho até o Meridiano de Greenwich, que divide o planeta em Ocidente e Oriente.

História marítima do império é contada no museu. Fotos: Mapa de Londres
História marítima do império é contada no museu. Fotos: Mapa de Londres

E aí? Entendeu agora o que foram os Atos de Navegação e a sua importância para a Inglaterra e para o mundo? Apesar de os maiores efeitos terem acontecido nos século 18 e 19, o Reino Unido não teria o seu lugar na economia e política mundial que tem hoje sem a aprovação dessas leis lá no ano de 1651.

Gostou também da nossa dica para visitar o Museu Marítimo Nacional? Comente!

Descubra quais são as músicas inglesas mais tocadas

Você tem curiosidade de saber quais são as músicas inglesas mais tocadas? Essa é uma boa maneira de ficar ligado nas tendências do rock, do pop e da eletrônica.

Por isso, vamos mostrar quais são as canções que estão fazendo mais sucesso no Reino Unido e também algumas das listas das mais tocadas da década e da história.

Nos links das nossas indicações, você vai poder se atualizar sobre os artistas britânicos mais tocados do momento e aqueles nomes que estão começando a figurar nas paradas.

O motivo para manter os ouvidos bem apurados para curtir as músicas inglesas é simples: as melodias britânicas estão entre as mais influentes do mundo.

Basta lembrar de Beatles e Rolling Stones para formar uma ideia de como esse sotaque contribuiu para a história da música.

Coldplay, Oasis, Adele e Amy Winehouse são outros nomes que você conhece e que fazem parte do rol dos grandes nomes da música moderna.

E olha que esses são apenas alguns dos grupos e cantores mais famosos. A lista é extensa e permeia vários gêneros musicais.

Playlist das músicas inglesas mais tocadas

Ed Sheeran
Ed Sheeran é o artista inglês mais tocado atualmente. Foto: Shutterstock

O melhor lugar para encontrar playlists com as músicas inglesas mais tocados no momento é Spotify.

O serviço de streaming oferece listas de todos os tipos, inclusive duas muito interessantes para quem se interessa pelo que está bombando no Reino Unido.

Uma delas é a lista das 50 músicas mais tocadas no Reino Unido, que pode ser encontrada aqui.

A outra é a lista das 50 músicas que estão viralizando no Reino Unido, que pode ser escutada neste link.

Na famosa Billboard,  que reúne informações e várias outras relações sobre o mundo da música e entretenimento, você pode acompanhar também a parada dos singles mais vendidos no Reino Unido, neste link

Agora, se você quer ver uma lista mais pura, mais britânica, a relação abaixo é o que você procura. Dos 10 artistas mais tocados na Inglaterra até o momento em 2017, 8 eram originários do próprio Reino Unido. 

É claro que a lista é capitaneada por Ed Sheeran, que tem hits como Shape of You e Castle on the Hill.

Veja: 40 músicas mais tocadas de 2017 no Reino Unido

Além dessas duas relações, que são baseadas nos dados mais atuais, existe também a lista das músicas e artistas britânicos mais tocados e comprados da última década . Você pode acessar essa segunda relação, exclusivamente de artistas britânicos, no site abaixo:

De maneira geral, três ótimas referências para encontrar artistas britânicos que estão em alta são:

Para fechar nossa relação de listas, vamos deixar mais duas referências muito interessantes para quem gosta da música britânica. A primeira trata-se do top 10 das músicas mais tocadas nas rádios britânicas em toda história, baseada em uma pesquisa de 2009. Apesar de a pesquisa não ser tão antiga, a maioria das músicas são de artistas clássicos como Queen e Abba. Veja o link:

A segunda referência é uma relação dos 40 singles britânicos mais vendidos de  todos os tempos, em pesquisa feita pelo grupo de comunicação e jornal britânico The Telegraph. Confira os nomes no link abaixo:

Agora que você já tem acesso às melhores listas de artistas e músicas britânicas mais vendidas e tocadas, que tal entender um pouco a razão de os britânicos fazerem tanto sucesso?

A importância da música inglesa e britânica para o mundo

O Reino Unido é pródigo em músicos de sucesso. Daqui partiram alguns dos artistas seminais que conquistaram corações e gritos histéricos nas últimas décadas.

A importância dos britânicos para a música pode ser medida pelo que é comumente chamado de “British Invasion”. A designação diz respeito a vários períodos em que grupos musicais do Reino Unido invadiram as rádios e a cena musical dos Estados Unidos, e dali o mundo inteiro.

A primeira invasão britânica foi capitaneada nada mais nada menos do que pelos Beatles, na década de 60. O rock e as suas vertentes clássicas, como o punk, o rock progressivo, psicodélico, e também o heavy metal, foram os estilos que primeiro foram moldados e desenvolvidos com influência direta da música britânica.

Led Zeppelin, The Yardbirds, Rolling Stones e The Who foram os principais nomes desse primeiro movimento de influência na década de 60 (além dos já mencionados Beatles). Após a invasão original dos anos 60, todas as décadas seguintes tiveram novas ondas de músicos e bandas de origem britânica que afluíam para os EUA e depois para o mundo inteiro.

Na década de 70 foi a vez de bandas como Deep Purple, Black Sabbath, Sex Pistols e todo o movimento do rock progressivo que se iniciou na Inglaterra com Pink Floyd, Jethro Tull, Supertramp, Camel e Genesis.

Apesar de as invasões pioneiras terem sido basicamente no universo do rock, nas décadas de 90 e principalmente nos anos 2000, uma série de artistas do mundo pop estouraram mundialmente. As Spice Girls na década de 90 e nomes como Coldplay, Adele e Amy Winehouse nos anos 2000 foram grandes nomes da música popular em todo o mundo.

A Adele segue nos corações de todos nós, mas hoje quem domina as paradas, com ampla hegemonia, é o músico Ed Sheeran, natural do interior da Inglaterra. Ele angariou o topo de todas as listas britânicas e globais e é um dos artistas mais bem cotados do planeta.

E aí? Você gosta de algum desses artistas britânicos? Quais são as músicas inglesas que estão na sua playlist? Compartilhe.

O que eram as feiras medievais na Inglaterra e na Europa?

As feiras medievais eram eventos que reuniam compradores e vendedores de diferentes mercadorias em um lugar específico da cidade em uma data previamente marcada ou durante um período especial.

A palavra “feira” vem do latim, “feria”, um dia santo de descanso em que as pessoas se reuniam para orar.

Desde o início, a igreja auxiliava e patrocinava as feiras medievais, que lhe rendiam recursos importantes.

Na Inglaterra, as feiras medievais começaram a ser organizadas após a conquista Normanda, no século 11.

Para realizar o evento, era exigida uma “franchise“, um documento que concedia esse direito legal, por decreto Real ou do Parlamento.

De 1188 a 1483, houve 2,8 mil pedidos de realização de feiras na Inglaterra.

No restante da Europa, as feiras medievais eram realizadas no período que celebrava um santo, em torno da área de uma igreja ou abadia.

Na Inglaterra, porém, esse costume não era bem visto, e esse tipo de evento ocorria em campos abertos ou nas cidades, normalmente em caráter temporário.

Embora o principal objetivo de uma feira medieval fosse a comercialização de mercadorias, havia muitas apresentações e festividades para atrair os consumidores.

Cantores, músicos, acrobatas e bobos da corte perambulavam pelos locais para animar os convivas e induzir às compras.

Roteiro em Londres

Além desse tipo de entretenimento, as feiras medievais traziam competições, como campeonatos de arco-e-flecha, e muitas barracas com comidas e bebidas.

Como eram as feiras medievais na Inglaterra

Existiu um grande número de feiras e mercados na Inglaterra medieval, especialmente nos séculos 13 e 14, quando a economia começava a florescer com mais força. O maior número de feiras se concentrava na região sudeste da Inglaterra.

Veja as principais regiões onde eram realizadas as feiras medievais:

  • Bedfordshire
  • Berkshire
  • Buckinghamshire
  • Essex
  • Hampshire
  • Kent
  • Middlesex
  • Oxfordshire
  • Sussex.

Em toda a região sudeste, chegou a existir mais de 25 feiras e mercados no século 11, aumentando para 56 no século 12 e mais de cem no século 13. Na região sudoeste, foram outras 24 no século 11, chegando no século 13 a 65 mercados.

Em algumas regiões, o crescimento comercial foi tão grande no final da Idade Médi,a que chegava a haver mais de uma feira na mesma região.

Algumas cidades, como Alcester, se desenvolveram como entrepostos comerciais desde a época do domínio Romano, ainda que em uma escala bem menor e menos internacionalizada.

Outras cidades aproveitaram vantagens naturais locais para fazer o comércio prosperar. Foi o caso de Abingdon, cuja economia comercial da época medieval era baseada na lã produzida em sua zona rural.

Tal como na Europa continental, na Inglaterra os produtos comercializados eram os mais diversos, desde especiarias importadas dos italianos até produtos locais produzidos nas redondezas do burgo.

Até hoje a Inglaterra preserva traços das cidades que tiveram mercados e feiras medievais. Muitos desses lugares são tradicionais pontos turísticos, e apesar de a economia atual ser baseada em outras atividades, as antigas feiras e mercados ainda são pontos de alta relevância histórica.

Um estudo completo das feiras e mercados medievais na Inglaterra pode ser encontrado aqui. Mas caso você não goste tanto de tabelas e prefira conhecer algumas cidades históricas que você possa visitar na sua próxima viagem, este link é o ideal, com várias cidades cujo turismo está ligado de alguma forma à história das cidades e suas feiras e mercados.

Feiras medievais na Europa Continental

As feiras medievais, tanto no continente europeu como na Grã-Bretanha, eram realizadas nos burgos (pequenos centros urbanos que cresciam em torno dos castelos feudais). As feiras e mercados populares fizeram parte do renascimento comercial e urbano da baixa Idade média.

As mais importantes feiras do continente ficavam nas regiões da Champanha, na França, nas regiões de Gênova e Veneza, na atual Itália, e em Flandres, onde atualmente está a Bélgica.

No início, as feiras eram atividades comerciais locais baseadas no excedente da produção agrícola dos feudos da região.

Com o passar dos anos e maior fluxo de comércio e trânsito de mercadores vindos da ásia pelo caminho da seda, elas se tornaram grandes centros de negócios e comércio, servindo não apenas para compra e venda de produtos mas também para troca de moedas e criação de pequenos serviços e atividades de manufatura.

Os produtos comercializados eram de diferentes regiões da Europa, África e Ásia. Eram dos mais variados, indo desde de caras especiarias trazidas da Ásia até produtos básicos para subsistência dos moradores do burgo.

A feira de Flandres

A feira de Flandres cresceu e se tornou a mais importante do norte da Europa a partir do declínio da concorrente francesa de Champagne. Foi o principal núcleo comercial do Mar do Norte e do Mar Báltico após a queda de Champagne, tendo por base duas cidades principais: Antuérpia e Bruges.

A feira de Champanha

O sucesso da feira de Champanha(ou Champagne) está ligado a vários fatores, entre eles a localização estratégica, bem no centro da Europa. Foi um das regiões de feiras de mais longa duração devido à proteção fornecida por senhores feudais da região.

As feiras Italianas

Se por um lado a França e a Holanda dominaram o comércio no Mar do Norte e Báltico, o Mediterrâneo e o comércio direto com os mercadores de especiarias do oriente era dominado pelos italianos de Veneza e Gênova. Estas cidades estado enriqueceram muito com o comércio e o estabelecimento de entrepostos de produtos internacionais.

Esse foi inclusive um fator importante para o surgimento do Renascimento, um dos movimentos culturais e artísticos mais importantes da Europa. Muitas das famílias que enriqueceram com o comércio se transformaram em patronas das artes e de artistas como Michelangelo e Leonardo da Vinci.

Uma curiosidade é que o desenvolvimento das atividades comerciais nas feiras foi um passo essencial para que a moeda cunhada em metal passasse a servir como base de troca. Até então, o escambo ainda era muito forte e apenas no final da Idade Média com as feiras é que as moedas de metal voltaram a ser referência para compra e venda de mercadorias.

E aí, gostou de conhecer algumas das feiras medievais da Inglaterra e da Europa?

Feiras e mercados em Londres

Se você tem viagem marcada para Londres, pode explorar, de perto, as feiras e mercados da capital britânica, que são atrações gratuitas e irresistíveis da cidade.

Feiras de Camden Town

Imagens de Londres: Camden Town
Camden Town é um bairro exótico até para os padrões de Londres. Foto: iStock, Getty Images

Camden Town é um grande mercado (exótico) a céu aberto. Trata-se do aglomerado mais esquisito e divertido de pessoas que você já viu. Aqui você encontra de tudo: desde roupas militares a adereços góticos, passando por souvenirs tradicionais e antiguidades.

Portobello Market

Portobello Market - Notting Hill - Mapa de Londres
Portobello Market é uma das feiras mais famosas de Londres. Foto: Mapa de Londres

O mercado de Portobello Road é a feirinha de Notting Hill, aquele bairro charmoso do filme homônimo com Hugh Grant e Julia Roberts. O passeio aqui é belo e vale não apenas pelas mercadorias (roupas, antiguidades e muito mais), mas também pelo colorido das casinhas que você verá pelo caminho.

Borough Market

Borough Market - Foto: Chris Green / Shutterstock
Borough Market é um mercado de tentações em Londres. Foto: Chris Green / Shutterstock

O Borough Market é um tradicional mercado de comidas em Londres. Vale muuuito a pena investigar, com o nariz, os olhos e os ouvidos, todos os aromas, todas as cores e todos os sons desse lugar cheio de vida, queijos e delícias doces e salgadas.

O que foi o Ato de Supremacia: conheça a origem da Igreja Anglicana

Você já ouviu falar no Ato de Supremacia? Ele é o responsável pela cisão da Igreja Anglicana com a Igreja Católica no século 16.

Esse ato é responsável por tirar do Papa o poder de líder da igreja no Reino Unido. Hoje quem responde por esse papel é o Soberano, a Rainha Elizabeth II.

Neste artigo, vamos entender o que foi o Ato de Supremacia e como ele foi importante para a instituição da Igreja Anglicana e consolidação da Monarquia Inglesa. Se você gosta da série Os Tudors, saiba que o personagem principal de nosso texto também é a mesma estrela da série: Rei Henrique VIII.

O que foi o Ato de Supremacia?

Na história da Inglaterra, existem dois Atos de Supremacia. O primeiro, mais famoso e importante, é de 1534. O segundo foi aprovado 1559. Ambos guardam as mesmas características e objetivos.

Os Atos de Supremacia foram leis aprovadas na âmbito do parlamento inglês por meio dos reis Henrique VIII (primeiro ato) e Isabel I (segundo ato). Os dois atos representam uma reforma da Igreja na Inglaterra, transferindo o controle e poder religioso da Igreja Católica em Roma para o monarca inglês.

O primeiro Ato de Supremacia transformou Henrique VIII em “Chefe Supremo da Igreja” e deu forma à atual Igreja Anglicana, até hoje a instituição religiosa na Inglaterra. De maneira geral, a “supremacia real” que o ato criou, significa que as leis civis do país estão acima das leis da Igreja na Inglaterra.

Já o segundo Ato foi instituído por Isabel I e nada mais foi do que a restauração do primeiro ato aprovado por Henrique VIII. A filha de Henrique VIII, Maria I, era católica romana, e durante o seu reinado de 1553 a 1558, havia revogado o primeiro ato de supremacia. Isabel I, que assumiu o trono com a morte de Maria I e governou até sua morte em 1603 restaurou a supremacia Real e foi um pouco além.

Na lei aprovada por Isabel I, foi instituído também o Juramento de Supremacia. Todo cidadão inglês que assumisse um cargo público ou na igreja era obrigado a jurar fidelidade ao monarca como chefe de estado e da Igreja. A recusa em tomar o juramento resultava em acusação de alta traição e era severamente punida.

Sir Thomas More, autor do famoso livro Utopia, foi um dos católicos romanos que se recusou a tomar o juramento. Como consequência, foi preso e decapitado por alta traição. A sua história é inclusive contada no filme O homem que não vendeu sua Alma, um clássico de 1966.

As origens do Ato de Supremacia

A história do primeiro Ato de Supremacia é muito interessante. Por ser uma trama que ficou famosa e também um pouco escandalosa, já foi retratada no cinema e televisão algumas vezes.

Henrique VIII governou a Inglaterra entre os anos de 1509 e 1547. A sua primeira esposa era a viúva de seu irmão, Catarina de Aragão, Princesa da Espanha e fortemente ligada a Igreja Católica. Os monarcas espanhóis eram grandes aliados da Igreja Católica sediada em roma, e esse fato ajudou na trama que culminou na independência da Igreja Anglicana e no Ato de Supremacia de 1534.

O primeiro casamento foi autorizado pelo Papa Júlio II. No entanto nem tudo correu bem para o mais novo casal real. Henrique VIII e Catarina tiveram Maria I como única filha. Insatisfeito com o fato de não ter um filho homem (para garantir uma transição tranquila de poder mais tarde), o rei decidiu em 1527 se divorciar da cônjugue espanhola.

O objetivo do divórcio era permitir a Henrique que se casasse com Ana Bolena, sua pretendente à mãe de seu primeiro filho homem. No entanto, o divórcio deveria ser aprovado pelo Papa Clemente VII, que por sua vez era muito próximo e ligado ao imperador Carlos V, sobrinho de Catarina e também apoiador da Igreja Católica e seus princípios.

Só que o pedido de divórcio foi negado, dando início a uma crise entre a monarquia inglesa e a Igreja Católica em Roma. Nesse contexto, Henrique VIII começou a promover uma política antieclesiástica aberta dentro da Inglaterra.

Repudiando a determinação do Papa, Henrique deu prosseguimento ao casamento com Ana, o que resultou na sua excomunhão pelo Papa em Roma. Como resposta à atitude de Clemente VII, Henrique rompeu por completo com a Igreja Católica e promoveu a independência à Igreja Anglicana, instaurada oficialmente com o Ato de Supremacia de 1534. A partir dali o monarca inglês passou a ser chefe da igreja na Inglaterra, além de chefe de estado e de governo.

Importância e reflexos atuais

Os atos de Supremacia representaram um dos primeiros passos na direção de colocar as leis civis do país acima das leis da Igreja Católica sediada em Roma. Nesse sentido, representou uma importante reforma religiosa e contribuiu para a consolidação do absolutismo da monarquia inglesa e para o enfraquecimento da Igreja Católica no século 16. Lembre-se que na mesma época estava em curso a reforma protestante, movimento que teve início com Lutero em 1517 e que viria a ser um importante questionador do poder e preceitos tradicionais da Igreja de Roma.

Outro reflexo fundamental e que até os dias de hoje é presente em nosso mundo foi a fundação da Igreja Anglicana. A Igreja da Inglaterra, como também é chamada, é a igreja nacional oficial no país da rainha.Em outros países, principalmente no continente americano, a Igreja Anglicana é chamada de Igreja Episcopal, e possui várias instalações e missões em vários países, inclusive no Brasil.

A Igreja Anglicana atualmente

Até hoje, a Igreja Anglicana não responde ao Papa ou à fé católica, embora seja uma religião de preceitos bastante parecidos.

Ela descreve o seu perfil atual desta forma: “É uma religião que conscientemente reteve grande parte das tradições antigas, credos católicos, padrões de missas, igrejas e aspectos de sua liturgia, mas que também incorporou elementos protestantes em sua teologia e na forma de sua prática litúrgica”.

Em Londres, uma das principais igrejas anglicanas é a Abadia de Westminster, onde são realizadas as coroações britânicas há mil anos. Você pode visitar o local e até assistir a uma missa. Clique na foto abaixo para saber mais informações:

Abadia de Westminster
Abadia de Westminster celebra as coroações britânicas há mil anos. Foto: Mapa de Londres

E aí, curtiu entender mais sobre o Ato de Supremacia e a história curiosa da Igreja Anglicana? Comente.

Descubra curiosidades sobre a série The Tudors

Você já assistiu à série The Tudors? Sabia que ela é inspirada em fatos Reais e que aquele Rei Henrique VIII existiu mesmo?

Que a sua obsessão por um herdeiro homem o levou a se casar diversas vezes, a mandar matar algumas de suas esposas e a romper laços com a Igreja Católica?

Neste post, você vai descobrir curiosidades e histórias que revolvem em torno da série The Tudors, uma das produções históricas mais bem-sucedidas dos últimos anos..

O que é a série The Tudors

The Tudors é um seriado histórico e dramático baseado na história do Rei Henrique VIII, que ostentou a coroa inglesa de 1509 até sua morte em 1547. Henrique foi o mais proeminente membro da dinastia dos Tudor, que reinou a Inglaterra durante todo o século 16.

As diversas tramas pessoais do rei, principalmente seus vários casamentos tumultuados e polêmicos são retratados. Diversas cenas ousadas demonstrando o relacionamento do rei e suas consortes são apresentadas. A ruptura da Monarquia Inglesa com a Igreja Católica sediada em Roma também tem um grande destaque na série.

Produção e estreia da série

Criada por Michael Hirst, a série foi veiculada nos Estados Unidos pelo canal Showtime e no Brasil pela RedeTV! A melhor maneira de assistir à produção é o o serviço de streaming Netflix.

Todos os episódios da série são filmados na Irlanda. A estreia aconteceu em abril de 2007, com a primeira temporada sendo transmitida pelo showtime e outros canais como BBC (Reino Unido) e CBC (Canadá).

As três temporadas seguintes vieram uma a cada ano. A segunda veio a público em 2008, a terceira em 2009 e a quarta e última em 2010. A Sony Pictures Entertainment é a empresa detentora dos direitos de distribuição internacional da série.

As quatro temporadas de The Tudors

Ao todo, as quatro temporadas da série contam a história de Henrique VIII desde 1518 até a sua morte em 1547. O Reinado de Henrique começa em 1509, portanto a série já começa com o monarca no poder e envolto nas intrigas internacionais e da côrte inglesa.

Primeira Temporada

A primeira temporada apresenta a vida de Henrique VIII entre os anos de 1518 e 1530. São dez episódios, um para cada ano de reinado. A temporada mostra como o rei Henrique aborda as intrigas internacionais e diplomáticas. No âmbito da corte inglesa, a ênfase é na pressão e desejo do rei de ter um herdeiro homem, o que leva ao surgimento e ascensão de Ana Bolena como Rainha, uma vez que Catarina de Aragão, primeira esposa do rei, não havia dado à luz herdeiros masculinos.

Segunda Temporada

A segunda temporada vai de 1531 e 1536, também com um total de dez episódios. Nesta temporada o destaque fica para a cisão entre Henrique e a Igreja Católica Romana, por meio do Ato de Supremacia de 1534. Com o rompimento, surge a Igreja Anglicana na Inglaterra e Ana Bolena casa-se com o rei e se torna  rainha. Tal como Catarina, Ana também não deu à luz a herdeiros do sexo masculino e acabou executada em 1536, último ano retratado na temporada.

Terceira Temporada

A terceira temporada vai de 1536 a 1540. Ao contrário das duas primeiras temporadas, a terceira possui apenas oito episódios. Nela são apresentados os casamentos de Henrique VIII com Jane Seymour e Ana de Cleves. É mostrado também a revolta conhecida como Peregrinação da Graça, que teve como objetivo se opor à reforma protestante de Henrique. A temporada termina com mais um casamento do rei, dessa vez com Catarina Howard.

Quarta Temporada

A quarta temporada vai 1540 até os últimos dias do reinado, terminando em 1547. São dez episódios que cobrem os relacionamentos polêmicos e tumultuados de Henrique VIII com as suas duas últimas esposas, Catarina Howard e Catarina Parr.

Aclamação e prêmios

Ao todo são 38 episódios que foram transmitidos entre 2007 e 2010. A série é toda focada nas tramas e personalidade de Henrique VIII, com destaque para seus relacionamentos polêmicos e o seu papel na criação da Igreja Anglicana, por meio do Ato de Supremacia.

As críticas foram variadas. Em geral, a série fez muito sucesso e a maioria das avaliações são positivas. A lista de nomeações e premiações é extensa. Entre os prêmios mais importantes que a produção levou estão:

  • Vencedor para Melhor Cinematografia em Séries de Televisão do Canadian Society of Cinematographers Awards de 2009;
  • Vencedor de várias categorias do Irish Film and Television Awards de 2009;
  • Vencedor para melhor edição de imagem do Annual Gemini Awards de 2009;

A terceira temporada foi a mais premiada da série.

Curiosidades sobre a série The Tudors

The Tudors foi recheada de erros históricos e acumulou algumas polêmicas, com destaque para a má recepção do público e do governo de Portugal ao quarto episódio da primeira temporada.

A reação portuguesa

O Governo Português, diversos historiadores portugueses e milhares de telespectadores enviaram milhões de cartas a RTP, então responsável pela transmissão da série no País. A forma com que o Rei de Portugal foi retratado no episódio deu início um incidente diplomático entre Portugal, Irlanda, Canadá e Estados Unidos. Os portugueses consideraram a série acintosa e desrespeitosa com a história de Portugal.

Erros históricos

A série possui várias divergências em relação aos relacionamentos interpessoais de vários personagens e também nas  datas e na retratação do tempo histórico. Como exemplo, no ano de 1514(da série), a Princesa Maria se casou com o rei francês Luís XII, e é retratado que reinava em Portugal D. Manuel I, com 45 anos.  No entanto, no ano de 1514 o rei português era o jovem João III de Portugal, ainda na casa dos 20 anos.

Outra inconsistência é a história mostrada no primeiro episódio de que o embaixador inglês , retratado como o tio de Henrique VIII, é assassinado na Itália. Na verdade Henrique não teve tal tio.

Considerações finais sobre a série

A série “The Tudors” é uma ótima produção histórica que mostra a vida do rei Henrique VIII. Para quem se interessa pela história da Inglaterra e da Família Real Britânica, é uma excelente pedida.

Apesar dos erros históricos, a série é uma boa fonte de conhecimentos e também um ótimo programa de fim de semana, principalmente se você adora assistir e acompanhar séries.

Você já assistiu algum episódio da série? Conte o que achou!

E dê uma olhadinha nestes posts:

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11 séries inglesas que adoramos

Clima na Europa: como preparar a mala e o roteiro da viagem

Quer saber como se preparar para o clima da Europa? Então você chegou ao lugar certo. Neste artigo, vamos descobrir quais são as temperaturas do Velho Continente, que tipo de roupa você deve priorizar na mala e quais períodos você deve privilegiar para definir a data de viagem.

Se você nunca viajou para Londres e para a Europa, é importante lembrar do fator climático antes de embarcar.

Quem está acostumado com as temperaturas mais tropicais do Brasil pode nem ter um casaco grande e reforçado que aguente o clima da Europa.

Por isso, vamos descobrir agora quão frio (ou calor) faz na Europa e como se preparar melhor para enfrentar o clima.

Como é o clima na Europa

A Europa possui 7 grandes tipos de climas regionais. Alguns são mais quentes, como o mediterrâneo, e outros mais frios, como o subpolar ou subártico. O seu país de destino influencia muito em qual será o clima que você vai lidar.

De forma geral, podemos dar boas dicas independente de qual seja o seu destino. As quatro estações são muito bem definidas na Europa. Cada uma possui temperaturas muito típicas e efeitos muito evidentes na natureza. Consequentemente, as atividades e passeios recomendados em cada estação também são diferentes. Vamos dar as dicas para cada estação em separado.

Inverno na Europa

London rain
Inverno de Londres costuma ser bastante cinza. Foto: iStock, Getty Images

Com certeza a estação que mais exige cuidados é o inverno. A Europa possui temperaturas negativas no inverno em praticamente todos os países, inclusive nas regiões mediterrâneas, como Itália, Espanha, Grécia e outros.

Nos países escandinavos e do báltico, o inverno é extremamente rigoroso e influencia totalmente nas atividades disponíveis para fazer.

Nos destinos mais populares, como Inglaterra, França, Portugal, Itália, Alemanha e Espanha, não há motivo para pânico. Apesar do frio, você pode sobreviver ao clima com blusão e casaco grosso.

Os meses de estação fria vão de dezembro a fevereiro. Em geral, o clima fica mais cinzento, as temperaturas caem muito e a viagem tende a ser mais baseada em passeios para lugares fechados.

Mas calma: tem gente que se desespera sobremaneira com a antecipação do frio e acha que não há roupas no Brasil reforçadas o suficiente para atravessarem incólumes o inverno europeu. E isso não é verdade.

As dicas são principalmente quatro:

  • Viajar no inverno é ótimo para conhecer a neve e para praticar esportes de inverno, como esqui e snowboard. Para a maioria dos brasileiros tudo isso é novidade e pode ser um grande atrativo para viajar nessa época
  • Caso você não pense em praticar esportes na neve, uma viagem mais gastronômica e cultural, com mais visitas a museus e lugares fechados é recomendada
  • Não economize nos casacos e apetrechos para o frio. Um inverno de temperaturas negativas exige roupas adequadas. Leve casacão, luvas, touca, blusão e camisa térmica (esta faz muita diferença)
  • Hidratantes de pele e lábios também são bem-vindos. O tempo frio muitas vezes provoca reações na pele e lábios e é bom se prevenir para não ter desconfortos.

De toda forma, o inverno também tem muitas opções para o turista brasileiro e é uma boa época para viajar, considerando preços mais baixos e menos turistas.

Só não se esqueça que o frio não se restringe ao inverno. Você encontrará temperaturas baixas nos principais destinos turísticos da Europa (como Londres, Paris e Berlim) de outubro a março.

O verão na Europa

Hyde Park no verão
Hyde Park, de Londres, no verão. Foto: Mapa de Londres

Muitas pessoas apontam o verão como a melhor época para viajar para Europa. O argumento é exatamente o clima quente e a maior possibilidade de bater perna sem medo de tempo feio e sem usar casacos e botas pesadas.

O verão realmente é a estação mais quente e mais propícia para turistar o dia inteiro pelas belas cidades europeias. Os meses coincidem com o inverno brasileiro.

O verão na Europa vai de 1 de junho a 1 de agosto. Além de poder bater perna o dia todo sem medo, é a temporada em que os próprios europeus saem e viajam mais para aproveitar o clima ameno. Uma ótima chance para fazer amigos locais ou praticar a sua fluência em algum dos idiomas europeus.

Não se engane, apesar de estar no hemisfério norte o protetor solar ainda é necessário, principalmente se a viagem for para um país mediterrâneo como Itália ou Espanha. Em contraste com o inverno, no verão os passeios são ao ar livre e é recomendado fazer turismo natural e ecológico, como montanhas e parques. Zoológicos, feiras populares, festivais de música e festas locais também são passeios típicos do verão.

Leia também: quando viajar para Londres e para a Inglaterra?

Outono na Europa

Green Park no outono
Green Park, de Londres, no outono. Foto: Mapa de Londres

O Outono possui ótimas razões para não ser deixado de lado no seu planejamento de viagem. Para começar, é o início da estação baixa de turismo. Isso significa que os preços de hotéis, passagens e outros custos de viagem já estão bem mais em conta do que na alta temporada.

Outro bom motivo é que nos meses de outono, que vão de setembro ao final de novembro, as atrações turísticas costumam estar menos lotadas. É uma ótima época para fugir de filas enormes e das multidões de turistas que inundam algumas cidades.

É uma estação diferenciada em relação ao próprio clima também. As temperaturas não chegam a ser congelantes como no inverno. Não dá para ir esquiar por exemplo.

Ainda assim, as médias são mais baixas e é necessário andar agasalhado. Por ser dessa forma, os passeios ao ar livre não precisam ser deixados de lado e ao mesmo tempo é uma ótima chance para tirar aqueles velhos casacos do armário.

Por fim, não são poucos os que acreditam ser o outono a estação mais bonita da Europa. É época em que as folhas das árvores adquirem uma tonalidade dourada, podendo variar para vermelho e outros matizes. As folhas começam a cair e atmosfera tem possui uma aparência muito característica, meio melancólica e romântica ao mesmo tempo.

Primavera na Europa

Regent's Park
Regent’s Park, de Londres, na primavera. Foto: Mapa de Londres

A primavera é uma estação à parte. Também uma temporada fora de época por estar fora das férias escolares e dos meses de verão. A estação possui clima intermediário, mais ameno do que o frio e calor acentuados de inverno e verão.

Por não ser alta temporada, também não há muita gente turistando pelas cidades e os preços estão bem mais palatáveis.

As temperaturas podem variar bastante depende de cada país. Nos mais quentes, como Itália e Espanha, podem variar entre os 15° e os 25°, nos mais frios as médias são mais baixas, entre 10° e 15°.

Trata-se de uma excelente estação para visitar países frios e populares, como Inglaterra, França e Alemanha, já que, nesse período, as temperaturas se elevam, o sol dá as caras até mais tarde e as horas de viajantes ainda não tomaram as ruas.

Por conta dessa variação, é recomendável levar roupas leves, mas também um bom casaco para caso surja algum frio inesperado. Os passeios que podem ser feitos são os mais diversos, desde parques até os museus e monumentos históricos.

Por ser a estação das flores, um país especialmente legal de visitar nessa época é a Bélgica. O país é uma região produtora de flores e possui grandes campos que ficam coloridos na Primavera. As cidades também adquirem um colorido especial e ficam todas enfeitadas durante a primavera.

Qual estação é a sua preferida? Você quer conhecer a neve e tem curiosidade de sentir o frio rigoroso do inverno? Ou prefere a paisagem colorida e o clima ameno da Primavera?

As quatro estações possuem ótimas atrações, vantagens e desvantagens. Tenha em mente principalmente o tipo de passeio que você quer fazer e a saúde das suas reservas financeiras. Independente da época do ano, sua viagem tem tudo para ser inesquecível.

Gostou das dicas sobre o clima na Europa? Conte qual foi sua experiência.

Conheça o Exército Britânico: História e Curiosidades

Você tem vontade de conhecer e entender como funciona o exército britânico? É exatamente o que vamos fazer neste post.

Além de contarmos um pouco sobre a história de um dos exércitos mais importantes do mundo, você vai conhecer curiosidades e fatos interessantes sobre o British Army.

Está preparado? Venha viajar conosco pela história militar britânica!

Exército britânico e as forças armadas do Reino Unido

O exército é uma das três forças armadas do Reino Unido:

  • Royal Navy – A marinha britânica
  • Royal Air Force – A força aérea britânica
  • British Army – A força terrestre.

A RAF (Royal Air Force) e Royal Navy são nomes famosos. A marinha é herdeira de uma das maiores tradições militares marítimas. Por muitos séculos a marinha britânica dominou os mares do mundo, destacadamente durante o grandioso Império Britânico.

Roteiro em Londres

A RAF encarou de frente a Luftwaffe, a força aérea alemã, durante a Segunda Guerra Mundial e tem participado da maioria das grandes ações militares do mundo contemporâneo.

O exército britânico não é diferente. O British Army é uma força que detém séculos de tradição e faz parte do seleto círculo das forças armadas mais poderosas do mundo, ao lado de países como EUA, Rússia, China e França.

Guardas Reais de Londres
Casacas vermelhas são usadas hoje apenas longe das batalhas. Foto: iStock, Getty Images

História do exército britânico

O exército britânico tem como data de fundação o ano de 1707, em que as forças armadas de escócia e Inglaterra se uniram com a unificação dos dois reinos.

Os regimentos da Inglaterra e da Escócia passaram a estar sob comando do chamado Departamento de Guerra de Londres. A partir de 1964, com a criação do ministério da Defesa no Reino Unido, o Departamento foi extinto e o exército britânico passou a ser administrado e gerido pelo recém criado ministério.

Primórdios

A criação do exército Inglês remonta aos anos de 1660 quando o Rei Charles II promoveu uma reformulação e modernização das forças de guerra do país. Os primeiros regimentos sob o novo modelo foram estabelecidos em 1660 e 1661. À época, os exércitos escocês, inglês e irlandês eram separados e financiados pelo parlamento local de cada país.

Em 1707, com o estabelecimento dos Atos de Unificação, dois atos parlamentares que determinaram a união da Escócia e da Inglaterra, o exército britânico passou a englobar os regimentos escoceses e ingleses. Foi um dos primeiros movimentos a dar forma ao Reino Unido moderno e ao atual exército britânico.

Por muito tempo a monarquia exerceu uma importante influência na administração do exército, mas já em 1689, com o Bill of Rights e o Claim of Rights, o controle institucional das forças armadas pertencia ao parlamento.

Durante os séculos do Império Britânico (1700-1914), o exército britânico desempenhou um importante papel na construção dos protetorados, colônias e domínios britânicos ao redor do mundo. Apesar da Royal Navy muitas vezes ser apontada como principal força militar da expansão ultramarina britânica, a manutenção dos domínios não teria sido possível sem a força terrestre.

O número de guerras que o Exército Britânico participou diretamente é impressionante é dá ideia de como ele foi importante para moldar o mundo atual. As principais foram:

  • Guerra dos Sete Anos (1756-1763);
  • Guerra de Independência americana (1775-1783);
  • Guerras Napoleônicas (1803-1815);
  • Primeira Guerra do Ópio (1839-1842);
  • Segunda Guerra do Ópio (1856-1860);
  • A revolta dos boxers (1900);
  • Guerras da Nova Zelândia (1845-1872);
  • A revolta dos Cipaios (1857-1859);
  • Primeira Guerra dos Bôeres (1880-1881);
  • Segunda Guerra dos Bôeres (1899-1902);

Além dessas principais, também houve intervenções militares na Irlanda e no Afeganistão. Em todos esses conflitos o Exército Britânico exerceu um papel fundamental para manutenção dos interesses do Império Britânico, nem sempre de forma bem sucedida,como nas Guerras Napoleônicas e na Guerra de Independência Americana.

Século 20

Durante o século 20 o Exército britânico foi fundamental nas duas grandes guerras mundiais e para o equilíbrio de poder na Europa durante a Guerra Fria. Foi nesse século que os britânicos alcançaram o domínio da tecnologia nuclear e desenvolveram o seu arsenal estratégico.

Além disso, o Reino Unido foi e continua a ser o principal aliado militar dos EUA na Europa, apoiando as decisões da OTAN e os interesses ocidentais junto às Nações Unidas e nas discussões internacionais.

Atualidade

Atualmente o Exército Britânico possui entre 80 e 90 mil militares em seu quadro permanente. O exército possui equipamentos avançados e atualizados com as tecnologias mais atuais, como MBT (Tanque de Guerra Principal) Challenger 2 e o rifle sniper L115A3.

Nas últimas décadas os principais conflitos militares também envolveram soldados britânicos. As guerras do Afeganistão e Iraque nos anos 2000, e as guerras na antiga Iugoslávia e do Golfo nos anos 90 foram os mais importantes teatros de guerra do Exército britânico nas duas últimas décadas. Junto a Royal Navy e à RAF, o exército britânico tem influenciado diretamente no curso da história moderna e contemporânea.

Você deve estar pensando o porquê de o Exército não ter o “Royal” no nome como a marinha e a força aérea. Este é um dos assuntos da próxima seção.

Curiosidades sobre o exército britânico

Vamos ver alguns fatos curiosos sobre o exército britânico. O primeiro deles diz respeito ao famoso “Royal” que antecede os nomes oficiais da Marinha e da Força Aérea Britânica, mas que não se repete no exército.

Royal Army?

Ao contrário da Royal Air Force e da Royal Navy (o que inclui os Royal Marines), o exército britânico não possui o termo Royal (Real) em sua designação oficial.

Essa falta “real” se deve às origens do exército, em que ele era treinado, equipado e mantido pela aristocracia, e não pela realeza.

Apesar disso, muitos dos regimentos e outras unidades do exército ganharam o termo “Royal”. Assim, mesmo que o exército como um todo não tenha o “Royal” no nome, muitos regimentos e unidades menores recebem a designação.

É muito conhecido também o fato de membros da família real fazerem parte do Exército, não só atualmente mas durante toda história da monarquia inglesa.

Os Casacas Vermelhas

Os soldados ingleses até o século 19 usavam um uniforme muito característico. Tanto para eventos cerimoniais como para atividades militares, o uniforme era famoso pelo seu  casaco de cor vermelha.

O vermelho forte tinha como objetivo facilitar a distinção entre combatentes inimigos no campo de batalha (evitando baixas por fogo amigo) e também para cobrir o sangue das feridas, dando a impressão de que os soldados britânicos não se feriam e eram mais resistentes. Devido a esse tradicional casaco vermelho, os soldados eram chamados de Red Coats, ou em bom português, Os casacas vermelhas.

O comandante do Exército Britânico

Todo membro do exército deve jurar fidelidade ao monarca do Reino Unido, atualmente a Rainha Isabel II. No entanto, desde a Declaração de Direitos de 1689, o famoso Bill of Rights, é necessário que parlamento aprove que a Coroa mantenha um exército em tempos de paz.

Assim, o Parlamento do Reino Unido deve aprovar todos os anos a existência do exército britânico. Na prática, apesar do juramento ao monarca, quem controla o exército é o parlamento e o seu comandante é o chamado Chief of General Staff, e a parte administrativa é de responsabilidade do Ministro da Defesa do Reino Unido.

O exército britânico tem uma história maior do que o seu enxuto número de combatentes atuais pode sugerir. Hoje em dia, trata-se de um exército profissionalizado e com densidade tecnológica, em contraposição aos exércitos grandes em número mas pobres em equipamentos modernos e treinamento de primeira linha.

O que você achou de conhecer mais sobre o exército britânico?

E se você estiver planejando uma viagem para Londres, poderá desbravar essa história de perto em alguns dos museus de guerra que estão espalhados pela cidade.

Museus sobre o exército britânico

Existem muitos museus de guerra em Londres, alguns com maior densidade de informações sobre o exército britânico. Conheça abaixo dois deles:

Museu Nacional do Exército

O National Army Museum conta a história e muitas curiosidades do exército britânico em diferentes galerias. Você sabia, por exemplo, que o British Army foi responsável pela popularização de muitos esportes, incluindo o futebol? E que os pombos-correios tinham papel essencial na comunicação do exército durante a Primeira Guerra Mundial? O museu fica em Londres e pode ser visitado gratuitamente.

Como visitar o Museu Nacional do Exército

Museu Imperial da Guerra

O Museu Imperial da Guerra não fala apenas do exército, mas de todos os conflitos bélicos no qual o Reino Unido (e o Império) já se envolveu em sua história. Tanques de guerra, armas, artilharia, estratégias… Está tudo aqui. O museu fica em Londres e pode ser visitado gratuitamente.

Como visitar o Museu Imperial da Guerra

Dicas de filmes sobre a Segunda Guerra Mundial

Você curte filmes sobre a Segunda Guerra Mundial? Então você não está sozinho.

A Segunda Grande Guerra é um dos eventos mais importantes, trágicos e certamente cinematográficos do século 20.

É interessante que um momento tão violento possa despertar tamanho fascínio das pessoas.

Talvez porque, em uma guerra dessas, a gente encontre o melhor e o pior dos seres humanos.

De um lado, o preconceito e a cegueira de um líder carismático que buscava a supremacia do povo germânico.

Do outro, aliados que se uniram contra um objetivo em comum, para garantir a liberdade de suas nações.

Mas, mesmo nessa simplificação simplória, não adianta negar: não foi uma luta entre o bem e o mal.

Em uma guerra dessas, de contorno mundial, com milhões de vítimas e tantos interesses quanto participantes, “bem” e “mal” não são constantes – e nem podem ser levados às trincheiras.

Só que, distante do campo de batalha, no conforto do sofá, com o controle remoto em mãos em caso de perigo demasiado, fica bem mais fácil se deslumbrar com os heróis da guerra.

Ficou interessado? Então siga a leitura.

Filmes sobre a Segunda Guerra Mundial

A seguir, vamos apresentar uma lista de filmes sobre a Segunda Guerra Mundial, alguns baseados em fatos reais e outros puramente ficção. Todos, porém, têm como cenário esse conflito tão repudiável quanto fascinante:

O Resgate do Soldado Ryan

Saving Private Ryan, como é chamado originalmente, conta com grandes nomes do cinema. O diretor é ninguém menos do que Steven Spielberg, e o elenco apresenta nomes como Tom Hanks, Matt Damon e Vin Diesel.

O filme se passa na batalha da Normandia, na França, e começa com o histórico desembarque americano nas prais da Normandia no famoso Dia D. A produção conta a história do resgate de um soldado chamado Ryan, único sobrevivente de 4 irmãos que haviam morrido no desembarque na Normandia.

O resgate é cheio de contratempos e batalhas mortais. Não é considerado um dos melhores filmes de guerra à toa!

A lista de Schindler

Nosso segundo filme é outra produção de Steven Spielberg, o seu segundo grande clássico do gênero da Guerra. A lista de Schindler é o mais famoso retrato cinematográfico do Holocausto. O filme acabou por se tornar uma referência quando o assunto é o massacre promovido pela Alemanha de Hitler nos campos de concentração.

Lançado em 1993, boa parte do filme é em preto e branco, o que acentua a dramaticidade da história de Oskar Schindler, empresário alemão que ajudou a salvar milhares de judeus dos campos de concentração. O número de Oscars que o filme levou dá uma ideia da sua qualidade. Foram 7, incluindo o Oscar de melhor filme e melhor diretor.

O Pianista

Lançado em 2002, O Pianista tem um nome sugestivo, apesar de não fazer nenhuma menção direta à guerra. Trata-se da história do músico polonês Wladyslaw Szpilman, cuja autobiografia foi a principal fonte para a elaboração do roteiro do filme. Foi dirigido pelo polêmico Roman Polanski, sendo considerado por muitos a sua obra-prima.

O filme se passa durante a ocupação da capital polonesa Varsóvia pelas tropas de Hitler. Em especial, é mostrado em detalhe a vida no Gueto de Varsóvia, onde os judeus polacos ficaram confinados durante parte da guerra. O Pianista não levou o Oscar de Melhor filme do ano, mas levou outras três categorias, incluindo o Oscar de melhor diretor para o também polonês Roman Polanski.

Bastardos Inglórios

Bastardos Inglórios foi o melhor filme dos últimos 10 anos a retratar a resistência francesa durante a ocupação nazista. Estrelado por Brad Pitt e Christoph Waltz  e dirigido pelo “sangrento” Quentin Tarantino, o filme conta a história de um grupo da resistência à ocupação que planeja atacar os alemães em solo francês ao mesmo tempo de uma judia que teve a família assinada por nazistas planeja se vingar.

Dividido em 5 capítulos, como é de praxe nos filmes de Tarantino, o filme recebeu 8 indicações ao oscar, tendo o ator Christoph Waltz levado o Oscar de melhor ator. Foi sucesso de bilheteria no mundo todo e muito aclamado pela crítica.

Cartas de Iwo Jima

Cartas de Iwo Jima foi rodado nos EUA em 2006 com direção de Clint Eastwood. Como o nome sugere, o pano de fundo é a Batalha da Ilha Iwo Jima, no oceano Pacífico asiático e considerada uma das maiores de toda a Segunda Guerra Mundial.

O filme é continuação de A conquista da Honra, que também tem a mesma batalha como tema principal. Trata-se de um filme de guerra mas também de drama, retratando como poucos o impacto da guerra no psicológico humano.

O filme ganhou o Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro e também uma estatueta do Oscar na categoria de melhor edição de som.

Pearl Harbor

Um dos maiores clássicos de guerra do cinema norte americano, Pearl Harbor, como o nome deixa claro, conta a história do ataque à base americana de Pearl Harbor no dia 7 de dezembro de 1941.

O filme é muito usado por professores de história pois apresenta o fato que mudou a história da da Segunda Guerra Mundial. Foi com esse ataque surpresa que vitimou milhares de soldados norteamericanos que os EUA tomaram a decisão definitiva de entrar na Guerra ao lado dos aliados. Foi dirigido por Michael Bay e estrelado por Ben Affleck.

Uma curiosidade é que o filme foi lançado no Memorial Day de 2001, um tradicional feriado nos EUA em homenagem à todos que morreram durante a prestação de serviços militares pelo país.

A Queda

Der Untergang é o nome original deste filme. Pelo título você já deve ter adivinhado que é uma produção alemã. Foi rodado em 2004 e ficou famoso por mostrar em detalhe os dez últimos dias de Hitler antes da queda de Berlim e de seu suicídio no famoso Führerbunker(Bunker do líder).

O roteiro foi baseado nos estudos históricos de Joachim Fest, e o filme ganhou vários prêmios por toda a Europa e também a estatueta do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.

Círculo de Fogo

Para fechar nossa lista, um filme que se passa em solo soviético, um dos principais palcos da Segunda Guerra Mundial. Círculo de fogo, Enemy at the Gates no original, foi rodado em 2001.

O filme tem um apego especial pois repassa o confronto entre dois franco-atiradores de elite durante a paradigmática Batalha de Stalingrado (1942-1943). De um lado, o lendário Vasily Zaitsev, considerado o quarto maior sniper da história, e de outro, Major König, franco-atirador de elite do exército alemão. Foi aclamado pelo crítica é considerado um dos melhores filmes sobre atiradores de elite de todos os tempos.

O que você achou da lista? São muitos Oscars e outros prêmios reunidos em uma só seleção. Alguns desses filmes viraram referência na cultura histórica e popular quando o assunto é Segunda Guerra Mundial. 

Museus sobre a Segunda Guerra Mundial

Londres abriga alguns dos mais interessantes museus sobre a Segunda Guerra Mundial. Se esse tema lhe interessa e uma viagem para a capital britânica está nos seus planos, não deixe de considerar uma visita aos seguintes lugares:

Churchill War Rooms

Churchill War Rooms. Fotos: Mapa de Londres
Churchill War Rooms: bem-vindo ao bunker de guerra de Churchill. Fotos: Mapa de Londres

Este é o bunker de guerra do primeiro-ministro Winston Churchill, de onde ele coordenava os esforços bélicos dos britânicos. Na visita, você vai descer as escadas e encontrar o lugar exatamente como ele era na época. No passeio, pode ouvir áudios, conferir as salas dos mapas, do planejamento, da telefonia e ainda visitar o museu que conta a história de Churchill e suas frases imortais.

Como visitar o Churchill War Rooms

Museu Imperial da Guerra

Imperial War Museum é reinaugurado após reforma completa. Foto: Mapa de Londres
Imperial War Museum é o principal museu de guerra de Londres. Foto: Mapa de Londres

Este é o mais completo museu de guerra de Londres e fala não apenas sobre a Segunda Guerra Mundial, mas sobre todos os conflitos nos quais o Reino Unido (e o Império Britânico) se envolveu até hoje. E não foram poucas. Destaque para o memorial do holocausto, um passeio angustiante e chocante.

Como visitar o Museu Imperial da Guerra

Museu da Força Aérea Real

Símbolo da Força Aérea Real é reconhecido em todo o mundo. Foto: Mapa de Londres
Símbolo da Força Aérea Real é reconhecido em todo o mundo. Foto: Mapa de Londres

Este é o espaço que guarda as lembranças e as histórias da Royal Air Force, a Força Aérea Real, que defendeu Londres dos avanços nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. Aqui você vai encontrar os aviões de guerra aos montes, tanto dos aliados quanto dos nazistas. Vale a pena.

Como visitar o Museu da Força Aérea Real

Gostou da lista de filmes sobre a Segunda Guerra Mundial e dos museus sobre o tema em Londres? Comente.

A evolução do mapa da Inglaterra

O mapa da Inglaterra é uma espécie de retrato desse país cheio de história e contornos fascinantes.

Neste post, você vai entender como esse mapa se desenvolveu ao longo dos séculos e como ele se encontra neste momento, em um período de pouca união no Reino.

A Inglaterra é um pequeno país, mas com uma história gigante. Hoje vamos conhecer mais dessa poderosa nação e algumas curiosidades por meio de velhos conhecidos: os mapas.

A Inglaterra possui vários mapas, dependendo de qual critério é utilizado. O mapa principal é aquele que mostra a divisão geográfica do país e suas principais cidades. Mas há também mapas históricos, como os da Grã-Bretanha medieval e os impressionantes mapas do Império Britânico.

Este texto é uma viagem histórica. Por isso, ajeite as coordenadas, respire fundo e embarque conosco, de preferência com um chá em mãos.

O mapa da Inglaterra e do Reino Unido

A inglaterra nem sempre teve os contornos geográficos de hoje. Durante a Idade Média o país passou por diferentes configurações, principalmente durante a época dos sete reinos saxões.

Foi com a unificação desses reinos no século 11 que o país adquiriu mais ou menos os limites geográficos que possui até hoje, fazendo fronteira com a Escócia ao norte e País de Gales a oeste.

Atualmente, este é o mapa da Inglaterra:

Inglaterra no mapa. Google Maps
Inglaterra no mapa. Google Maps

Repare que o nome em destaque no mapa é do Reino Unido, que compreende não apenas a Inglaterra, mas também Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte. Já a região geográfica que diz respeito à Inglaterra está contornada pelo limite traçado em vermelho.

Neste mapa podemos ver claramente todas regiões que formam as Ilhas Britânicas. As duas maiores ilhas são a Grã-Bretanha, onde se situam Inglaterra, País de Gales e Escócia, e a Ilha da Irlanda, onde estão a República da Irlanda e Irlanda do Norte.

O Reino Unido, cujo nome está destacado no mapa, é a unidade política formada pela junção de Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte. No mapa acima, pode-se ver o limite traçado em cinza entre a República da Irlanda e Irlanda do Norte como o limite geográfico do Reino Unido, trata-se da única fronteira terrestre do Reino.

As regiões da Inglaterra

Agora vamos entrar de vez na Inglaterra. O próximo mapa vai nos mostrar como o Reino de Elizabeth II está dividido em sub-regiões menores. Da mesma forma que aqui no Brasil nós temos 26 estados mais o Distrito Federal, a Inglaterra também tem as suas sub-divisões territoriais administrativas. Atualmente são 8 regiões mais a Grande Londres

Confira abaixo:

Mapa da Inglaterra
As divisões da Inglaterra. Foto: britaingallery.com

A menor região, que porém concentra a maior população, é a da Grande Londres, ou Greater london, como os ingleses a conhecem. Territorialmente as maiores regiões são SouthWest e Southeast, que como o próprio nome diz, correspondem à parte sudoeste e sudeste do país, respectivamente.

No próximo mapa, vamos fazer um passeio por  algumas das mais conhecidas cidades do Reino Unido e da Inglaterra:

 

Mapa da Inglaterra

Londres está na região sudeste da Inglaterra. Note a pequena reentrância que o mar do norte têm próximo a Londres. Trata-se de onde o Rio Tamisa deságua no mar após cruzar a capital e várias outras cidades.

Na parte sul do país as duas cidades mais importantes são Brighton e Southampton, ambas localizadas no litoral sul.

À leste podemos ver Bristol, próxima à capital Galesa Cardiff. Você deve ter ouvido falar em Cardiff recentemente por conta da aclamada final da Liga dos Campeões da Europa, que foi realizada na cidade. Ambas estão nas redondezas do Canal de Bristol, que nada mais é do que a baía formada pelo mar entre o litoral sul do País de Gales e a região sudoeste da Inglaterra.

Por fim, não poderíamos deixar de mencionar Liverpool e Manchester. A primeira é uma cidade portuária, e como tal, está situada no litoral noroeste da Inglaterra. Manchester é uma cidade interiorana, está localizada à leste de Liverpool, não muito distante.

 

Agora chega de mapas contemporâneos.

Que tal voltar mil anos no tempo e visitar a Inglaterra do século 7 e depois avançar para 1919 e conhecer o gigantesco Império Britânico?

O mapa da Inglaterra dos sete reinos anglo-saxões

Primeiro, vamos ver o mapa da Inglaterra dos reinos Anglo Saxões. Antes da unificação pelos normandos no século 11, a Inglaterra era dividida em sete reinos. As regiões mais claras do mapa correspondem aos reinos que antecederam à formação da Inglaterra.

Reinos da Inglaterra
Reprodução: P L Kessler

O mapa acima mostra a chamada Heptarquia Inglesa, nome dado ao conjunto de reinos saxões que dominaram a Inglaterra até a sua unificação no século 11 pelos normandos. Dos 7 reinos, 4 eram os principais e mais fortes:

 

  • East Anglia
  • Mercia
  • Northumbria
  • Wessex.

Os outros três reinos foram conquistados e abrangidos pelos outros 4 em momentos diferentes da história entre os séculos 7 e 11. São eles:

 

  • Essex
  • Kent
  • Sussex.

Para entender como esses reinos foram alterando seus limites geográficos ao longo da Idade Média, recomendamos esta ótima animação que mostra em tempo real como o mapa Inglês foi se alterando até a unificação da Inglaterra. 

O mapa do Império Britânico

Agora vem o maior mapa de todos. O império Britânico foi o maior da história em termos de extensão territorial. Uma série de colônias e protetorados espalhados ao redor do mundo fizeram parte desse imenso bloco geopolítico sob liderança britânica.

Abaixo, você pode conferir o mapa do Império Britânico em 1919, em seu auge:

Mapa do Império Britânico

O mapa acima foi retirado desta ótima animação. Nela você pode ver como o mapa do Império foi se expandindo até seu auge, para depois começar a diminuir.

O título da animação é bem sugestivo: “Rise and Fall of the British Empire”.

Recomendamos ainda esta versão estendida da animação, que além da evolução do mapa, tem comentários sobre os principais acontecimentos que levaram às mudanças geográficas apresentadas.

Ufa! Quantos mapas, hein? Como viu, a Inglaterra pode até ter um tamanho pequeno na geografia atual, mas não por sua relevância histórica.

Gostou de conhecer um pouquinho sobre a evolução do mapa da Inglaterra? Comente.

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