Could I save the Queen?

Para contar a história apropriadamente, preciso, neste primeiro parágrafo, infundir neste texto aqueles detalhes tão preciosos para a compreensão do contexto da narrativa. Em fevereiro de 2004, decidi passar uma temporada estudando e trabalhando em Londres. Então, na capital britânica, me matriculei em um curso de inglês de seis meses e, para me sustentar, enganava como garçom e segurança em eventos.

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Could I save the Queen?

Em maio, surgiu o convite da agência para trabalhar no Chelsea May Flower Show, a mais tradicional exposição de flores em Londres. Antes que você pense “Esse drama todo por causa de flores?”, devo contar quem era a principal convidada do evento: a Rainha Elizabeth II.

Confesso que, naquela época, aos 18 anos de idade, a menção da Rainha não me empolgava tanto assim. E foi com essa ingenuidade que eu cheguei ao local, 10 minutos antes do horário determinado, às 6h50 da manha. Estava eu na frente do London Gate – que eu descobriria mais tarde ser um dos quatro portões de acesso ao Chelsea Royal Hospital – esperando algo acontecer ou alguém vir falar comigo para me indicar como eu entraria ali, já que tudo estava fechado. Após muita conversa, uma mulher me entregou um passe e um uniforme. Uma calça preta, uma camisa vermelha, um colete daqueles laranjas fosforescentes e um rádio tipo walkie-talkie.

Assim, como sempre acontecia antes de shows ou eventos grandes, houve um briefing, de meia hora, mais ou menos, dado por um supervisor aos seguranças. Trata-se de uma explicação geral dos procedimentos de segurança. Quando aquele baixinho começou a falar, fiquei com medo. Segundo ele, o risco de ataque terrorista em Londres, naquele momento, era enorme. Dois meses antes, um ataque terrorista em Madri, na Espanha, havia deixado 191 mortos e 1,7 mil feridos. Todos acreditavam que Londres seria o próximo alvo de células ligadas à Al Qaeda, na época ainda em ebulição. Assim, o Chelsea May Flower Show, por contar com a presença de celebridades e, claro, da Rainha, tinha potencial gigante de ser um alvo. Por isso, deveríamos ter muito cuidado, ficarmos alertas todo o tempo e prestar atenção aos códigos de segurança. Se anunciassem pelo radio “Mr Marbles is in …”, isso significava que havia uma briga em determinado local e que os seguranças mais próximos do lugar deveriam acudir, imediatamente. Se gritassem “Mr Erif is in…”, então havia fogo. “Mr. Sans” – tínhamos 45 segundos para nos preparar antes que anunciassem para todo o público que o show devia ser evacuado. “Mr Moby” – ameaça de bomba.

O primeiro dia era apenas um teste. Os últimos preparativos estavam sendo finalizados, as flores ajeitadas, os seguranças treinados. Tudo corria bem, aparentemente. Eu, porém, estava angustiado. Sempre fui péssimo com mapas, e o lugar era gigante. Além disso, não memorizei nem metade dos códigos. O boato de que a Rainha poderia visitar a exposição nesse dia, a fim de não enfrentar o tumulto do restante do evento, também colaborou para o meu estado de espírito. Sorte que a maior parte do tempo passei com um amigo meu (conheci ali, mas a tensão o transformou rapidamente em irmão) em frente de um trator que estava carregando ainda plataformas, madeiras e lixo de um lado para o outro. Gritávamos “Watch out, please! There’s a forklift coming”. E usávamos o braço para sinalizar – e, às vezes, quase empurrar os mais surdos.

No fim do dia, não me pergunte onde eu estava. Pois eu não sabia. Já estava tonto de tanto ouvir os chefes da segurança falarem no rádio e de tentar me localizar naquele mapa. Então, no pior momento possível, captei alguns sinais que indicariam que a chegada da Rainha estava próxima.

Quando vi diversos seguranças correndo para um lado, tive a certeza de era a hora. Pensei em fazer o mesmo, mas ouvi no rádio que todos deveriam manter suas posições. De qualquer forma, ponderei, ela vai ter de passar por aqui. E estaquei ali mesmo, imaginando o que faria na presença de Sua Majestade. Alguns minutos depois, os flashes ainda disparando do outro lado do pavilhão, o supervisor cochichou no meu ouvido: “Be ready. The queen is comingo this way”.

A Rainha empreendia passos curtos e rápidos. Dizem que ela está mal das pernas, pensei, mas não é verdade. A cabeça branca reluziria se não fosse um de seus indefectíveis chapéus.  Ao seu lado, outras senhoras velhinhas. Na hora, decidi que  eram primas da Rainha, o que provavelmente não tinha nenhuma relação com os fatos. Completavam o cenário fotógrafos, cinegrafistas, jornalistas e alguns convidados especiais que tiveram de desembolsar mais de mil pounds (5,5 mil reais, na época) para estar ali no momento.

Eu destoava de todo mundo. Não usava o terno dos seguranças da Rainha, não tinha os cabelos brancos das primas nem ostentava uma daquelas câmeras das equipes de reportagem. Eu era o único segurança da agência naquele local, o único vestindo um jaleco laranja fosforescente. E a menos de três metros de distância, eu me inclinei, expus toda a coluna e, completamente desajeitado, reverenciei a Rainha da Inglaterra.

Na minha cabeça, ela sorriu de volta. Mas a imaginação, essa safadinha, sempre se intromete.

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Conheça o West End de Londres

Mousetrap - Mapa de LondresO West End de Londres é a maior área de teatros do mundo e se constitui do epicentro do teatro comercial do Reino Unido. O nome, West End, advém de sua localização original, ao oeste da City of London.

Saiba como comprar ingressos de teatro

Top 10 musicais do West End londrino

A maioria dos teatros de West End pode ser identificada por sua localização, em uma região popularmente conhecida como Theatreland. Esta faz divisa com a Strand ao Sul, com a Oxford Street ao Norte, com a Regent Street ao Oeste e com a Kingsway ao Leste.

Embora situem-se fora desses limites, o Victoria Palace, o Apollo Victoria, o Old Vic e o National Theatre também podem ser considerados parte do West End, devido ao seu tamanho e a sua importância histórica. No coração da Theatreland, encontra-se a Shaftesbury Avenue, que abriga atualmente seis teatros.

Um pouco da história

A primeira Playhouse foi construída em 1576, em Shoreditch, com o nome de The Theatre.Antes disso, as peças eram encenadas em jardins e espaços abertos. Mais tarde, quando o contrato de aluguel expirou, o dono, Richard Burbage, transportou a madeira para o Southbank e construiu ali o primeiro Globe, em 1599. O próprio Burbage transformou-se no primeiro homem a interpretar Hamlet, King Lear e Othello.

A West End teatral começou a tomar forma em 1663. Naquele ano, o primeiro de diversos teatros foi inaugurado na Drury Lane. Para o cenário atual da Theatreland, contribui bastante a construção de belos e imponentes teatros no século 19 e a posterior tendência dos mais abastados em frequentá-los. Por fim, a espinha dorsal surgiu pouco antes do século 20, com os teatros da Shaftesbury Avenue.

As informações foram obtidas no site Official London Theatre.

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Top 10 musicais do West End de Londres

Reunimos abaixo uma lista com 10 dos mais procurados e concorridos musicais de Londres. Este post foi publicado originalmente em 2012, e desde então muita coisa mudou. O We Will Rock You, por exemplo, até saiu de cartaz já, e se encontra como o primeiro da lista.

Mas criamos um novo post com os principais musicais de Londres e muitas dicas para você comprar ingressos. Confira o Post atualizado: Dicas de musicais em Londres

E abaixo o conteúdo original do post:

Confira o top 10 dos musicais:

Top 10 musicais do West End de LondresWe Will Rock You

O enredo de We Will Rock You não trata da trajetória da banda Queen – apenas usa as músicas como pano de fundo para uma história que se passa no futuro, em um momento de desesperança para a música. Até que você break free… Ingressos e informações

Top 10 musicais do West End de LondresThe Lion King

Quando o Príncipe Simba nasce, seu tio malvado cai para a segunda posição na linha de sucessão ao trono… Mas você já conhece a história.

Ingressos e informações

Top 10 musicais do West End de LondresBilly Elliot – The Musical

A mãe de Billy Elliot morreu, e seu pai gostaria que a criança aprendesse a lutar boxe. Em vez disso, Billy descobre o amor pelo balé e enfrenta o preconceito após treinar secretamente na Royal Ballet School.

Ingressos e informações

Top 10 musicais do West End de LondresThe Phantom of the Opera

O clássico Fantasma da Ópera, há 25 anos em cartaz, conta a história de amor trágico entre uma linda cantora de ópera e um jovem compositor envergonhado por sua aparência.

Ingressos e informações

Top 10 musicais do West End de LondresThriller – Live

Um tributo ao Rei do Pop. Tão mutante quanto ele. Clássicos de Michael Jackson e Jackson`s 5 se revezam a cada noite, o que garante um espetáculo sempre em movimento.

Ingressos e informações

Top 10 musicais do West End de LondresStomp

Tudo se transforma em música no espetáculo Stomp, de lixeiras a isqueiras, passando por quase todo o resto. Os artistas se encarregam de mostrar que há arte (e música) em quaisquer objetos do seu dia a dia.

Ingressos e informações

Top 10 musicais do West End de LondresLes Misérables

Baseada no romance de Victor Hugo, a peça retrata o amor e a bravura durante as agruras da revolução na França do século 19.

Ingressos e informações

Top 10 musicais do West End de LondresMamma Mia!

Inspirada pelas músicas do ABBA, a peça mostra mãe e filha na véspera do casamento da garota.

Ingressos e informações

Top 10 musicais do West End de LondresChicago

Muitos consideram Chicago como uma das mais empolgantes e sexies produções musicais do West End londrino. Como as melhores peças, conjuga perfeitamente grandes canções com belas coreografias.

Ingressos e informações

Top 10 musicais do West End de LondresShrek The Musical

A princesa Fiona está em perigo, e Shrek corre ao seu resgate. Você conhece a história, mas certamente vai se divertir mais uma vez com essa comédia musical indicada para pais e filhos em Londres.

Ingressos e informações

Compras na Primark em Londres

Primark - Mapa de Londres
Primark é o paraíso do preço baixo. Fotos: Kamilla Fernandes, Mapa de Londres

A propaganda da Primark é o preço baixo. Paraíso da fast fashion em Londres e na Europa, a rede de lojas de departamento, originária da Irlanda, não investe grande somas em marketing. Mesmo assim, comprar na Primark em Londres requer muita habilidade e paciência, pois as lojas estão sempre lotadas de consumidores ávidos por descontos e itens incrivelmente baratos, de 1 a 15 libras. (Tem coisas mais caras, mas as incrivelmente baratas custam menos de 15 libras.)

Visite a Primark de Londres

A principal loja da Primark em Londres, a Flagship Store, localiza-se na Oxford Street. Confira as informações básicas da loja:

Endereço:

499 Oxford Street
London, Oxford Street
W1C 2QQ
United Kingdom

Encontre no mapa

Horários: Segunda a sexta, das 8h30 às 22h; Sábado, das 8h30 às 21h; Domingo, das 12h às 18h.

Telefone: 0207 495 0420

Site

Primark - Mapa de Londres

Filial da Primark
Filial da Primark

Filial da Primark na Oxford Street

Há uma outra Primark em Oxford Street, inaugurada em 2012. Também é grande, cheia de itens e promoções, e não tem tanto tumulto quanto a primeira. Pode ser uma boa opção para quem não dispõe de tempo ou paciência para passar muitas horas comprando.

A loja fica em frente à Tottentham Court Road.

Metrô: Tottentham Court Road (Central e Northern Line)

Endereço: 14 – 24 Oxford Street, London, W1D 1AU

Veja no mapa

Horários: Segunda a sexta, das 8h às 22h; Sábado, das 8h às 21h; Domingo, das 12h às 18h.

Busy, busy, busy

O boca a boca funciona muito bem. Na flagship store, a impressão é de que as clientes estão arrependidas: desejariam que ninguém mais soubesse da existência daquele recanto das compras. Há inclusive vídeos no YouTube de brigas generalizadas para entrar na loja no Boxing Day e para agarrar aquela saia ou vestido que custa incríveis 3 libras.

Viu uma roupa bacana em uma loja caríssima e acessível? Então saia de fininho e caminhe até a Primark para encontrar algo muito parecido por um preço 10 vezes menor. Os designers da loja, de marca própria, são os reis da cópia. A qualidade nem sempre é a melhor, mas, normalmente, o preço tão baixo não permite grande arrependimento.

Primark - Mapa de Londres Primark - Mapa de Londres

Primark - Mapa de LondresComo eles praticam esses preços?

No site, a resposta oficial: eles compram em grande quantidade, não gastam com propaganda e possuem um sistema muito inteligente de logística. Extraoficialmente, no entanto, presume-se que a indagação possa ser equacionada com a lembrança da etiqueta, na qual se lê, quase que invariavelmente: “Made in China”.

Por tudo isso, é bom se preparar antes de entrar no campo de batalha. A briga pelos descontos é grande, mas dá resultado.

Dicas

– Pegue o maior número possível de itens antes de entrar na fila do provador (você não vai querer voltar)

– Experimente horários alternativos, como cedo pela manhã ou tarde da noite (não crie expectativa, ainda terá muita gente)

– Você não pode levar óculos, tênis e sapatos para dentro do provador. Experimente do lado de fora, depois de testar as roupas

– Entrou em uma Primark da Oxford Street e se arrependeu? Conheça duas filiais da Primark mais acessíveis.

Primark - Mapa de LondresVisitando a Primark

Por Kamilla Fernandes, especial para o Mapa de Londres

A Primark é o paraíso para quem quer fazer compras baratas. E quando você pensar em “barato”, considere que, mesmo com a conversão de real para libra, o preço é realmente muito baixo. Ela não chega a ser uma loja de departamentos, com tão grande variedade de produtos, mas não pode ficar de fora do roteiro de quem deseja fazer compras em Londres.

As lojas estão sempre lotadas, com filas grandes para os caixas e provadores. Por isso, boa parte das pessoas prova as roupas por cima das suas próprias, no meio da loja mesmo. A grande maioria são turistas, mas a diferença é que, enquanto na Harrods eles estão fotografando e olhando, na Primark eles estão realmente comprando tudo.

Exemplos de preços e produtos

A loja é dividida em roupas femininas, masculinas e infantis; sapatos e bolsas; acessórios diversos e casa. Em acessórios diversos imagine objetos realmente diversos, desde chapéus, bijuterias e maquiagens até marshmallow e toucas para banho. Cada uma dessas divisões ainda conta ainda com subdivisões como roupas para academia, pijamas, lingerie, jeans, etc.

Além de super barata, a loja ainda conta com promoções. É possível, por exemplo, encontrar calças jeans femininas de £13 por £5, vestidos a partir de £10 e galochas de plástico coloridas por £10. Outros destaques femininos são: blusinha de renda creme por £6; bota preta por £25; bolsa preta por £10 e sutiã por apenas £2,50.

Para os bebês, tem tip top por £6 e para as crianças um pouquinho maiores, blusinhas estampadas por £5 para as meninas e camisa xadrez por £8 para os meninos. Para os homens, a jaqueta de nylon verde custa £11 e o sapato marrom, £16.

Se sua preocupação é não ter espaço nas malas para levar suas compras, a Primark também vende malas de viagem entre £21 e £28 dependendo do tamanho. Na mesma seção você encontra itens para casa, como as almofadas por £4.

Foto: Kamilla Fernandes
Jaqueta de nylon masculina – £11
Foto: Kamilla Fernandes
Malas de viagem – entre £21 e £28 dependendo do tamanho
Foto: Kamilla Fernandes
Sutiã – £2,50
Foto: Kamilla Fernandes
Almofadas – £4
Foto: Kamilla Fernandes
Bota preta – £25
Foto: Kamilla Fernandes
Vestidos – a partir de £10
Foto: Kamilla Fernandes
Blusinha de renda – £6
Foto: Kamilla Fernandes
Bolsas – £10
Foto: Kamilla Fernandes
Calça jeans – de £13 por £5

Veja mais exemplos de preços

Compras em Londres

Lojas de departamento

Guia básico de compras

Vestuário feminino

Vestuário masculino

Reembolso de impostos

Feiras e mercados de rua

Água da torneira em Londres

Água da torneira em LondresPode parecer óbvio que, em uma das principais metrópoles do mundo, tão preocupada com a sustentabilidade, a água da torneira seja potável. De fato, segundo o governo, é mais garantido consumir água da torneira do que de garrafa, pois institutos de averiguação e pesquisa realizam mais de 500 mil testes anualmente a fim de confirmar a constituição química da água que deixa reservatórios conectados ao Rio Tâmisa em direção às pias e aos chuveiros dos consumidores britânicos. Mas há quem não pense da mesma forma. Um artigo do blog London is Cool relaciona dores de garganta ao uso da água da torneira e angaria outros relatos de moradores da cidade descontentes com esse serviço.

De acordo com o instituto Drinking Water Inspectorate, 99,98% da água que sai das torneiras da capital britânica se encontra no mais alto padrão de qualidade imposto pelo governo às empresas que fornecem o processo de purificação, um patamar excelente em termos mundiais. Os números oficiais mostram que a água de Londres é a mais pura do Reino Unido, e este, por sua vez, apresenta a água mais potável da Europa.

William Wallace é um escocês de 39 anos que vive em Londres. Em seu blog, London is Cool, no qual conta normalmente histórias e situações interessantes sobre a cidade, ele impõe uma visão diferente sobre o tema. Wallace escreveu um post chamado: “A água de Londres é venenosa”. Nele, a experiência pessoal do blogueiro: antes de chegar à cidade, pesquisou a respeito da água, resolveu economizar e, durante os três primeiros meses na capital britânica, tomou apenas água da torneira. Desde o início de sua temporada na cidade, uma dor de garganta insistente o acompanhou. “Então eu percebi de onde vinha a água que eu tomava (reservatórios conectados ao Tâmisa). Instantaneamente, parei de tomá-la e, com isso, a dor parou e não voltou mais até hoje”, afirma.

Nos comentários do post, a grande maioria dos leitores concorda com a tese de Wallace. Entre as principais reclamações, consta o gosto da água, “insuportável para quem não está acostumado”. “Não dá para tomar quente. No mínimo, é necessário deixá-la na geladeira para disfarçar o sabor”, afirma um comentarista anônimo. Outra reclamação se refere a problemas na pele causados pela água, supostamente por alergia a determinados químicos.

Pessoalmente, nunca gostei da água da torneira, mas também não notei nenhum problema físico relacionado a sua ingestão. De qualquer forma, o viajante conta com opções bastante em conta nos supermercados. Aliás, é até recomendável que se comprem algumas garrafinhas de água para acompanhar longas caminhadas de descoberta da capital britânica. Então, adquira uma a mais para a noite no hotel. E pronto: deixe a discussão para quem mora na cidade.

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Tomada em Londres

Manual de sobrevivência em albergues

Dormindo nos aeroportos

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Guias turísticos de Londres

Neste espaço, reuniremos indicações de guias turísticos de Londres. Se você quer aprender mais sobre a cidade, conhecer lugares que não constam na programação mais ortodoxa e até aproveitar melhor tantas atrações históricas da capital britânica, recorrer a um guia pode ser uma boa iniciativa.

Guias turísticos de Londres
Arquivo pessoal

Guias turísticos de LondresPara dar início a esta seção, vamos apresentar Vania Gay, uma gaúcha que mora em Londres há 22 anos. De posse do certificado de City of Westminster Guide e em vias de obter o de City of London Guide, Vania oferece tours a pé para quem deseja um passeio com dicas especiais de uma quase nativa e toques interessantes sobre a história dos locais visitados.

Leia a descrição dos passeios, do site da guia, Walking London:

Londres tem muito mais a oferecer além dos famosos pontos turísticos. Para aqueles que estão ansiosos em  fazer mais do que uma simples visita e querem realmente explorar, uma experiência rica e gratificante, os aguarda. Iremos visitar não somente as atrações mundialmente famosas, mas também nos aventurar em um mundo mais secreto, de ruas antigas, passagens e becos escondidos.

Contato: vaniabr@brasilianguidelondon.com

Idiomas: Português e inglês.

Duração: Variada.

Alguns dos temas dos passeios em Westminster: Arquitetura, Igrejas, Parques e espaços abertos, História, Política, compras e Westminster da Realeza.

Roteiro em Londres

Armadilhas Turísticas de Londres

Este é um post diferente. Quero que ele seja criado de forma colaborativa, pois acredito que, assim, se tornará mais útil e mais abrangente para os leitores. O tema é: Armadilhas Turísticas de Londres.

Como assim? Mesmo que você ainda não tenha viajado para Londres, certamente já visitou outros lugares e se deparou com atrações aparentemente atraentes que, na prática, se revelaram uma grande decepção.

Então vai funcionar assim: eu conto a minha experiência frustrante e convido todo mundo a colaborar e enviar seu relato ou publicar no seu blog, Twitter ou Facebook. Só lembrem de enviar o link para cá ou lincarem direto este post, a fim de reunirmos todos em um lugar só e criarmos uma referência bacana para os viajantes que desejam desbravar Londres com mais informação e menos erros.

Armadilhas Turísticas de Londres
cc Rainer Henkel

The Clink Prison Museum

Sempre gostei das histórias de assassinatos, terror e sustos em Londres.Vocês devem ter percebido pela quantidade de textos sobre assombrações, Jack, o Estripador, Sherlock Holmes, Dungeons, etc. E, quando vi a fachada do Clink Prison Museum, pensei estar diante de uma descoberta fantástica. Pensei que encontraria histórias fascinantes ali.

A Clink Prison, tida como uma das mais antigas do Reino Unido, funcionou do século 12 ao século 18, em Southwark. Com 600 anos de história, imaginei, não tem como essa prisão me decepcionar.

Mas os organizadores do museu, localizado na Clink Street (veja mapa), conseguiram estragar o passeio. Embora tenha sido contruído no lugar da original, o museu é minúsculo, e esse talvez seja o grande problema. Em 10 ou 15 minutos, já se viu tudo. Ou pior: não se viu tudo, porque a iluminação é tão precária (com o intuito de recriar o ambiente daquela época), que mal se pode ler as plaquinhas explicativas. Além disso, não há interatividade, e os bonecos parecem malfeitos. O preço, de 7 libras, pode ser considerado exorbitante pela qualidade da atração.

Dizem que o tour salva o museu, pois conta com guias bastante interessados e entusiásticos. Não experimentei, mas fica aqui o link.

Dica: a London Dungeon fica ali perto e é bem melhor.

E aí: qual é a maior armadilha turística de Londres para você? Deixe um comentário.

Dormindo nos aeroportos de Londres

Você pode até achar engraçado: peraí, por que diabos alguém dormiria nos aeroportos de Londres? Mas não é piada, não.

Trata-se de uma prática bastante comum para quem quer economizar uma grana não pagando hotel por algumas horas na chegada ou evitar a locomoção até o centro da cidade antes de embarcar novamente.

Chegou aqui procurando pelo guia dos aeroportos de Londres? Toma

Duas experiências que eu tive: nas Olimpíadas de Atenas, em 2004, dormi três noites no aeroporto internacional até ser expulso por seguranças junto com uma trupe gigantesca que havia ficado sem acomodação na cidade.

Talvez a ocupação do piso fosse muito acintosa, já que alguns se sentiram tão em casa, que tiraram sapatos, sacaram lençóis da mochila e se aninharam em travesseiros. (Depois disso, me mudei para o banco de uma praça por outras cinco noites, mas essa é outra história.)

Em Bruxelas, na Bélgica, aterrissei às  3h40 da manhã e só tinha reservado albergue para a noite seguinte. Assim, procurei um canto bem afastado e quieto e, com a mobilização de duas poltronas, pude usufruir de algumas horas de sono.

Em Londres, nunca dormi no aeroporto. E nem recomendo essa prática para a maioria dos turistas. Só escrevo este texto para ajudar quem tiver essa ideia, por qualquer razão que seja.

Saiba, querido leitor que considera essa possibilidade, que dormir em aeroportos é até tema de um site bastante organizado, o Sleeping in Airports, que reúne dicas e relatos para o auxílio de viajantes dispostos a encarar o desafio.

De cara, entenda: Londres não é ideal para isso, de acordo com o ranking mundial dos 10 melhores aeroportos para dormir, produzido pelo mesmo site.

Conheça o site

Pelo mundo: os 10 melhores aeroportos para tirar uma soneca

Heathrow

Heathrow não é a melhor opção para quem deseja produzir roncos sem interrupções e com algum conforto. O aeroporto constitui-se de um dos maiores e mais utilizados do mundo, o que implica, obviamente, em um grande número de pessoas circulando, falando e fazendo barulho.

Além disso, há uma enorme confluência de viajantes procurando os assentos mais cômodos. Por isso, nada de chegar tarde e querer uma cama. Se pensa em dormir lá, prepare-se para lutar pelo seu espaço.

Segundo a maioria dos relatos, a área próxima à loja WHS Smith, no primeiro andar do terminal 3, trata-se do melhor ponto para os dorminhocos. Ainda de acordo com as resenhas, os seguranças e a turma da limpeza não vão incomodá-lo, e há uma cafeteria 24 horas ao lado. Mas esqueça: internet só pagando (rede Boingo).

Mais sobre o Heathrow

Stansted

O aeroporto mais adequado para a soneca na capital britânica é o Stansted. Este, sim, dizem os viajantes que escrevem para o site, apresenta um ambiente bacana para o seu dono.

Não há incomodação ou barulho, e existem lugares para guardar a bagagem, chuveiros e restaurantes 24 horas. Segundo um usuário do site, tem tanta gente dormindo pelo chão na seção K do aeroporto, que o local está quase virando atração turística, com câmeras apontadas para os lados e viajantes se cumprimentando e cuidando uns das malas dos outros.

Até barracas de acampamento você vai encontrar por lá. Mas, assim como no Heathrow, é melhor chegar cedo, senão os bancos estarão todos ocupados. Se isso acontecer, recorra a um dos pilares e, se tiver um colchão de ar, melhor começar a enchê-lo.

Mais sobre Stansted

Luton

Luton não é sleeping friendly. À sensação congelante do ar-condicionado soma-se o o piso frio sem carpete do aeroporto.

As cadeiras não são confortáveis, os seguranças discutem com quem deixa a mala perambulando por ali e o pessoal da limpeza aparece a toda hora e borrifa um spray no chão “para dar um cheirinho agradável”.

Nesse caso, melhor procurar um hotel ou qualquer outro lugar, com ou sem cheirinho.

Mais sobre Luton

Gatwick

O Gatwick encontra-se em um nível intermediário entre o Luton e o Stansted. Aparentemente, seria quase tão bom quanto o Stansted, mas reformas ainda em andamento no saguão atrapalham quem deseja um descanso antes ou depois do voo.

A dica é procurar pelos sofás confortáveis do Terminal Sul e, para matar o tempo, acessar a internet pelo wifi gratuito do McDonald’s que tem por lá.

A grande vantagem do Gatwick: quase não há anúncios pelos altofalantes, pelo menos à noite.

Mais sobre Gatwick 

Guia dos aeroportos internacionais de Londres

Diversão barata em Londres: viajando no primeiro assento

Londres oferece diversas opções de lazer gratuitas para os turistas e os moradores da cidade. Esta não é realmente grátis, mas quase: pegar o primeiro assento do ônibus no segundo andar ou do trem DLR, que não possui motorista.

Essa posição nesses dois meios de transporte possibilita uma visão interessante da capital britânica, como se você fosse o próprio piloto do veículo. Se tiver alguma criança pequena envolvida, mais divertido ainda.

Confira:

Vídeo no ônibus

Vídeo no DLR

Londres de graça

Londres para crianças

Mais transporte

10 dicas para evitar pickpockets em Londres

10 dicas para evitar pickpockets em Londres
Foto: Cory Doctorow, CC BY-SA 2.0

Londres apresenta aos turistas um crime raro no Brasil: o pickpocketing, desenvolvido por meliantes que, com muita destreza e sem qualquer tipo de arma, coletam carteiras de indivíduos que só desconfiam da sorte bastante tempo depois do ocorrido. Eles normalmente atuam em duplas, em lugares bastante movimentados. E os alvos mais fáceis são os turistas, deslumbrados e desavisados.

A policia britânica até tentar alertar os nativos e os turistas dos perigos desse tipo de ladrão. Nos locais mais visados pelos pickpockets, há placas conclamando os transeuntes a tomar cuidado. Mas os contraventores de Londres constituem-se de seres assaz criativos. Abaixo, confira o vídeo de uma dupla de pickpockets em ação. Observe a encenação promovida pelos dois. Um deles – por mais incrível que pareça – tira o pedestre para dançar e o distrai enquanto o colega passa por trás da vítima e capta-lhe a carteira.

Essa inventividade coloca Londres na décima posição entre as cidades nas quais os turistas têm mais chances de ser alvo desse tipo de crime. Barcelona, Roma e Paris lideram o ranking divulgado pelo site Trip Advisor no fim de 2010.

Por isso, compilamos uma série de dicas para você se prevenir da ação dos pickpockets em Londres:

1) Nunca deixe sua mochila ou bolsa fora de sua vista, embaixo da mesa ou atrás da cadeira

2) Em áreas perigosas, indicadas por placas, agarre sua mochila ou bolsa e a leve pela frente, em vez de carregá-la da forma tradicional

3) A melhor maneira de proteger sua carteira é deixá-la em um lugar de fácil acesso para você e difícil acesso para o ladrão, como o bolso da frente da calça (de preferência, sempre o mesmo, para que você cultive o hábito de verificar se ela se encontra no local correto)

4) Caso você precise colocar a carteira em uma bolsa, pasta ou mochila, ponha-a dentro de um bolso interno, fechado a zíper

5) Não passeie com seu passaporte a tiracolo. Pode tirar um xerox

6) Pochetes internas são desconfortáveis, feias e chatas, mas podem ser úteis

7) Cuidado na hora de entrar no trem do metrô, quando todo mundo se acotovela para pegar um assento e nem pensa em cuidar dos bolsos

8 ) Não dê muita trela para pessoas puxando papo no meio da rua. Se não for um pickpocket ou um chato, deve ser um daqueles mendigos profissionais, que contam a história mais triste do mundo e faturam mais do que você

9) Jamais deixe a carteira dentro do bolso de um casaco e, se o fizer, por favor, não coloque o casaco no encosto da cadeira, à mercê da gatunagem

10) Áreas mais visadas: estações de metrô, lojas de roupa, redes de fast-food e locais com grande concentração de turistas.

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