É difícil falar da Primeira Revolução Industrial, que ocorreu entre os séculos 18 e 19, na Inglaterra, sem falar da Revolução Inglesa, que serviu como base para as transformações e evoluções no processo produtivo propostas e empregadas pela Revolução Industrial.
A Revolução Inglesa ocorreu no século 17 e foi a principal fonte de capital usada para financiar a industrialização da Inglaterra anos depois. A soberania inglesa nos mares e influencia política fez com que europeus, incluindo ingleses, chegassem a América e estabelecessem suas colonias, as quais contribuíam com matéria-prima, capital e consumo. Parte desse capital vinha do tráfico de escravos e comércio com outras metrópoles colonialistas, como Portugal.
O acumulo de posses e a ascensão da burguesia fez com que surgisse uma nova classe social, o proletariado. Essa nova classe será a principal mão de obra do sistema de fábricas, pois são camponeses e artesões que antes trabalhavam na zona rural fiando, tecendo e tingindo. Essas pessoas passam a migrar para a cidade em busca de emprego com a redução e quase extinção do trabalho artesanal.
A Primeira Revolução Industrial pode ser dividida em três fases, respectivamente: artesanato, manufatura e produção mecanizada. Até a segunda parte do século XVIII, a industria de grande porte inglesa, para a época, era voltada para a tecelagem.
Na primeira fase, os artesões dominavam a matéria-prima e instrumentos utilizados para a produção. Na segunda fase, os artesões passam a trabalhar para o dono das fábricas, começa a surgir a divisão do trabalho e produção em série. A terceira fase, as máquinas industriais passam a substituir alguns instrumentos e principalmente, a mão de obra dos artesãos.
Não existia nenhuma legislação trabalhista, então, as pessoas chegavam a trabalhar até 16 horas por dia. Homens, mulheres e crianças trabalhavam nas fábricas em péssimas condições, foi um período caracterizado pela miséria e exploração.
Assim, a sociedade inglesa passava por uma transformação estrutural que mais tarde alcançaria o mundo. Com a instalação do sistema de fábricas ocorreu então, a consolidação do trabalho assalariado, mudança na forma de ver o capital e o trabalho e o controle da burguesia sobre o capital e a produção. Esses aspectos foram os primeiros passos para o capitalismo.
Essa Primeira Revolução Industrial está diretamente ligada à evolução tecnológica, por isso, não se pode deixar de mencionar a invenção da máquina à vapor realizada por James Watt, em 1760.
As consequências da revolução
Com o crescimento das fábricas e a oferta de mão de obra, em 1800, Londres chegou a ter um milhão de habitantes. As cidades expandiram de forma significativa e famílias viviam em construções semelhantes a cortiços. As mulheres representavam mais da metade dos trabalhadores na indústria têxtil, pois tinham um salário menor que o dos homens.
O mercado se tornou mais competitivo, uma das características base do capitalismo, pois as fábricas, além de atender a demanda local também tinham que servir a internacional. Toda esse crescimento e evolução chegou ao seu ápice e propiciou a segunda revolução industrial em meados do século XIX (19), caracterizada pela energia elétrica, utilização do aço e aparelhos domésticos.
Charles Robert Darwin nasceu em Shrewsbury, na Inglaterra, em 12 de fevereiro de 1809. Considerado o pai da teoria da evolução, estudou Teologia em Cambridge. Antes disso, Darwin ingressou na Universidade de Edimburgo, seguindo os passos do avô, para estudar medicina.
Medicina, Clérigo e H.M.S Beagle
Darwin começou a estudar medicina em Edimburgo, em 1825, mas abandonou a carreira de médico devido aos seus constantes enjoos diante das práticas cirúrgicas da época. O biólogo britânico, demonstrava seu interesse por biologia desde criança, mas foi quando se matriculou em Teologia, em Cambridge que teve mais tempo para se aprofundar no assunto.
Formou-se em 1831, mas antes de conseguir um emprego como clérigo, foi indicado por seu tutor na universidade para uma expedição, H.M.S Beagle, que passaria por quatro continentes. Darwin viajou por cinco anos com o navio e aproveitou seu tempo para investigar a geologia local de cada continente e se estudar obras como “Princípios”, de Charles Lyell.
Essa obra ajudou a refletir sobre os processos lentos e transformações que acontecem ao longo tempo. Depois de fazer diversas anotações resultado de suas observações durante a viagem rendem seu primeiro relato sobre a evolução das espécies.
Alfred Russel Wallace x Charles Darwin
Em 1858, Charles Darwin, já em casa, havia escrito sua teoria da evolução, porém não tinha publicado. Alfred Russel Wallace, inspirou-se em Darwin e partiu de forma independente na sua própria expedição e desenvolveu a sua teoria da seleção natural.
A grande questão que cercou esses dois grandes pesquisadores, foi que Wallace pediu conselhos a Darwin através de uma carta sobre como poderia publicar sua teoria. Essa carta fez com que o pesquisador britânico viesse a público com sua teoria da seleção natural dando créditos à Alfred Wallace por suas descobertas independentes.
As ideias de Charles Darwin seriam apresentadas inicialmente a entidade de História Natural da Grã-Bretanha. Ele havia acertado que as duas teorias, tanto a dele quanto a de Wallace, seriam apresentadas ao mesmo tempo. Entretanto, Darwin não compareceu a apresentação e Wallace estava fora do país.
Quase 10 anos depois, em 1959, Darwin finalmente publica a sua teoria, “A origem das espécies por meio de seleção natural). O biólogo estava relutante em defender sua teoria publicamente por medo de perder seu prestígio e enfrentar a forte crítica da igreja.
A obra de Darwin teve várias edições, mas foi apenas na quinta edição que ele colocou a teoria sobre a sobrevivência do mais apto. Essa frase é do filosófo Herbert Spencer, mas passou a definir toda a teoria de Charles Darwin e o pesquisadores de definia como agnóstico.
Museu de História Natural em Londres
Museu de História Natural de Londres. Foto: Mapa de Londres
O Museu de História Natural em Londres, conta com uma coleção que tem 1.628 obras escritas por Darwin em diversos idiomas, que incluem 477 edições da obra “A origem das espécies”. Essa coleção foi adquirida em 2006 e é a maior relacionada ao pesquisador britânico.
No site do museu, ainda é possível ver gratuitamente 330 títulos da coleção de Darwin. Esse acervo é uma ação em conjunto da Biblioteca da Universidade de Cambridge, Museu de História Natural Americano e Biodiversity Heritage Library. Charles Darwin faleceu em Downe, Inglaterra, em 19 de abril de 1882.
Joanne Kathleen Rowling, ou simplesmente J.K. Rowling, nasceu em 31 de julho de 1965, na cidade de Chipping Sodbury, Inglaterra. Tornou-se conhecida mundialmente por ser autora de uma das sagas literárias mais lucrativas do mundo, Harry Potter.
Você pode não saber, mas ela foi recusada por diversas editoras e a estação King’s Cross não é importante só para a saga de Harry Potter, mas também para os seus pais, pois curiosamente foi onde se conheceram durante uma viagem de trem.
Foto: Daniel Ogren, CC BY-SA 2.0
Inglaterra para J. K. Rowling
A Inglaterra faz parte da vida da escritora e é fonte de inspiração Na saga Harry Potter, a estação King’s Cross em Londres, tem uma plataforma 9 ¾ que é usada pelos alunos para chegar até o Expresso Hogwarts que os leva até a escola de magia mais conhecida do mundo, Hogwarts.
O mundo mágico criado por J.K Rowling é tão importante que na estação King’s Cross foi criada a plataforma 9 ¾ , com direito a carrinho de bagagens semelhante aos usados e descritos nos livros pela autora. Com toda a certeza é uma parada obrigatória para os fãs da saga.
Aliás, a ligação de Rowling com a Inglaterra vai muito além da estação e da saga. Apesar da escritora hoje viver com sua família em Edimburgo, Escócia, ela passou parte da sua vida em Winterbourne, uma cidade mais a sudoeste na Terra da Rainha.
O tempo passou e Jo começou a estudar na Univesity Exeter, localizada na costa sul da Inglaterra. Nessa universidade estou francês. Depois da faculdade foi para Londres, onde trabalhou por muito tempo na Anistia Internacional, essa organização luta pelos direitos humanos em todo o mundo. Harry Potter começou a ser escrito em uma viagem de volta a Londres que a escritora começou a trabalhar suas ideias sobre a saga e só em 1997, depois de um ano de inúmeras recusas das editoras é que o livro chega as livrarias.
A saga Harry Potter não foi o único livro da escritora a ser recusado. Em março de 2016, J.K. Rowling revelou pela sua conta no Twitter que o seu livro mais recente, “O Chamado do Cuco”, no qual ela adotou o pseudônimo de Robert Galbraith, também foi recusado pela mesma editora que havia recusado “Harry Potter e a Pedra Filosofal”.
J.K. Rowling anuncia livro novo
Pelo site Potermore, a escritora divulgou a “existência” de uma escola de magia no Brasil, chamada Castelobruxo. A escola de magia brasileira fica na Amazônia e recebe estudantes de toda América. E essa não é a única novidade. Além da escola brasileira e de Hogwarts, no Reino Unido, Beauxbatons, na França e Durmstrang, no leste europeu, foram reveladas mais três escolas de magia no universo de Harry Potter.
E para a surpresa de todos, ainda neste ano, será publicado o livro “Harry Potter e a criança amaldiçoada”. Essa obra é uma peça teatral que se passa após todos os acontecimentos da saga do bruxinho. O livro deve chegar ao Brasil em outubro pela editora Rocco.
Agatha Christie é uma das mais populares escritoras britânicas. Ela é reconhecida por sua habilidade em criar narrativas envolventes de mistério, normalmente situadas em pequenas cidades da Inglaterra, e pelo seu personagem mais famoso, o detetive belga Hercule Poirot.
Conforme números do Guinness, o Livro dos Recordes, Agatha Christie já vendeu mais de 2 bilhões de livros em todo o mundo, atrás apenas de Shakespeare e da Bíblia. Seu livro mais vendido é O Caso dos 10 Negrinhos, com mais de 100 milhões de cópias comercializadas.
Até hoje, é a autora mais traduzida da história. De acordo com o Index Translationum, sua obra foi traduzida para 103 idiomas.
Agatha Christie não ficou famosa apenas pelos seus 66 romances e dezenas de contos de mistérios e crimes. Ela é também a autora da peça há mais tempo em cartaz em todo o planeta. No teatro, Mousetrap é apresentada há mais de 60 anos em Londres.
A escritora faleceu em 1976, aos 85 anos de idade, em Winterbrook, na Inglaterra. Até seus derradeiros momentos, continuou escrevendo.
Foto: Kamilla Fernandes, especial para o Mapa de Londres
Agatha Christie e a aposta com sua irmã
Agatha Mary Clarissa Christie nasceu em 15 de setembro de 1890, em Torquay, Devon, sudoeste da Inglaterra. Sua família era de classe média alta e fez questão que ela fosse educada em casa, aprendendo a ler e fazer cálculos com seus pais. Ainda criança, aprendeu a tocar piano e bandolim.
Desde pequena, Agatha Christie lia muito. Ela costumava passar horas lendo sozinha, com animais de estimação e longe de outras crianças. A morte de seu pai, quando ela tinha 11 anos, a abalou muito.
Agatha começou a escrever poemas ainda criança. Foi uma aposta com sua irmã, de que ela não seria capaz de escrever um bom livro de detetive, que a inspirou e deu origem ao personagem Hercule Poirot. Esse e outros personagens a consagraram como uma das mais brilhantes escritoras de todos os tempos.
Aos 12 anos, ela começou a estudar em uma escola em Devon, mas não se adaptou. Então, aos 15, mudou-se para Paris a fim de completar sua educação.
Voltou para a Inglaterra, em 1910, aos 20 anos. A partir de então, cuidou de sua mãe, começou a escrever e a participar de peças de teatro. Casou-se em 1914, mas logo seu marido, Archibald, foi mandado para combater na Primeira Guerra. Em Torquay, ela ajudou nos esforços da guerra como voluntária no hospital por dois anos.
O desaparecimento de Agatha Christie
Depois da guerra, o casal se mudou para Londres. E ali a carreira de Agatha Christie de fato começou.
Fã de romances de detetives, como The Woman in White e as aventuras de Sherlock Holmes, Agatha Christie escreveu a sua própria história de mistério. Seu primeiro livro no estilo, O Misterioso Caso de Styles, já figurando o detetive Hercule Poirot, foi recusado por diferentes editoras até que uma aceitou sob a condição de que a autora alterasse o desfecho do drama. Ela aceitou, e a obra foi publicada em 1920.
Pouco antes de sua publicação vir à tona, Agatha deu à luz sua única filha, Rosalind. Depois, entre 1922 e 1923, foram publicados seu segundo e terceiro livros e ainda contos na revista The Sketch. O sucesso veio acompanhado de uma excursão promovendo a exposição British Empire Exhibition, que apresentava os feitos científicos e culturais do império britânico.
O casamento ruiu em 1926. Archie pediu pelo divórcio e, após uma briga, em 3 de dezembro daquele ano, ele saiu de casa para passar o fim de semana com sua amante.
Essa mesma noite traz o capítulo mais misterioso da vida de Agatha Christie. Horas depois de o marido sair de casa, a escritora sumiu.
Seu desaparecimento provocou uma comoção popular. A polícia foi pressionada pelo governo para achar a autora, um jonal ofereceu uma recompensa de 100 libras por quem tivesse informações sobre o seu paradeiro, mais de 1 mil policiais e 15 mil voluntários rastrearam toda a redondeza da área onde o casal vivia e até Sir Arthur Conan Doyle, autor dos livros de Sherlock Holmes, deu uma das luvas da escritora para que uma médium encontrasse a sua dona.
A procura não deu resultado. Dez dias depois, porém, Agatha Christie foi encontrada em um hotel em Harrogate, registrada sob o nome de Teresa Neele (este o sobrenome da amante de seu marido).
Esse desaparecimento não é registrado em sua autobiografia. O casal se divorciou naquele ano.
A obra-prima de Agatha Christie
A sua obra-prima só chegou ao público em 1926. O Assassinato de Roger Ackroyd foi o seu primeiro título a ser publicado pela editora Collins e considerado o seu primeiro grande sucesso.
Esse romance de mistério tem seu enredo em King’s Abbot, uma vila tranquila da Inglaterra. O detetive Hercule Poroit é chamado para resolver o assassinato do milionário Sr. Ferrars e outros assassinatos que ocorrem ao longo da história.
O livro foi a primeira obra de Agatha a ser dramatizado, com o nome de Alibi, e fez muito sucesso na West End de Londres.
Em 2013, O Assassinato de Roger Ackroydfoi considerado, pela Associação de Escritores de Cinema, o melhor texto de romance policial de todos os tempos e seu final foi também foi considerado, pela crítica especializada, um dos mais surpreendentes da coleção da escritora.
A obra ainda foi adaptado por Orson Welles para uma peça de rádio que durava uma hora, em 1939. Wells interpretou Dr. Sheppard e Hercule Poirot. Quase 50 anos mais tarde, o livro foi adaptado novamente como esquete pela BBC Radio 4, em que John Moffat desempenhou o papel de Hercule Poirot. Quando a obra chegou à televisão, nos anos 2000, David Suchet foi oresponsável por interpretar o detetive belga.
O caso dos 10 negrinhos é seu maior sucesso
Esse livro fez de Agatha Christie a escritora mais vendida de todos os tempos e foi traduzido para mais de 50 idiomas.
A história conta a estadia de dez estrangeiros, com pouco em comum, atraídos para uma mansão localizada em uma ilha, na costa de Devon. Durante um jantar, a voz do anfitrião acusa cada um dos visitantes de esconderem um segredo. Na mesma noite, Tony Marston é encontrado morto e os personagens se dão conta que existe um assassino entre eles pronto para atacar de novo.
O livro já teve adaptações para a televisão e o cinema. A última foi lançada no Reino Unido em 26 de dezembro de 2015, pela BBC One, dividida em três partes.
Agatha Christie em Londres
Mousetrap é encenada há mais de 60 anos. Foto: Mapa de Londres
Para o fã de Agatha Christie que viaja para Londres, há duas atrações imperdíveis. A primeira é assistir à peça Mousetrap, em cartaz há mais de 60 anos. E no caminho para o St Martin’s Theatre, você encontra um memorial em homenagem à escritora.
Para o teatro e para o memorial, você deve ir para a estação de Leicester Square (Piccadilly e Northern Lines). Confira mais informações neste post.
Curiosidades sobre Agatha Christie
Depois de Shakespeare, Christie é a autora britânica mais vendida e traduzida no mundo. Aliás, esses dois escritores britânicos são os recordistas em números de vendas, perdendo apenas para a bíblia. Você sabia? Vamos conhecer essa e outras curiosidades sobre Agatha Christie, sua história, seus principais personagens e curiosidades sobre sua carreira.
Curiosidades sobre Agatha Christie
A Terra da Rainha foi prolífica com o mundo em escritores de alta qualidade. Além dos dois recordistas, Shakespeare e Agatha Christie, é da Grã-Bretanha que vieram também nomes como J. R. R. Tolkien e J. K. Rowling, para ficar apenas em dois nomes cujos livros são clássicos tanto da literatura como do cinema. George Orwell, Aldous Huxley, James Joyce são outros nomes fundamentais de todo amante dos livros. Todos eles conterrâneos de Agatha Christie.
Herdeira das histórias policiais e noir do início do século 20 e ávida leitora de Sir Arthur Conan Doyle(outro totem da literatura britânica), Agatha escreveu algumas das melhores histórias de mistério de toda literatura. Foi uma escritora ativa durante todos os seus 85 anos de vida, inclusive durante as duas Grandes Guerras, eventos que influenciaram muitas das novelas que veio a escrever.
Publicou pequenas histórias, contos e obras de teatro. Seus 6 romances foram publicados com o nome de Mary Westmacott. Casada duas vezes durante sua vida, as duas experiências também tiveram reflexos em sua literatura.
Best-Seller de peso e a escritora mais traduzida do mundo
O Guinness coloca Agatha Christie como a romancista que mais vendeu livros em todos os tempos. A estimativa é de que seus trabalhos alcançaram o impressionante número de 2 bilhões de cópias vendidas. Dependendo da fonte, ela fica em segundo lugar entre os escritores mais publicados, atrás apenas do conterrâneo shakespeare, ou em primeiro lugar. Independente da posição, o número é exemplo da sua força e importância dentro da literatura.
A literatura não basta
Devido ao seu grande sucesso e ótima recepção pelo público, os livros e novelas de Agatha foram extensivamente adaptados para televisão, cinema, rádio e até vídeo-games. Consta que mais de 30 filmes teriam sido inspirados em suas obras, comoTreze à mesa e o mais recente O crime é nossa profissão.
Da segunda Guerra Mundial para os livros
Agatha Christie viveu as duas maiores e mais brutais guerras da história. Como cidadã inglesa, participou das duas contendas, ambas as vezes trabalhando como enfermeira e assistente de farmácia. E a experiência, especialmente na Segunda Guerra Mundial, rendeu conhecimentos que irrigaram muitos de seus livros.
Ao trabalhar como assistente de farmácia no University College Hospital, em Londres, Agatha adquiriu interessantes conhecimentos sobre venenos e substâncias médicas as mais diversas. Como boa novelista de histórias policiais e de mistério, muitas das tramas que criara posteriormente lançaram mão desses conhecimentos, e de forma bem acurada. Por exemplo, em The Pale Horse (O Cavalo Amarelo, na edição portuguesa), a utilização de Tálio como veneno foi empregado em uma série de vítimas.
Desaparecimento de 1926
Um fato marcante na vida de Agatha foi o seu desaparecimento por 10 dias no ano de 1926. Quando casada com seu primeiro marido, o desaparecimento veio a tona após um pedido de divórcio feito pelo cônjuge. Agatha teria saído de casa no dia 3 de dezembro deixando uma carta para sua secretária. A carta informava que Christie iria a Yorkshire, mas pelos próximos 10 dias a escritora não fora encontrada, sendo que seu carro junto com uma mala haviam sido abandonados. Ao fim, a escritora foi encontrada em um hotel em Yorkshire, com a reserva no nome de Ms Teresa Neele, nome da amante do ex-marido e motivo do divórcio do casal.
Todas as histórias de Agatha tiveram muitos personagens com fio condutores. Alguns deles marcaram a literatura e se tornaram tão famosos como a própria autora. É sobre eles que vamos falar na próxima seção. Vamos lá?
Principais personagens de Agatha Christie
O personagem mais famoso de Agatha Christie é Hercule Poirot. Ele é o primeiro do qual vamos falar um pouco.
Hercule Poirot
Um dos mais famosos personagens de todos os tempos. Poirot é um detetive privado da bélgica. Dono de uma personalidade inimitável, o detetive é lembrado pelos seu bigode e perfeccionismo no trabalho. Junto com Sherlock Holmes, é o detetive mais famoso da literatura.
O assassinato no Expresso do Oriente e O misterioso caso de Styles são dois dos maiores romances de Agatha. Ambos estrelados por Poirot. No caso do segundo livro, trata-se inclusive da primeira publicação de Agatha(1920). A autora já mergulhou na literatura com um dos personagens mais marcantes da história do romance policial.
Miss Marple
Outro personagem policial. Miss Jane Marple também é detetive. Tal como Poirot, não é uma investigadora comum. Um tanto discreta, essa personagem é observadora e sua argúcia não condiz com sua aparência despercebida. O assassinato em Vicarage e O corpo na Biblioteca são dois dos clássicos na qual a detetive figura como peça chave.
Tommy & Tuppence
Tommy e Tuppence são uma dupla de aventureiros que passam por quase tudo. Guerras, assassinatos, roubos, casamento. Consta que os personagens foram responsáveis por alguns dos livros que Agatha mais gostou de escrever. N ou M, O Inimigo Secreto e Parceiros no Crime são as histórias nas quais a dupla aparece.
Menções honrosas
Além dos três já citados, que podem ser considerados os principais personagens, existem vários outros. É claro que você leitor também deve ter o seu preferido. Deixamos mais algumas menções honrosas que não poderiam ficar de fora:
Ariadne Oliver: Acompanha o lendário Hercule Poirot em algumas de suas investigações, contribuindo com soluções muito bem-vindas pelo detetive belga;
Parker Pyne: Personagem de Parker Pyne Investiga. Se autodenomina, “especialista de corações”;
Harley Quin: Personagem principal de O misterioso Sr. Quin. De fato, é um personagem misterioso. Ajuda em investigações policiais com seus instintos quase místicos. Era o personagem preferido de Agatha.
E aí, gostou de conhecer um pouco mais sobre Agatha Christie? Ela é uma das maiores escritoras da história. Seus livros foram amplamente traduzidos para o português e recomendamos a leitura! Qual seu personagem preferido de Agatha? Deixe um comentário.
E aí, gostou de conhecer um pouquinho mais sobre a vida de Agatha Christie e sobre o mistério de seu desaparecimento? Comente.
Emma Watson não se destaca apenas por fazer parte da saga Harry Potter, escrita por J.K. Rowling. A atriz que interpretou a bruxinha Hermione Granger mostra que lutar por causas sociais não é uma característica exclusiva de sua personagem. Emma se tornou em 2014, a Embaixadora da Boa Vontade da ONU Mulheres.
Em seu primeiro discurso como Embaixadora da ONU Mulheres, Emma defendeu veementemente o feminismo e convocou os homens para fazerem parte da desconstrução do machismo. Argumentou que ser feminista não significa odiar os homens e que esse movimento surgiu para conquistar direitos iguais, como equiparação salarial entre homens e mulher no mercado de trabalho e acesso a educação.
O discurso chamou atenção da impressa internacional por levantar questões de gênero, de uma maneira que ainda não haviam sido abordadas.
F.A.L.E, a campanha HeForShe
A semelhança entre Emma Watson e Hermione Granger fica mais evidente quando observamos o envolvimento de ambas com as causas sociais. No livro “Harry Potter e o Cálice de Fogo”, no capítulo 21, a personagem, depois de conhecer os elfos Dobby e Winky, cria a Frente de Libertação dos Elfos Domésticos, a F.A.L.E. Como o próprio nome já diz, essa organização busca a libertação dos elfos do trabalho doméstico.
Já na vida real, Emma, lançou em 2014 a campanha HeForShe, ou ElePorEla, que tem como objetivo aproximar os homens das causas feministas, defender igualdade de gênero e promover ações e debates sobre o espaço que a mulher ocupa na sociedade.
Londres
Londres está presente na vida da atriz e da personagem. No filme “As Relíquias da Morte, parte 1”, da saga Harry Potter, Hermione leva Harry e Rony para a avenida Shaftesbury na tentativa de escapar de seus perseguidores.
Essa avenida é uma das mais importantes de Londres, pois é um dos principais meios de ligação entre a região norte e sul da cidade. Ao longo de sua extensão é possível encontrar teatros, cinemas, como Oden Convent Garden e essa avenida fica há 19 minutos do Globe Theatre, o famoso teatro de Shakespeare.
A formação de Emma Watson
Emma Watson nasceu em Paris, na França, em 1990. Entretanto, passou a sua maior parte da vida na Inglaterra e tem a nacionalidade britânica. Formou-se em Literatura na Universidade de Brown, Estados Unidos.
Ao longo de sua carreira cinematográfica gravou 21 filmes e o seu último, A Bela e a Fera, uma adaptação do conto infantil, terá sua estreia somente em 2017. Neste ano, a atriz informou que irá se afastar das telas do cinema para se dedicar mais ao estudo das causas feministas e a campanha HeForShe.
Rainha Maria I, conhecida na história como Bloody Mary (“Maria sangrenta” ou “Maria sanquinária”), nasceu em 18 de fevereiro de 1516, em Greenwich, Inglaterra. Foi a primeira mulher a governar por direito e única filha que sobreviveu do casamento entre Henry VIII e a Catarina Aragão.
Descente da linhagem Tudor, Maria, teve um tutor inglês, estudou escrituras humanistas de Juan Luís Vives, destacou-se em latim e assim como seu pai, tocava alguns instrumentos. Entretanto, esse seu mundo perfeito mudou radicalmente quando Henry VIII se divorciou de sua mãe e casou-se com Anne Boleyn.
Descubra agora quem foi a Rainha Maria, uma católica em busca de vingança.
Quem foi a Rainha Maria, a Bloody Mary?
Retrato: Domínio público
Para seu segundo casamento acontecer, Henry VIII recorreu ao Papa para anular seu matrimônio com Catarina Aragão ou providenciar seu divórcio. Entretanto, o Papa se negou a permitir o desquite e o rei aborrecido, rompeu com a igreja e com esse afastamento Maria Tudor, que até então era criada como católica teve que negar a existência e autoridade do Papa e igreja católica.
O rei finalmente consegue seu divórcio e casa-se mais quatro vezes antes de sua morte. É somente no seu terceiro casamento que ele consegue o seu herdeiro do sexo masculino, nasce Edward VI, que depois da morte do pai em 1547, assume o trono.
O menino Edward permanece apenas seis anos no trono e sob tutoria de seus regentes senhores Somerset e de Northumberland. Os regentes chegaram a fazer alterações na sucessão do trono para favorecer os protestantes, colocando Joana Grey como próxima candidata ao trono, seguindo as mudanças eclesiásticas promovidas pelo rei.
Maria I com o divórcio do pai perdeu seu título de princesa e foi obrigada a viver com sua meia-irmã Elizabeth I, que também era fruto de outro casamento de Henry VIII. Com as mudanças propostas pelos regentes, Maria I não assumiria tão cedo o governo.
As alterações na linha de sucessão levaram Maria a organizar e aplicar sua própria estratégia para conquistar o trono. Em suas propriedade em Norfolk, ela tinha sua própria força militar montada e por mais que Joane tenha assumido, o Conselho Privado teve que voltar atrás e reverter o processo em nove dias, pois além de ter uma força armada, Maria Tudor tinha apoio do povo.
Rainha Maria perseguiu os protestantes
Uma de suas primeiras medidas ao se tornar rainha foi executar Northumberland devido ao seu envolvimento nas alterações de sucessão do trono. No início do seu governo era possível se notar uma mistura de protestantes e católicos, mas com os avanços do seu reinado, rainha Maria deixou mais evidente o seu desejo de restaurar o catolicismo.
Em 1554, ela tornou pública a sua intenção de casar com Phillip, príncipe da Espanha. O ato não foi bem visto pela população protestantes, mas ela deu continuidade ao processo e casou-se com ele.
Em 1555, rainha Maria se dedicou a decretar leis contra heresia e reverter outros decretos anti-católicos feitos por Edward VI e Henry VIII. A caça aos protestantes estava sendo iniciada. Mais de 300 pessoas foram acusadas de heresia e encaminhadas para a fogueira para servirem de exemplo e dezenas morreram na prisão. Foi essa perseguição insana que a deixou conhecida como “Maria sangrenta”. Rainha Maria faleceu em 1558 e quem assumiu o trono foi Elizabeth I.
E aí, entendeu melhor quem foi a Rainha Maria? Comente!
A Rainha Vitória é a monarca que mais tempo permaneceu no trono do Reino Unido e da Inglaterra depois da Soberana atual, a Rainha Elizabeth II.
Ela ostentou a coroa por 63 anos e sete meses, de 1837 a 1901, em um período de grande prosperidade para o Império Britânico, a Era Vitoriana.
Em sua homenagem, há vários monumentos e estátuas espalhadas por Londres e por outras cidades de seu antigo império, inclusive em frente ao Palácio de Buckingham e ao Palácio de Kensington (onde nasceu).
Depois da morte de seu adorado marido, Albert, Victoria entrou em luto e vestiu preto por quatro décadas de sua vida.
Quem foi a Rainha Vitória?
A Rainha Vitória nasceu Alexandrina Victoria Regina, em 24 de maio de 1819, como Duquesa de Kent.
Perdeu seu pai, o George III, quando tinha apenas oito meses e a sua frente na sucessão do trono estavam seus tios idosos, o que a levou a assumir a quinta posição na caminhada até ao trono.
John Conroy criou um sistema de acompanhamento para Vitória para que ela não tivesse nenhum momento sozinha, uma tentativa de manipulá-la e ele ter mais poder. Em 1838, Vitória tornou-se rainha aos 18 anos e fez do Palácio de Buckingham sua residência oficial em Londres.
Seu primeiro pedido como rainha foi ficar sozinha por uma hora, claramente reflexo da sua juventude sufocada pelo regime de John Coroy. Exilou a mãe em quartos distantes e proibiu Coroy de visitar seus aposentos.
Sua coroação aconteceu em 28 de junho de 1838, na Abadia de Westminster, uma cerimônia que levou 400 mil pessoas as ruas de Londres e a mais nova rainha teve problemas ao colocar o anel dado ao monarca que assume o trono. O arcebispo Canterbury forçou o anel no dedo errado da rainha o que o fez ficar preso e levou mais de uma hora para retirá-lo.
A Era da Rainha Vitória
Por Alexander Bassano, 1882
A Rainha Vitória permaneceu no trono por 63 anos e sete meses. Em longevidade com a Coroa, perde apenas para a Rainha Elizabeth II.
Entre erros e acertos, junto do seu marido, Albert Saxe-Coburgo-Gota, ela refiniu o significado de ser rainha ao apoiar mais de 150 instituições, incluindo de caridade e desenvolvimento de museus educacionais.
Obviamente, esse empenho não era mero acaso – era uma tentativa de conter o movimento republicano que crescia no país.
O casal passou a frequentar eventos para apoiar as forças armadas e rebater as críticas de que a Família Real Britânica não trabalhava para ganhar o seu sustento.
Outra tática para ganhar popularidade foram as fotografias reais. Foram vendidas mais 60 mil cópias dessas fotografias e homens e mulheres tentavam seguir a moda “lançada” ou adotada pelo casal real.
Vitoria permaneceu de lutopelo resto da vida após a morte de Albert, em 1861. A dor enfrentada por ela foi tão grande que chegou a se retirar da vida pública por um longo tempo, mantendo apenas correspondência e eventos oficiais.
Seu reencontro com a vida pública foi estratégica. Seu filho Edward, um dos nove frutos do casamento com Albert, ficou doente e a rainha se viu obrigada a vir a público buscar novamente a simpatia do povo.
Para comemorar seu Jubileu de Ouro, a Rainha Vitória chegou a receber servos indianos, soldados marcharam pelas ruas de Londres juntamente com chefe de colônias da Grã-Bretanha.
Já em seu Jubileu de Diamante ela participou de uma procissão para a Catedral de St. Paul e festas foram realizadas por todo o reino. Sua era chegou ao fim em 1901, depois de algumas semanas doente, ela faleceu e em seu leito de morte estavam seu filho Edward VII e neto imperador Wilhelm II da Alemanha.
No fim, a Rainha Vitória virou sinônimo de um período, a Era Vitoriana. Até hoje, é saudada como uma monarca justa, fiel e dedicada ao seu Reino.
Margaret Thatcher é considerada uma das mulheres mais poderosas da história mundial mais recente. Em 1979. foi a primeira mulher se tornar primeira-ministra da Grã-Bretanha e o seu governo conservador divide opiniões até hoje.
A “Dama de ferro”, como veio a ser conhecida mais tarde, nasceu como Margaret Roberts, em 1925, em Grantham, Inglaterra. Margaret era muito próxima de seu pai, Alfred Roberts, um merceeiro, que foi seu conselheiro pessoal durante o seu governo conservador.
Os primeiros passos de Margaret Thatcher na política
Margaret se formou em química, na Universidade de Oxford, em 1947. Enquanto esteve na universidade chegou a ser eleita presidente da Associação Conservadora dos Estudantes. Mesmo após se formar, ela continuou com seu interesse na política e se juntou aos jovens conservadores.
Em 1949, aos 24 anos, ela se candidatou às eleições de deputados, se tornando a mais jovem candidata a concorrer pelo partido conservador. Não obteve sucesso nas eleições e em 1953, Margaret Roberts, casou-se com Denis Thatcher, um empresário, e assumiu o sobrenome do marido, passando a ser conhecida, finalmente, como Margaret Thatchet. Logo em seguida, ela deu à luz a gêmeos, Mark e Carol.
Nas eleições seguintes, Margaret esbarrou no machismo da época. Muitos comitês locais não aceitaram uma jovem mãe concorrendo ao Parlamento. Ela não foi selecionada para concorrer como uma candidata conservadora.
Em 1961, chegou ao cargo de subsecretária de pensões e seguros nacional. A partir de então, ocupou diversos cargos ministeriais e votou à favor da despenalização da homossexualidade e aborto, entretanto votou à favor de morte.
Em fevereiro de 1974, Margaret Thatcher, tornou-se líder do partido conservador e foi influenciada pelas ideias de conservadorismo de livre mercado e de reduzir o poder dos sindicatos, de Keith José. Por conta dessas ideias, quando finalmente se tornou a primeira-ministra da Grã-Bretanha, teve lidar com conflitos com os sindicatos e a Guerra das Malvinas.
Apesar dos seus esforços e promessas, o Reino Unido entrou em recessão e a sua popularidade despencou. Pesquisas mostravam que ela era a primeira-ministra mais impopular da história.
Margaret e as Falklands
Em abril de 1982, a Argentina invadiu as Ilhas Malvinas (Falklands). Thatcher inspirada por seu ídolo político, Churchill, não recuou e enviou tropas para as ilhas para contra-atacar e tomar o controle da região novamente.
Após 10 semanas de luta, morte de 649 soldados argentinos e 255 britânicos, a Argentina levantou a bandeira branca e se rendeu. Além da vitória e retomada da região, Margaret finalmente conseguiu aumentar a sua popularidade em seu país e respeito internacional.
O seu governo não ficou mais fácil. Ela ainda teve que lidar com uma grande greve dos mineiros e escapar de um atentado terrorista em 1984, na Conferência do Partido Conservador. A “Dama de ferro”, se mostrou firme e continuou a conferência, mesmo com 34 pessoas feridas.
Poll Tax e o motim contra Thatcher
Após ganhar a terceira eleição geral consecutiva, em 1987, Margaret Thatcher, implantou o Poll Tax, um imposto comunitário que todos deveriam pagar independente de sua renda. Motins eclodiram por diversas partes do país e 100 mil britânicos foram às ruas com o slogan “não é possível pagar, não vou pagar”.
Em 1990, a impopularidade da primeira-ministra alcançou o seu partido e ela renunciou, deixando no poder Downing Street. Em 1992, ela recebeu o título de nobreza e tornou-se Baronesa Thatcher e faleceu após um derrame cerebral, em 08 de abril de 2013, aos 87 anos, em Londres.
Rainha Elizabeth I, a última monarca da linhagem Tudor, nasceu em 7 de setembro de 1533, filha de Henry VIII e Anne Boleyn, seu reinado durou por 45 anos e foi considerado um dos mais gloriosos da Inglaterra.
Entretanto, chegar ao trono não foi uma tarefa fácil para Elizabeth I ainda mais quando se nasce mulher em uma época em que os homens recebiam o trono por direito. Seu nascimento foi uma decepção para Henry VIII que desejava um herdeiro masculino para continuar o seu reinado como ele desejava.
Elizabeth I: a filha ilegítima e sua infância nada gloriosa
Em 1536, quando Elizabeth tinha apenas 2 anos e oito meses, Anne Boleyn foi acusada de adultério e decapitada por ordem direta do rei Henry VIII. Uma semana depois ele se casou com a dama de companhia de Anne, retirou o título de princesa de Elizabeth, que passou ser considerada “lady” e negligenciada por muitos anos.
Quando Catherine Parr, sua madrasta, assume o comando da casa e decide que a menina deve ser educada pelo alto escalão e assim, ela aprende a arte de falar em publico com o renomado estudioso de Cambridge, Roger Ascham.
É a morte de Henrry VIII, em 1547, quando ela já tinha 13 anos de idade, que traz mudanças para a sua vida. Seu irmão mais novo, Edward VI, assume o trono aos nove anos. Catherine morre no parto de um de seus filhos e seu marido Thomas Seymour, logo em seguida, é executado por conspirar para casar com Elizabeth e sequestrar o pequeno Edward VI.
A morte prematura de Edward VI, faz com que sua meia-irmã Mary assuma o trono e comece seu reinado sangrento. A rainha Mary retorna o país ao catolicismo e mais de 287 pessoas são mortas devida a sua caçada aos protestantes.
Todos esses conflitos deflagaram uma rebelião mal sucedida e Elizabeth foi acusada de conspirar com os rebeldes. Ela é trancafiada na Torre de Londres antes de ter decretada sua prisão domiciliar em Woodstock, Oxfordshire.
Elizabeth chega ao trono e propõe uma reforma religiosa
Elizabeth tornou-se rainha somente depois da morte de Mary, em 1558. O país enfrentava diversos conflitos religiosos e o apoio popular era indispensável para que ela continuasse seu reinado.
Pensando em unir o país, ela destituiu o Papa da igreja inglesa por se negar a “fazer janelas para a alma dos homens … há apenas um Jesus Cristo e todo o resto é uma disputa sobre ninharias”, segundo as próprias palavras de Elizabeth. Introduziu um novo livro de orações e republicou uma versão em inglês da Bíblia.
A rainha enfrentou não só a igreja, mas o Parlamento inglês também. O Parlamento chegou a exigir que Elizabeth se casasse para que assim fossem liberados mais recursos financeiros, mas como ela dominava a arte da retórica afirmou categoricamente que seu objetivo maior era o bem-estar de sua nação e não o seu casamento.
A rainha amada derrota a Armada Espanhola
Sem dúvida, o grande feito do reinado de Elizabeth foi a vitória sobre a Armada Espanhola, comandada pelo Papa. A igreja católica conspirava contra a rainha e colocou 130 navios da Armada Espanhola contra a marinha inglesa para tentar derrubar Elizabeth e restabelecer o catolicismo no Reino Unido.
Faleceu em 24 de março de 1603, aos 69 anos, em Richmond Place, solteira, sem filhos, deixou uma grande dívida ao seu sucessor e foi muito amada por seus súditos.
Está em dúvida se vale a pena comprar o London Pass para sua viagem a Londres em 2016? A nossa dica ainda é a mesma: depende do seu roteiro.
E se você não tem um roteiro pronto, primeiro é bom dar uma olhada se um dos nossos interessa ou montar o seu a partir do Guia de Atrações. Depois disso, você vai ter uma noção melhor do quanto vale o London Pass.
Vantagens e desvantagens do London Pass
O London Pass é um passe que dá direito à entrada gratuita em mais de 60 atrações turísticas de Londres. Em 2016, o passe de 1 dia para adultos custa 59 libras, o de 2 dias, 79 libras, e o de 3 dias, 95 libras.
London Pass dá direito à entrada na Torre de Londres. Foto: Mapa de Londres
À primeira vista, a alusão a 60 atrações impressiona. Mas a verdade é que normalmente, para quem quer a autonomia completa no itinerário, o passe não é tão vantajoso assim. Isso porque MUITAS atrações de Londres são gratuitas (a maioria absoluta dos museus e parques, por exemplo). Então, na prática, quem usa o passe precisa ordenar seu roteiro com base nas atrações cobertas pelo serviço (nem sempre próximas umas das outras) para ter alguma economia.
Mas tem gente que gosta da ideia do London Pass não para economizar, e sim para ter maior praticidade e rapidez na entrada das atrações. Com o passe, você não pega fila em muitas das atrações e não precisa se preocupar em esperar para comprar os ingressos, tarefa que pode levar bastante tempo nos pontos mais concorridos.
Só que as pessoas que buscam praticidade precisam lembrar que o London Pass não cobre algumas das atrações mais populares de Londres, como London Eye, Madame Tussauds, Aquário e London Dungeon.
Preços do passe em 2016
Preços retirados do site do London Pass em maio de 2016
Atrações caras cobertas pelo London Pass
Confira a lista de atrações cobertas pelo passe que custam mais de 20 libras para entrar normalmente:
Até pouco tempo atrás, o viajante que comprava o London Pass precisava coletar o passe em Londres ou solicitar a entrega por correio. Mas agora ficou mais fácil: você pode baixar o passe no seu celular e, com o QR Code recebido, passar nas atrações sem precisar do cartão físico.