Rio Tâmisa: a nascente de Londres

Cartão postal e símbolo de Londres, o rio Tâmisa é muito mais do que um curso de águas que percorrem o sul da Inglaterra. Cercado de histórias, ele é utilizado desde os primeiros povoados na região, há 2 mil anos. Não é à toa que até hoje simboliza um marco para a cidade.

Talvez você não saiba, mas antes de se chamar Londres, a atual capital da Inglaterra foi denominada Londinium pelos romanos. Não há um consenso exato sobre a tradução da palavra, mas acredita-se que seja algo como “seguindo o rio”. Aí já está uma pista da importância do rio Tâmisa para a fundação da cidade.

De fato, Londinium nasceu à margem norte do rio Tâmisa, por romanos liderados pelo Imperador Cláudio. Desde então, a região já era desenvolvida como ponto estratégico – e assim seguiu para todas as civilizações que a ocuparam posteriormente.

Já está curioso para conhecer um pouco mais sobre o Tâmisa? A seguir, você vai desvendar sua história e diversas curiosidades sobre ele.

Foto: Mapa de Londres
A London Eye e o Parlamento estão em margens opostas do Rio Tâmisa. Foto: Mapa de Londres

A importância do Rio Tâmisa para Londres

O Rio Tâmisa (River Thames, em inglês), é o maior rio da Inglaterra e o segundo maior em toda extensão do Reino Unido. Atualmente, é considerado também o mais limpo do mundo entre aqueles que cruzam grandes metrópoles.

A nascente do Tâmisa fica no Condado de Gloucestershire. A partir dali, suas águas percorrem 346 km de extensão, passando por várias cidades situadas ao sul da Inglaterra, como Oxford, Eton, Wallingford, Reading, Windsor e, claro, Londres. O rio deságua no Mar do Norte.

A importância do Tâmisa e seus afluentes não só para Londres, mas para toda a Inglaterra, vai muito além de sua beleza. Há milhares de anos, muito antes de existirem ferrovias e boas estradas, o rio era a principal rota de comércio desta região do velho continente. Por conta disso, os portos e primeiras indústrias do país se instalavam às suas margens.

Para se ter uma ideia da relevância do rio, vale destacar que até os dias atuais a região do Vale do Tâmisa, termo que designa as cidades ao longo do rio, é a mais desenvolvida de todo o Reino Unido. 

Diversas importantes construções londrinas históricas também estão instaladas ao longo do rio, como o Parlamento e a Torre de Londres. Isso sem falar nas atrações contemporâneas, como o Aquário de Londres, um dos maiores da Europa, e a London Eye, a terceira maior roda-gigante do mundo.

Foto: Mapa de Londres
Rio Tâmisa aparece em quase todos os cartões postais da cidade. Foto: Mapa de Londres

4 curiosidades sobre o Rio Tâmisa

Agora que você já conhece um pouco sobre a história do Tâmisa, vale a pena ficar por dentro de mais algumas curiosidades. Vamos lá?

1. O Grande Fedor

Sempre que puder, vá pela água. Foto: Mapa de Londres
Passeio de barco pelo Tâmisa hoje é uma experiência agradável. Foto: Mapa de Londres

Hoje o Tâmisa é um dos rios mais limpos a cruzar uma grande metrópole. Mas nem sempre foi assim. Em 1858, ele era tão poluído, que seu cheiro foi apelidado de “o grande fedor”. Inclusive, algumas sessões do Parlamento tiveram que ser suspensas por conta do mau cheiro.

Em 1960, a história começou a mudar. Naquele ano, foi sancionada uma lei para proibir que qualquer tipo de esgoto fosse despejado no Tâmisa. Nas cidades que antes despejavam seus desejos nas águas, foram construídas estações de tratamento de esgoto.

Atualmente, mais de 50% dos detritos londrinos são transformados em fertilizantes e utilizados na agricultura. No rio, vivem mais de 121 espécies de peixes – inclusive o salmão, um dos mais sensíveis à poluição. Suas águas hoje são próprias para a prática de esportes e pesca.

2. Corrida de Remo

A mais tradicional corrida de remo da Inglaterra acontece no Tâmisa. Para celebrar a chegada da primavera, os melhores remadores das universidades de Oxford e Cambridge disputam anualmente a competição nas águas do rio histórico.

3. Pontes

Tower Bridge foi construída em 1894. Foto: Mapa de Londres
Tower Bridge foi construída em 1894. Foto: Mapa de Londres

Em toda a sua extensão, o Tâmisa é cortado por cerca de 100 pontes: 12 delas apenas em Londres. Isso o faz parecer ainda mais charmoso, romântico e imponente. Entre as pontes mais famosas, estão a London Bridge e a Tower Bridge.

4. Cutty Stark

Cutty Sark no Distrito Real de Greenwich. Foto: Mapa de Londres
Cutty Sark no Distrito Real de Greenwich. Foto: Mapa de Londres

Nas margens do rio Tâmisa em Greenwich, os visitantes podem conhecer o Cutty Sark, a última caravela de transporte de chás da frota inglesa. Um passeio imperdível.

E aí, gostou de aprender um pouco mais sobre o rio Tâmisa? Já conhecia sua importância para Londres? Qual ponto da cidade você acha que possibilita a melhor vista dele? Deixe um comentário!

Descubra 6 lugares da série Sherlock para visitar em Londres

Já pensou em fazer uma viagem a partir de um roteiro temático? Em Londres, uma alternativa é buscar inspiração na série Sherlock e revisitar a cidade do detetive mais famoso de todo o mundo. Onipresente como cenário de todas as suas histórias, a capital da Inglaterra representa o destino ideal para quem é fã da criação do escritor Sir Arthur Conan Doyle.

Desde que foi criado – em 1887 – até os dias de hoje, o detetive britânico já protagonizou muitas histórias além das descritas nas páginas de seus primeiros livros. Em uma das adaptações mais recentes, a série Sherlock, o personagem interpretado pelo ator Benedict Cumberbatch se utiliza de ferramentas modernas – como smartphones, internet e GPS – para solucionar crimes.

Se você é fã do personagem cultural britânico, fique ligado nas dicas a seguir: vamos compartilhar todas as orientações para o seu roteiro na Londres da série Sherlock.    

Série sherlock: 6 cenários para visitar

Então, preparado para seguir todos os rastros de Sherlock Holmes e John Watson? Confira algumas dicas para explorar Londres de forma totalmente inspirada na série da BBC:

1. A fachada da 221b de Sherlock

Série Sherlock

Seu primeiro ponto de parada vai ser a fachada do flat de Sherlock, que na história se localiza na 221B de Baker Street. Na verdade, na época da criação do personagem, a rua não chegava até esse número. Hoje, há um museu que imita a residência de Holmes bem pertinho de onde seria esse endereço. Mas a fachada do flat usado na série fica a 25 minutos a pé, no número 187 da North Gower StreetA estação de metrô mais próxima é a Euston Square.

2.  Speedy’s Sandwich Bar and Cafe

Speedy Cafe - Série Sherlock

Logo ao lado da fachada do apartamento, fica uma cafeteria chamada Speedy’s Sandwich Bar and Cafe. Ela aparece diversas vezes na série e ficou ainda mais famosa na vida real, já que Cumberbatch adorava fazer uns lanches por lá durante as filmagens.

Tanto que o menu ganhou um prato especial: o Sherlock wrap, com bacon, frango, cheddar, alface, cebola roxa, pimentão vermelho, molho picante e pepino. Não deixe de experimentar.

3. Hospital St. Bartholomew

St Bartholomew
Prédio do hospital foi cenário de uma das cenas mais memoráveis da série. Reprodução, BBC

Se você é fã da série Sherlock, deve lembrar que foi no Hospital St. Bartholomew, em West Smithfield, que Holmes e Dr. Watson se encontraram pela primeira vez. O prédio abriga também o terraço onde ocorre o confronto final entre o detetive e Moriarty, que culmina em um salto mortal no fim da terceira temporada.

A estação de metrô mais próxima é a St Paul’s.

4.  Gerrard Street

No coração da China Town londrina, a colorida Gerrard Street é onde Sherlock e John vão em busca da loja oriental de antiguidades The Lucky Cat, mais especificamente no episódio The Blind Banker. Vale a pena conhecer e admirar o local.

A estação de metrô mais próxima é a Leicester Square.

5. Torre de Londres

London Pass dá acesso à Torre de Londres. Foto: Mapa de Londres
Torre de Londres foi um dos cenários da série Sherlock. Foto: Mapa de Londres

Última parada das travessuras de Moriarty na cidade, a Torre é onde ele deixa a emblemática mensagem “Get Sherlock”, junto às joias da coroa. A visita é indispensável não só pela série, mas por toda a história da Inglaterra resguardada no local, que já foi palco de torturas e execuções.

A estação de metrô mais próxima é a Tower Hill. Para visitas, os ingressos custam 22 libras.

6. Região central de Londres

Na área central de Londres há diversos pontos turísticos que têm relação com a série Sherlock. Em Strand, visite o Teatro Lyceum, local das reuniões de O Signo dos Quatro e contemple a Royal Opera House, uma das mais adoradas por Holmes. Em direção a Bloomsbury, dê uma parada no Museu Britânico, onde o detetive costumava fazer suas pesquisas. A Trafalgar Square, a principal praça de Londres, aparece repetidas vezes na série. Ali pertinho, na Northumberland Street, você pode finalizar o seu roteiro no Sherlock Holmes Pub e saborear uma ale em homenagem ao detetive.

A Baker Street de Sherlock Holmes

Além dos cenários que serviram como pano de fundo para a gravação da série Sherlock, há diversos pontos em Londres que homenageiam o personagem, principalmente em torno de Baker Street, a rua do flat que o detetive dividia com Watson nas histórias de Conan Doyle.

Museu de Sherlock Holmes

Museu do Sherlock Holmes. Foto: Mapa de Londres
Museu recria o flat de Holmes e Watson na Baker Street. Foto: Mapa de Londres

A principal atração para qualquer fã da obra é o Museu de Sherlock Holmes, que abriga diversos objetos que aparecem nas histórias do detetive – inclusive a coleção de borboletas de Watson. Entre os artefatos curiosos estão livros, cachimbos, recortes de jornal e violinos. Fica na Baker Street entre os números 237 e 241 – pertinho do endereço fictício. Não deixe de passar na loja ao lado, que vende absolutamente tudo relacionado a esse universo.

Baker Street
Foto: Mapa de Londres

Estação de Baker Street

Já na estação de metrô Baker Street Station, o viajante encontra paredes estampadas com o desenho do personagem e, do lado de fora, uma estátua, na qual ele é retratado de capa e cachimbo. O monumento fica na saída para a Marylebone Road.

Madame Tussauds

No museu de cera Madame Tussauds, Sherlock Holmes também aparece na “pele” de Robert Downey Jr, da franquia de filmes Sherlock Holmes.

E aí, gostou deste roteiro inspirado na série Sherlock? Já conheceu algum desses pontos? Comente!

Reino Unido e o Brexit: perguntas e respostas

O resultado do plebiscito do Brexit neste ano determina que o Reino Unido deixará a União Europeia. Mas esse processo de saída é complicado e demorado. A questão é tão essencial ao futuro do reino e do bloco, que o então primeiro-ministro David Cameron, que defendia a permanência, renunciou ao cargo, em prol de Theresa May, que fica a cargo de todas as negociações com Bruxelas.

Theresa May
Manifestantes pedem para ficar na União Europeia: “MAY WE STAY?”. Foto: iStock, Getty Images

Reino Unido e o Brexit: perguntas e respostas

A seguir, confira as dúvidas mais comuns a respeito do Brexit, do Reino Unido e da União Europeia:

Países que fazem parte do Reino Unido também fazem parte da União Europeia?

O Reino Unido, como um todo, faz parte da União Europeia. Mas, com a votação que definiu a saída do bloco, o reino inteiro deixará de integrar a UE. O momento em que isso vai acontecer ainda não está acertado. Com a renúncia de David Cameron, Theresa May assumiu como primeira-ministra e terá a tarefa de coordenar o processo do Brexit.

Países do Reino Unido podem ficar na União Europeia mesmo com o Brexit?

Talvez, mas para isso eles teriam que deixar o Reino Unido. A situação é pouquíssimo clara neste momento. Pelo que se sabe até agora, o Reino Unido de Theresa May ainda não acionou a cláusula de saída do bloco econômico. Quando essa cláusula for acionada, o que deveria acontecer em breve, há um prazo de dois anos para todas as negociações até a concretização da saída de fato.

Para que um país do Reino Unido permaneça na União Europeia, terá que definir por sua independência do Reino e depois costurar um acordo direto com a UE. Essa é uma hipótese plausível para a Escócia, por exemplo, que já declarou sua intenção de realizar um novo referendo a respeito da permanência no Reino Unido. Recentemente, um referendo desse tipo foi feito com uma margem mínima de vitória para a permanência. A aposta é de que, com o fator Brexit na equação, a resposta das urnas seria diferente.

Qual é a tendência para a economia do Reino Unido com o Brexit?

Às vésperas da votação, o noticiário foi inundado com dados e previsões de que a economia inglesa e do Reino Unido entraria em colapso após o Brexit, a libra despencaria e tudo seriam ruínas. Na prática, já se considera que os alarmistas tenham exagerado. A forma gradual como se dará a saída da União Europeia tende a atenuar movimentos bruscos da economia. De qualquer forma, a libra de fato se desvalorizou bastante desde a votação. Para os brasileiros, por exemplo, ela já está bem mais acessível. Ou seja, já dá para pensar em estudar em Londres de novo.

A grande dificuldade agora é entender como o Reino Unido vai costurar seus acordos com a União Europeia para de alguma forma participar do Mercado Comum Europeu sem ser um membro. Não serão negociações fáceis, e os prováveis resultados estarão no meio do caminho entre o que os mais pessimistas e os mais otimistas esperam.

Por que o Reino Unido optou por deixar a União Europeia?

Não é uma pergunta fácil. Na verdade, os principais argumentos utilizados pela campanha do Brexit eram os seguintes:

  • Ser membro da União Europeia custa caro. Podemos investir esse dinheiro no sistema de saúde e em empregos para os britânicos.
  • A imigração saiu do controle no Reino Unido. Precisamos deixar a União Europeia para retomar o controle das fronteiras e adotar um regime de imigração que favoreça pessoas que possam fazer a diferença por aqui, através de um sistema de pontuação como o da Austrália.

Essas duas afirmações, sobre o custo de ser membro da União Europeia e sobre a imigração descontrolada, podem ser rebatidas de diferentes formas. Mas é fato que um sentimento meio patriótico e meio xenófobo está cada vez mais em voga no Reino Unido. Aparentemente, a maioria dos britânicos vê o Brexit como uma forma de retomada de controle de sua soberania.

Na prática, a decisão pode custar caro. De um jeito ou de outro, o Reino Unido depende de mão de obra estrangeira, e o custo de se manter na União Europeia, ao que tudo indica, era coberto pelos benefícios advindos das transações comerciais com o bloco.

É importante lembrar também que essa decisão não foi de todos os britânicos. Londres e a Escócia, por exemplo, votaram pela permanência. E você, já imaginou como votaria? Ficou com dúvidas sobre essa história? Deixe um comentário e aguarde os próximos capítulos do Brexit.

Quem foi Guy Fawkes, inspiração para o V de Vingança

Hoje a máscara de Guy Fawkes é um símbolo de rebelião e anarquia ao redor do mundo. O que talvez você não saiba é que, além de aparecer em vídeos do Youtube e no filme V de Vingança, existe – de fato – uma história por trás dela. É o que você vai descobrir agora.

Para início de conversa, é importante destacar que Guy Fawkes realmente existiu. Ele foi um soldado britânico que participou da chamada Conspiração da Pólvora, em 1605, um movimento cujo objetivo era explodir o parlamento inglês e assassinar não apenas o rei protestante Jaime I, mas todas as autoridades lá presentes.

O motivo do levante contra os representantes do governo na época era a forte repressão contra os direitos políticos dos católicos. Mas é claro que nem tudo saiu como planejado. Neste artigo, você vai entender melhor essa história – e sua relação com o filme V de Vingança.

Protesto com a máscara de Guy Fawkes, V de Vingança
Máscara do V de Vingança aparece em protestos em todo o mundo. Foto: iStock, Getty Images

Guy Fawkes e a Conspiração da Pólvora

Até hoje, o dia 5 de novembro é uma data histórica para os ingleses. Isso porque, simbolicamente, ela marca um dia de revolução – na qual o Parlamento poderia ter sido reduzido às cinzas. Era esse o plano dos revoltosos que participaram da Conspiração da Pólvora, lá no início do século 17.

Big Ben - Palácio de Westminster. Mapa de Londres
Parlamento era o alvo de Guy Fawkes. Foto: Mapa de Londres

Guy Fawkes, especialista em explosivos, tinha um importante papel na trama. Era ele o responsável por guardar os barris de pólvora que seriam utilizados para explodir o parlamento. De fato, era uma estratégia ousada. Mas onde tudo deu errado?

Bem, uma das preocupações dos conspiradores era evitar a morte de inocentes e, especialmente, pessoas católicas. Por isso, certificaram-se de enviar alguns avisos para que os cidadãos mantivessem distância do parlamento no dia 5 de novembro. O burburinho, porém, chegou aos ouvidos do rei.

Quem conhece a um pouco da história da Inglaterra, já pode imaginar qual foi o destino de Fawkes. O soldado foi torturado na Torre de Londres e, por fim, enforcado por traição e tentativa de assassinato.

Há quem, até hoje, comemore sua captura no dia 5 de novembro, a Bonfire Night – também conhecida como Noite da Fogueira – e posterior execução. Por outro lado, também há quem lembre do soldado como alguém que lutou e morreu por seus ideais.

É por isso que, atualmente, a máscara associada a Fawkes no filme V de Vingança aparece em protestos como um símbolo de luta pela liberdade. Inclusive no Brasil, especialmente nas manifestações de junho de 2013.

V de Vingança e a máscara de Guy Fawkes

A associação da emblemática máscara à figura de Guy Fawkes aconteceu graças ao filme V de Vingança, longa de 2005 estrelado por Hugo Weaving e Natalie Portman.

Na trama, o protagonista é um homem que fora preso e torturado injustamente por um governo britânico opressor. Ele utiliza o codinome Fawkes para conduzir uma vingança, que consiste em nada menos do que explodir o parlamento e outros imponentes prédios britânicos. Qualquer semelhança com a realidade não é mera coincidência.

O rosto do personagem, porém, não é revelado. Fica constantemente escondido pela máscara preta e branca. Foi a partir daí que ela se tornou conhecida mundialmente e passou a ser adotada como um símbolo para todos os revoltosos que lutam contra a opressão.

E você, já conhecia a história de Guy Fawkes? Sabia de sua relação com o filme V de Vingança? Comente!

4 quadros famosos que você pode ver de graça em Londres

Londres resguarda muitos tesouros quando o assunto é arte. Mas, diferente de vários acervos ao redor do mundo, na capital da Inglaterra é possível contemplar muitas obras e quadros famosos sem gastar um centavo. Originais de Da Vinci, Monet, Michelangelo e Van Gogh, apenas para citar alguns artistas, estão à disposição de todos os viajantes.

A maioria dos quadros famosos fica na mais emblemática galeria londrina: a National Gallery. Situada na icônica Trafalgar Square, ela conta com um dos maiores acervos de toda a Europa. São mais de 2,3 mil pinturas. O local abre diariamente das 10h às 18h e, em sextas-feiras, excepcionalmente até 21h. A entrada é totalmente gratuita.

4 quadros famosos da National Gallery

Quando estiver em Londres, você simplesmente não pode perder a oportunidade de contemplar  – no mínimo – alguns dos quadros famosos expostos na National Gallery. Veja, a seguir, quatro deles:

1. A Young Woman Standing at a Virginal

  • Pintor: Johannes Vermeer
  • Período: 1670 – 1672

vermeer

A riqueza de detalhes é o espetáculo das obras deste pintor holandês. Como marca registrada, ele apresenta suas personagens – principalmente mulheres – retratadas perto de janelas. Com sombras reproduzidas à perfeição (outra assinatura de Johannes, o mestre dos contrastes), essa é uma pintura imperdível exposta em Londres.  

2. Sunflowers

  • Pintor: Vincent Van Gogh
  • Ano: 1888

Girassóis de Van Gogh

Sem dúvidas, os girassóis de Van Gogh representam uma das séries de pinturas mais conhecidas – e reproduzidas – ao redor do mundo. Um fato interessante é que o artista pintou inicialmente as flores para decorar um quarto de hóspedes em sua casa. E foi justamente uma briga feia com o hóspede, Paul Gauguin, que contribuiu para que o artista cortasse parte da orelha. Triste, não?

3. The Execution of Lady Jane Grey

  • Pintor: Paul Delaroche
  • Ano: 1833

paul_delaroche_-_ejecucion_de_lady_jane_grey_national_gallery_de_londres_1834

Esta obra é interessante, pois remonta a um fato histórico: o momento em que Lady Jane Grey, a protestante que foi Rainha da Inglaterra por exatos nove dias em 1533, está prestes a ser decapitada. Quem tomou seu lugar, posteriormente, foi a católica Lady Mary. O mais incrível do quadro é como ele retrata o momento em detalhes: chega a dar um nervosismo, tamanho o grau de realidade da cena que está prestes a acontecer. Vale a pena observar.

4. The Toilet of Venus

  • Pintor: Diego Velázquez
  • Período: 1647 – 1651

National Gallery of London

Um dos nus mais famosos da história, reza a lenda que o quadro foi pintado para um playboy de época, que tinha de esconder a pintura da Inquisição. É interessante observar o contraste do corpo angelical da modelo, com seu olhar mais fechado refletido no espelho que segura. Interprete como quiser – mas não deixe de contemplar essa relíquia.

Quadros de grandes nomes em galerias de Londres

Não é apenas na National Gallery que os visitantes de Londres podem encontrar tesouros artísticos. No seu roteiro, a sugestão é incluir também o Tate Modern, o Tate Britain e o Victoria & Albert Museum. Com entrada gratuita, cada um deles tem atrações imperdíveis para qualquer apreciador de arte, cultura e história.

Arte moderna na Tate Modern

Às margens do rio Tâmisa, o Tate Modern reúne mostras temporárias de arte moderna e contemporânea, apresentando obras de nomes como Picasso, Matisse e Francis Bacon. Apesar de ter sido inaugurado apenas no início dos anos 2000, já se consolidou como um dos principais tesouros londrinos. O museu abre diariamente, das 10h às 18h. Em sábados, funciona até 22h.

Arte britânica na Tate Britain

No Tate Britain, o principal museu de arte britânica, você encontra um acervo especial com uma coleção de trabalhos de J.M.W. Turner. Todas suas salas são dispostas em ordem cronológica e o local também sedia eventos e shows. Ele abre diariamente, das 10h às 18h e, em sextas-feiras, até 22h.

Arte e design no Victoria & Albert Museum

Já no Victoria & Albert Museum, o maior museu de arte e design do mundo, é possível encontrar galerias da Renascença Medieval, joias de William & Judith Bollinger e diversas galerias britânicas. Nele, também ocorrem renomadas exibições internacionais temporárias. Funciona todos os dias das 10h às 17h45, em sextas até as 22h.

E aí, gostou das dicas de quadros famosos para ver em Londres? Qual é o seu favorito? E qual você acha que é a mais bela galeria da cidade? Comente!

Madame Tussauds separa estátuas de Angelina Jolie e Brad Pitt

Diante do anúncio da separação de Angelina Jolie e Brad Pitt, o Madame Tussauds de Londres tomou rápidas providências. Conhecido por retratar fielmente o mundo das celebridades, o museu de cera tratou de separar as estátuas do casal.

No Twitter oficial do Madame Tussauds, foram compartilhadas fotos dos funcionários movendo as estátuas dos astros – inauguradas em 2013. Agora, o ator Robert Pattinson está posicionado entre os dois.

Nas redes sociais, os comentários sugeriam que, ao invés de Robert Pattinson, deveria ser colocada ali a estátua de Jennifer Aniston, ex-mulher do ator (antes de Angelina).

Parece que #Brangelina acabou mesmo, hein? 🙁 ?

Leia também

5 vestidos de Kate Middleton para você se inspirar

5 vestidos de Kate Middleton para você se inspirar

Simplicidade e elegância talvez sejam duas palavras ideais para definir o estilo da Duquesa de Cambridge. Por isso, não é à toa que os vestidos de Kate Middleton inspiram mulheres do mundo inteiro. Através de peças sóbrias, mas muito femininas, a princesa prova que é possível acertar no look vestindo desde Alexander McQueen até modelitos fast fashion.

Atualmente, diante de um mercado da moda muito mais democrático, Kate é uma das personalidades que ajuda a perpetuar a ideia de que o importante é sentir-se bem com o que você veste. Independente da peça. É por isso que, naqueles momentos de dúvida sobre como compor o visual, vale a pena buscar inspiração na princesa do século 21.

Então, preparada para pegar as melhores dicas de looks e vestidos da Kate Middleton? Veja, a seguir, as nossas sugestões.

Vestidos de Kate Middleton
Kate Middleton esbanja elegância em qualquer ocasião. Foto: iStock, Getty Images

5 vestidos de kate middleton

Em qualquer aparição pública da Duquesa de Cambridge, os paparazzi estão por perto para captar cada movimento. A parte é boa é que isso rende ótimos cliques dos looks da princesa, como você poderá observar agora.

1. Modelo acinturado

Vestidos de Kate Middleton
Foto: Charles LeBlanc, CC BY-SA 2.0

Se tem um truque que Kate adora, é destacar a cintura para marcar bem a silhueta. Em vários trajes, é possível reparar que ela opta por vestidos que já são mais afunilados nessa região, ou então usa algum cinto para cumprir com esse propósito. É uma opção interessante para valorizar as curvas de qualquer mulher. Esse vestido da foto, utilizado na época do casamento com o Príncipe William, pode ser visto lá no museu de cera Madame Tussauds

2. Vestido com recorte no joelho

Vestidos de Kate Middleton
Foto: Pat Pilon, CC BY 2.0

Ao observar os vestidos da princesa, é fácil constatar que o comprimento mais utilizado é aquele com recorte acima do joelho. Seja o traje mais colado no corpo ou esvoaçante, o fato é que o formato midi proporciona um toque de elegância a qualquer visual.

Em tons mais sóbrios – como preto, azul ou cinza-, os vestidos com esse shape combinados com um scarpin compõem um look clássico e perfeito para o trabalho. Já para ocasiões especiais, como um jantar ou uma festa, a sugestão é apostar em modelos com tonalidades vibrantes, como o verde pelo qual Kate optou.

3. Estilo trench coat

Vestidos de Kate Middleton
Foto: esther1616, CC BY-ND 2.0

Mais um truque que é possível observar em muitos looks da esposa de William: o vestido estilo sobretudo. Uma forma simples, mas muito chique de aprimorar o visual. Basta pegar um trench coat bem acinturado – melhor ainda se tiver um cinto para amarrar – e usá-lo com todos os botões fechados. Lindo e fácil de copiar.

4. Vestido com estampas

Vestidos de Kate Middleton
Foto: Bramblewood Fashion,CC BY 2.0

Quem disse que todos os looks de uma princesa precisam ser neutros? Kate é um perfeito exemplo de como imprimir beleza e estilo em modelos mais chamativos com estampas. Ela já investiu em listras e até em um modelo azul com bolinhas brancas. O truque para acertar é optar por vestidos mais acinturados e com mangas três quartos.

5. Modelo clássico e elegante

Vestidos de Kate Middleton
Foto: iStock, Getty Images

Simplicidade é sempre uma boa ideia para se ter em mente ao compor um look. Menos é mais. Observe como uma combinação totalmente monocromática e básica entre vestido e scarpin pode criar um visual estonteante. Na dúvida, opte pelo básico. Não tem como errar.

O estilo hi-lo de Kate Middleton

Kate Middleton faz jus à realeza. Suas produções transmitem a ideia de seriedade, charme e carisma típicas de uma princesa. Mas talvez o grande legado dela para as mulheres seja a mensagem de que, para ser elegante, não é preciso vestir modelitos de grife que custam o valor de uma casa.

Adepta da tendência hi-lo – que consiste em misturar peças de roupa mais caras com outras bem baratinhas – Kate adora criar diferentes looks com os mesmos itens de vestuário. E não é por falta de verba, certo? Ela usa o que gosta – e o que quer. Já fez aparições com peças de redes de varejo, com preços em torno de 35 libras.

E você o que acha dos vestidos de Kate Middleton? Gosta do estilo da princesa? Deixe um comentário!

Estude moda e design no Istituto Marangoni

Para quem estuda ou já trabalha com moda, arte ou design, o nome Istituto Marangoni significa alta qualidade de ensino, nomes famosos no mundo da moda e design e uma oportunidade única de desenvolver a carreira profissional nessa área tão competitiva e de constante atualização.

O Istituto Marangoni foi criado em 1935 em Milão. Hoje essa instituição de ensino conta com unidades em Londres, Paris, Florença e Xangai, além da escola original, que continua gerando oportunidades de aperfeiçoamento profissional para milhares de estudantes a cada ano.

E aí, já imaginou estudar no Istituto Marangoni? Esse sonho pode estar mais perto de se tornar realidade, sabia?

Istituto Marangoni
Escola do Istituto Marangoni em Londres. Fotos: Divulgação

Como estudar no Istituto Marangoni

O Istituto Marangoni tem cursos de várias durações e níveis, desde os cursos de curta duração no verão europeu (2 ou 3 semanas em julho e agosto), até cursos de graduação ou pós-graduação.

É preciso ter um nível mínimo intermediário de inglês, francês ou italiano para poder se matricular em um curso deles. Para quem ainda não atingiu esse nível de inglês, é possível fazer um curso intensivo do idioma por algumas semanas, antes do curso especializado.

Istituto Marangoni
Fashion Image & Styling é um dos cursos oferecidos pelo Istituto Marangoni

As aulas são repletas de ambientes criativos e multiculturais, para desenvolver o talento de cada estudante, e os professores são todos bastante experientes e nomes famosos e reconhecidos no mundo da moda, arte e design.

Cursos de 3 semanas no Istituto Marangoni

Veja algumas das opções de curta duração nas unidades de Londres, Paris, Florença, Xangai e Milão:

Fashion Design

Fashion Image & Styling

Fashion Business

Fashion Buying

Fashion Visual Merchandising

Portfolio for Fashion, Art & Design.

Istituto Marangoni
Ambiente multicultural é um dos diferenciais da instituição de ensino

Aproveite essa ótima oportunidade de desenvolvimento pessoal e faça um curso no Istituto Marangoni com a ajuda gratuita do Mapa de Londres e de nossa agência parceira, a Global Active Study.

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    Qual é o melhor aplicativo para aprender inglês? Veja 5 opções

    Atualmente, não existem mais desculpas de falta de tempo e recursos para dominar uma outra língua. Diante do acesso aos smartphones, descobrir o melhor aplicativo para aprender inglês basta para ampliar suas possibilidades de comunicação em viagens e, quem sabe, até conseguir mais oportunidades de trabalho.

    Os apps para se familiarizar e praticar outras línguas estão cada vez mais eficientes Além de recursos que testam a memória e conhecimentos sobre vocabulário, alguns deles já possibilitam uma conversa em tempo real com outros usuários estrangeiros. Afinal, praticar é a melhor forma de aprender, certo?

    Mas quais são, de fato, os apps para estudar inglês que realmente valem um espacinho na memória do seu celular ou tablet? Descubra a seguir.

    App para aprender inglês
    Com apps, você pode praticar o inglês no dia a dia. Foto: iStock, Getty Images

    4 apps para aprender inglês sozinho

    Parado no trânsito, no intervalo do almoço ou à noite em casa: aproveite alguns dos minutos livres da sua agenda para abrir estes apps e simplesmente praticar. Aos poucos, você vai ver como é possível aprimorar o domínio da Língua Inglesa através deles.

    E o melhor: na maioria dos casos, sem ter que pagar nada.

    1. Duolingo

    Disponível para iOS, Android e Windows Phone

    A primeira grande vantagem deste app é que, além de ser gratuito, ele não apresenta nenhum tipo de anúncio – o que, por si só, já torna a experiência do usuário mais prazerosa. Mas são seus recursos de gamificação que fazem o aplicativo realmente merecer um lugar na lista.

    Por meio dele, você avança no estudo através de níveis, como fases de um jogo: uma forma divertida e estimulante de aprender. As ferramentas são didáticas e os exercícios práticos, com lições que dividem o conteúdo por assuntos – comida, roupas, cores e por aí vai – para você desenvolver habilidades de compreensão oral, pronúncia e escrita.

    2. Babbel

    Disponível para iOS e Android

    Com diversos cursos divididos por áreas temáticas à disposição, o Babbel proporciona vários exercícios gramaticais para usuários que têm pouco ou nenhum conhecimento em Língua Inglesa. O mais legal do app é o recurso de reconhecimento de voz, por meio do qual você pode treinar a pronúncia através de frases e trava-línguas.

    Outra facilidade é que você pode integrar o aplicativo através de diferentes plataformas – smartphone, tablet ou web – para continuar o treino em qualquer dispositivo que esteja à disposição. Mas, infelizmente, nem todos os recursos ofertados são gratuitos.

    3. Lingualeo

    Disponível para iOS e Android

    Este aplicativo foi concebido para o público infantil, mas é tão divertido que caiu no gosto dos adultos. A proposta é, justamente, ampliar seu vocabulário brincando. Junto ao Leo, o leão animado que é o personagem principal do jogo, você vai explorar o idioma inglês e ganhar pontos por isso, para avançar em níveis.

    O grande trunfo do app é o incentivo para aprender cada vez mais. Você poderá verificar imagens e tradução de vocábulos, além de conferir como é a pronúncia de determinadas palavras ou expressões.

    4. Cambly

    Disponível para iOS e Android

    Se você adora socializar a aprender inglês na prática, precisa baixar o Cambly. Sua proposta é simples: praticar o idioma conversando diretamente com estrangeiros que já o dominam. Ele é bem fácil de usar. Basta abrir o app, fazer uma conta e solicitar a conversa através de bate-papo em vídeo.

    A má notícia é que o programa não é completamente gratuito. Ao obter o aplicativo, você ganha cinco minutos de conversação gratuitos. Depois, precisa pagar para ter mais tempo. De qualquer forma, pode ser um investimento que vale a pena.

    E aí, está gostando das opções de apps para aprender inglês? Então, prepare-se: vamos mostrar agora o…

    Melhor aplicativo para aprender inglês

    Voxy. Esse é o nome do melhor aplicativo para aprender inglês atualmente disponível para iOS e Android. Simplesmente porque ele ensina o idioma de uma forma prática: através do contexto.

    O conteúdo é dividido em assuntos, como notícias, músicas e conversas corriqueiras, de forma que a metodologia aproxima o usuário da realidade de quem fala inglês. São três as principais habilidades trabalhadas: reading (leitura), writing (escrita) e speaking (fala).

    O usuário pode selecionar a habilidade que deseja praticar e aprender por meio de recursos como fotos, textos e sons para reprodução de pronúncia. Para ter noção do seu desempenho, o app mostra as respostas corretas após os exercícios e oferece sua porcentagem de acertos.

    Você pode utilizá-lo grátis por 7 dias e depois decidir se vale a pena assinar a versão paga.

    E aí, já testou algum desses apps? Na sua opinião, qual é o melhor aplicativo para aprender inglês? Deixe um comentário.

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    Curiosidades sobre a Scotland Yard, a força policial de Londres

    Através de filmes, notícias, séries ou livros, você já deve ter ouvido falar na Scotland Yard, que se refere à Polícia Metropolitana de Londres, a Metropolitan Police. A força policial da capital da Inglaterra é tão imponente e histórica que se difundiu pela cultura popular e ficou conhecida ao redor do globo.

    Fundada em 29 de setembro de 1829, a Scotland Yard é a instituição policial mais antiga do mundo ainda em atuação. O nome tem relação com a antiga localização do prédio. A rua dos fundos, através da qual o público era capaz de acessar a sede, se chamava Great Scotland Yard

    Scotland Yard - Metropolitan Police
    Assim são os policiais da Scotland Yard que você vai encontrar em Londres. Foto: iStock, Getty Images

    7 curiosidades sobre a Scotland Yard

    Quer saber mais sobre a Scotland Yard? Nós separamos sete curiosidades sobre a sua história:

    1. Reputação na ficção

    Depois da Primeira Guerra Mundial, a reputação da Polícia Metropolitana de Londres sofreu um impacto. Nos filmes e romances, os detetives da força eram retratados como amadores de alta classe. Exemplos podem ser observados em obras de Dorothy L. Sayers e Agatha Christie.

    2. Técnicas de investigação

    Quando a Scotland Yard surgiu, não havia departamento de investigação. Eram apenas policiais uniformizados que ficavam rondando as ruas em busca de arruaceiros e criminosos. No fim do século 19, na época dos assassinatos de Jack, o Estripador, a polícia de Londres não tinha exames de DNA, não tirava impressões digitais (papiloscopia) e acreditava até em superstições diversas, como fotografar os olhos das vítimas para descobrir as últimas cenas vistas por elas (possivelmente, do assassino).

    3. Sede

    O quartel-general original, na Great Scotland Yard, foi transferido em 1890 para Victoria Embankment, e passou a ser conhecido como New Scotland Yard. Em 1967, uma nova mudança, mas o mesmo nome: daquele ano até 2016, a sede se situava no 8-10 Broadway, também chamada de New Scotland Yard. Neste ano, a força policial vai se mudar para Curtis Green, ali perto, e cortar o “new” de seu apelido.

    Scotland Yard - Metropolitan Police
    Sede da Scotland Yard até 2016. Foto: iStock, Getty Images

    4. Armas de fogo

    Uma curiosidade interessante é que, via de regra, a força policial de Londres não utiliza armas. A maioria dos oficiais que fazem vigia pela cidade andam apenas com spray de pimenta,  cassetete e, em alguns casos, taser. Somente em caso de necessidade, é solicitado reforço ao grupo de profissionais autorizados a utilizar pistolas ou metralhadoras.

    5. Capacetes

    Os capacetes dos policiais da Scotland Yard ficaram famosos ao longo dos anos e de suas aparições em filmes e seriados de televisão. Eles fazem parte do equipamento de trabalho da polícia desde 1863. A versão atual dos capacetes é esta aqui abaixo:

    Scotland Yard - Metropolitan Police
    Você certamente já viu esses capacetes em muitos filmes. Foto: iStock, Getty Images

    6. Bobbies

    No início de sua atuação, em 1829, os policiais da Metropolitan Police eram conhecidos como “Bobbies”, em alusão ao criador da força policial, Robert Peel.

    7. City of London

    A Metropolitan Police é a força policial de Londres, mas há uma parte da cidade que não pertence a sua jurisdição. O berço histórico e distrito financeiro da capital, a City of London, conta com a sua própria polícia. E não é de hoje: lá no século 19, acredita-se que Jack, o Estripador tenha utilizado esse conhecimento para confundir os policiais. Ele alternava assassinatos dentro e fora da City of London, para que os investigadores das duas polícias, que não compartilhavam todas as informações, tivessem ainda mais trabalho para descobrir sua identidade.

    Scotland Yard: história e cultura popular

    A criação da Scotland Yard muito teve a ver com a expansão britânica no período da Revolução Industrial (1829). A capital da Inglaterra, além de um grande centro político e marítimo, consolidou-se como uma potência mundial. Assim, uma metrópole tão agitada, cercada de crimes e vícios, precisava de uma força policial.

    Categoria especial de policiais

    Ao longo da história, a Scotland Yard se tornou símbolo de proteção aos cidadãos e pessoas públicas pelas ruas da cidade, através de diferentes estratégias, como as patrulhas comunitárias. Pela primeira vez, em 1842, agentes policiais à paisana passaram a monitorar os quatro cantos de Londres.

    No começo, algumas pessoas até se sentiam desconfortáveis pela presença dos “espiões” da Scotland Yard. Mas, com o tempo, a população em geral passou a confiar no trabalho da Polícia Metropolitana.

    Um artigo da BBC reforça que algumas dessas características e ações marcantes fizeram com que a imagem da Scotland Yard, na mente do público, fosse concebida como uma categoria especial de policiais. Os agentes são considerados detetives, peritos profissionais para a investigação de transgressões violentas e assassinatos.

    Foi assim que a história da Scotland Yard começou a se enraizar no imaginário e na cultura popular. Detetives da polícia passaram a aparecer na ficção, a exemplo do Inspector Bucket na obra Bleak House (1853), de Charles Dickens, e do Sargento Cuff, em The Moonstone (1868), de Wilkie Collins.

    Abalo na reputação da Scotland Yard

    No início, os agentes fictícios de Yard eram retratados quase como super-heróis, capazes de resolver os casos mais complicados. Mas isso mudou a partir de 1887, quando Arthur Conan Doyle publicou “A Study In Scarlet”, a primeira história sobre Sherlock Holmes.

    Nela, a reputação dos investigadores já aparecia mais batida. Claro: caso contrário, Sherlock não precisaria existir. Na figura do Inspector Lestrade, a polícia londrina é retratada como bem intencionada, porém sem muita graça ou imaginação para resolver crimes.

    Nesse período, a constatação de que na vida real a Scotland Yard não era tão eficiente quanto no imaginário foi reverberada pelos – até hoje – não solucionados casos de assassinatos em série de Jack, o Estripador (1888). Foi um grande abalo para a reputação da força policial de Londres.

    Hoje, porém, com um moderno sistema de vigilância e monitoramento por vídeo que compreende os quatro cantos da capital britânica, a Scotland Yard é considerada uma das mais eficientes forças policiais do mundo. E aí, o que achou dessa história? Qual é sua obra de ficção favorita que envolve a polícia londrina? Comente!

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