Muita gente acha que Inglaterra e Reino Unido são a mesma coisa, mas isso não é verdade. Existe uma diferença sensível entre eles.
É verdade que a Inglaterra é, desde os primórdios, uma nação de suma importância na ordem global. E que os ingleses também são a grande potência entre os britânicos.
Mas isso não quer dizer que tratar Reino Unido, Grã-Bretanha e Inglaterra como uma unidade esteja correto.
Então, você sabe qual é a relação entre Reino Unido e Inglaterra? Siga a leitura para descobrir 🙂
Inglaterra e Reino Unido: o que é o quê
Muita gente se confunde ao dizer que Inglaterra e Reino Unido representam a mesma nação. Cercada pelo Oceano Atlântico, a região é composta por quatro países (Inglaterra, País de Gales, Escócia e Irlanda do Norte) e é vizinha da República da Irlanda, que tem soberania sobre seu território.
A capital do Reino Unido é Londres, o que faz da Inglaterra o centro de todas as decisões importantes de interesse do grupo.
A Rainha Isabel II, no cargo desde os anos 1950, é a monarca dos quatro estados.
A Inglaterra concentra as atividades econômicas e industriais e concentra a maior população urbana entre os países que formam o Reino Unido. São 54 milhões de habitantes em solo inglês, o que corresponde a 84% do total. A Escócia, segunda nação mais populosa, tem 5 milhões. País de Gales, com 3 milhões e Irlanda do Norte, com apenas 1 milhão e 851 mil pessoas, fecham a conta dos 65 milhões de habitantes da região.
A língua oficial do Reino Unido é o inglês, mas existem outras linguagens em uso como o galês, o gaélico, o escocês, o irlandês, o escocês de Ulster e o gaélico escocês, frutos de uma cultura rica e repleta de particularidades.
O império inglês ganhou força e colonizou diversos outros territórios entre os séculos XVI e XVIII, influenciando nas questões de língua, políticas integradas e também na cultura. Apesar de ainda ter monarquia vigente, o parlamentarismo é o outro braço do governo, representando civis, nobres e membros da realeza.
A primeira-ministra britânica em atividade é Theresa May. Ela assumiu o cargo em 2016, após a renúncia de David Cameron. Theresa é a segunda mulher no ofício: Margaret Thatcher, também oriunda do Partido Conservador, esteve no comando do governo entre 1979 e 90.
Inglaterra em 2018
A Inglaterra não vive o seu melhor momento como economia e tampouco como sociedade, especialmente após a aprovação do Brexit, que implica na saída do Reino Unido da União Europeia.
A tensão entre nativos e imigrantes escalou de forma preocupante e tem sido frequente ver casos de racismo e xenofobia nos noticiários.
Apesar do radicalismo político, o povo inglês tenta reencontrar sua identidade, abalada depois das duas guerras mundiais no século 20.
O mote da identidade britânica, aliás, foi o empurrão para o Brexit. Países como Escócia e Irlanda do Norte obtiveram maioria de votos contra a saída do bloco europeu, o que reacendeu polêmicas com fronteiras entre os territórios do Reino Unido.
Com uma fatura de dezenas de bilhões de libras a pagar para deixar o bloco continental, a Inglaterra, em especial, teve uma queda nos seus serviços ao longo do severo inverno deste ano.
De acordo com dados do instituto IHS Markit, o índice de crescimento no setor de serviço caiu quase 3% em comparação a fevereiro de 2018. É a menor taxa desde agosto de 2016.
Como consequência do Brexit, os empregos também foram afetados pela instabilidade política e social: a taxa de desemprego aumentou para 1,4 milhões de pessoas, 4,4% em relação à estatística de dezembro de 2017.
Menos postos de trabalho estão sendo criados e menos pessoas estão sendo contratadas. No curto prazo, pelo menos, a conta do Brexit é alta para a Inglaterra.
Formação do Reino Unido
Embora sigam essencialmente uma mesma cartilha de governo, Escócia, Gales e Irlanda do Norte possuem autonomia para discutir questões individuais de seus territórios, como saúde e educação.
No passado, esses países foram anexados ou unificados pelo Reino Inglês, formando o Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda. Gales foi o primeiro, anexado em 1542. A Escócia, que veio depois, assinou em 1707 um tratado para se unificar ao Reino. No início do século seguinte, em 1801, foi a vez das Irlandas se juntarem ao grupo.
Contudo, mais de um século depois, a República da Irlanda declarou independência dos britânicos, em 1922, travando batalha de mais de seis anos. A origem do movimento de libertação data em 1916, no Levante de Páscoa que mobilizou Dublin. O conflito deixou 82 soldados e 220 civis mortos do lado irlandês.
Desde então, a convivência entre os países do Reino Unido tem sido quase sempre pacífica. A exceção se deu a partir de 1919, quando o IRA (Exército Republicano Irlandês) tentou libertar a Irlanda do Norte dos demais países, visando uma nova reunificação com a República da Irlanda. A motivação principal do grupo armado era religiosa. Com a escalada protestante, que constituía-se em mais de 75% do povo norte-irlandês, a luta buscava igualdade e lugar de fala para os católicos.
O IRA cometeu atentados e outros assassinatos a alvos protestantes, inflamando um conflito civil e jurando ódio ao imperialismo britânico. Em 2005, o grupo foi oficialmente dissolvido e entregou suas armas. Membros da facção eram alinhados com a causa nacionalista do Sinn Féin, que mais tarde, nos anos 1970, se tornaria o Partido Trabalhista Irlandês. Foram mais de 3500 mortes provocadas pelo IRA.
Mais recentemente, em 2014, a Escócia votou em um referendo para decidir sobre a sua independência do Reino Unido. Entretanto, o “fico” venceu com 55,30% dos votos. e a ordem permaneceu a mesma para os escoceses.
Próximos passos para Inglaterra e Reino Unido
O conceito de Reino Unido e Inglaterra pode estar chegando ao fim. Com a votação popular pelo Brexit, em 2016, a maioria da Inglaterra foi crucial para a decisão de deixar a União Europeia (UE). A parcela da população que votou pelo “sim” alcançou os 51%.
O movimento, que dividiu as quatro nações, resultará em uma mudança política drástica, com sérias restrições à imigração e um enorme impacto financeiro, já que o Reino Unido terá de pagar uma espécie de multa por deixar o grupo continental, em torno de 40 bilhões de euros.
O Brexit, porém, não foi bem aceito por todos os países do Reino Unido. Em março de 2017, o parlamento escocês aprovou uma votação para permitir um novo referendo de independência nacional. A Escócia entende que teria muito mais pontos negativos pós-Brexit, o que pode alavancar um novo movimento separatista.
A ideia de grande parte dos escoceses, assim como os norte-irlandeses, é a de permanecer na União Europeia. A forte oposição à vontade da Inglaterra no Brexit pode causar novos problemas diplomáticos e estremecer as relações com Londres.
Em dezembro de 2017, uma divergência em relação às fronteiras da Irlanda do Norte com a República da Irlanda culminou em um entrave no acordo do Reino Unido para deixar a União Europeia. Dos próximos capítulos, não sabemos. Mas temos algum receio: quão unido será esse Reino no futuro?
Importância da Inglaterra no contexto mundial
A Inglaterra ainda é muito influente, cultural e socialmente falando, no contexto mundial. A herança do Império Britânico permanece como uma das bases do prestígio inglês.
É verdade que nos últimos dois anos, com o Brexit, isso se alterou de forma negativa para os ingleses, mas historicamente o papel do Reino Unido é de suma importância na ordem mundial.
A democracia parlamentar e os efeitos da Revolução Industrial (que explodiu em Manchester no século XIX) colocaram os britânicos como referência política e social através dos anos.
Fora do seu território, a Inglaterra é vista como um país sério que respeita suas tradições, mas ao mesmo tempo carrega tendências progressistas.
Os principais veículos de informação do país, como a emissora BBC e os jornais Guardian e Telegraph, projetam essa seriedade, contrastando fortemente com as táticas controversas dos meios populares como The Sun, Mirror e Daily Star.
Essa influência britânica também se dá pelo fato de terem havido muitos países como colônias do antigo império. Vários desses países foram descolonizados a partir dos anos 1960, especialmente na África.
Uma maneira de medir a influência inglesa sobre o resto do mundo é notar como políticas mais conservadoras voltaram a ser tendência em outros países.
Questões liberais voltaram à pauta, anos depois da saída de Margaret Thatcher do papel de primeira-ministra, em 1990. A privatização e os altos impostos eram extremamente impopulares com a classe trabalhadora.
Thatcher, conhecida como “A Dama de Ferro”, diminuiu o poder do estado e dos sindicatos, reduziu a inflação e estabilizou as finanças e o emprego no Reino Unido, mas o preço social pago por ela foi altíssimo.
Theresa May, que também foi eleita como primeira-ministra pelo Partido Conservador, tem papel crucial na campanha pelo Brexit, que reduzirá o poder comercial do Reino Unido com outros países.
Economia da Inglaterra
O PIB da Inglaterra é o sétimo maior do mundo, compreendendo a 3,9% do PIB mundial. Dentro da Europa, os ingleses estão apenas atrás de França e Alemanha.
Cerca de 80% do PIB inglês vem do setor de serviços. Outras áreas como a farmacêutica e da produção de óleo e gás também impulsionam a economia britânica.
Quando falamos no valor da libra, em comparação ao euro, a estatística apresenta uma queda de 1,20 em maio de 2017 para 1,14 na primeira semana de abril de 2018.
Antes da votação do Brexit, em maio de 2016, a libra estava valendo 1,31, o que corrobora com a tese do impacto na moeda causado pelo processo.
A libra continua sendo muito bem valorizada no cenário mundial, no quinto lugar do ranking, perdendo apenas para Kuwait, Barein, Omã e Jordânia, países com economia riquíssima e focada na exportação de óleo.
Outro fato relacionado ao Brexit: a economia da Inglaterra se recuperava da grande crise de 2008 e apresentava bons índices de crescimento nos empregos e no valor da libra, mas isso foi seriamente comprometido nos meses que antecederam o referendo.
A primeira-ministra Theresa May tem sido muito pressionada pela questão do desemprego, e parcerias com a China e a Arábia Saudita são vistas como essenciais para o país em curto prazo.
Outro panorama preocupante para a Inglaterra é a reforma do setor de previdência. O efeito colateral da multa por sair da União Europeia impactará o rendimento dos beneficiários do sistema.
Por meio da reforma, o governo planeja incentivar os beneficiários a voltarem para o trabalho. Contudo, o corte iminente desses benefícios coloca muitas famílias em situação complicada.
Política na Inglaterra
A Inglaterra é governada por representantes do Partido Conservador desde 2010, quando David Cameron assumiu o cargo de primeiro ministro.
Com maioria das vagas no parlamento, os Tories tiveram de propor uma coalizão com os liberais democratas para poderem formar governo. A gestão de Cameron durou seis anos e teve algumas polêmicas.
A primeira delas foi o referendo de independência da Escócia, em 2014, quando fez concessões aos nacionalistas escoceses para evitar uma separação dos países.
Depois, pressionado pela ala mais extremista do seu partido, em vista de controlar a imigração, Cameron acabou propondo um plebiscito para a saída do Reino Unido da União Europeia.
Mesmo sendo claramente contra o Brexit, o premiê perdeu uma queda de braço dentro do partido, o que culminou na votação para deixar o bloco. Em 2016, o “sim” venceu, e Cameron renunciou ao posto.
Theresa May foi a sua sucessora, ainda em 2016, voltando o foco para uma negociação pacífica com Bruxelas para deixar a União Europeia.
O sistema político da Inglaterra funciona como uma monarquia parlamentarista, no qual o poder legislativo complementa o executivo para o governo.
A Monarca do Reino Unido é Isabel II, rainha desde 1952, possui poder diplomático e apenas representativo, não podendo tomar decisões em nome do executivo.
O representante maior do executivo, nesses termos, é o primeiro-ministro, eleito pelo partido com mais representantes no Parlamento.
Em linhas gerais, o sistema parlamentarista também prevê destituição das cadeiras e troca do primeiro-ministro em momentos de crise.
Entre 1997 e 2010 a Inglaterra foi governada pelo Partido Trabalhista, representado por Tony Blair e Gordon Brown, que é a segunda legenda com mais cadeiras na Casa dos Comuns.
A terceira legenda mais numerosa na Casa dos Comuns é a do Partido Liberal Democrata, que teve papel crucial no processo que levou David Cameron ao cargo de primeiro-ministro, em 2010.
Inglaterra e suas atrações turísticas
Os turistas adoram a Inglaterra por diversos motivos. Como centro cultural e de enorme importância para o resto do mundo, o país conta com uma mescla entre o urbanismo e a adoração à natureza.
Você sabe quais são os lugares mais populares entre os turistas? Então veja só essa lista:
Londres
Comecemos por Londres, capital inglesa, coração econômico e onde tudo acontece. A cidade tem construções históricas como palácios, a Torre do Big Ben, a Ponte de Londres e a roda gigante London Eye.
A paisagem e a arquitetura chamam a atenção em Londres. Passeios de ônibus por Londres podem mostrar toda a beleza da região, com uma vista incrível do Rio Tâmisa.
Ou suba até o topo da The View from the Shard, um local de 244 metros de altura para contemplar a cidade.
O apelo para museus e para a história da família real também são bons atrativos. Conheça o Palácio de Buckingham, o de Westminster e de Kensington.
Manchester
Palco da Revolução Industrial no século 19, Manchester é referência para passeios e experiências históricas. São muitos museus que ajudam a conhecer a fundo a cultura inglesa.
Os Museus da Ciência e Indústria, do Futebol, da Guerra, a John Rylands Library e a Galeria de Arte em Manchester são pontos indispensáveis em uma passagem pela cidade.
Sem falar, claro, nos dois estádios de futebol dos gigantes locais, o Etihad Stadium e o Old Trafford, casas do Manchester City e do Manchester United.
Liverpool
Conhecida mundialmente como a terra dos Beatles, Liverpool é pioneira em assuntos industriais e de transporte público, como nas ferrovias.
Em questão de turismo, a Catedral de Liverpool, a Abbey Road e os estádios de Goodison Park e Anfield são indispensáveis para compor a experiência.
A vida noturna também é importante e nesse quesito, o Cavern Club, na Mathew Street, é uma atração muito chamativa no centro de Liverpool.
Yorkshire
No condado de Yorkshire, a comida e a bebida são referências nacionais em qualidade. A área verde da região encanta até mesmo quem já conhece e passa sempre por lá.
A herança dos vikings foi preservada, e Yorkshire é um reduto que reconhece a influência da cultura nórdica. E o condado é reconhecido pela Fifa como o local onde nasceu o futebol, paixão mundial.
Quer conhecer de perto a natureza do condado? Passe por Peak District e Yorkshire Dales, com trilhas e lugares para piqueniques, caminhadas e passeios belíssimos ao ar livre.
Brighton
Brighton, no litoral inglês, é a joia da costa sul. Repleta de praias e desfiladeiros, a paisagem é um ponto forte para turistas.
Pelo fato da vida na cidade ser diretamente ligada às águas, a atividade de pesca é muito popular, além da comercialização de frutos do mar. O Pier de Brighton é muito agitado aos fins de semana, reunindo muitas famílias.
A Clock Tower, o Royal Pavillion e os 13 quilômetros de extensão das praias são os principais cartões postais em Brighton.
História da Inglaterra e do Reino Unido
Historiadores afirmam que o território onde hoje é a Inglaterra foi povoado pela primeira vez há 800 mil anos.
A civilização britânica e inglesa chegou bem depois e sofreu severas alterações ao longo dos séculos.
No século 1, chegaram os romanos. Depois celtas, bretões e vikings conquistaram a região antes do quinto século. Depois disso, novas invasões determinaram o que seria a tradição britânica e seus costumes.
Com a chegada dos anglo-saxões e a ocupação de grupos germânicos, o povo inglês começou a ser caracterizado. Nessa época, o inglês arcaico foi difundido como idioma entre as civilizações locais.
Após o ano de 800 d.C, invasões de vikings e nórdicos espalharam-se em diversos reinos no território, o que culminou na unificação do Reino da Inglaterra no século 10.
Posteriormente, os normandos invadiram a Inglaterra e impuseram uma dinastia com Guilherme I, que durou meio século. Uma crise se instaurou no reino, ocasionando uma guerra civil conhecida como Anarquia.
No reinado de Henrique II, a Inglaterra restaurou oficialmente o estado de Monarquia e se distanciou do sistema do feudalismo, implantando uma legislação para comandar o país.
Sob o comando do jovem Henrique III, a Inglaterra viveu período turbulento com mais guerras civis, crises entre os nobres e perdas territoriais no continente.
Guerra dos Cem Anos
Em 1337, após disputa entre Felipe VI e Eduardo III da Inglaterra pelo reinado da França, iniciou-se uma batalha entre os dois países, conhecida como a Guerra dos Cem Anos.
Nesse intervalo, cerca de um terço da população inglesa foi dizimado pela terrível doença da peste negra.
Repetidas batalhas e conquistas de cidades importantes no mapa devolveram o domínio dos franceses ao próprio território, com a vitória das tropas na Normandia, Gasconha e em Bordeaux no reino de Carlos VII.
Não muito tempo depois, estourou outro conflito histórico na Inglaterra, por motivos similares aos da Guerra dos Cem Anos, que acabou na reconquista francesa de Bordeaux.
Guerra das Rosas e a Dinastia Tudor
As casas de Lancaster e York se digladiaram entre 1455 e 1487 para decidir quem ficaria com o trono da Inglaterra. Questões parentais e genealógicas geraram a disputa.
Henrique VIII, estrategista e casado com Catarina de Aragão, forçou o divórcio em 1526, para casar-se com Ana Bolena, já que não conseguia ter um herdeiro homem com Catarina.
Como precisava consultar a Igreja para anular o casório com Catarina, Henrique VIII se desgastou com o Cardeal Wolsey pela demora na resolução do problema.
O processo resultou em excomungação de Henrique VIII pelo Papa. O casamento com Ana Bolena aconteceu, embora ela sofresse dois abortos e fosse acusada de traição e tentativa de assassinato ao rei, sendo decapitada em 1536.
O casamento seguinte do rei foi com Jane Seymour, com quem teve três filhos (Eduardo, Maria e Isabel). Todos eles ocuparam o trono em algum momento.
Irlandas, Escócia e Gales
A Inglaterra é a parte reinante do Reino Unido, digamos, mas os outros países da região são igualmente importantes, histórica e geograficamente falando.
Eduardo I foi crucial nas campanhas de invasão e conquista de Gales e da Escócia, incorporando-os à coroa britânica. Os galeses se renderam em 1283, após a dominação da região de Gwynedd.
Da mesma forma ocorreu com a Escócia, em 1296, após longa disputa, com a conquista de Berwick e Elgin, removendo símbolos identitários e rendendo o rei escocês John Balliol.
A Irlanda entra nessa equação durante a Dinastia Tudor, no século XVI, mais especificamente em 1603, por incompatibilidade da coroa inglesa com a sociedade irlandesa gaélica.
Muitas rebeliões ocorreram posteriormente no território irlandês, que culminou na independência da Irlanda em 1921, com uma sangrenta guerra que sucedeu o Levante de Páscoa. Em 1949, a Irlanda foi proclamada como república.
O papel da Inglaterra nas Guerras Mundiais
A Inglaterra, assim como o Império Britânico, fez parte da Tríplice Entente na Primeira Guerra Mundial, entre 1914 e 18, ao lado de França e Rússia.
A batalha, que se iniciou com um atentado de um nacionalista iugoslavo ao Arquiduque Ferdinando do Império Austro-Húngaro, teve mobilização russa e alemã, em oposição.
Outros países se juntaram à batalha, que foi uma das mais mortais da história da humanidade. O Reino Unido teve mais de 850 mil baixas no período.
Com ajuda dos Estados Unidos, a Tríplice Entente venceu o confronto mediante rendição do Império Alemão, que se transformava em república.
Quase trinta anos depois, a Europa se dividiu novamente entre os países do Eixo e os Aliados. França e Reino Unido se uniram mais uma vez contra a Alemanha (Nazista), que dessa vez contava com Itália e Japão ao seu lado nas trincheiras.
Tudo começou com a invasão alemã à Polônia, que era aliada militar dos britânicos. Forçado a declarar guerra contra a Alemanha, o Reino Unido teve muitas baixas até 1941, quando viu a União Soviética e os Estados Unidos entrarem no grupo aliado.
Em 1945, o Reino Unido foi crucial na invasão e rendição dos japoneses, que haviam sofrido o forte impacto das bombas atômicas americanas em Hiroshima e Nagasaki.
Inglaterra, um Reino cada vez menos Unido
A relevância econômica e política da Inglaterra não perdeu força nos últimos anos, mas tende a ficar comprometida dependendo dos movimentos separatistas de Escócia e Irlanda do Norte, aliados ao processo de saída da União Europeia.
Para muita gente, esse passo para fora de uma união na Europa deixa a Inglaterra fragilizada. Outros observadores, o entanto, pontuam que o sistema econômico imposto na UE também não é de ferro, como visto nos últimos anos, diante de grave crises em países como Itália, Espanha e Grécia. Por esse lado, portanto, uma saída do bloco pode significar dificuldades no curto prazo mas um distanciamento saudável no futuro.
E você, gostou de entender melhor a relação entre Inglaterra e Reino Unido e os próximos passos das nações regidas por Elizabeth II? Comente.