“Have a good life, mate”, disse ele, antes de sair pela porta, e então eu entendi que Londres não proporcionava apenas encontros, mas também despedidas. Eu trabalhava em um Burger King ao lado do Dominion Theatre e da estação de Tottenham Court Road.
Nos primeiros dias, tinha dificuldade em entender tantos procedimentos diferentes. Assim, contei com a ajuda de um nigeriano gordinho, com pinta de rapper. Ele me ensinou onde deveriam ser alocadas as caixas no freezer, qual a maneira correta de preparar os sanduíches mais básicos e como lavar os utensílios de cozinha.
Por três meses, trabalhamos no mesmo horário, em cooperação total. Começávamos duas horas antes da abertura do restaurante e ficávamos por lá até as 13h. De vez em quando, almoçávamos juntos. Ou, quando havia muita correria, um preparava o sanduíche do outro, a fim de não deixar dois funcionários de folga ao mesmo tempo.
A pressão era constante, os chefes xingavam por qualquer motivo e cobravam coisas incompreensíveis. A tudo, ele reagia com muita tranquilidade. Parecia que nem os brados mais revoltados do gerente chinês poderiam demovê-lo de sua paz.
Aos poucos, captei um pouco desse espírito leve, pelo menos durante o meu tempo no restaurante, e passei a me preocupar menos com os chefes e suas intempestividades. Mas aí, um dia, enquanto eu comia um Whopper duplo com queijo, com batatas fritas e uma Coca-Cola gigantesca, ele sentou ao meu lado e perguntou: “Sabia que hoje é o meu último dia?”.
Ele não tinha contado para ninguém, mas retornaria na manhã seguinte para seu país natal, para cuidar de seu pai, que estava doente. Aquele cara era realmente uma boa pessoa, enviava metade do curto salário para a família, me ajudara em diversos momentos e estava prestes a ir embora.
Na hora, fiquei triste, contudo só percebi a verdadeira dimensão do momento quando nos abraçamos e ouvi o seguinte: “Have a good life, mate”. Ele não me desejava um bom ano ou um bom mês, mas uma boa vida.
Porque ele sabia que nunca mais nos veríamos. Não adiantava argumentar que ele poderia voltar para Londres um dia, que eu poderia rumar para a Nigéria ou que nos encontrássemos muitos anos depois no Brasil.
Era uma despedida de verdade, como poucas vezes se experiencia. Então eu dei tchau, lhe desejei uma vida fantástica, e ele saiu pela porta. Eu não imaginava que, alguns meses depois, faria o mesmo que ele.
Nas despedidas seguintes, eu tentava avaliar a possibilidade de um reencontro. Um ou outro adeus, eu ponderava, não seria definitivo. A maioria, sim. Em um ano, eu disse “Have a good life” 12 vezes.
A Londres atual, uma das metrópoles mais preocupadas com a sustentabilidade, não lembra em nada a Londres medieval. No século 14, não havia as bicicletas do Boris, não havia a conscientização quanto à economia de recursos naturais e, principalmente, não havia qualquer noção de higiene e condição sanitária.
Confira abaixo 5 motivos para torcer o nariz para a Londres medieval (e por que você não teria vontade de a conhecer como turista naquela época):
1. As pessoas raramente lavavam ou trocavam suas roupas.
2. Os habitantes (humanos e animais) produziam 50 toneladas de excremento todo dia.
3. Na Londres Medieval, não havia calçada – as pessoas precisavam pisar na terra mesmo. O problema é que não era só terra, porque o chão estava sempre repleto de produtos fecais humanos e animais, além de restos de bichos mortos.
4. Quando as pessoas não conseguiam mais transitar pelas ruas por causa da sujeira, foram contratatos faxineiros que passavam o dia limpando toda a podridão das vias.
5. Era ilegal arremessar o conteúdo de penicos pelas janelas. Mas quase todos desobedeciam.
Essas informações foram retiradas de um documentário da BBC, chamado Filthy Cities.
A expedição Terra Nova, que completa cem anos em 2012, promoveu importante avanço científico sobre a Antártida. Porém a exposição Scott’s Last Expedition, até setembro no Museu de História Natural de Londres, chama mais a atenção por recriar as condições inóspitas de vida dos desbravadores que morreram em nome da ciência, da ambição imperial e do desejo pessoal de seu líder, Robert Falcon Scott, em se tornar o primeiro a alcançar o temido Polo Sul. Talvez o aspecto mais trágico da história seja que um grupo norueguês, comandado por Roald Amundsen, tenha chegado lá 33 dias antes da trupe britânica.
Onde: Natural History Museum (metrô: South Kensington / ônibus: 14, 49, 70, 74, 345, 360, 414)
Preparem os tambores! As promoções de aniversário do Mapa de Londres estão começando agora. No dia 14 de março de 2012, completamos um ano de existência. Por isso, decidimos comemorar congratulando os viajantes que fizeram e farão a diferença na trajetória do site.
De hoje até o dia 14 de março, todos os leitores do site terão 20% de desconto nas roupas e acessórios do site Ani Vende, que reúne uma bela coleção de produtos vindos de lojas estilosas de Londres e Nova York. Quem sabe você já reabastece o guarda-roupa antes de viajar?
Para participar, basta, na hora da compra, preencher o cupom com o código ultrasecreto “mapadelondres”, sem as aspas.
A jornalista Roseli Andrion, de idade não revelada, natural de Foz do Iguaçu (PR) e apaixonada por São Paulo, não sonha com o Big Ben desde pequena. Sua ideia inicial era morar em Nova York, e um mochilão pela Europa lhe alterou a disposição, apesar de a manter em dúvida: Itália, Espanha ou Inglaterra? Mas bastaram alguns dias em Londres para que a energia da capital britânica a dominasse. Para ela, Londres tem muito da capital paulista, onde ela foi criada: “Cidade grande, cheia de vida, corre-corre, gente de todos os cantos e muita, mas muita vibração e energia”.
Segundo ela, essa energia vicia. “Ou melhor, as possibilidades que se tem estando aqui viciam”. Uma das facilidades de se morar na capital britânica são as viagens pelo continente. Há quase sete anos em Londres, Roseli transformou a cidade em um hub particular, que a lança e a conecta a diversos outros países, costumes e experiências.
Mas vamos deixar que Roseli conte sua história. Não de suas viagens pela Europa, mas de sua relação com Londres, a cidade que possibilita essas aventuras pelo mundo. Então, caro leitor, puxe um banquinho neste nosso pub virtual, peça uma boa Guinness e preste atenção na nossa entrevistada. Até vale interrompê-la, desde que seja para oferecer uma pint e facilitar ainda mais a narrativa. Afinal, “com tanto pra ver, dá pra descobrir novidades em Londres todos os dias, por uma vida inteira!”.
Minha decisão de morar em Londres não foi daquelas que todo mundo toma quando é criança. Sempre ouço as pessoas dizerem que tinham um sonho de vir morar aqui desde crianças. Não é o meu caso. Confesso que sou uma turista apaixonada e que hoje, sempre que tenho uma pequena oportunidade, estou dentro do avião pra turistar. Só que nem sempre foi assim. Descobri isso tardiamente, mas talvez tenha sido minha melhor descoberta sobre mim.
Bom, eu decidi morar em Londres depois que fiz um mochilão pela Europa em 2003. Na época, eu era repórter do Jornal da Tarde (do Grupo Estado) e vim conhecer a Europa graças ao incentivo de um grande amigo (e ex-professor da faculdade). Até 2001, eu sequer tinha saído do Brasil. Ele me incentivou a ir para Nova York naquele ano ‘porque jornalista precisa viajar e conhecer o mundo’. Eu fui – embora quisesse ir apenas pra Disney, hahaha – e foi uma das melhores experiências da minha vida. Eu estive lá pela primeira vez em agosto de 2001. Em setembro, veio o ataque terrorista. Eu vi Nova York em seu estado pleno, cheia de vida, com todo o seu brilho e charme característicos. Até subi nas Torres Gêmeas! Nova York é linda e magnética – e eu voltei pro Brasil decidida a morar lá. 🙂
Quando contei ao meu amigo que queria morar em Nova York, achei que ele fosse ficar contente, mas ele me veio com um papo de que eu devia conhecer a Europa. “Paris”, me disse, “é uma Nova York melhorada.” Confesso que fiquei ‘cansada’ só de imaginar. ‘Poxa, a Europa é muito grande, muito diversa’, eu pensava. E foi daí que tive a ideia do mochilão. Me organizei, fiz um roteiro que incluía nove países e 16 cidades, peguei dois meses de férias, dei adeus à ideia de trocar de carro e coloquei o pé no avião.
Londres foi minha penúltima cidade nesse roteiro. Eu visitei tanto capitais quanto cidades menores nessa viagem. Normalmente, dedicava cinco dias a capitais e três a cidades menores. Londres e Paris foram privilegiadas e ganharam sete dias cada. 🙂 Assim como meu amigo havia ‘previsto’, eu voltei pro Brasil querendo morar na Europa. Londres foi a escolha natural apenas porque era a capital da Inglaterra, que, à época, era um dos países mais bem-sucedidos da Europa (se bem que eles aqui não se consideram parte da Europa) e poderia me servir de base para explorar a colcha de retalhos que é a Europa continental.
Então, minha vinda pra cá a passeio me mostrou algumas das possibilidades desta terra e foi até fácil optar por morar aqui. Embora eu talvez tivesse escolhido Espanha, Itália ou França se a situação econômica deles fosse tão confortável quanto a do Reino Unido na época (hoje estão todos numa recessão tão brava, que acho que não há muita diferença entre eles).
O curioso é que eu vim pra ficar um ano apenas. 🙂 Estou aqui há quase sete. Este lugar vicia. Ou melhor, as possibilidades que se tem estando aqui viciam. Já viajei praticamente toda a Europa (só não viajei ‘toda’ porque optei por ir a alguns lugares mais de uma vez) – com destaque para algumas pequenas cidades que geralmente não recebem a atenção de turistas e que são joias raríssimas.
O que achou de seu primeiro contato com a cidade?
Meu primeiro contato com a cidade foi durante o mochilão. Era verão – e aquele foi um dos verões mais quentes da Europa até então; houve até mortes pelo calor! – e a cidade estava linda, ensolarada e vibrante. Os verões europeus são ótimos! Naquele ano, naquela semana em que estive aqui, todos os dias foram de sol, calor e dias longos e cheios de atividades. Foi impossível não gostar da cidade – e eu tinha um preconceito com Londres, porque havia conhecido pessoas que já tinham morado aqui e que não eram, digamos assim, modelos de algo que eu gostaria de ser. Mal comparando – eu sei que serei apedrejada por isto por alguns… -, Londres, assim como Nova York, me lembra muito São Paulo: cidade grande, cheia de vida, corre-corre, gente de todos os cantos e muita, mas muita vibração e energia.
Depois de quase sete anos, aquele ímpeto de descoberta da cidade já se exauriu?
Não! Já há alguns meses, estou buscando coisas ‘novas’ em Londres – volto para o Brasil neste ano e quero fazer aqui o que ainda não fiz, por falta de tempo ou por desconhecimento mesmo. E sempre encontro! Mais uma vez, Londres lembra São Paulo. Eu morei em São Paulo a minha vida toda e tem coisas na cidade que eu não conheço!!! Com tanto pra ver, dá pra descobrir novidades em Londres todos os dias, por uma vida inteira!
Como é a sua rotina em Londres?
Eu não tenho exatamente uma rotina. Nos seis meses que ainda me restam, estou tentando me impor uma. 🙂 O problema de não ter rotina é que você fica muito mal acostumado. E eu sei que quando eu voltar pro Brasil, vou precisar de muito mais disciplina do que tenho aqui. Minha vida em Londres é, basicamente, trabalhar pra pagar minhas viagens. Eu normalmente viajo todo mês – na maioria das vezes para fora do Reino Unido. Então, se tem uma rotina na minha vida, são essas viagens, hehehe.
Você consegue arranjar tempo para exposições, teatro ou qualquer outro programa cultural?
Olha, programa cultural não falta em Londres. E tem em todos os horários que se possa imaginar! Ou seja, não tem desculpa para não ir. 🙂 A única coisa que o Qype (empresa onde trabalha) me facilita é o fato de me dar muita flexibilidade de horário. Aliás, isso é uma coisa que eu ADORO em Londres: mesmo nos trabalhos mais ‘formais’ existe, na maioria das vezes, uma flexibilidade de horário bastante interessante. Em alguns lugares, isso não é possível (um banco, por exemplo, tem horário de atendimento ao público e não há como fugir disso), mas na maioria dos lugares em que eu trabalhei (trabalhei bastante como garçonete, hostess e recepcionista), normalmente existem turnos em horários diversos e basta você se organizar para que sua vida pessoal (com suas viagens e/ou atividades culturais) e seu trabalho interajam da forma mais interessante pra você. O Qype não me dá ‘passe livre’ pra eventos, mas minha chefia, além de ser flexível na questão dos horários, normalmente aceita bem o fato de eu ir a algum lugar/evento que beneficie meu desempenho profissional (como a Social Media Week, por exemplo).
E se um amigo liga para você e diz “Estou indo para Londres e só vou ficar três dias”?
Bom, normalmente eu me ofereço para sair com a pessoa, hehehe. Quem vem a Londres, muitas vezes, já tem na cabeça o que quer ver ou visitar. Eu pergunto do que a pessoa gosta e normalmente faço um roteiro específico. Não tem como fugir do básico: Big Ben, Palácio de Buckingham, St. Paul’s, Westminster Abbey, Parlamento, London Eye, Tower Bridge, Hyde Park, parques e museus. Outras atrações vão depender dos interesses da pessoa: Notting Hill, mercados espalhados pela cidade (seja de comida, como feiras, ou de artesanato e itens inusitados), Greenwich, Abbey Road, Camden Town… Tem tanta coisa! Agora, o que a pessoa não pode deixar de fazer é ir a um pub. Isso eu faço questão de incluir em qualquer roteiro! 🙂 Sempre é bom dar uma paradinha depois de um dia cansativo de visitas a atrações – e pub é MUITO inglês, MUITO londrino. E três dias (ou cinco… ou dez!) é muito relativo porque depende do ritmo da pessoa mesmo.
Big Ben sempre ao fundo...
Qual é o seu TOP FIVE de Londres?
Sem ordem de importância, porque eu não saberia de qual eu gosto mais…
Big Ben – olha, ele nem é tão big, mas eu acho que não conheci ninguém que não tenha se emocionado quando o viu pela primeira vez. Eu vou lá de vez em quando só para tirar mais uma foto dele. 🙂
Parques – engraçado que eu não ia a parque em São Paulo. Aqui em Londres, porém, em dias quentes é a primeira coisa que me vem à cabeça.
Rio – tem tanta coisa às marges do Tâmisa que é mais fácil falar do rio em si. Seja um pub em frente ao rio, seja uma feirinha de artesanato em Southbank ou Greenwich, sejam apenas as silhuetas de prédios e ponte iluminadas à noite; esse rio é mágico!
Ingleses – eles não são muitos por aqui, comparativamente ao número de imigrantes. Aprendo muito com os ingleses, seja pela fleuma, pela educação extrema (eles se chocam porque a gente, brasileiro, não fala ‘por favor’ e ‘obrigado’ toda hora!) e até mesmo pelo humor às vezes bobo deles. Conheci ingleses aqui que vou levar pra minha vida inteira.
Vai-e-vem – Londres é uma cidade de ‘crescimento pessoal’. Muita gente vem pra cá buscando sua primeira experiência no exterior. Conheci muita gente – de muitos países – e fiquei triste quando elas saíram da minha vida. Só que isso tem uma beleza inexplicável: são pessoas que, de alguma forma, me ensinaram algo – sobre sua cultura, sobre a vida, sobre mim mesma.
Em Londres, comemorar a presença de outros brasileiros ou sair correndo?
Hmmm, depende! Eu conheci brasileiros legais e brasileiros safados. Tem de tudo, né?! Eu sou contra viver no gueto e se relacionar apenas com pessoas da mesma nacionalidade. Por outro lado, tem horas que você precisa de um certo suporte de pessoas que têm uma cultura parecida com a sua. Acho que precisa ter um equilíbrio.
Qual é a armadilha turística que o viajante brasileiro deve evitar em Londres?
Armadilha turística? Eu acho que não sei responder essa. Eu moro na cidade e normalmente não a vejo como turista, hehehe. Agora, uma coisa que eu percebi, viajando pela Europa toda, não apenas em Londres, é que muitas vezes uma refeição num restaurante simples sai quase o mesmo preço de um fast food. A gente sempre acha que vai economizar comendo lanche e acaba perdendo a chance de comer uma comidinha local simples – muitas vezes caseira! – pra economizar £ 1 ou £ 2 optando por um hambúrguer. Eu já comi em Covent Garden, por exemplo, num restaurante italiano super simpático, por £ 8. Ah, lembrei de uma ‘armadilha’, hehehe. Tem aqui em Londres (e em toda a Europa), em alguns bairros (mais turísticos ou mais movimentados), aquelas estátuas vivas ou os tocadores de gaita de fole vestidos com trajes tipicamente escoceses. As pessoas normalmente acham que podem tirar foto deles, mas eles estão ali a trabalho e vão ficar bravos se o turista tirar foto ‘de graça’. Vale ficar ligado nisso!
Com a London Eye
Você acha que a cidade estará bem preparada para as Olimpíadas?
A preparação está por todos os lados: ruas esburacadas para obras, metrô em constante manutenção e colocação de trilhos novos, ruas interditadas… Tem de tudo, mas acho que os londrinos (e londrino, pra mim, é todo mundo que mora na cidade, não apenas quem nasceu aqui) já se acostumaram com todas as obras. A gente, na verdade, fica feliz quando vê o resultado. 🙂 Tem coisas desnecessárias, como umas esculturas que devem ter custado caríssimo e aparentemente não têm função, mas acho que grande parte das obras vai ser benéfica pra cidade como legado: são melhorias nos bairros que ficam depois que a Olimpíada terminar.
Quanto a estar preparada, eu sinceramente acho que o sistema de transporte não vai dar conta (assim como acho que não vai dar conta no Rio de Janeiro em 2016). Hoje, os metrôs vivem lotados em todos os horários. Eu raramente pego um metrô completamente vazio. E ele normalmente vai enchendo mais e mais no caminho e, quando chego ao meu destino, ele já está lotado. O sistema de transporte de Londres é bem eficiente e completo, mas tem muita gente morando aqui. Houve até pedidos do TfL (o Transport for London, que cuida do transporte público na cidade) para que alguns locais de competição diminuísssem a quantidade de ingressos a venda, pois eles temem que o fluxo seja muito maior que a capacidade. Confesso que não sei se o pedido foi atendido nem se houve outros casos (eu vi isso apenas uma vez no jornal). Já conversei com ingleses que estão desesperados visualizando o ‘caos’ (segundo eles) que vai tomar conta da cidade. Não sei se é pra tanto, mas realmente acho que vai ser complicadinho. Por outro lado, muitas empresas aqui oferecem opções flexíveis de trabalho em que os funcionários podem trabalhar de casa – e isso pode ajudar bastante nesse processo.
Fotos de Londres podem ser uma inspiração inicial para uma viagem à capital britânica. Se você ainda não tem certeza de que a cidade merece sua visita, as imagens deste post vão convencê-lo rapidinho.
Afinal, o que não falta em Londres são cenários de tirar o fôlego, daquele tipo que se transforma em um empurrão para concretizar esse sonho. Então, caso você curta a ideia de viajar pelos traços, pelas cores e pelos diferentes prismas de um destino antes mesmo de embarcar, vai curtir as 10 fotos que selecionamos.
Preparado?All aboard!
10 fotos de Londres para inspirar (e suspirar)
Para começarmos a nossa viagem por Londres, separamos dez imagens inspiradoras. Em cada uma delas, há um motivo para arrumar as malas, separar seu passaporte e providenciar o embarque.
Por isso, se você ainda está indeciso, cuidado: depois deste post, você vai ter que poupar em libras.
1. Big Ben e o Palácio de Westminster
Palácio de Westminster é um dos principais cartões-postais de Londres. Foto: iStock, Getty Images
Se é verdade que os britânicos são bastante pontuais, nada melhor do que começarmos a nossa lista respeitando a tradição. Ir a Londres e não fotografar o Big Ben e o Palácio de Westminster é simplesmente impensável.
Podeaté ser clichê, mas ninguém cogita voltar de Londres sem essa foto. Seria como ir ao Rio de Janeiro e não fotografar o Cristo Redentor.
Para você sentir um pouco mais confortável com o clique turístico, que tal esta curiosidade? Na verdade, Big Ben não é o relógio, e sim o sino, que não se enxerga pela foto.
2. Clássica, porém moderna
City of London, berço histórico de Londres, tem hoje traços futuristas. Foto: iStock, Getty Images
Agora, vamos trazer a você uma das fotos de Londres que não costuma entrar em álbuns de turistas. Afinal, quem visita essa bela cidade geralmente procura por pontos tradicionais da cidade para fazer seus registros.
Mas há um lado da capital britânica que poucos observam: o da modernidade.
Apesar de clássica e de conservar ícones centenários, Londres tem seu viés futurista nas construções – e esta imagem não deixa mentir.
3. A troca da guarda
Guardas da Rainha oferecem fotos peculiares para as câmeras. Foto: iStock, Getty Images
Esta foto acima é uma das mais tradicionais de Londres.
Apesar de serem militares treinados a serviço da proteção de Sua Majestade, os Guardas da Rainha têm vestimenta que se presta aos olhares curiosos dos viajantes.
Na Troca da Guarda em frente ao Palácio de Buckingham, é bom se preparar não apenas para fotografar a tradição, mas também para filmar, já que o ritual cumpre o papel de espetáculo, com marchinhas militares, temas de clássicos do cinema e muita gritaria.
4. Para vir, ver e experimentar
Ônibus vermelhos de dois andares são símbolos de Londres. Foto: iStock, Getty Images
O vermelho mais famoso de Londres não é do tradicional time do Arsenal.
É de um ícone robusto, que se desloca sobre quatro rodas, tem dois andares e uma cor bem viva. Ficou fácil, não é?
Tal qual o Big Ben, os ônibus londrinos são um compromisso obrigatório para todo visitante, tanto para ver e fotografar quanto para experimentar a sensação de andar no seu segundo andar.
E se for pelas rotas 9 e 15 heritage, pode até entrar no mais famoso deles, o Routemaster, que estreou em 1954.
5. Uma Londres mais verde
St James’s Park é um dos parques mais tranquilos no centro da cidade. Foto: iStock, Getty Images
Que tal agora trocar o vermelho pelo verde dos parques londrinos? A diversidade de opções na cidade é justamente um dos seus pontos fortes.
E nem é preciso se afastar da área central para ter o privilégio de respirar um ar mais puro e de experimentar o silêncio quebrado apenas pelos sons das aves.
O St. James’s Park, o mais antigo dos parques reais britânicos, é cercado por três palácios.
6. Uma Londres mais tranquila
Regent’s Park oferece imagens inspiradoras na primavera e no verão. Foto: Mapa de Londres
Você pode imaginar que uma foto como essa foi tirada em uma zona muito afastada, longe do burburinho das movimentadas ruas de Londres.
Mas não é verdade: o parque que você aprecia nessa imagem, o Regent’s Park, se situa próximo de Camden Town e da estação de King’s Cross / St Pancras, quase ao lado do museu do Sherlock Holmes e do Madame Tussauds.
Na primavera, ele é cenário perfeito para um piquenique ou uma leitura no meio da tarde. Durante todo o ano, atrai crianças, jovens, adultos e idosos que desejam curtir os 166 hectares de área verde, com lagos, playgrounds, quadras esportivas, jardins floridos e até o Zoológico de Londres.
7. London Eye
London Eye à noite ganha contornos incríveis. Foto: Mapa de Londres
A quarta maior roda-gigante do mundo não pode ficar de fora de qualquer relação com as melhores fotos de Londres.
Durante o dia, a London Eye é um passeio imperdível para ter uma vista única da cidade, fotografando o Big Ben e o Rio Tâmisa.
À noite, é ela que deve entrar em foco, com seu show de luzes e proeminência em Westminster.
8. Uma Londres subterrânea
Símbolo do metrô é uma das imagens marcantes de Londres. Foto: iStock, Getty Images
Se vai andar de ônibus em Londres, não pode deixar de curtir também o metrô dessa grande cidade.
Desde a compra do seu bilhete ao transporte em si, passando por toda a experiência nas estações, esse é um mundo à parte, muito diferente de tudo com o que você está acostumado no Brasil.
Trata-se do metrô mais antigo e mais charmoso do planeta. O símbolo que você vê na imagem acima, estampado até em camisetas, é um alento para quem está perdido em Londres, já que indica a entrada de uma estação.
9. Tão bela quanto histórica
O domo da St Paul’s Cathedral pode ser captado por diversos ângulos. Foto: iStock, Getty Images
Por dentro e por fora, a Catedral de St. Paul reserva imagens incríveis, embora fotos só sejam permitidas em sua área externa.
Tamanha beleza é proporcional à sua relevância histórica. Afinal, ela guarda muitas das mais relevantes lembranças da capital britânica.
Da resistência ao bombardeio na Segunda Guerra Mundial ao casamento do príncipe Charles com a princesa Diana, em 1981, o cenário encanta não apenas aos visitantes, mas também aos próprios londrinos.
10. Não é apenas uma ponte
Tower Bridge é um dos ícones de Londres. Foto: iStock, Getty Images
Quem olha para a Tower Bridge e se apaixona por sua arquitetura única, talvez nem imagine que essa estrutura de 120 anos é também uma ponte basculante.
Cerca de mil vezes por ano, ela é elevada para a passagem de embarcações no Rio Tamisa.
E tem mais: há no local uma exposição permanente sobre a sua história, contando com uma passarela de vidro para os visitantes.
Mesmo que você não visite a exposição, vai perceber um detalhe curioso ao mirar a lente da câmera um pouco para o lado, para a Torre de Londres.
Sim, a Tower Bridge foi desenhada para seguir os traços desse palácio real de mil anos, que hoje abriga as Joias da Coroa e já foi prisão, local de tortura e execuções e até zoológico de animais exóticos.
Torre de Londres e, ao fundo, a Tower Bridge. Foto: Mapa de Londres
É ou não um local perfeito para mais algumas belas fotos de Londres?
Dicas para suas fotos em Londres
E agora, está inspirado para também fazer fotos de Londres? Para ajudá-lo na sua missão, veja a seguir algumas dicas valiosas que você pode usar quando estiver pela capital britânica.
Não fique no básico
Você acabou de ver alguns dos cenários que exigem uma foto obrigatória em Londres. Como não dá para visitar a cidade sem fotografar o ônibus vermelho, a cabine telefônica, o Big Ben e tantos outros atrativos, o segredo está em buscar a originalidade.
Mas como fazer essa foto sem ser repetitivo?
Em primeiro lugar, faça a foto clichê, como todo turista, mas se permita explorar as possibilidades em torno daquilo que deseja fotografar.
Por vezes, ao simplesmente mudar de posição, você já capta um ângulo diferente e criativo, que foge do tradicional.
A imagem que você busca pode estar em um reflexo na água, em um local onde ninguém procura, talvez até exigindo que você sente ou deite no chão – por que não?
Tenha um bom equipamento
Você não precisa ser um expert em fotografia, tampouco comprar a câmera mais cara do mercado, para fazer boas imagens de Londres.
Ainda assim, é recomendável que tenha ao menos um equipamento com um bom zoom (óptico, não digital), pois isso permite aproximar elementos mais distantes.
Como alguns dos principais pontos turísticos de Londres estão relativamente próximos, você pode utilizar o zoom para enquadrar mais de um deles em uma mesma foto.
Aí, é só usar a criatividade para encontrar o ângulo perfeito.
Tenha cautela com o flash
A luz artificial altera a beleza natural do elemento que você pretende fotografar. Se ele está próximo, o clarão estraga a imagem. Se ele está longe, o flash de nada adianta.
Experimente tirar uma selfie com flash e o resultado será o seu rosto exageradamente iluminado e o fundo escuro. Vai ser difícil convencer alguém que fez essa foto em Londres.
Até mesmo para imagens noturnas, que exigem um conhecimento mínimo de estabilização, o flash é dispensável. Para esses momentos, um tripé pode ser bem mais útil.
Respeite as proibições
Muitos turistas, empolgados com tantos belos cenários a fotografar, acabam ignorando os avisos sobre proibições de fotografias em determinados locais, e isso cria constrangimentos desnecessários.
Você viu, por exemplo, que não pode fotografar o interior da Catedral de St. Paul. Então, respeite a regra e não tente dar um jeitinho brasileiro nessa hora.
Fique atento: em Londres, você vai ver que muitos dos museus e galerias permitem fotos, mas quase nenhum libera o flash.
Fotografe detalhes
As pessoas tendem a fazer fotos amplas, enquadrando os elementos em sua totalidade, mas não necessariamente porque fica mais bonito assim. Por vezes, falta conhecimento e iniciativa para tentar algo novo.
Ao estar diante de um cenário que deseja fotografar em Londres, olhe com atenção e se questione se ele não pode ter um detalhe registrado, talvez em primeiro plano, que resulte em uma imagem diferente, bonita e criativa.
Ainda que essa foto, sozinha, não possa identificar a cidade, no conjunto, ela talvez se torne um dos melhores registros feitos por você durante a viagem.
Esteja pronto para clicar
Quem disse que belas fotos de Londres são possíveis apenas nos seus pontos turísticos? A todo momento, se deslocando pela cidade, você pode se deparar com um cenário (macro ou micro) que mereça uma foto.
Pode ser desde o formato curioso de uma árvore em um parque, a maneira como um elemento se esconde atrás do sol ou até uma selfie curiosa ou inusitada.
Não fique preso às imagens tradicionais, tenha liberdade para criar, mas lembre de respeitar os locais e as pessoas, pedindo permissão para fotografar sempre que houver necessidade.
Fotos diárias de Londres
Se você quer se inspirar com imagens de Londres, é bom conhecer o Instagram da jornalista brasileira Monica O’May, que faz roteiros personalizados na cidade.
A jornalista capta ângulos, detalhes e momentos belos e curiosos da vida em Londres.
Pode até ser engraçado falar sobre um guia de ruas de papel em um mundo tão digital. Mas a verdade é que ainda hoje o London A-Z é muito utilizado tanto por turistas que visitam a capital britânica quanto por nativos que desejam saber exatamente onde fica aquela ruazinha tão desconhecida. Prova disso é que o título está sempre no topo dos livros mais roubados de livrarias do Reino Unido.
É claro que aconselhamos que você prepare um roteiro básico com alguns trajetos pré-determinados antes de embarcar para Londres, mas um mapa completo pode ser bastante útil. Com ele, você pode pesquisar por ruas ou pontos turísticos, em ordem alfabética, e encontrar um mapa detalhado do local, ideal para suas caminhadas pela cidade.
Existem diversas versões e modelos do London A-Z. A maioria apresenta essa aparência clássica que você pode ver à direita e um preço entre 3 e 6 libras. Melhor comprá-lo logo no aeroporto e já começar a revirá-lo no caminho. E o melhor de tudo: depois da viagem, o mapa vira um souvenir turístico.
O cineasta Danny Boyle, ganhador do Oscar por “Quem quer ser um milionário” e encarregado da direção da abertura dos Jogos Olímpicos de Londres, descortinou nesta sexta alguns detalhes do evento. Embora não tenha revelado toda a narrativa, já mostrou alguns dos personagens principais: um sino gigante, temática baseada em obra de William Shakespeare, inspiração na cerimônia de Sidney, centenas de crianças e dezenas de enfermeiras.
Um dos desafios do diretor será a comparação com as últimas grandes cerimônias das Olimpíadas. “A escala em Beijing foi de tirar o fôlego e a beleza de Atenas foi muito inspiradora. Mas eu tenho que dizer que Sidney é algo que nos inspirou porque reproduziu direito o sentimento dos Jogos do povo”, avisa Boyle, que não esconde o fato de que a crise financeira impede um evento da dimensão que teve a abertura chinesa, em 2008.
Apesar da crise europeia, o governo britânico concordou recentemente em prover mais 41 milhões de libras (em torno de 112 milhões de reais) para os organizadores das cerimônias de abertura e encerramento das Olimpíadas e das Paraolimpíadas. Dos 81 milhões de libras disponíveis, Boyle garante que utilizará 1/3 do montante para o evento inicial.
A principal revelação da abertura até agora é um sino, atualmente em fase de acabamento no mesmo local que fundiu seu primo mais famoso, o Big Ben. Às 21h do dia 27 de julho (18h no Brasil), esse novo sino, o maior da Europa, pesando 27 toneladas, se transformará em arauto da Hope and Glory e simbolizará o início dos jogos. No sino, os espectadores, estimados em 1 bilhão, poderão ler: “Be not afeard, the isle is full of noises” (Não tenha medo, a ilha é muito barulhenta, em uma tradução do próprio redator), retirada da obra A Tempestada, de Shakespeare. Trata-se da grande inspiração para a cerimônia, cujo título é “As ilhas das maravilhas”.
Embora deseje guardar segredo de boa parte de sua produção, Boyle contou ainda que dezenas de enfermeiras do sistema de saúde pública do governo apareceriam em uma sequência que envolveria também aproximadamente 900 crianças.
Ao total, as quatro cerimônias, abertura e encerramento das Olimpíadas e Paraolimpíadas, terão a participação de 15 mil artistas e 25 mil figurinos, o equivalente a 165 musicais de West End ao mesmo tempo.
O mistério, porém, não resiste às regras do Comitê Olímpico Internacional (COI). A entidade estabelece alguns elementos necessários para todas as cerimônias de abertura dos Jogos. Confira:
Recepção do Chefe de Estado
O Chefe de Estado do País-Sede é recebido na entrada do Estádio Olímpico pelo presidente do COI e o chefe do Comitê Organizador. Em Londres 2012, a Rainha será cumprimentada por Jacques Rogge e Sebatian Coe.
Parada dos Atletas
O ponto alto do evento é a Parada dos Atletas, uma procissão das equipes participantes, nação por nação. A ordem de entrada é alfabética, com duas exceções: o time grego (criadores dos Jogos) entra antes, e o Reino Unido (País-Sede), por último.
Discursos
Quando todas as nações já tiverem entrado no estádio, o presidente do Comitê Organizador de Londres para os Jogos Olímpicos, Seb Coe, fará um discurso, seguido pelo presidente do Comitê Olímpico Internacional, Jacques Rogge. Depois dele, a Rainha Elizabeth II declarará abertos os Jogos Olímpicos de Londres.
Hino Olímpico e entrada da bandeira Olímpica
Assim que os Jogos forem declarados abertos, o hino Olímpico começará a tocar, e a bandeira Olímpica será hasteada. Assim, a bandeira tremulará até o fim da competição, no dia 12 de agosto.
Juramentos
Os porta-bandeiras das nações formarão um círculo ao redor da tribuna. Então um atleta, um juiz e um treinador do País-Sede se posicionará e, segurando parte da bandeira Olímpica na mão esquerda e levantando a mão direita, fará o juramento.
A tocha e o caldeirão
O grande final ocorrerá com a entrada da Tocha Olímpica no estádio. Ela será passada pelos atletas pelo último torchbearer, que ficará encarregado de acender o caldeirão. A chama Olímpica terá de se manter acesa até o fim dos Jogos.
A caracterização de um personagem na tela começa pelo figurino. O chicote icônico de Indiana Jones. O traje exótico do capitão Jack Sparrow. A veste delicada de Holly Golightly. Esses e outros elementos do design cênico integram a exposição Hollywood Costumes, que ganha os holofotes do Victoria & Albert Museum a partir de outubro.
A mostra se divide em três andares para apresentar os figurinos de Hollywood no último século, de 1912 a 2012. Ao longo de três atos, os curadores buscam iluminar o processo criativo do designer de figurinos, que exerce papel fundamental no árduo trabalho de dar vida aos personagens. Mas a graça mesmo para a maioria dos espectadores não é elucubrar a respeito do empreendimento criativo, e sim conferir de perto mais de 100 roupas e fantasias que nunca haviam deixado os arquivos dos grandes estúdios, na Califórnia.
Visitas
O museu recomenda a compra antecipada do ingresso, pois a procura será gigantesca.
Preços (libras): Adultos 15,50 / Crianças 9,00 (grátis para menores de 12)
Aprecie o clipe London, London cantada pelo exótico cantor norte-americano Devendra Banhart e pela Cibelle. É uma regravação de de Caetano Veloso, uma das influências musicais de Devendra.
A temática do vídeo lembra muito o filme Mary Poppins e a cena da dança nos telhados. A combinação entre a elegância peculiar de Devendra Banhart e a sensibilidade de Cibelle resulta extrema harmonia.
I’m wandering round and round, nowhere to go I’m lonely in London, London is lovely so I cross the streets without fear Everybody keeps the way clear I know I know no one here to say hello I know they keep the way clear I am lonely in London without fear I’m wandering round and round, nowhere to go While my eyes go looking for flying saucers in the sky (2x) Oh Sunday, Monday, Autumn pass by me And people hurry on so peacefully A group approaches a policeman He seems so pleased to please them It’s good at least, to live and I agree He seems so pleased, at least And it’s so good to live in peace And Sunday, Monday, years, and I agree
While my eyes go looking for flying saucers in the sky (2x) I choose no face to look at, choose no way I just happen to be here, and it’s ok
Green grass, blue eyes, grey sky (2x) God bless silent pain and happiness I came around to say yes, and I say
While my eyes go looking for flying saucers in the sky
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