Dar gorjeta não é fácil, pois a prática varia conforme o país e a cidade. Por envolver dinheiro, a hora do tipping pode ser constrangedora caso não se conheça o padrão do lugar que se está visitando. Em Londres, a cultura da gorjeta não é tão forte quanto nos Estados Unidos, onde o garçom pode sair correndo atrás de quem não deu uma boa “tip”. Mesmo assim, na maioria dos estabelecimentos, paga-se um acréscimo de 10% a 15% na conta.
Veja como funciona a gorjeta em Londres:
Restaurantes
É habitual deixar entre 10% e 15% ao comer em restaurantes. Mas tome cuidado, pois muitos estabelecimentos adicionam um valor sugerido de service charge na conta. Em alguns lugares, você encontrará um aviso no menu especificando que a gorjeta é “optional” ou “suggested”. Nesse caso, ela não foi incluída na conta, e cabe a você acrescentar o montante no pagamento (em dinheiro ou cartão).
Atenção: Não se dá gorjeta em restaurantes fast food e em pedidos take away (para levar).
Bares e pubs
Normalmente, não se deixa gorjeta em pubs. Caso tenha apreciado o atendimento, você pode oferecer uma bebida para o bartender. Para isso, chegue até o balcão, peça uma cerveja para si e diga: “and one for yourself”. O bartender, então, pode pegar a cerveja dele na hora, deixar para depois ou embolsar o valor referente. Em bares, é comum que haja uma bandeja ou uma jarra específica para receber gorjetas. Preste atenção nos outros clientes ou pergunte diretamente para o garçom (não é feio).
Assim como restaurantes, os hotéis de Londres costumam incluir uma service charge, entre 10 e 12%. Se a gorjeta não estiver incluída na conta, dê entre 10% e 15%. Você também pode dar gorjeta para porteiros e carregadores, mas ela não é obrigatória. Uma ou duas moedas de 1 libra resolvem.
O mais educado é dar entre 10% e 15% do valor. Dependendo do preço final, também é possível dizer “keep the change” e deixar que o taxista fique com o troco, para poupar tempo.
O Jardim Botânico Real, mais conhecido como Kew Gardens, possui a maior coleção de plantas vivas do mundo. Localizado entre Kew e Richmond, em Londres, o lugar ocupa mais de 120 hectares com suas belezas naturais.
A organização responsável pela manutenção do jardim emprega mais de 650 funcionários, entre cientistas e outros membros da equipe, a fim de zelar pelos mais de 30 mil tipos diferentes de plantas e pelo herbário, um dos maiores do planeta.
Visitando Kew Gardens
Endereço: Royal Botanic Gardens, Kew, Richmond, Surrey TW9 3AB, United Kingdom
Estação de metrô: Kew Gardens Station (District Line, zona 3)
Horários: O parque abre diariamente às 9h30. Os horários de fechamento variam conforme a estação: confira
Ingresso: Adulto: 14,00 / Criança de 4 a 16 anos: 2,50 libras / 0 a 3 anos: gratuito
Destaques do Jardim Botânico Real
Veja algumas das principais atrações deste imenso parque:
Herbário
O herbário de Kew abriga mais de 7 milhões de espécimes, objetos de estudo taxonômicos. Dentro, o visitante passeia pela reprodução de diversos climas diferentes, que variam de acordo com as plantas.
No sudeste do Kew Gardens, encontra-se a Pagoda. No estilo arquitetônico chinês, o prédio tem 10 andares octagonais, cada um oferecendo uma bela vista do parque. A escada, com 253 andares, fica no centro da construção.
Treetop Walkway
Inaugurada em 2008, a passarela tem 18 metros de altura e 200 metros de comprimento. Subindo as escadas e perambulando pela walkway, o visitante pode realizar um passeio diferente. Em vez de olhar para cima mirando as árvores, ele olha para frente, para os lados e para baixo, já que o piso é feito de metal perfurado.
Palm House
É considerada a mais importante estrutura sobrevivente da era vitoriana feita de vidro e ferro. Trata-se, por sua beleza, de uma das construções mais famosas do Kew Gardens. Dentro, uma passarela possibilita uma boa observação das palmeiras.
Kew Palace
No suburbio londrino, na região de Kew, encontra-se a terceira construção de um mesmo palácio, o Kew Palace. A construção e seus jardins estão abertos à visitação diariamente. O atual palácio tem proporções moderadas perto dos grandes palácios reais. A Rainha Vitória, quando ascendeu ao trono em 1837, deu a maior parte dos grandes jardins do palácio à nação e conservou apenas uma pequena casa de veraneio e um jardim para a Família Real.
Há um número incrível de igrejas em Londres. Para se ter uma ideia: antes do Grande Incêndio de 1666, a City of London, o distrito financeiro (conhecido como Square Mile por seu tamanho), possuía aproximadamente 100 igrejas em seu território.
Das 86 destruídas pelo fogo, 51 foram reconstruídas, a maioria por arquitetos associados de Christopher Wren, o criador do desenho da St Paul’s Cathedral.
Entre as catedrais, paróquias e abadias da capital britânica, muitas têm histórias bastante interessantes (da reconstrução após o Grande Incêndio, dos bombardeios na Segunda Guerra Mundial, das aparições fantasmagóricas, etc).
O Mapa de Londres selecionou 5. Confira e clique para saber mais:
Arquitetada por Christopher Wren, a catedral é a sede do Bispo Londres e um ponto turístico de grande circulação. Aqui o Príncipe Charles casou-se com a princesa Diana em 1981. Sua cúpula é a segunda maior do mundo, ficando atrás apenas da Basílica de São Pedro, no Vaticano. Saiba mais.
A Abadia é uma das construções mais importantes, imponentes e turísticas do Reino Unido. Arquitetada em estilo gótico, é famosa mundialmente por ser o local de coroação da monarquia. Em 2011, casaram-se aqui o Príncipe William e Katherine Middleton. Saiba mais.
All Hallows By The Tower é a igreja mais antiga de Londres. Funciona até hoje não só como local de fé, mas também de resgate das raízes britânicas, pois ruínas de uma antiga construção dos romanos, primeiros habitantes da cidade, foram encontradas na cripta. Saiba mais.
Temple Church, em Londres. Foto: iStock, Getty Images
A Temple Church tem grande importância histórica em Londres, pois foi construída pela Ordem dos Templários no século 12, para abrigar os Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão. Atualmente, duas Inss of Court a utilizam. Saiba mais.
Embora não faça parte dos roteiros turísticos tradicionais de Londres, St Martin-in-the-Fields é uma das igrejas mais visitadas de Londres, devido, principalmente, a sua localização, na Trafalgar Square. Aproveite para tomar um café na cripta. Saiba mais.
Muitos turistas ficam confusos com a quantidade de informações divergentes sobre a Troca da Guarda em Londres. Isso porque existe, na verdade, mais de uma troca da guarda.
Como assim, “mais de uma Troca da Guarda”?
Troca da guarda é a cerimônia da substituição dos guardas que protegem os palácios reais. Existem dois tipos de guarda da Rainha: o Queen’s Guard e o Queen’s Life Guard. Os primeiros estabelecem a segurança dos Palácios de St. James, Buckingham, Windsor e da Torre de Londres. Os segundos postam-se à frente da Horse Guards, a entrada oficial para o Buckingham Palace e o St. James’s Palace, ao lado do The Mall.
As cerimônias da Troca da Guarda em Londres
O visitante pode assistir a três cerimônias diferentes de troca da guarda: uma em frente ao Palácio de Buckinham, uma na Horse Guards Parade e uma no Castelo de Windsor.
Troca da Guarda no Palácio de Buckingham
Ficar colado no portão do Palácio de Buckingham não é uma boa ideia. Foto: Mapa de Londres
Esta é a cerimônia mais famosa de Troca da Guarda. Você verá os Old Queen’s Guards (da infantaria, que não montam cavalos) entregando as chaves do Palácio de Buckingham para os New Queen’s Guards.
Situando
O Palácio de Buckingham e o St. James’s Palace localizam-se muito próximos um do outro. Eles são conectados pela The Mall, a rota cerimonial. Os guardas que protegem o Palácio de Buckingham e o St. James’s Palace, os Queen’s Guards, utilizam esse caminho durante a cerimônia.
Guardas da Rainha. Foto: Shutterstock
Identificando os guardas
Os Guardas da Rainha vestem chapéu preto, túnica vermelha, luvas brancas e calça preta. O chapéu é chamado de bearskin e é utilizado em exércitos de diversas nações. O dos Queen’s Guards é feito de pele de urso, mede quase meio metro de altura e pesa 680 gramas. Mas, quando os Guardas da Rainha estão a serviço em outros lugares, diferentes batalhões podem assumir a função. Por isso, você pode ver guardas vestindo outro uniforme durante o evento.
O que acontece
O destacamento do Palácio de St. James, guiado normalmente por uma banda de baterias, marcha ao longo do Mall em direção ao Buckingham Palace. Enquanto isso, os guardas do Buckingham Palace se alinham para receber os colegas.
Esses dois destacamentos são chamados de Old Guards, pois estão prestes a ser substituídos. Os New Guards então são inspecionados na Wellington Barracks, ali ao lado. Ao redor dos guardas, a banda forma um círculo e começa a tocar.
Os New Guards então se enfileiram e marcham em direção aos Old Guards, em frente ao Palácio de Buckingham, ao som da bateria. Quando se encontram, os Old Guards apresentam as armas, e os New Guards fazem o mesmo. Por fim, as chaves do Palácio são passadas dos Old para os New Guards, e os Old Guards marcham em retirada.
Música na cerimônia
Muitos turistas se surpreendem com a música tocada pela banda, pois não se escutam apenas marchas militares. Dependendo da inspiração dos soldados, canções de filmes, musicais e até das paradas mais pops são executadas.
Quando ocorre a Troca da Guarda
A cerimônia ocorre sempre às 11h30 (mas é melhor chegar com uma hora de antecedência!). Acontece diariamente de abril a julho e em dias alternados no restante do ano.
Chegue cedo e se posicione em frente ao Victoria Memorial, monumento em homenagem à Rainha Victoria. Assim, você terá uma excelente visão de boa parte da cerimônia. Para a parte final, que ocorre dentro do Palácio, você terá de se contentar em observar a uma distância maior.
Em frente ao memorial da Rainha Victoria, é possível ter uma boa visão. Foto: Mapa de Londres
Wellington Barracks
As Wellington Barracks são quartéis convenientemente localizados a menos de 300 metros do Palácio de Buckingham. Os batalhões ficam à disposição da Rainha para qualquer emergência. Na frente das Wellington Barracks, ocorre a inspeção dos New Guards, que substituem os Old Guards em frente ao palácio.
The Mall
É uma rota cerimonial criada no início do século 20 para servir de caminho para a Rainha em grandes cerimônias e na recepção de chefes de estado. Nessas ocasiões, são hasteadas bandeiras do Reino Unido de ambos os lados da rua, que é fechada para o tráfego normal em feriados, domingos e eventos especiais da Realeza.
Esta cerimônia tem duração de meia hora, aproximadamente, e envolve os Queen’s Life Guards (da cavalaria). A guarda montada fica em frente à Horse Guards, a entrada oficial para os palácios de Buckingham e de St. James. Para chegar lá, siga a The Mall em direção à Trafalgar Square e depois entre à direita na Horse Guards Road.
A cerimônia é parecida com a outra, em escala menor. A presença ou ausência da Rainha em Londres define o número de guardas. Na Long Guard, quando a Rainha está em Londres, há música e um número maior de guardas. Na Short Guard, o número de guardas é reduzido e não se ouve as trombetas costumeiras.
Os novos guardas deixam o quartel de Hyde Park às 10h28 em dias de semana (9h28 no domingo) e cavalgam até a Horse Guards Parade, através do Hyde Park Corner, Constitution Hill e o Mall.
Quando ocorre
De segunda a sábado, às 11h. No domingo, às 10h.
Troca da Guarda no Castelo de Windsor
Foto: Mapa de Londres
Segue o modelo da Troca da Guarda do Palácio de Buckingham, com a troca dos Queen’s Guards (infantaria, sem cavalo). Às 10h40, os New Guards marcham do quartel de Victoria, passam pelo castelo e dobram no Castle Hill, onde os Old Guads esperam, alinhados. Enquanto a banda toca, o capitão dos Old Guards entrega a chave do Castelo de Windsor para o capitão dos New Guards. Os novos sentinelas ficam a postos, ordens são proferidas, e os Old Guards retornam para o quartel.
O Imperial War Museu tem uma coleção incrível com objetos, materiais e informações dos conflitos bélicos nos quais se envolveu a Grã-Bretanha e as antigas colônias do Império nos séculos 20 e 21. O manancial se divide em cinco museus diferentes. Três deles se localizam em Londres: o Imperial War Museum, o Churchill War Rooms e o HMS Belfast.
É o primeiro Museu Imperial britânico. Foi criado em 1917 para lembrar os mortos e as batalhas da Primeira Guerra Mundial. Com o tempo, passou a englobar todos os outros esforços belicosos do Reino Unido. Possui uma exibição especial do holocausto, com muitos recursos, fotos, imagens e informações. Saiba mais.
Conheça o gabinete de guerra que o Primeiro-Ministro do Reino Unido usou para comandar as operações para barrar as investidas nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. Depoimentos de ex-funcionárias retratam o ambiente de absoluta tensão, com fumaça de cigarro, mapas e gritos por todo lado. Saiba mais.
Um dos navios mais poderosos da Frota Real foi transformado em museu. Dentro do Belfast, o visitante conhece o dia-a-dia e as experiências dos marinheiros que viviam e trabalhavam em uma das embarcações mais importantes da Segunda Guerra e da Guerra da Coreia. Saiba mais.
O HMS Belfast é um antigo navio da Marinha Real que foi transformado em museu para contar a história de suas aventuras como uma das embarcações de combate mais poderosas durante a Segunda Guerra Mundial. Ancorado permanentemente no south bank do Rio Tâmisa, em Londres, o passeio mostra ao visitante como viviam os marinheiros e como funcionavam as engrenagens, o maquinário e a sala de operações durante as batalhas.
Horários: Março a outubro – Diariamente, das 10h às 18h (entrada até as 17h). Novembro a fevereiro – Diariamente, das 10 às 17h (última entrada às 16h). Fechado nos dias 24, 25 e 26 de dezembro.
Ingresso: Adulto: 14,50 libras / Criança de 5 a 15: 7,25/ Criança (menor de 5): gratuito
O HMS Belfast vale mais para quem tem um interesse específico na história deste navio de guerra ou para quem possui o London Pass (que dá entrada gratuita nesta atração). Isso porque o Churchill War Rooms (entrada paga) e o Imperial War Museum (ingresso gratuito), os outros dois museus imperiais de guerra de Londres, abrangem um espectro mais amplo da Segunda Guerra e de outros combates empreendidos por britânicos. De qualquer forma, se você tiver tempo e interesse, trata-se de uma visita bem informativa e didática. O audio guide, gratuito, é essencial para mergulhar nessa história.
O que verei?
Onze decks podem ser visitados pelos turistas. O passeio se divide em três etapas: Vida a Bordo, Funcionamento Interno e Estações de Comando. Ao fim, dá para ter uma boa ideia do dia-a-dia no navio, da estrutura mecânica e, principalmente, das ações na sala de operações, com a interatividade necessária para transportar o visitante à batalha.
É bom usar o guia em áudio, gratuito, que o staff oferece na entrada. Além de explicações históricas, marinheiros de verdade, que trabalharam e viveram no navio, narram episódios bem interessantes do Belfast.
Em 1944. Foto: Divulgação
Guerras
O HMS Belfast participou ativamente da Segunda Guerra Mundial, entre 1939 e 1945, e da Guerra da Coreia, entre 1950 e 1952. No Dia D, o navio foi utilizado na Operação Overlord, que desembarcou milhares de combatentes aliados na Normandia, no Noroeste da França, em 1944. Esse foi um dos momentos que determinou a virada da guerra e a futura rendição nazista, em 1945. Depois do período de batalhas, o barco passou a exercer funções de proteção ao Reino Unido até a sua aposentadoria, em 1963.
HMS?
O HMS Belfast é um dos três Museus Imperiais da Guerra em Londres. Os outros são o Churchill War Rooms e o Imperial War Museum. Todos navios pertencentes à Marinha Real tinham o nome precedido pelo HMS. A sigla significa Her Majesty’s Ship.
Nas ruas de Londres, não são só as mulheres que se vestem bem. Os homens também investem no vestuário, seja em ternos, sobretudos, cachecóis, toucas, óculos escuros, sobreposições e todas as variações interessantes possibilitadas por uma das capitais fashion mais vanguardistas do mundo.
Para o início das compras, pegue um metrô até Oxford Circus. Tudo começa aqui.
Esta é a melhor opção para homens que buscam roupas e artigos esportivos em Londres. A rede Sports Direct, que tem lojas espalhadas por toda a cidade, oferece preços baixos para marcas como Adidas, Nike, Puma, Dunlop, Umbro, Asics, Reebok, entre outras.
Uma das opções bacanas para comprar roupas com estilo sem grande atentado ao bolso é a H&M. Essa famosa loja tem um ótimo senso estético e muitas opções para homens. Talvez seja a mais barata loja desse tipo, com a exceção óbvia da Primark.
Endereço: 360-366 Oxford Street, W1N 9HA, London
Horários: Segunda a sábado, das 9h às 21h. Domingo, das 12h às 18h.
A Primark é, sem dúvida, a alternativa mais acessível. O grande problema da loja são as filas gigantescas e a ânsia das consumidoras atrás dos descontos e das promoções oferecidas. A seção masculina é grande e variada, mas a busca pode ser bastante árdua. Não espere encontrar nada muito revolucionário na seção masculina. A maior parte é básica e vale a pena pelo preço. Resta saber se as liquidações compensarão o tumulto na hora de comprar.
Quem pode gastar um pouco mais tem a opção de passar na TopMan, da Topshop, na Oxford Street. Eles têm dois andares só de roupas masculinas. As peças são impecáveis, bem fashion e extremamente british.
Endereço: 36-38 Great Castle StreetOxford CircusWest EndW1W 8LG
Horários: Segunda a sábado, das 9h às 21h, com exceção da quinta, quando a loja fica aberta até as 22h. Domingo, das 11h30 às 18h.
Uma das mais elegantes lojas de departamento de Londres, a Liberty possui uma abrangente e interessante seção de roupa masculina. Só que, assim como a Ted Baker, o preço tende a assustar um pouquinho o bolso brasileiro, acostumado com o real.
Endereço: 210-220 Regent Street, Soho, London W1B 5AH, United Kingdom
Horários: Segunda a sábado, das 10h às 21h. Domingo, das 12h às 18h.
É difícil acreditar que um dos personagens mais famosos de Londres nunca existiu de fato. Muitos ainda enviam correspondência para Sherlock Holmes na 221b de Baker Street, na esperança de que ele acorra ao chamado ao lado de seu fiel amigo e colega, o Dr. Watson. A resposta às missivas, porém, não advêm do punho do detetive ou do médico. No endereço, situa-se hoje um museu em homenagem à memória e à obra mais rematada do escritor Sir Arthur Conan Doyle.
A primeira vez que Sherlock Holmes caminhou pelas ruas de Londres com capa e chapéu e utilizou a lógica para resolver casos dificílimos foi em 1887, em Um Estudo em Vermelho. Seguiram-se 56 contos e três romances, a maioria publicada a partir de 1891 na revista Strand, a propulsora da fama do personagem.
As histórias do detetive são narradas, quase todas, pelo médico e colega de apartamento Dr. John H. Watson, que assume a tarefa de biógrafo. Duas delas, no entanto, são contadas a partir da perspectiva de Holmes, e duas, de forma onisciente.
No cinema
De acordo com o Guinness Book, Sherlock Holmes é o personagem mais retratado no cinema. 75 atores já o interpretaram em mais de 200 filmes.
Assistir a filmes de Sherlock Holmes pode ser uma maneira interessante de ver reproduções da bela Londres Vitoriana. O mais recente longa com o personagem, contudo, estrelando Robert Downey Jr. e Jude Law, pode oferecer algum contraste para o leitor habituado a um detetive amparado em métodos científicos e pouco afeito ao embate físico.
Do lado de fora da estação de Baker Street, uma estátua de bronze de Sherlock Holmes serve para fotos divertidas dos turistas. Há uma estátua parecida em Birmingham, terra natal de Arthur Conan Doyle.
Elementar, meu caro Watson
Ao contrário do que se imagina, a frase “Elementary, my dear Watson” ( “Elementar, meu caro Watson”) nunca foi proferida por Holmes nas 60 histórias criadas por Sir Arthur Conan Doyle. Após suas deduções baseadas na lógica, o detetive costuma exclamar “Elementar” diante de um incrédulo Watson. Ele também chama o amigo de “My dear Watson” (“Meu caro Watson”) com frequência. Mas nunca utiliza os dois fragmentos na mesma frase. Essa invenção pode ser creditada ao filme The Return of Sherlock Holmes, de 1929.
Foto: Divulgação
O museu
Com o violino no colo, Sherlock Holmes escuta a narrativa de seu interlocutor , tira o cachimbo da boca e afirma: “Elementar”. Mas, antes que o detetive possa elucidar a questão de Watson, ouve-se uma batida na porta. Decerto o inspetor de polícia Lestrade ou um turista interessado no Museu de Sherlock Holmes, que recria com riqueza de detalhes o apartamento 221b da Baker Street.
Armas diferentes tomaram as ruas de Londres nas primeiras horas da manhã desta terça-feira. Munido de vassouras, um exército de voluntários, a maioria cooptada pelo Twitter, se organizou em grandes grupos para apagar os rastros do caos provocado por três dias de protestos, tumultos e vandalismo na capital britânica.
Para promover o movimento de limpeza, foi criado o perfil Clean Up London . Através dele e do site, foram divulgados horários e locais para os voluntários se reunirem e começarem o trabalho exaustivo, que deve demorar alguns dias para terminar. E a ideia deu certo: centenas de londrinos desceram das estações de metrô com vassouras, panos, cestos de lixo e luvas para consertar a cidade. No início da noite desta terça, o perfil já contava com quase 80 mil seguidores e anunciava: “Muito cuidado com as limpezas noturnas”.
Um movimento paralelo da comunidade é o CatchaLooter, algo como PegaLadrão. A ideia é identifcar o maior número possível de ladrões que resolveram aproveitar a anarquia para furtar e roubar estabelecimentos comerciais de Londres.
Para isso, basta mandar uma foto, com descrição do local onde ela foi tirada, para o endereço CatchALooter@gmail.com. Todas as imagens são publicadas no site do movimento. Depois, serão agrupadas e enviadas para a polícia, que já prometeu tomar as medidas necessárias para encontrar, processar e prender os contraventores.
O prefeito de Londres, Boris Johnson, antecipou o retorno das férias após os tumultos dos últimos dias e retomou os trabalhos na capital britânica nesta terça-feira.
Em comunicado enviado à imprensa, Johnson lamentou os episódios de violência. Enquanto esperava o avião do Canadá para a Inglaterra, o prefeito se sentiu envergonhado ao assistir às imagens da revolta pela televisão e pediu aos revoltosos: “Essa loucura precisa parar”.
De acordo com o prefeito, são relevantes todas as questões a respeito da motivação dos jovens que depredaram a cidade e da culpa e omissão da polícia em alguns casos. Por isso, a prefeitura investigará a questão a fundo, a fim de responsabilizar os culpados e reparar os problemas detectados.
Entre as medidas prometidas, estão a instrução mais adequada a menores de 11 anos, o recrutamento de mais voluntários para ajudar as crianças na escola, o aumento do número de bolsas de estudo e a aceleração dos investimentos já previstos para as áreas de Tottenham e Croydon.
Confira trechos traduzidos do texto:
Eu me senti envergonhado – envergonhado pelas ações de uma pequena mas significante minoria dos nossos companheiros londrinos, e pelo estrago que eles provocaram em sua perspectiva econômica e na imagem de Londres ao redor do mundo.
Em menos de 12 meses, nós vamos receber o mundo nos Jogos Olímpicos de verão na maior cidade do planeta – e até lá nós todo precisamos esperar que olharemos para trás e veremos esses eventos como um pesadelo.
Para todos aqueles que sofreram a destruição de sua propriedade, e para todos aqueles que ficaram apavorados pelos tumultos da juventude, eu posso apenas dizer o quanto peço desculpas pelas perdas sofridas.
Junto com colegas hoje estarei presente nas áreas mais afetadas para conversar com os residentes. Terei uma mensagem primordial: que Londres pode e precisa dar a volta por cima.
Nós vamos consertar cada loja. Nós vamos reconstruir toda área afetada. Nós vamos acelerar os investimentos já em curso para estimular o crescimento em lugares como Croydon e Tottenham.
Acima de tudo, nós precisamos reconstruir a confiança entre a população e a polícia. Imenso progresso já foi feito nos últimos 10 anos, porém mais precisa ser feito, especialmente na contratação de agentes policiais de minorias étnicas.
Nós podemos progredir, e nós podemos consertar todo o dano que foi causado em casa e fora de casa. Mas primiro essa loucura precisa parar.
