Londres é uma das cidades seminais do rock. A invasão britânica, que tomou conta dos Estados Unidos e do mundo a partir da década de 1960, começou aqui. Bandas como Beatles, Rolling Stones, The Who, Kinks e Iron Maiden soltaram seus primeiros acordes na cidade.
Ainda hoje, o rock é o gênero dominante em Londres. E que por muitos anos continue assim.
Uma boa pedida para quem está em Londres e tem algum tempo extra é visitar Bath, no sudoeste da Inglaterra, no Condado de Somerset, e a lendária Stonehenge.
Alimentada por nascentes naturais de águas termais, Bath oferece uma experiência única, com arquitetura deslumbrante, onde arte e história podem ser encontradas em todos os cantos.
A cidade já existia antes da invasão romana, mas foram eles que, há mais de 2 mil anos, deram os contornos que o lugar preserva até hoje. Cortada pelo Rio Avon e rodeada por montanhas, Bath fica a 180 km do centro de Londres e a 20 km de Bristol, uma das maiores cidades do oeste da Inglaterra.
Vindo da capital, a melhor opção é apanhar o trem na estação Paddington, que custa aproximadamente 40 libras, ida e volta, e leva em média uma hora e meia para chegar.
A cidade tem tantas atrações, que, se você puder, será melhor permanecer pelo menos dois dias. Assim, você pode estender a viagem até Stonehenge.
Há diversas opções de hospedagem, desde albergues até hotéis luxuosos. Independentemente do seu orçamento, espere encontrar um destino charmoso e encantador, amplamente preparado para o turismo.
Atrações de Bath
Roman Baths
O ponto alto do passeio é conhecer as piscinas de água quente, conhecidas como Roman Baths, que deram nome e fama à cidade. Por isso, minha sugestão é que essa seja sua primeira parada.
Construído pelos Romanos no século I, o templo foi idealizado para fins religiosos e também para o lazer. Mas não vá pensando em levar roupa de banho, pois não é possível entrar na água. Hoje o lugar é um museu, cujo ingresso custa 12 libras e dá direito a um áudio-guia, muito fácil de usar. Há personagens ao redor da piscina de água quente, e é possível se vestir como os antigos romanos para tirar uma foto diferente!
Janeiro a fevereiro: 9h30 às 17h30 (entrada até 16h30)
Março a junho: 9h às 18h (entrada até 17h)
Julho a agosto: 9h às 22h (entrada até 21h)
Setembro a outubro: 9h às 18h (entrada até 17h)
Novembro a dezembro: 9h30 às 17h30 (entrada até 16h30)
Bath Abbey
Localizada no centro da cidade, bem próxima de Roman Baths, a Bath Abbey é uma das últimas catedrais medievais da Inglaterra. Oferece um tour de aproximadamente 45 minutos, no qual é possível escalar os 212 degraus e alcançar o topo da torre para ter acesso a uma vista estonteante da cidade e ainda conhecer o sino e o relógio. O passeio custa 6 libras para adultos e 3 libras para crianças e ocorre de segunda a sábado, das 9h às 17h30.
Este magnífico edifício, construído entre 1767 e 1774, abriga um suntuoso museu, onde todos os dormitórios, luxuosos e belamente adornados, remetem ao século 18. O gramado é perfeito para um piquenique, se o clima britânico assim permitir.
Para quem ficar com vontade de experimentar um banho nas águas quentes de Bath, a dica é visitar o Thermae Bath Spa. Esse Spa, bem no centro da cidade, possui uma piscina a céu aberto com uma incrível vista para a cidade e muitos outros atrativos.
Há diversas opções de pacotes, que incluem tratamentos medicinais e estéticos, com águas quentes, massagem, jantar e uma infinidade de mimos. Os valores não são tão acolhedores quanto o banho, mas o privilégio de poder se beneficiar das propriedades minerais dessas águas, assim como os romanos fizeram muitos anos atrás, não tem preço.
Além dessas atrações, Bath ainda oferece uma enorme quantidade de museus, como o Fashion Museum, que apresenta a história da moda do século 16 até os dias de hoje, o Holburne Museum com uma vasta coleção de objetos de arte, a Victoria Art Gallery, com exposições temporárias, e o Jane Austin Centre, que retrata a vida em sociedade na época em que a famosa escritora viveu na cidade.
Comer e beber
Para os amantes da boa mesa, Bath tem uma variada gama de restaurantes, bistrôs e cafés que são um charme. Uma sugestão para um fim de tarde de sol (hopefully) é o Riverside Caffe. Ele fica literalmente no “pé” da ponte Pulteney e possui um completo cardápio de guloseimas para um perfeito chá da tarde inglês.
Se houver tempo na agenda para um segundo dia, aproveite para visitar Stonehenge, aquela famosa formação circular de pedras, que fica a 57 km de Bath. Há empresas de turismo que oferecem visita de 3 horas por um preço razoável. Mais do que isso é desnecessário, pois, além da misteriosa formação arquitetônica e da paisagem ao redor, não há mais nada a fazer.
Vale a pena visitar e tentar tirar suas conclusões sobre a real finalidade da formação: seria um calendário gigante? Um cemitério? Um templo ao Sol? Ou ainda um espaço reservado para a recepção de alienígenas?
Endereço: Off A344 Road, Amesbury, Wiltshire – SP4 7DE
Tours: a Scarpertours faz o tour de 3 horas por 15 libras
Muitos turistas tiram fotos com o Big Ben ao fundo sem saber exatamente para que aquele palácio gigante que o abriga serve. Ele é chamado Palácio de Westminster, também conhecido como Houses of Parliament. Esse último nome se deve a sua função primordial: dar guarida à Câmara dos Comuns (House of Commons) e à Câmara dos Lordes (House of Lords), que se somam ao Soberano (no momento, a Rainha Elizabeth II) para formar o Parlamento do Reino Unido.
O que menos gente ainda sabe é que dá para visitar o Palácio de Westminster e ainda assistir de graça a um debate entre os parlamentares. O que não dá, infelizmente, é para visitar o Big Ben, o famoso sino da Elizabeth Tower, restrito a residentes do Reino Unido.
Estação de metrô: Westminster (Jubilee, Circle e District Lines)
Existem dois tours pelo Parlamento, um mais completo, conduzido por um guia profissional (em inglês e diversas outros idiomas, mas não o português), e um menor, em que o visitante se desloca com audio guides (inclusive em português brasileiro).
Ou pessoalmente, em um escritório ao lado da Jewel Tower, do lado oposto do parlamento inglês.
Destaques
Westminster Hall Norman Porch Queen’s Robing Room Royal Gallery Prince’s Chamber Lords Chamber (Câmara dos Lordes) Moses Room Central Lobby Members’ Lobby Aye Lobby Commons Chamber (Câmara dos Comuns) St Stephen’s Hall.
Tour com audio guide no Parlamento Inglês
Importante: o tour tem áudio em português brasileiro 🙂
De 26 de maio a 2 de junho: quarta, quinta e sexta-feira
Horários
Normalmente, das 9h Às 16h15
Tempo: 1h a 1h15 (de muita caminhada!)
Fotos: absolutamente proibidas
Idioma: Tours em português brasileiro, inglês, espanhol, italiano, francês, russo, mandarim e alemão
Quanto custa
Adulto: 18,50 libras / Criança (5 a 15 anos): Gratuito (acompanhada de um adulto – e precisa solicitar no site o ingresso isento) / Criança (menor de 5): gratuito (mas precisa solicitar o ingresso isento na hora da compra)/ idosos e estudantes (com carteirinha de estudante): 16 libras
Ou pessoalmente, em um escritório ao lado da Jewel Tower, do lado oposto do Parlamento.
Destaques
Westminster Hall Norman Porch Queen’s Robing Room Royal Gallery Prince’s Chamber Lords Chamber Central Lobby Members’ Lobby No Lobby Commons Chamber St Stephen’s Hall.
É bom alertar desde já: você não poderá tirar fotos do tour – apenas na primeira parte da história, no Westminster Hall. A segurança do lugar é bastante reforçada, o que você notará assim que chegar e passar sua mochila pelo raio-x e ser inspecionado pelos agentes de polícia e segurança na entrada. Durante o passeio, duas vezes um homem tentou tirar fotos. Na primeira, um segurança e a guia gritaram que era proibido. Na segunda, conduziram o turista deslumbrado para fora.
Até dá para entender o cara, porque é uma pena não poder fotografar todo o trajeto. Há salas e pinturas e estátuas belíssimas.
O tour pelo Parlamento é um passeio pela história do palácio e por tudo o que ele significou ao longo das décadas e dos séculos para o povo britânico. Você vai entender como o parlamento funciona, como ocorre a divisão das Câmaras, qual é a diferença entre os Lordes e os Comuns, como são tomadas as decisões, como são feitos os votos, por onde a Rainha entra no discurso inaugural e ainda vai vislumbrar estátuas de primeiros-ministros como Margaret Thatcher e Winston Churchill.
A maioria dos prédios visitados data da metade do século 19, após um incêndio que destruiu parte do palácio, mas a rota também passa por prédios mais antigos, como o Westminster Hall, cuja construção começou em 1097, por William Rufus, filho do William, o Conquistador (aquele responsável pela invasão normanda e pela construção da Torre de Londres).
Fique atento para a diferença entre a Câmara dos Comuns, eleita pelo povo, e a Câmara dos Lordes, designada pela monarca sob indicação do Primeiro-Ministro. A primeira tem os bancos verdes e a decoração simples. A segunda, poltronas vermelhas e ornamentação suntuosa.
Câmara dos Comuns
Câmara dos Lordes
Debates no Parlamento inglês
Você também pode visitar os debates da Câmara dos Lordes e da Câmara dos Comuns de graça. Basta aparecer no Parlamento, pelo portão Cromwell Green, nos horários marcados para os ‘sittings’. Confira os dias e horários
Você entra na estação de Oxford Circus e chega à plataforma da Central Line. A voz sexy e pausada anuncia: Mind the gap between the train and the platform. Logo depois: This train terminates at Hainault via Newbury Park.
Você troca de linha. A mesma voz pede: Please let the passengers off the train first. Infelizmente, bem na sua parada: Please not that this train will not stop at the next station.
A voz do metrô de Londres
Há diversas vozes diferentes, mas a mais recorrente é a de Emma Clarke, 41, uma voice-over artist de Manchester. Embora tenha sido demitida em 2007 por tecer comentários negativos a respeito do tube, ela ainda pode ser ouvida na Central Line, na Bakerloo Line e na District Line. Durante oito anos, ela produziu narrações para o London Underground.
“Você devia ter ouvido quantas vezes me fizeram dizer “Marylebone”. Mahree-lee-bone. M’ree-labbon. Mary Lob-on. Foi ‘bleeding’ hilário”, conta em uma entrevista antiga, na qual revela que desistiu de usar o metrô por odiar ficar escutando a própria voz.
As notícias confundem. Ora dizem que Londres está vazia, ora argumentam que a capital britânica nunca recebeu tanta gente. O motivo do tom díspar das matérias é que precisa ser feita uma distinção muito clara entre dois tipos de público que se encontram na cidade atualmente: o visitante olímpico e o turista tradicional.
Prova de que Londres não virou uma “cidade deserta” durante as Olimpíadas, como temerariamente descreveu o economista Nouriel Roubini, é que o metrô bateu o recorde de passageiros transportados em um único dia na última sexta-feira: 4,4 milhões de pessoas. O recorde anterior ocorreu um dia antes, na quinta: 4,3 milhões. E, para alegria do prefeito Boris Johnson, o Tube suportou direitinho a pressão.
O que leva economistas e jornalistas a descreverem os Jogos como um fracasso são os resultados de estabelecimentos e atrações que atendem normalmente aos turistas tradicionais. Em vez do aumento do público e das vendas, houve queda em diversos lugares diferentes, com uma concentração do poder de consumo na região do Parque Olímpico.
Muitos comerciantes, então, culpam agora o próprio governo. Muitos meses antes do início da competição, a prefeitura da cidade montou um programa para alertar sobre o aumento do fluxo de visitante na cidade e para advertir os londrinos de que o melhor, nessas duas semanas, seria trabalhar de casa e evitar o uso do transporte público o máximo possível. Segundo donos de bares e restaurantes, essa atitude, tomada por precaução, teria enfraquecido o consumo nessa época.
Conversando com guias dos famosos tours a pé London Walks, a informação que obtive é que seus passeios estão com bem menos clientes do que no restante do ano, e o verão deveria ser o período mais movimentado. Isso me leva a crer, realmente, que a absoluta maioria dos turistas estão na cidade para acompanhar as Olimpiadas. Mal sabem eles tudo o que estão perdendo, hehehe.
A consequência disso é o que se vê. Apesar de lotada, Londres teve seu panorama alterado. As linhas centrais de metrô estão abarrotadas de passageiros. Em pontos turísticos “óbvios”, como Trafalgar Square e Piccadilly Circus, existem aglomerações incômodas de gente. Além disso, vale dizer que museus estão tomando um cuidado extra quanto à segurança. Museus em que antes nao se faziam maiores revistas, como a National Gallery, estão agora adotando esse procedimento.
Durante as Olimpíadas, Londres está diferente. A Primark, quase insuportável. O metrô, ainda mais abafado. Por outro lado, telões transmitem os Jogos pelos parques, atrações diversas tomam conta das ruas, um festival de artes oferece uma porção de eventos gratuitos e um colorido de bandeiras, camisetas e rostos desfila pela cidade. Melhor assim: quem vem à capital britânica nesse período vai ficar com mais vontade de voltar. Logo.
Atravessar o Rio Tâmisa é uma das grandes obsessões dos londrinos. Para isso, eles criaram diversos meios diferentes desde os barcos romanos e a primeira London Bridge. Agora, muitas pontes depois, Londres conta com um teleférico, o Emirates Air Line, que liga as Royal Docks, onde fica o ExCel Centre, e a Greenwich Peninsula, onde se situa o O2 Arena.
As duas estações do teleférico
Emirates Royal Docks 27 Western Gateway London E16 4FA Mapa Estação de metrô: Royal Victoria
Emirates Greenwich Peninsula Edmund Halley Way London SE10 0FR Mapa Estação de metrô: North Greenwich
Programe-se
Duração por trecho: 5 a 10 minutos
Valor por trecho: Adulto: 4,50 libras ou 3,40 libras apresentando Oyster ou Travelcard; Criança: 2,30 / 1,70.
Horário: abril a setembro: de segunda a sexta, das 7h às 21h, e sábado, das 8h às 21h, e domingo, das 9h às 21h; outubro a março, de segunda a sexta, das 7h às 20h, e sábado, das 8h às 20h, e domingo, das 9h às 20h.
Importante: Não há jornadas durante chuva forte ou tempestade, devido à ação do vento e dos raios
Passageiros Os turistas são apenas parcela do público. Por isso, a fim de atender também londrinos que usam o transporte para ir e voltar do trabalho, a velocidade do teleférico é aumentada durante os horários de pico. No ponto mais alto do passeio, os passageiros chegam a 90 metros de altura. Ao total, são 34 cabines, que podem transportar até 2,5 mil pessoas em cada direção por hora.
Patrocínio Inaugurado no dia 27 de junho de 2012, o teleférico teve metade de seu custo total, 60 milhões de libras, pago pela companhia aérea Emirates. Em troca, a empresa ganha divulgação no nome da atração, Emirates Air Line, e até no mapa oficial do metrô.
Vale a pena?
O passeio no Teleférico de Londres é muito curto para que você se desloque até as Royal Docks ou Greenwich Peninsula apenas para isso. Mas, para quem vai até Greenwich, essa é uma excelente opção para admirar o Tâmisa do alto. Se tiver sol, melhor ainda.
Como fazer:
Vá até Greenwich de barco. Na hora de ir embora, você pode pegar outro barco até a Emirates Air Line Greenwich Peninsula ou o ônibus 188, que para ali no National Maritime Museum (parada F). De barco ou ônibus, o trajeto leva pouco mais de 15 minutos.
O Highgate Cemetery é um dos mais famosos cemitérios de Londres. Abriga os corpos de diversas personalidades, como Karl Marx, autor de O Capital e Manifesto Comunista, e Douglas Adams, o autor do Mochileiro das Galáxias. Construído em 1839 para sanar a falta de espaço fúnebre na Era Vitoriana, o local, dotado de 15 hectares no Norte de Londres, dá guarida atualmente para mais de 170 mil mortos.
Como visitar o Highgate Cemetery
Existem duas alas: o West Highgate e o East Highgate. Eles são divididos pela Swan Lane. De um lado, o mais antigo, o Oeste; do outro, o mais recente, o Leste. Na Era Vitoriana, de pujança e ostentação, os mortos eram agraciados com sepulturas e túmulos caríssimos, repletos de adornos em memória dos falecidos. O novo espaço foi arquitetado, portanto, para ampliar a margem de lucro do lugar, já que o West Highgate estava sendo completamente tomada.
Estação de metrô: Archway (Zona 2, Northern Line). Depois, pegue o ônibus 210,143 ou 271 para Waterlow Park e pare na segunda estação.
Sábado e domingo: o tour sai de meia em meia hora, das 10:30h às 15h. No fim de semana, não é possível agendar com antecedência. Os ingressos são vendidos a partir das 10h para todos os passeios naquele dia. Lugares são limitados.
A ala Oeste é bem mais atraente do que a Leste. Em alguns momentos do tour, dá vontade de sair correndo para o lado contrário e explorar o lugar livremente, de tantos túmulos, efígies, símbolos e estátuas interessantes. Mas não se engane: seria impossível cavocar na história do lugar sem a orientação do guia. Apesar dos sustos em algumas partes do passeio (como quando o guia avisa que, naqueles 15 minutos iniciais, você já pisou em centenas de cadáveres sem saber), a atmosfera densa de Highgate é amaciada pelo humor que permeia cada narrativa. Imperdível.
Alexander Litvinenko
O espião russo Alexander Litvinenko recebeu asilo em Londres após ser preso em Moscou, em 1999, por acusar seus superiores de um assassinato. Na capital britânica, tornou-se escritor e colaborou com o os serviços de inteligência britânicos, MI5 e MI6. Em novembro de 2006, ele morreu envenenado, por polonium-210. A suspeita de que o governo russo estivesse envolvido abalou a relação com os britânicos na época.
Adam Worth
Arthur Conan Doyle baseou o inimigo de Sherlock Holmes, Moriarty, em Adam Worth, norte-americano que ganhou a alcunha de de “Napoleão do Crime” no século 19. Mas o homem enterrado aqui é tão misterioso, que não se tem certeza nem de seu nome original. Ele nasceu na Alemanha, em uma família pobre, e ainda criança se mudou para os Estados Unidos com os pais. Logo cedo, fugiu de casa, mentiu a idade para poder lutar na guerra, voltou ferido e foi dado como morto. Fugiu do hospital, começou a bater carteiras, e as carteiras seriam apenas as primeiras de seus alvos. Em sua carreira, roubou joias, diamantes, quadros e bancos. Em Londres, montou uma sociedade de crime organizado e pedia para seus comandados não empreenderem nenhum tipo de violência física em suas vítimas. Faleceu em 1902, após ser preso em 1892 e solto cinco anos mais tarde.
Tom Sayers
O funeral do lutador Tom Sayers foi acompanhado por mais de 100 mil pessoas em 1865. Ao lado do caixão, seu fiel companheiro, Lion, liderava a procissão. Ele faleceu cinco anos após empatar uma das lutas mais famosas da história, considerada por muitos o primeiro Mundial de Boxe, por envolver os “campeões” da Inglaterra e dos Estados Unidos. Na época, a luta por prêmios era ilegal, então o local da contenda não foi revelado. Quem quisesse assistir tinha de comprar o ingresso em um pub determinado, onde receberia uma passagem de trem para o destino acertado entre os dois acertados. Em 17 de abril de 1860, em Hampshire, milhares de pessoas acompanharam o embate. O problema, para Sayers, era que o oponente, John Heenan, tinha 15kg a mais e 8 anos a menos. Resultado: a luta teve 42 rounds, divididos em mais de duas horas. O empate foi declarado quando a turba que assistia à disputa invadiu o ringue, naquele momento já completamente ensopado de sangue. Essa foi a última luta de Sayers, que se aposentou como herói nacional.
East Highgate
Entrada:
Entrada: Adulto 8 libras / Criança 4 libras
Horários: Segunda a sexta, das 10h às 16h30 (fecha às 17h); Sábado e domingo, das 11h às 16h30 (fecha às 17h).
A ala Leste, inaugurada em 1856, não é tão bela quanto a Oeste. O frenesi vitoriano da ostentação funeral já havia diminuído bastante. Mesmo assim, vale a visita: há muitos nomes interessantes enterrados aqui, como Karl Marx e Douglas Adams.
Escritor e comediante britânico, Douglas Adams, falecido em 2001, criou o Guia do Mochileiro das Galáxias, além de ter contribuído com esquetes para o seminal Monty Python. Em cima de seu túmulo, há um pote com canetas que os fãs lhe deixam como homenagem.
Karl Marx
Um busto gigantesco do filósofo e autor alemão Karl Marx localiza-se ao lado de seu túmulo. Nele, pode-se ler: “Trabalhadores de todo o mundo, uni-vos”.
Fotos e histórias do Cemitério de Highgate
Os nomes e histórias acima representam apenas uma pequena parte do que há para ver e conhecer no cemitério de Highgate. Na ala Oeste, antes do início do tour, o guia pergunta se o grupo tem interesses específicos dentro do cemitério, porque o passeio pode variar bastante. As histórias envolvem pessoas famosas, episódios curiosos e muitas mortes. Tem gente que sente um clima pesado no ar, especialmente depois de ler tantos epitáfios. Mas realmente vale a pena. Além de conhecer um aspecto fúnebre da Londres Vitoriana, o visitante pode admirar verdadeiras obras arquitetônicas que jazem em memória dos que já se foram.
Você não vai encontrar a St Alban Church nos guias de viagem tradicionais. Na verdade, você provavelmente não vai encontrar essa igreja nem depois de ler este post, de entender sua história peculiar e de ver qual é a sua localização. Isso por um simples motivo: ela foi destruída pelos bombardeios nazistas durante a Segunda Guerra.
Sobrou apenas esta torre:
A torre, circundada por uma rua, é praticamente uma ilha minúscula, rodeada de prédios gigantescos.
Hoje ela pertence a um milionário excêntrico, que reside em uma das mais improváveis residências do Reino Unido.
História
A primeira igreja no local, cuja história remonta ao ano de 930, foi completamente consumida pelo Grande Incêndio de Londres, em 1666. Então coube ao arquiteto Christopher Wren reconstruí-la, assim como outras dezenas de igrejas da City of London.
Localização
No encontro da Love Lane com a Wood Street, na City of London
Bem-vindo ao distrito real de Windsor e Maidenhead, em Berkshire, a apenas 34km de Londres. O lugar é conhecido por abrigar o Castelo de Windsor, residência oficial da monarquia britânica e o palácio habitado mais antigo do mundo. Da capital britânica até aqui, você não leva mais de uma hora, seja de ônibus ou trem.
De Londres para Windsor
Você pode vir de duas formas, e ambas custarão a partir de 20 libras (ida e volta): trem, partindo de Paddington Station, e ônibus, linhas 701 e 702, partindo de Victoria Station, de meia em meia hora.
Veja por que visitar a cidade:
Castelo de Windsor
A Troca da Guarda, os canhões, a torre, a posição geográfica. Após alguma observação, não é difícil imaginar que o Castelo de Windsor foi erigido com propósito bélico. Assim como a Torre de Londres, a residência real começou a ser construída a mando de William, o Conquistador, que precisava instituir bases bélicas pela Inglaterra a partir da conquista normanda, em 1066. Erigindo fortificações diversas, todas a um dia de caminhada da capital, o novo Rei, coroado em dezembro daquele ano na Abadia de Westminster, buscava garantir a supremacia e arrefecer o ímpeto de resistência do povo anglo-saxão. É compreensível que a população se recusasse a atender ordens em francês.
Quase um milênio depois, não é tão difícil penetrar nos portões do castelo e até nas salas de estado, utilizados pela monarquia para a recepção de chefes de estado e eventos especiais. Atualmente, o visitante pode entrar com tranquilidade, desde que pague o ingresso. Fique à vontade para perambular pela casa de bonecas da Rainha Mary, pelos belíssimos state apartments e pela histórica St George’s Chapel. Só que, antes de entrar, é melhor desligar a câmera. Ou você quer encarar os guardas da Rainha? Melhor vê-los em ação à distância, durante a Troca da Guarda.
Eton é ligada a Windsor pela ponte de Windsor, que atravessa o Rio Tâmisa. A caminhada do Castelo de Windsor até aqui leva poucos minutos.
Além das belas construções, a principal atração para o turista se constitui do Eton College, uma das escolas mais famosas do mundo. O colégio foi o responsável pela educação de 19 primeiros-ministros britânicos até hoje, incluindo o atual, David Cameron. Até 1984, a punição física ainda era permitida e regulada por um ritual semiaberto. Até hoje, os garotos trajam terno e gravata para frequentar as aulas.
Muitos dos prédios da escola não ficam abertos ao público. Dos que possibilitam o ingresso, alguns cobram entrada, e outros, não. Basta perguntar.
Legoland
Outra passeio em Windsor é o parque Legoland, que fica um pouco mais afastado. Para chegar lá, vá até o Centro Turístico, pegue um mapinha e pergunte de onde sai o ônibus especial até o parque. Baseado no brinquedo Lego, o parque temático apresenta 55 atrações diferentes, como montanhas russas, shows ao vivo, modelos gigantes de ícones britânicos feitos de lego e muito mais. Você ainda pode se hospedar num hotel no meio do parque, o Legoland Resort. Saiba mais.
Faz 60 anos que os atores da peça The Mousetrap pedem, ao fim de cada espetáculo, que os espectadores não levem para fora do teatro o desfecho da misteriosa trama, que envolve a investigação de um assassino na hospedaria Monkswell Manor, em Londres.
Escrita por Agatha Christie, a peça entrou em cartaz quando Elizabeth II dava seus primeiros passos como Rainha, em 1952. Trata-se da peça há mais tempo em cartaz em todo o mundo. Em 2012, chega ao seu Jubileu de Diamante, assim como Sua Majestade.
A primeira versão do texto, com o nome The Three Blind Mice (Os três camundongos cegos) chegou ao público como uma novela de rádio, em 1947. No teatro, a história foi encenada pela primeira vez em Nottingham, em 6 de outubro de 1952. Após um circuito por outros teatros da Inglaterra, a peça se estabeleceu em Londres, primeiramente no New Ambassadors Theatre, em novembro daquele ano. O palco atual, no St Martin’s Theatre, passou a ser utilizado no dia 23 de março de 1974.
Texto não pode ser publicado
Agatha Christie, que achava que a peça não ficaria mais de oito meses em cartaz, exigiu que a história não fosse publicada no Reino Unido enquanto o West End ainda a acolhesse. E sua exigência foi cumprida, embora o mistério já tenha figurado nas páginas do livro The Three Blind Mice and other stories, nos Estados Unidos e em outros países.
Não leia na Wikipédia
O problema é que a Wikipédia não se contentou em revelar as partes básicas da trama, mas também deslindou todos os segredos da peça. As informações contidas no site acarretaram muitos protestos de fãs da autora inglesa e de sua família. Mesmo assim, ainda hoje o final da história pode ser lido pelo incauto que acessar o verbete da Mousetrap na enciclopédia. Se você não quer que sua experiência seja completamente arruinada, não leia.
Experiência
Assistir à The Mousetrap não é apenas uma experiência interessante de envolvimento com uma trama misteriosa e fascinante, ambientada nos anos 1952, em um antigo casarão convertido em hospedaria pelo jovem casal de protagonistas. Sentar em uma das poltronas do histórico St Martin’s Theatre possibilita um encantamento muito maior do que se o espectador estivesse em um cinema ou teatro moderno. Parece que, assim como o palco e os figurinos dos personagens, a plateia também volta 60 anos no tempo. E essa mesma magia impele quem sai dali a atender ao apelo do elenco e manter a aura de segredo que recobre a Monkswell Manor, o St Martin’s Theatre e a obra de Agatha Christie.
Quer assistir?
Quando: de segunda a sábado, às 19h30. Terça, também às 15h. Sábado, também às 16h.