Roteiro a pé pelo Soho

Leicester Square - Mapa de Londres
Leicester Square em festa. Foto: Mapa de Londres

Este é mais um roteiro de caminhada proposto pelo London Footprints, que tem uma parceria com o Mapa de Londres. Desta vez, vamos conhecer o Soho, saindo da estação de Piccadilly Circus e chegando, por fim, a Tottenham Court Road, não sem antes parar nos pontos turísticos, apreciar a vista e aprender sobre a história do lugar.

Da saída da estação, pegue a Glasshouse Street e siga pela Sherwood Street

O número 3 foi construído como a Snow’s Chop House em 1906. À esquerda, encontra-se o Regent Palace Hotel, de 1912. Uma ponte através da rua o liga a uma extensão de 1934. O Picaddily Theatre foi desenhado por Bertie Crewe e E A Stone em 1927-28.

Dobre à direita na Brewer Street

Originalmente, a rua possuía duas breweries (cervejarias). Na esquina da Lower James Street, está uma casa de 1780. Os números 72-74 foram construídos como escritórios para Burberries em 1922.

Pegue a esquerda na Great Pulteney Street

Os números 35-40 são casas datadas do início do século 18. Também existem propriedades arquitetadas por AE Hughes (números 32-34, de 1904, e 28-31, de 1911). A rua possui ainda diversas depósitos dos períodos vitoriano e eduardiano construídos para o comércio de lã, um deles inclusive com uma fachada de vidro esverdeado.

Dobre à esquerda na Beak Street

O Old Coffee House Pub era uma taverna histórica, construída em 1894. Há também uma placa azul para lembrar o local onde viveu o artista Canaletto no número 41-43.

Dobre à esquerda na Upper James St e chegue à Golden Square

A praça começou a ser construída em 1675, provavelmente de acordo com os planos do arquiteto Christopher Wren. Foi completada em 1706. Originalmente, havia 39 casas aqui, algumas delas remanescentes no lado oeste. No jardim central, encontra-se uma estátua do Rei George II em um traje romano.

Saia pela Upper John Street e cruze a Beak Street até a Kingly Court. Caminhe através dela, saia à esquerda e pegue a Kingly Street, à direita

O Blue Posts Pub data de 1892, e o Clachan, de 1898.

Pegue à direita na Great Marlborough Street

A Liberty foi desenhada por ET e ES Hall em 1922-23. O prédio de madeira utiliza madeira restaurada de dois antigos navios de guerra. A cobertura de telhas foi feita à mão. Do lado oposto ao belo relógio, você vê a Ideal House, arquitetada para a National Radiator Company em 1927, por Raymond Hood e Gordon Jeeves. Ela possui granito escuro em sua fachada. Ao lado, o antigo tribunal e a estação de polícia, de 1913-16, virou um hotel.

Depois da Liberty, dobre à direita

Aqui você encontra o Shakespeare Head Pub, de 1928.

Dobre à esquerda na Foulberts Place

O nome do lugar vem da escola de Henry Foubert (1710-78). Os números 33-39 são de um depósito dos anos 1890. Além disso, há escolas dos anos 1873 (lado norte) e 1871 (lado sul).

Dobre à direita na Marshall Street

Foi construída em 1733, em uma terra usada antes para enterrar vítimas da Grande Praga, de 1665. As habitações da City of Westminster foram construídas em 1906. Os banhos foram construídos no lugar da St James’s Workhouse em 1928-1931.

Pegue a direita para a Ganton Street e à direita ao longo da Newburgh Street

As casas aqui foram construídas na década de 1820, algumas delas restauradas. O Pub White Horse apresenta o estilo Art Deco.

Pegue à primeira à esquerda ao longo da Marlborough Lane e à esquerda na Carnaby Street Casas no lado leste foram construídas no lugar ocupado anteriormente pelo Carnaby Market nos anos 1820.

Dobre à esquerda na Broadwick Street

Os números 48-58, de 1720, foram reformados por Quinlan Terry com o desenvolvimento de 1980 da Dufours Place. A William Blake House foi construída em flats e escritórios nos anos 1960 onde Blake nasceu. Há uma escultura no local que lembra o fato. Adiante você encontra também o John Snow Pub, de 1870.

Dobre à esquerda ao longo da Poland Street

Os números 1-5 foram construídos no início do século 20. Também existem casas dos anos 1700 e o Star and Garter Pub.

À direita na D`Arblay Street

Uma passagem pelo número 21 conduz aos antigos estábulos e depósitos da Portland Mews.

À direita ao longo da Wardour Street e à direita na Peter Street

O Intrepid Fox Pub tem esse nome em homenagem a James Fox.

Direita na Berwick Street

Confira o mercadinho de rua.

À esquerda na Broadwick Street

Há escritórios desenhados por Richard Rogers em 1998-2000.

À esquerda para a Ingestre Place

As habitações populares de St James foram construídas para mulheres solteiras em 1886.

À direita na Silver Street e à esquerda ao longo da Lexington Street e depois à esquerda na Brewer Street

A Lex Garage foi arquitetada por JJ Joass e Robert Sharp em 1928-9.

À direita na Rupert Street

O Apollo Theater (1901) fica à direita e a Gielgud à esquerda. Foi renomeado após a reconstrução do Shakespeare Globe.

À esquerda Shaftesbury Avenue

Ao lado da Gielgud, está o Queen’s Theatre. Ambos foram desenhados em 1907, mas o teatro da Rainha teve de ser remodelado após os bombardeios da Segunda Guerra.

À esquerda na Wardour Street

St anne’s Church foi construída em 1677-86 e a Torre, acrescentada em 1717. A torre foi restaurada em 1803 e sobreviveu a um ataque em 1940 que destruiu o restante da igreja. Foi reconstruída em 1989.

À direita na Meard Street

As casas foram construídas pelo famoso John Meard em 1722-33.

À esquerda ao longo da Dean Street

O Quo Vadis possui uma placa azul em lembrança a Karl Marx, que morou no local em um período de grande pobreza. O Soho Theatre foi convertido em 2000 a partir da West End Synogogue.

Dobre à direita na Carlisle Street para a Soho Square

Foi construída no fim dos anos 1670, com 41 casas ao redor de um jardim central. O prédio com fachada de madeira no centro, de 1922, abriga uma subestação de energia elétrica. Ao norte, uma estátua de Charles II. A Igreja Protestante da França foi desenhada por Aston Webb e St patrick RC Church, por John Kelly, ambas em 1891. Diversos outros prédios históricos podem ser contemplados no local.

Saia pela Frith Street

O Dog and Duck Pub foi construído em 1897.

À esquerda na Old Compton Street

O Prince Edward Theatre foi construído em 1929-30.

À esquerda na Greek Street

Preste atenção ao número 48.

À direita na Manette Street

O nome advém do Dr Manette, do conto de Charles DickensA Tale of Two Cities. Do lado oposto, veja a parte de trás da capela da House of St Barnabas. O prédio, de 1862, possui vitrais belíssimos.

Dobre à esquerda na Charing Cross Road para chegar à estação de Tottenham Court Road

Pronto, a caminhada chegou ao fim. Agora basta agradecer gentilmente ao site London Footprints, que fornece diversos roteiros em Londres.

Tottenham Court Road reabre após reformas

Tottenham Court Road reabre após reformasDepois de oito meses fechada para obras de restauração e ampliação, foi reaberta nesta segunda a parada da Northern Line na estação de Tottenham Court Road, uma das mais movimentadas de Londres. Os trabalhos no local, cujo custo estimado é de 500 bilhões de libras, não impediram o funcionamento da Central Line, que seguiu ativa durante esse período.

> Guia do metrô de Londres

Entre as melhorias, estão a criação de novas rotas, escadas rolantes e um elevador, tudo para facilitar o tráfego interno e incrementar a capacidade da estação, de acordo com a BBC de Londres. A bilheteria, ampliada, tem agora seis vezes o tamanho anterior. Mas os usuários devem lembrar que, embora a linha tenha sido reaberta nesta segunda, os trabalhos ainda não cessaram. Diversos pontos da estação ainda estão em obras.

Diariamente, 147 mil passageiros passam por Tottenham Court Road. A expectativa é que o volume chegue a 200 mil pessoas até 2016, com as ampliações da Crossrail, que deve ligar a estação a um serviço de trens conectando Maidenhead, em Berkshire, a Shenfield e Abbey Wood, no leste, passando pelo Centro de Londres.

Minha Londres: Marcio Delgado

Minha Londres: Marcio Delgado
Foto: Arquivo pessoal

Enquanto caminhava pelo Aeroporto Internacional de Heathrow, em Londres, após passar pela imigração e pegar suas malas, Marcio Delgado percebeu que a capital britânica não era habitada apenas por ingleses fleumáticos, com aquele sotaque característico difundido pelos filmes de Hollywood. Ao observar os viajantes que circulavam apressados em seu entorno, identificou turbantes, túnicas, barbas, cabelos e idiomas que revelavam muito mais indianos, paquistaneses e bengalis do que imaginava encontrar ao planejar a ida ao Reino Unido.

O choque inicial do jornalista, no entanto, não amainou o desejo de permanecer em Londres. Logo surgiram o primeiro emprego em comunicação no exterior e os primeiros seis meses na cidade. Sete anos depois, Delgado, 33, natural do Rio de Janeiro, segue na capital britânica, agora como gerente de marketing para o Grupo Record no Reino Unido. A comunidade brasileira, porém, o reconhece por outras de suas funções na emissora: apresentação do programa Direto da Record, de julho a outubro deste ano, e reportagens especiais para o canal.

Em entrevista ao Mapa de Londres, Delgado conta qual é a sua relação com a cidade e dá dicas para os viajantes que desejam viajar para a capital britânica.

Minha Londres: mais entrevistas

Por que você veio para Londres?

Eu vim para ficar seis meses. Já conhecia a cidade por ter visitado anteriormente e voltei para uma curta temporada. Estes acabaram sendo os seis meses mais longos da história, um convite de trabalho puxou o outro e quando vi, seis meses acabaram virando seis anos… sete!.

Quais foram suas impressões no primeiro contato com a cidade?

Estive a passeio em Londres antes de decidir vir passar um tempo maior. O meu único choque mesmo foi no aeroporto de Heathrow, desembarcando e descobrindo vários indianos e muçulmanos. Eu achava que as pessoas eram mais brancas, como nos livros e guias de turismo que compramos no Brasil. E nunca sequer havia ouvido falar de Brixton, onde acabei indo morar. Foi bom descobrir esta diversidade.

Quando e como você foi parar na Record?

A Record, a exemplo de outros trabalhos no Reino Unido e no Brasil, foi através de convite e indicação de uma grande amiga em comum. Mas eu não achei que estava vindo para uma entrevista de emprego. Foi mais um bate-papo para falar de um guia sobre Londres que eu havia acabado de lançar em inglês e espanhol. E no meio da conversa, aconteceu a contratação. Isso foi em abril de 2010.

Minha Londres: Marcio Delgado
Green Park / Luiz Valdez, SXC

Qual é o seu TOP FIVE de Londres?

Gosto muito de teatro e sou eclético: vou ao ‘West End’ para os grandes shows, mas também gosto das casas de espetáculos menores, porque teatro nestes espaços é feito com mais paixão, pela arte mesmo – não pelo dinheiro ou fama. No verão, estou sempre entre Green Park e Hyde Park ou nos bares e restaurantes do Soho. E quando o tempo esfria, acabo indo mais ao cinema, porque fica mais vazio, sem tantos turistas e estudantes conversando no meio do filme.

Quais suas recomendações para amigos que desejam visitar a cidade?

Sempre que alguém vem (ou vai viajar), eu recomendo a mesma coisa: faça a mala o mais leve e vazia possível. Ninguém tem que ficar carregando peso à toa. E sempre recomendo que as pessoas pesquisem mais, economizem um pouco mais e aproveitem a visita para fazer outras coisas bacanas, como conhecer o interior da Inglaterra ou pegar o Eurostar, por exemplo, e ir conhecer Paris, Bruxelas, etc. Londres é muito bem conectada com o resto da Europa. Infelizmente, às vezes, as pessoas esquecem disso e perdem muito tempo batendo perna na Oxford Street comprando bobagens.

Do que você mais gosta na sua rotina na capital britânica?

Embora eu não goste da palavra ‘rotina’, é bom saber que o transporte funciona. Mesmo com atrasos sabemos, que vai dar para chegar em casa. Não tenho uma rotina muito rígida. Os dias de trabalho para quem escolhe (trabalhar em) TV são bem longos, especialmente por causa da diferença de horários entre Reino Unido e Brasil, mas raramente os dias são iguais.

E do que você menos gosta?

Acho que tem muita gente preguiçosa no Reino Unido, vivendo às custas do governo. E ninguém faz nada! Existe uma cultura de assistencialismo no Reino Unido que eu pensei que só existisse no Brasil. O ex-presidente Lula e seus projetos de bolsa-escola, bolsa-criança, bolsa-merenda e Deus sabe mais o quê iria fazer o maior sucesso aqui. A sociedade inglesa adora sustentar quem quer ficar em casa tomando chá.

Pretende voltar ao Brasil?

Sinto saudade da minha família e vou ao Brasil uma vez por ano. Gosto de tudo lá: do sol, do humor, do mar e até dos anônimos que fazem o país ser tão fascinante. A única coisa que ainda me preocupa é a violência.

Quanto a voltar, eu já sondei o mercado algumas vezes, mas ainda não apareceu uma oferta tentadora o suficiente para trocar tudo e retornar ao Brasil. Quando aparecer, não tenho o mínimo problema em voltar ou ir para outro país de qualquer parte do globo. Sou meio nômade. Adoro minha casa aqui, mas não tenho apego a objetos, mobília, nada.

> Vídeo do Canal Londres: Marcio Delgado e os museus da Exhibition Road

Encontre Marcio Delgado

Site oficial

Twitter

Facebook

Futebol é turismo em Londres

Futebol é turismo em Londres
Emirates Stadium. Foto: Teun van Thiel, SXC.hu

A Inglaterra é o país do futebol. Pelo menos no que se refere ao turismo motivado pelo esporte. De acordo com o VisitBritain, 750 mil viajantes que visitaram o Reino Unido em 2010 assistiram a pelo menos uma partida de futebol. Com essa atividade, o faturamento gerado foi de 595 milhões de libras, o equivalente a 1,73 bilhão de reais.

– Não apenas os melhores jogadores de futebol do mundo querem jogar no Reino Unido, mas seus fãs de outros países querem segui-los para cá para curtir a atmosfera de uma partida – acredita a diretor de estratégias e comunicações do VisitBritain, Patricia Yates.

A Premier League é a mais assistida de todo o planeta. Quarenta por cento dos que assistiram a um jogo disseram que o futebol era o principal motivo da visita. Os top 7 estádios de futebol mais visitados por estrangeiros são: Old Trafford (Manchester, 114 mil pessoas), Anfield (Liverpool, 89 mil pessoas), Emirates Stadium (Londres, 88 mil pessoas), Stamford Bridge (Londres, 54 mil pessoas), White Hart Lane (Londres, 38 mil pessoas) e Wembley Stadium (Londres, 23 mil pessoas).

> Conheça nosso guia básico para visitar os estádios de Londres

Recorde de brasileiros em Londres em 2011

Recorde de brasileiros em Londres em 2011
Foto: Margaret Pietkiewicz-Price, SXC.hu

O Reino Unido já registra em 2011 número recorde de turistas brasileiros. Até setembro, 215 mil viajantes provenientes do Brasil desembarcaram em solo britânico.

A capital, Londres, constitui-se do destino preferido de 80% dos brasileiros. “O fato de a Olimpíada ser aqui no ano que vem e o casamento real ajudaram a atrair. Prova disso é que crescemos em número de turistas em relação aos concorrentes europeus, que também se aproveitaram do melhor momento brasileiro”, afirmou ao jornal Valor Econômico Robin Johnson, gerente da América Latina do Visit Britain, órgão responsável pelo turismo local.

> Mais notícias de Londres

A expectativa de Johnson é que a realização das Olimpíadas em 2012 seja responsável por um incremento ainda maior nesses números nos próximos anos. “Durante um breve período de tempo, o mundo inteiro olha para a cidade, para a cultura do país. Os jogos são uma plataforma para você mostrar e oferecer seus serviços. O Brasil também deve aproveitar essa oportunidade quando sediar o evento em 2016”, disse.

Por outro lado, de acordo com a Associação Europeia de Operadores de Turismo, responsável por 2 milhões de turistas em Londres a cada ano, a procura por pacotes e hospedagem durante as sete semanas das Olimpíadas e das Paraolimpíadas está em baixa. O interesse mundial pelo turismo na cidade durante esse período apresenta uma queda de 95% em relação a outros anos, segundo a associação. Será que os brasileiros seguirão essa tendência?

> Mais de 100 pontos turísticos

> Roteiros pela cidade

Passeio a pé: Notting Hill

Este é um roteiro a pé por Notting Hill, em Londres, uma área charmosa da cidade reconhecida principalmente pelo Notting Hill Carnival no feriado bancário de agosto, pelo filme do Hugh Grant e da Julia Roberts e pelo mercado de Portobello Road.

Foto: Gustavo Heldt, Mapa de Londres
Foto: Gustavo Heldt, Mapa de Londres

Passeio em Notting Hill

Melhor horário: entre 10h e 12h (no sábado, a feira funciona das 9h às 18h, mais ou menos). Aproveite para almoçar

Metrô: Notting Hill Gate (Central, District e Circle Lines)

A melhor ideia para conhecer Notting Hill é desembarcar na estação de Notting Hill Gate em uma manhã de sábado. Prepare-se, porém: trata-se do dia mais movimentado no local, já que é quando ganha pleno vigor a Portobello Market, uma das principais feiras de rua de Londres.

Percurso de 2 minutos

Como há saídas da estação dos dois lados da rua, olhe para a esquerda e para direita ao deixar a Notting Hill Gate station. Você avistará uma placa na qual se lê “Gate Cinema”. Siga nessa direção e passe do Gate Cinema para encontrar…


Ver mapa maior

coronet cinemaCoronet Cinema

No número 103 Notting Hill Gate, está o Coronet Cinema. É aqui que os personagens de Hugh Grant e Julia Roberts assistem a um filme de ficção científica juntos. Além da referência cinematográfica, o Coronet tem uma importância teatral e histórica. Foi inaugurado como um teatro vitoriano em 1898 e logo se tornou um dos teatros de maior prestígio no West End de Londres. Até o Rei Edward VII assistiu peças aqui.

Percurso de 7 minutos

Depois de encontrar o cinema, volte pelo mesmo caminho e dobre à esquerda na Pembridge Road. Siga reto e dobre à esquerda na Portobello Road. 


Ver mapa maior

Portobello Market

Foto: Mapa de Londres
Foto: Mapa de Londres
Foto: Mapa de Londres
Foto: Mapa de Londres
Foto: Mapa de Londres
Foto: Mapa de Londres
Foto: Mapa de Londres
Foto: Mapa de Londres

Na Portobello Road, você vai encontrar lojas de roupas, banquinhas com antiguidades, souvenirs diversos, peças vintage, fachadas coloridas e muitos turistas. Saiba mais sobre Portobello Market.

Percurso de 5 minutos

Dobre à esquerda em Blenheim Crescent, como mostra o mapa abaixo.


Ver mapa maior

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Books for Cooks

No número 4 da Blenheim Crescent, a livraria se destina aos amantes da culinária, e não apenas a cozinheiros profissionais. Nem a dona do lugar, Heidi Lascelles, era uma chef quando fundou a livraria, em 1983, quando a gastronomia britânica ainda não era levada a sério. O visitante logo percebe que está em uma livraria peculiar. Que aroma é esse? Ele vem dos fundos da livraria, mais especificamente da Test Kitchen, a cozinha de experimentação da livraria, que vende delícias de todos os tipos e sabores para os consumidores.

Reprodução, Google
Reprodução, Google

Livraria do filme

A bookshop do personagem de Hugh Grant foi inspirada em uma livraria de guias de viagem. Ela foi fechada em 2011, mas mudou de dono, reabriu e continua no mesmo lugar. A Notting Hill Bookshop fica no número 13-15. Observação: ela não foi utilizada como locação para o filme.

E depois...

Você pode voltar para Portobello Road e explorar a rua até o fim ou seguir o mesmo trajeto e dobrar a direita na Ladbroke Grove, principal via onde ocorre o Notting Hill Carnival, em agosto.

A parada final da caminhada pode ser a estação Ladbroke Grove (Circle, District e Hammersmith & City Line). Veja no mapa.

Mais Notting Hill

Mais fotos e informações sobre Notting Hill

Conheça o Portobello Market

E também

Mais roteiros em Londres

Outros pontos turísticos

Winter Wonderland no Hyde Park

O Winter Wonderland é um parque de diversões que se instala todo ano no meio do Hyde Park. Esta edição do evento, que se realiza de 23 de novembro de 2012 a 6 de janeiro de 2013, apresenta uma grande diversidade de atrações.

Winter Wonderland no Hyde Park
Fotos: Divulgação

Para entrar, você não paga nada. Dá para perambular à vontade pelas barraquinhas, espiar a vila do Papai Noel, comprar bugigangas natalinas e observar os turistas inaptos tropeçando e se batendo para ficar em pé na pista de patinação no gelo. Mas, para patinar, visitar a Vila do Papai Noel, andar de montanha-russa, passear na roda-gigante e se envolver diretamente na maioria das atividades, você terá de desembolsar um pouquinho.

Winter Wonderland no Hyde Park

Qual é a diferença desse para outros parques de diversão? A maior delas é que ele acontece no meio do Hyde Park, com um visual incrível. Além da localização, o Winter Wonderland ocorre sempre no inverno, com temática natalina, o que propicia a patinação  no gelo, o deslumbramento das criancinhas e um ou outro vislumbre da tão desejada neve de Natal.

Horários: 23 de novembro, das 17h às 22h. 24 de novembro a 6 de janeiro, das 10h às 22h. FECHADO no dia 25/12.

Onde: Hyde Park

Estações de metrô: Green Park, Marble Arch, Hyde Park Corner, Victoria

Ingressos 

Winter Wonderland no Hyde Park

Winter Wonderland no Hyde Park

Compre ingressos

Conheça todas as atrações

Vídeo

E também

> 9 pistas de patinação no gelo em Londres

> Top 20 atrações turísticas

O maior relógio de Londres

Responda rápido: qual é o maior relógio de Londres? Errado. Agora responda mais devagar (sabendo que o Big Ben não é um relógio, e sim um sino). Calma, a gente sabia que você não acertaria.

Apesar de ostentar um centésimo da popularidade do Palácio de Westminster, a Shell Mex House, que servia de quartel-general para a companhia petrolífera, no número 80 da Strand, abriga o maior relógio da capital britânica. O relógio da Shell Mex House mede 7,018 metros, enquanto aquele conhecido como Big Ben não passa de 6,9 metros. A diferença chega a ser quase irrelevante, mas aguça a curiosidade. Ainda mais quando se descobre que esses dois medidores de horas gigantescos não se enquadram nem no top 10 mundial.

> Mapa para achar o maior relógio de Londres

> Confira a lista dos maiores relógios do mundo

O maior relógio de Londres
Montagem com fotos de Leonardo Barbosa e David Jones

> Mais sobre o Big Ben

> Conheça o Palácio de Westminster

De Trafalgar Square para o Palácio de Buckingham

A primeira coisa que você deve perguntar ao ler que criamos um roteiro para caminhar de Trafalgar Square até o Palácio de Buckingham é: “Por que tantos passeios começam em Trafalgar Square?”. Existem três razões para isso: 1) É um ponto turístico que rende boas fotos, 2) É um lugar histórico e 3) É o Centro de Londres.

Neste roteiro, não vamos determinar horários nem tempos para cada uma das paradas. Melhor deixar que você decida isso ao longo do caminho. Portanto a rota apresentada neste post pode levar de 4 a 12 horas, dependendo do interesse e da pressa de cada um. Fique à vontade também para subverter a ordem dos passos, eliminar o que achar desinteressante e até sugerir outras possibilidades nos comentários lá em baixo.

Mapa do roteiro


View Caminhada de Trafalgar Square in a larger map

De cada parada, vamos destacar sua história, pontos para fotos e informações básicas. A maioria das fotos são, na verdade, reproduções do Google Street View, obtidas com o intuito de registrar o caminho como se a câmera fosse o próprio viajante.

Trafalgar Square

É a praça mais importante de Londres, pois dá guarida às principais manifestações e celebrações governamentais e populares, de protestos contra a Guerra no Iraque às comemorações de Ano-Novo. O nome, Trafalgar, advém da Batalha de Trafalgar, uma vitória britânica durante as guerras napoleônicas contra a França, em 1805.

De Trafalgar Square para o Palácio de Buckingham
O Almirante Nelson

O principal ponto da praça é a coluna do Almirante Nelson, ornada por quatro placas de bronze, extraído de armas capturadas dos franceses, em sua base, todas contando histórias de batalhas contra as forças napoleônicas. Nelson é protegido por quatro leões, extremamente indicados para a montaria, embora a iniciativa possa ser repelida.

De Trafalgar Square para o Palácio de Buckingham

> Mais sobre a Trafalgar Square

De Trafalgar Square para o Palácio de BuckinghamNational Gallery

Aquela cúpula que você avistou atrás da fonte é a National Gallery, que reúne algumas das mais belas pinturas do mundo. Mais de 2,3 mil telas estão expostas na coleção permanente do museu, que tem entrada gratuita.

Em uma galeria de arte, é melhor não deixar que os nomes orientem sua visita. Lá estão expostas pinturas de artistas do porte de Leonardo da Vinci, Botticelli, Caravaggio, Renoir, Monet, Van Gogh e Picasso. Mas talvez sua experiência seja mais agradável se você navegar livremente pelos espaços, parando diante das formas e cores que lhe agradarem e buscando mais informações sobre o que você viu.

> Como visitar a National Gallery

Charing Cross

Saindo da National Gallery, siga uma linha reta ao Sul, em direção ao cavalo de bronze, local original da Charing Cross (o centro da cidade). Ali você verá duas ruas, como na figura abaixo: a Mall, que o levará diretamente ao Palácio de Buckingham, e a Whitehall, que o conduzirá pelo caminho escolhido pelo Mapa de Londres.

De Trafalgar Square para o Palácio de Buckingham
Olha o Big Ben lá no fundo

Whitehall

Você está no território do antigo Palácio de Whitehall, residência oficial britânica de 1530 a 1698, até que um incêndio o destruiu quase completamente. Antes das chamas o consumirem, era o maior palácio da Europa, sobrepujando o Vaticano e Versalhes. Quase tudo o que você está vendo são prédios do governo, muitos deles belíssimos.

> Saiba mais sobre o Palácio de Whitehall

Scotland Yard

De Trafalgar Square para o Palácio de Buckingham
Great Scotland Yard

Quando você chegar à Great Scotland Yard, tire uma foto da plaquinha da rua. Foi devido a ela que a Metropolitan Police, a principal polícia de Londres e do Reino Unido, ficou conhecida como Scotland Yard. A corporação, no entanto, não fica mais instalada nesse local.

Banqueting House

De Trafalgar Square para o Palácio de Buckingham
Banqueting House

Siga pela Whitehall mais alguns passos. Depois da Horse Guards Parade, você avistará a última construção remanescente do Palácio de Whitehall, a Banqueting House. Foi ali em frente que o Rei Charles I foi executado, acusado de traição à pátria.

> Saiba como visitar a Banqueting House

10 Downing Street

Mais alguns passos, e você encontra a Downing Street, à direita. Ali, no número 10, reside o primeiro-ministro britânico. Após diversas tentativas de atentados, no entanto, a rua foi fechada. Mas dá para espiar e tirar umas fotos através do portão.

De Trafalgar Square para o Palácio de Buckingham
10 Downing Street

Você deve agora reprimir o instinto e dobrar à direita na Great George St. Olhe para trás agora: sim, o Big Ben está lá, sorridente, mas ele fará parte de outro passeio. Siga em frente e dobre à primeira à direita novamente, na Horse Guards Road.

> Mais sobre o 10 Downing Street

Churchill War Rooms

Olhe com cuidado à sua direita, pois uma entrada pequena esconde o Churchill War Cabinets, o gabinete de guerra do primeiro-ministro britânico durante a Segunda Guerra Mundial. Foi ali se traçou o plano do Dia D, determinante para a vitória aliada no conflito contra os nazistas. Vale a visita.

De Trafalgar Square para o Palácio de Buckingham
Churchill War Rooms: consegue achar?

> Saiba como visitar o gabinete de guerra de Churchill

> Perfil de Winston Churchill

St James’s Park

Siga na Horse Guards Road. À esquerda, você vê o St James’s Park, o mais antigo Parque Real de Londres. Pode entrar e perambular à vontade pelo verde deslumbrante do lugar.

De Trafalgar Square para o Palácio de Buckingham
St James's Park

> Saiba mais sobre o St James’s Park

Horse Guards Parade

Desde que você siga o caminho até a Horse Guards Parade. Dependendo do horário, você pode captar ali uma das Trocas da Guarda. Se não for a hora certa, não tem problema: normalmente, você encontra um ou outro guarda de sentinela, e sem grande concorrência pelo flash.

De Trafalgar Square para o Palácio de Buckingham
Horse Guards Parade

The Mall

De Trafalgar Square para o Palácio de Buckingham

Logo depois da parada, você chega à The Mall. Sabe o que é? A rota cerimonial de acesso ao Palácio de Buckingham. Antes de dobrar à esquerda e rumar para o palácio, olhe para a Admiralty Arch, à direita, construído em homenagem à Rainha Vitória.

De Trafalgar Square para o Palácio de Buckingham
The Mall conduz ao Palácio de Buckingham

A Mall é a rota utilizada pelas procissões de carruagens reais em dias de eventos oficiais. Ela apresenta essa coloração avermelhada a fim de parecer um tapete vermelho para a realeza. Ao longo da rota, são estendidas bandeiras do Reino Unido. Em domingos, ela é fechada para o tráfego de veículos.

Monumento para Victoria

O monumento que você enxerga ao se aproximar do Palácio de Buckingham se configura como uma homenagem à primeira Rainha a morar no local, Victoria, a soberana britânica que reinou por mais tempo.

De Trafalgar Square para o Palácio de Buckingham

Palácio de Buckingham

Um dos principais ícones de Londres, o Palácio de Buckingham é a residência oficial da realeza desde 1837. Antes de se converter em palácio real, era a mansão do Duque de Buckingham, construída em 1705.

De Trafalgar Square para o Palácio de Buckingham
Fachada do Palácio de Buckingham

Os visitantes podem se deslumbrar tirando fotos em frente ao palácio, conferir a Troca da Guarda e também visitar as salas de estado durante o verão.

> Mais sobre o Palácio de Buckingham

> Como visitar o palácio

> Acompanhe a Troca da Guarda

Onde estão os londrinos?

Ivan, o croata, recostado à parede, com os olhos cerrados, foi despertado pela pergunta em tom grave do professor Wayne: “Qual a primeira coisa que você lembra quando alguém fala do Irã?”.

em pestanejar, o aluno, cheio de espinhas no rosto e a face maculada de quem não dormira na noite anterior, disparou: “Guerra”.

Foi o suficiente para uma verdadeira batalha em sala de aula.

De frente para ele, na parede oposta, havia uma iraniana enfurecida com a ideia de que aquele croata não conseguisse imaginar nada mais agradável para falar de seu país.

“A última guerra foi há mais de uma década”, defendeu-se. Ao que foi auxiliada por uma coreana e uma mexicana, esta em espanhol mesmo.

Os japoneses, porém, ficaram ao lado do croata. Também o Irã lhes propiciava apenas imagens de bombas e tiros. Eu, brasileiro, pouco afeito àquelas discussões, me entreti com a tempestade de opiniões contrárias em um ambiente minutos antes dominado pela paz.

No caminho de volta para casa, na saída da estação de Queensway, quase tropecei em um homem que distribuía panfletos. Atrapalhado pela colisão potencial, agradeci em português: “Valeu”.

Ele respondeu: “De nada, parceiro”. Era brasileiro. E ao lado dele, notei a presença de outros brasileiros, todos falando em português.

“Vocês são de onde?” Um de Minas Gerais, outro de São Paulo e até uma conterrânea do Rio Grande do Sul. Logo me convidaram para sair mais tarde. Lamb & Flag, me disseram, um pub histórico em Covent Garden.

Onde estão os londrinos?
Foto: Christa Richert, SXC.hu

Como sou adepto do metrô, logo estava de volta ao trem. À minha frente, um casal de paquistaneses discutia a relação em altos brados. Ao meu lado, dois amigos de cabelo espetado conversavam em uma língua que parecia nórdica, mas poderia ser algo completamente diferente. Antes que eu observasse mais gente, já havia chegado à estação desejada.

O pub estava abarrotado de clientes. Encontrei os brasileiros muito tempo depois, em uma mesa no fundo. “Tá vendo a italiana do bar?”, perguntou o paulista. “Ela é nossa amiga e nos consegue cerveja de graça”. Já na terceira pint, depois de abrir espaço na mesa para um espanhol e um mexicano, eu perguntei para os convivas: “Mas e os londrinos, onde estão?”.

A resposta eu só descobri dias depois. Não há tantos londrinos (daqueles born and raised) quanto se espera em Londres, pelo menos nas áreas mais centrais. Aparentemente, os mais abastados se refugiam em regiões periféricas da cidade (ou em mansões requintadas de Mayfair e prédios altíssimos da City), afastados da correria alucinante e dos “invasores” brasileiros e indianos.

Por isso, não pense que você encontrará alguém falando como Hugh Grant ou Keira Knightley em cada esquina. Na maior parte das esquinas, embora as vozes mais altas tenham, sim, um sotaque fortíssimo, elas também apresentam um denso cheiro de curry.

> Mais crônicas

MAIS RECENTES