Quanto mais se anda em Londres, mais se encontra a Trafalgar Square. Ela é o centro da capital britânica. E no centro da praça, o Almirante Nelson, do alto de uma coluna de 50 metros, observa a cidade inteira, altivo – ou medroso, dependendo da interpretação, a uma distância segura dos quatro leões de bronze lá em baixo.
Leões protegem o Almirante Nelson, lá no alto. Foto: Mapa de Londres
Texto errado? Veja mais fotos e informações sobre a Trafalgar Square
Incentivado por algumas pints de Guinness, eu me encontrava em cima de um desses leões. Dali, apontava a câmera para lá e para cá, apurava os ouvidos para registrar os sons do ambiente – porque os leões estavam quietos – e tentava lembrar se o alpinismo ali ainda era permitido por lei.
Como minha posição e meu estado de consciência não favoreciam as fotos, me concentrei mais em observar. A minha frente, bem adiante, estava o Big Ben. Atrás de mim, lá no fundo, a National Gallery ainda iluminada pelas luzes da praça. Na rua, o movimento icônico de Londres: ônibus vermelhos, táxis pretos e noivas em despedida de solteiro abanando para fora de limusines lotadas de inglesas muito belas – mas pouco assíduas ao dentista.
Mais ou menos essa a visão. Foto: Mapa de Londres
Ao meu redor, turistas tiravam fotos. Não me surpreendi. Turistas, ansiosos por lembranças, estão sempre tirando foto, mesmo às 22h30 de uma quarta-feira. E não eram poucos, a julgar pelos flashes, oriundos de diversos pontos da praça. As poses variavam: braços para o alto, caretas bizarras, sinais de positivo. Os idiomas falados eram o italiano, o espanhol e um terceiro, categorizado temporariamente como indiano.
Só me surpreendi com um desses turistas. Falava essa língua não identificada e era o responsável por uma pose inédita. Digamos assim: sessenta anos, poucos cabelos, todos brancos, nariz comprido e calças quadriculadas, acompanhado por duas garotas mais jovens e mais atentas à moda. Na hora do clique fotográfico, esse senhor sempre colocava a mão no topo da cabeça antes de sorrir para a câmera, mesmo quando estava ladeado por uma das belas morenas. Um mistério. Talvez lhe tivessem sugerido que tapar a cabeça com a mão fosse uma opção razoável para disfarçar a calvície. Não parecia bêbado – só estranho.
O alpinismo de leões ainda não é ilegal. Foto: Mapa de Londres
Depois de umas cinco fotos, esse grupo do idioma impraticável chegou perto de mim. Uma das morenas tirou uma foto. Eu abanei. Ela perguntou alguma coisa. Acho que era uma tentativa de inglês, mas não tenho certeza. Quando ela me apontou a câmera novamente, coloquei a mão na cabeça e sorri, em homenagem ao senhor estranho. Mas devo ter errado na pose. Ele riu, falou uma porção de coisas incompreensíveis e se afastou. As morenas o seguiram.
O Palácio de Westminster, o primeiro palácio real da Inglaterra, foi construído no século 11, no mesmo local onde se encontra hoje. Diversas remodelações, no entanto, foram necessárias ao longo de sua história.
Desde o século 13, o Palácio de Westminster abriga as sessões do Parlamento. Em 1512, um incêndio acarretou a primeira mudança de feições. Em 1834, outro incêndio, ainda maior, poupou apenas alguns elementos da construção.
Iniciadas em 1840, as obras do atual palácio, projetado pelos arquitetos Charles Barry e Augustus Pugin, duraram 30 anos e incorporaram o que sobrou da antiga construção – como o Westminster Hall, erguido em 1097.
Com a nova arquitetura, o palácio tornou-se um dos principais representantes do estilo neogótico, muito em voga nessa época (assim como as intervenções de revivalismo medieval na Torre de Londres), devido a sua imponente e harmoniosa arquitetura.
Foto: Mapa de Londres
Foto: Mapa de Londres
Das suas três principais torres, a Elizabeth Tower tornou-se a mais conhecida por abrigar, desde 1859, um relógio e cinco sinos, dentre os quais o Big Ben, que anuncia as horas. Hoje a torre inteira é conhecida por esse apelido.
No interior do Palácio de Westminster, os trabalhos seguiram ao longo do século 20, e reparos foram realizados após danos sofridos durante a Segunda Grande Guerra. Em 1987, foi classificado como patrimônio histórico mundial pela Unesco.
Flávio F. Moreira, 29 anos, é formado pela Belas Artes de São Paulo. Tem pós-graduação em Patrimônio Urbano e embarcou da capital paulista para a capital britânica em dezembro de 2012.
O London Pass é um passe que concede entrada gratuita em dezenas de atrações de Londres e ingresso sem fila para alguns dos pontos turísticos mais concorridos. Parece ótimo, né? Mas nem sempre o London Pass vale a pena. Neste post, vamos explicar por que você deve planejar muito bem o seu roteiro antes de decidir se faz essa compra ou adquire os ingressos na loja da VisitBritain, o órgão oficial de turismo da Grã-Bretanha.
O que o London Pass oferece
Ingresso para a Torre de Londres está incluso no London Pass. Foto: Mapa de Londres
O London Pass oferece entrada gratuita em muitas atrações de Londres. Abaixo, confira algumas das atrações mais caras pelas quais você não precisaria pagar individualmente se adquirisse o passe:
A lista completa de atrações cobertas pelo London Pass você encontra neste link.
Além da entrada nessas atrações, o passe permite que você não pare na fila na Torre de Londres, sempre muito concorrida.
Quanto custa o London Pass
O passe, tipo um cartão com chip, é comercializado com duração pré-determinada:
1 dia (Adulto: 59,00 / Criança: 39,00)
2 dias (Adulto: 79,00 / Criança: 59,00)
3 dias (Adulto: 85,50 / Criança: 59,40)
6 dias (Adulto: 109, 65 / Criança: 75,65).
O que o London Pass não oferece
O London Pass não cobre algumas das mais caras atrações de Londres, como o museu de cera Madame Tussauds, a London Eye, a London Dungeon, Aquário de Londres, St Paul’s Cathedral e tour pelos estúdios do Harry Potter.
Como funciona o passe turístico
Durante o período estabelecido, o cartão possibilita a visita a quaisquer dos pontos turísticos anunciados – e alguns deles sem fila. Além dessa facilidade, o London Pass ainda oferece desconto em restaurantes e bares conveniados e a opção de comprar, juntamente ao passe, um cartão de transporte.
Período de validade
Vamos a um exemplo. Se você comprou o passe de um dia, você pode entrar em qualquer uma das atrações durante o dia inteiro. Nesse caso, quanto mais atrações caras você visitar no dia, mais vai valer a pena. É importante lembrar que muitas atrações anunciadas se localizam distantes umas das outras, ou seja, você precisa considerar o tempo de deslocamento entre elas ao planejar quantas encaixar em um único dia.
Além disso, não esqueça: o dia é o do calendário (segunda-feira, por exemplo), e não um período de 24 horas seguidas. Se você começar a usar o cartão de um dia na tarde de uma quarta-feira, não poderá utilizá-lo na quinta.
London Pass no smartphone
Em vez de coletar o passe ou esperar a entrega no Brasil, é muito mais fácil baixar o aplicativo do London Pass e utilizá-lo no celular. Assim, o passe será ativado ao passar na primeira atração em Londres, que lerá o código QR para detectar a validade do London Pass.
Quando o London Pass vale a pena
Você nem sempre vai economizar comprando o cartão, já que muitos pontos turísticos de Londres podem ser visitados gratuitamente – e algumas das atrações caras não são cobertas, como já mencionamos.
Por isso, para saber se vai valer a pena financeiramente, você precisa definir quais atrações farão parte do seu roteiro. Se ele estiver cheio de museus, o passe pode não fazer tanto sentido, porque a maioria tem entrada gratuita em Londres.
E não são apenas os museus que têm ingresso grátis na cidade. Duvida? Então confira algumas das opções:
Todos os Parques Reais de Londres
Museu Britânico
Imperial War Museum
Museu de Londres
National Gallery
Museu de História Natural
Science Museum
Tate Britain
Tate Modern
Victoria & Albert Museum.
Dito isso, é importante lembrar que o London Pass pode ser útil mesmo não seja tão vantajoso financeiramente. Isso porque é extremamente prático ter um passe apenas para quase todas as atrações pagas de Londres.
Compro ou não compro?
Financeiramente, como desvendar se valerá a pena? Simples. Abaixo, estão dois links, um com todas as atrações oferecidas pelo London Pass e outro com os preços das principais atrações turísticas da cidade. Depois de ter seu roteiro em mãos, é só somar os valores individuais de cada atração desejada e comparar com o custo do passe.
Lembre-se: 1) Há que se considerar no mínimo 2 horas por atração e não esquecer do tempo de deslocamento; 2) Em algumas atrações pagas, crianças menores de 4 ou 5 anos entram de graça mesmo sem o passe.
E aí, gostou das dicas para decidir se vale a pena comprar o London Pass? Se você já usou o passe, deixe um comentário e compartilhe sua experiência com os outros leitores.
Londres seria o próximo alvo. Após ataques na Espanha, a Al-Qaeda direcionaria sua atenção ao objetivo número 1 na listinha terrorista: Londres. Esse era o alerta dos especialistas, pelo menos. Todos deviam ficar atentos a mochilas desatendidas, pacotes suspeitos e barbas extravagantes.
Para o clima de medo, colaboravam as notícias diárias de que estações de metrô haviam sido evacuadas, trajetos de ônibus podiam ser alterados e aeroportos seriam preenchidos por policiais à paisana, militares munidos de armas pesadas e cães plenamente atendidos por oficiais em busca de qualquer odor iminente de destruição.
Alguns alarmistas recomendavam que não se saísse de casa, e outros, que não se usasse o transporte público. Eu fazia as duas coisas. Enquanto essa aura de apreensão recobria a cidade, eu me aventurava pelo underground.
Até que, em uma sexta-feira, após a aula de inglês, minha admiração pelo tube foi suspensa subitamente. E com ela, o próprio trem, que parou sem aviso, entre as estações Bank e Liverpool Street. A parada brusca não gerou angústia tão grande assim. Na verdade, estas linhas se devem ao que aconteceu logo após o trem parar: todas as luzes foram desligadas, e uma voz anunciou: este trem permanecerá aqui por tempo indeterminado.
O aviso era sucinto – e amedrontador. Em um período menos tumultuado, um trem parado poderia ser explicado por uma simples falha no sistema elétrico do underground mais antigo do mundo, por uma confluência desarrazoada de trens em um pequeno espaço ou, na pior hipótese, por um suicida estirado sobre os trilhos. Naquele momento, no entanto, ninguém imaginou esse tipo brando de empecilho: tinha uma bomba na estação seguinte, e nos fizeram parar aqui antes que ela exploda.
Entre murmúrios preocupados e gritos de crianças, que, suspeito, captaram o desespero silencioso dos passageiros adultos, a principal questão que se imiscuía na imaginação de cada um ali era de que estávamos perto demais da estação seguinte. Aquela, lembra? Que seria destruída minutos depois por uma bomba terrorista.
O incauto pode achar exagero. Mas ao longo dos 150 anos de história do metrô, muita coisa ruim aconteceu. Destruições diversas, inclusive: incêndios, bombas, assassinatos e suicídios. E ninguém ali, confinado em um vagão escuro, açulado pelos rumores das senhoras mais criativas, confuso pelo falatório em sete idiomas diferentes, preocupado por um barbudo que parecia tranquilo demais no banco da frente, sem perspectiva de fuga ou – haha – luz no fim do túnel, queria virar personagem de mais uma história de terror.
Como você, querido leitor, pode antecipar – já que vivi para narrar -, o terror acabou logo. Ao todo, essa incursão pelos meandros mais catastróficos do campo de possibilidades durou menos de 30 minutos. A percepção, a uma distância segura da razão, transparecia bem mais: mentalmente, tínhamos ficado horas parados no escuro, à espera do nosso destino final. Por sorte, o destino final se chamava Mile End, ali pertinho.
Liverpool Street foi mesmo evacuada. Só que a mala desatendida não tinha nada mais apavorante do que uma porção de cuecas sujas. Psicologicamente, o terrorismo venceu.
Diversas vezes por dia, através de comentários, e-mails ou mensagens no Facebook, leitores nos perguntam como usar o transporte público para se locomover de um lugar para o outro em Londres. Normalmente, o destino é o hotel, o aeroporto ou um ponto turístico.
Neste post, vamos tentar tratar a questão da forma mais didática possível.
O cenário é o seguinte: Você quer ir de um ponto A para um ponto B em Londres. Para isso, você dispõe do transporte público. E também dispõe de uma pressuposição básica: o jeito mais fácil e rápido de chegar quase sempre é usando o metrô.
O pessoal do Transport for London tem um sistema muito prático para ajudá-lo a usar o transporte público da cidade. Já experimentou? O link para acessar o Journey Planner é este aqui.
Digamos que você queira sair do terminal 5 do Heathrow para o seu hotel, que fica no endereço ‘144 Praed Street’. (Se não sabe o endereço do hotel, consulte no site do hotel. Ah, é importante deixar o endereço com essa estrutura acima: número + nome da rua + street. Abreviar Street para St, por exemplo, pode confundir o sistema.)
Para realizar a consulta, você vai digitar ‘Heathrow terminal 5’ no primeiro campo da busca (FROM) e depois ‘144 Praed Street’ no segundo campo (TO). Observe que, abaixo de cada campo, você encontra opções que indicam se o que você digitou é uma estação, um endereço ou um ponto de interesse.
Como o Heathrow tem uma estação de metrô, você deixa selecionada a primeira opção, ‘station or stop in..’. Como o seu destino é um endereço (o do hotel), você deve selecionar a opção ‘address’, a terceira.
Depois disso, basta especificar ali horário aproximado de quando você quer começar essa jornada (é importante para definir que tipo de transporte público estará funcionando naquela hora).
Essa tela inicial ficará assim:
Ficou assustado com todas essas opções? Ignore tudo que não for mencionado nas instruções acima (pelo menos, até pegar o jeito).
Depois de clicar em Plan Journey, o Journey Planner, uau, vai planejar sua jornada.
Agora você verá algumas opções de trajeto:
Você pode escolher uma delas clicando em ‘view details’ e depois decidir qual prefere. Nesse caso aí, porém, são todas praticamente iguais. Observando os símbolos, já dá para saber, antes de clicar em uma, que elas envolvem dois meios, o trem e a caminhada. Os números mostram horário de saída, horário de chegada e o tempo total.
Vamos clicar na primeira:
Pronto, aí está, passo a passo, o que você deve fazer. Nesse caso, pegar o trem Heathrow Express de Heathrow até a estação de Paddington e depois caminhar até o endereço desejado. Ao lado de cada orientação, você encontra um mapinha de como realizar o percurso (o de cima no próprio navegador e o de baixo em PDF).
Não deu muito certo? Não encontrou o endereço? Entrou em pânico? Calma, talvez a solução esteja logo abaixo.
Plano C
Abra o Google Maps, clique em “como chegar” e digite o nome do ponto A e do ponto B. Não precisa ser o endereço completo. O nome de uma estação, o nome de um hotel ou um ponto de referência famoso também vale.
Ponto A e Ponto B
Você verá uma rota traçada entre o ponto A e o ponto B. Essa é a rota que você faria se estivesse de carro. Como depende do transporte público, você deve clicar no ícone do ônibus (à direita do carro).
Rota
Pronto, o Google Maps já mostra sugestões de rota. Ele pode mostrar opções de ônibus, de trem e de metrô. Clique em uma delas para obter mais detalhes.
Não gostou das sugestões? Neste post aqui, a gente explica com mais detalhes como usar o Journey Planner.
Plano D
Há uma outra opção, bem simples, que servirá para você ir se acostumando ao Mapa do Metrô.
Veja qual é a estação de metrô mais próxima do ponto A e a do ponto B. As estações de metrô são marcadas com o símbolo do metrô, obviamente.
Mapa do metrô
Abra o Mapa do Metrô. Embaixo do mapinha com as linhas coloridas, você encontra o nome das estações. Cada nome vem acompanhado de um código, tipo D2.
Códigos
Observe o primeiro bloco do mapa, no canto superior esquerdo. Há uma linha com letras na vertical, do A ao F. E há uma linha com números na horizontal, do 1 ao 9. Para encontrar a estação em D2, portanto, siga a linha referente à letra e pare o olhar quando essa linha encontrar o número desejado – no caso, o 2. Ealing Common, por exemplo, encontra-se em D2.
Rota
Depois de encontrar a estação de partida e a estação de chegada, você deve buscar a rota mais lógica entre elas. Para isso, basta lembrar que cada linha é representada por uma cor, descrita na legenda à direita no mapa. Você pode trocar de linha nas estações que contêm a bolinha branca ou nas estações com um risquinho que conectam diferentes linhas. Lembre-se: normalmente, quanto menos trocas de linha, mais rápido é o percurso.
Exemplos
(Que podem ser observados na imagem acima)
Ealing Common para Hammersmith: pegue a Piccadilly Line (azul) até Hammersmith, na mesma linha.
Ealing Common para Notting Hill Gate: pegue a District Line (verde) até Ealing Broadway e troque para a Central Line (vermelha) para chegar a Notting Hill Gate.
Primeiro museu público nacional do mundo, o Museu Britânico, em Londres, foi fundado em 1753, após a compra, pelo Rei George II, da coleção de mais de 71 mil itens (como livros, manuscritos, pinturas, exemplares de espécies naturais e antiguidades) de Sir Hans Sloane, que desejava que os objetos fossem preservados após a sua morte.
Aberto ao público em 1759, a sua primeira sede foi uma mansão do século 17 localizada no mesmo terreno do atual museu, cuja construção, projeto do arquiteto Sir Robert Smirke, foi finalizada em 1852.
De inspiração grega, tendência arquitetônica na Europa desde o século anterior, a edificação neoclássica, formada por quatro alas (norte, sul, leste e oeste), ganhou um prêmio do Royal Institute of British Architects no ano seguinte a sua inauguração.
Com o aumento do acervo, as coleções de espécies naturais foram transferidas para uma outra edificação, na década de 1880 – que se tornou o Natural History Museum – e, na mesma época, foi construída a White Wing. Em 1914, as galerias King Edward VII foram inauguradas como parte de um projeto de expansão ao norte do museu que acabou não se concretizando. Em 1939, foram terminadas as obras da galeria Duveen – para abrigar as esculturas gregas do Parthenon – a qual, devido aos danos angariados durante a Segunda Guerra, só foi aberta em 1962.
Devido à mudança da biblioteca (a British Library), em 1997, para novas instalações na região de St. Pancras, os espaços vagos foram ocupados por novas galerias e um centro de educação, e a sala de leitura central foi reformada. Nomeado The Queen Elizabeth II Great Court, projeto do arquiteto inglês Norman Foster, esse espaço tornou-se a maior área pública coberta da Europa, e foi a mais recente expansão do museu.
Já na primeira década do século 21, quatro novas galerias foram abertas, e o próximo projeto a ser concretizado é o World Conservation and Exhibitions Centre, com novos espaços para exibições temporárias.
Idealizada em 1066 por William, o Conquistador, para a defesa e o controle de Londres, a Torre de Londres deve seu nome à White Tower, erigida em 1078. O complexo é formado por duas muralhas concêntricas e edificações auxiliares que, junto com a torre principal de 27 metros de altura, definiram a sua configuração básica já no fim do século 13.
Ao longo dos séculos 13 e 14, foi adaptada para também abrigar instalações reais, constituindo uma espécie de “fortaleza-palácio” que se tornou um dos exemplares mais significativos e influentes da Europa nesse período.
Já durante os séculos 18 e, sobretudo, 19, o crescente interesse pelo passado medieval da Inglaterra gerou intervenções arquitetônicas que procuravam resgatar as feições originais do conjunto, remodelando e demolindo construções posteriores a esse período.
Foto: Gustavo HeldtFoto: Gustavo HeldtFoto: Gustavo Heldt
Com a sua reconstrução após as duas guerras mundiais, consolidou-se como uma das principais atrações turísticas do país. Em 1988, foi classificada como patrimônio histórico mundial pela UNESCO, devido a sua relevância histórica e arquitetônica.
Não importa se você ama ou odeia musicais. Quando vier a Londres, assista à peça Les Misérables, o musical há mais tempo em cartaz em todo o mundo, desde 1985 emocionando o West End da capital britânica.
Popularmente conhecida como Les Mis, a peça é um clássico. Eu detestava musicais até assistir. A gente muda de opinião depois de “sentir” um musical como esse. Não tem como não se render à história, às vozes e às atuações impressionantes.
A peça é uma adaptação aos palcos do épico do escritor francês Victor Hugo, que conta a história de Jean Valjean através dos anos, em uma França desvastada por guerras no século 19.
Essa passagem de tempo é muito bem solucionada com os figurinos e a maquiagem dos atores, que no final realmente parecem bem mais velhos. Troca de cenários, figurinos, iluminação, tudo isso impressiona. Porém nada supera o real motivo desse musical ser o sucesso que é: o elenco interpretando sua trilha sonora premiada. Com uma técnica vocal absurda, vozes afinadíssimas, todos cantam muito e deixam a plateia arrepiada em diversos momentos.
Impossível não se emocionar com a pobre Fantine cantando “I dreamed a dream”. Todo mundo chora, obviamente.
O teatro
O musical tal como é hoje foi concebido em inglês e estreou em Londres em 1985. Já foi apresentado em vários teatros, sempre com lotação máxima. Atualmente a casa do Les Mis é o Queen’s Theatre, no coração do West End londrino.
Construído em 1901, o Queen’s Theatre é uma atração à parte. Em 1940, a fachada e lobby foram destruídos por uma bomba e tiveram de ser reconstruídos um ano depois. O interior do teatro é lindo e ainda conserva a estética da época. Nesse mesmo teatro, já foram encenadas peças e musicais que fizeram história, como The Hobbit, The Rocky Horror Show e a ópera Tommy, do The Who.
Assista
Ingressos
Aqui também vale a dica do post sobre o War Horse: é possível comprar os ingressos no dia, day tickets, no box office do teatro, por um preço reduzido. Porém é mais arriscado não conseguir, ou só conseguir lugar em pé, bem no final das cadeira, já que estamos falando em uma das peças mais concorridos de Londres. Se você não quer perder de jeito nenhum, compre ingresso antecipado.
A história da National Gallery, em Londres, classificada hoje como edificação de excepcional interesse nacional, começa em 1824, quando House of Commons do Parlamento do Reino Unido comprou a coleção de pinturas do banqueiro John Julius Angerstein. No início, a coleção era exibida em sua própria residência, mas o espaço limitado levou o Parlamento, em 1831, a planejar estrutura nova para abrigar os trabalhos de arte.
Inaugurada em 1838, a National Gallery foi construída onde se situava o edifício dos estábulos da Família Real (King’s Mews). O arquiteto responsável, William Wilkins, se inspirou em elementos dessa antiga construção. ATrafalgar Square foi escolhida devido a sua localização, no Centro de Londres.
Foto: Flávio F. MoreiraFoto: Vincent Travi
A construção sofreu diversas reformas ao longo de sua história. Novas áreas expositivas e a cúpula central foram construídas, em 1876, de acordo com um projeto de remodelação do museu, de autoria do arquiteto E. M. Barry, necessárias devido ao espaço exíguo da nova edificação. Em 1907, outras cinco áreas foram adicionadas. Em 1975, foi inaugurada uma expansão na ala norte. Em 1991, foi construída a Sainsbury Wing, um anexo cuja (polêmica e controversa) arquitetura pós-moderna incorporou novos elementos ao conjunto, ao mesmo tempo que procurava dialogar com a fachada original.
Mais recentemente, ao longo da última década, foram realizadas intervenções nos acessos ao museu, e, futuramente, estão previstas adaptações para viabilizar novas áreas expositivas.
Para quem curte o repórter Tintin, do belga Hergé, um belo programa é ir até a Tintin Shop, em Londres. A loja se situa pertinho da estação de Covent Garden, em direção ao Soho, ou seja, na rota turística obrigatória e bem fácil de achar. Na loja, cada item é uma emoção: pôsteres, bonecos, cartões postais, canetas, canecas, camisetas, livros e, claro, quadrinhos.
Endereço: 34 Floral Street Covent Garden – London, WC2E 9DJ
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