Anarquia em Londres

Anarquia em Londres
Reprodução: Guardian

Encerraram-se no sábado os protestos violentos pela morte de um homem, supostamente assassinado a tiros pela Metropolitan Police em uma operação de apreensão de armas em Tottenham, no Norte de Londres, região pobre da cidade. No domingo e na segunda, o que se viu pelas ruas não foi um grito desesperado pedindo reparação e retratação pelo falecimento de um suposto inocente, e sim uma completa anarquia perpetrada por jovens que aproveitaram o momento de caos para saquear lojas e subjugar forças policias em diversos cantos da capital britânica.

À meia-noite de segunda para terça-feira no Brasil (4h da manhã em Londres), o clipe de Anarchy in the UK, da banda Sex Pistols, no YouTube, teve um incremento substancial de audiência. O primeiro comentário do vídeo era “Thumbs up if the London riots brought you here” (Em português, algo como “Dedão pra cima se os tumultos de Londres trouxeram você aqui”). 200 pessoas haviam concordado com a frase até aquele momento.

A letra da canção do grupo de punk rock britânico não é muito inventiva. Trata-se mesmo de um brado de fúria: I am an anti-Christ – I am an anarchist – Don’t know what I want – But I know how to get it – I wanna destroy the passers by – ‘Cos I wanna be anarchy.

Pois a revolta dos jovens londrinos não parece muito diferente. Talvez a Metropolitan Police tenha mesmo demorado em fornecer respostas à família de Mark Duggan e à comunidade. No sábado, antes de a violência principiar, houve um protesto pacífico, sucedido pela falta de respostas e consequente revolta. Mas certamente a morte de Mark Duggan não se configura como o único motivo para a rebelião.

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Anarquia em Londres
Protestos em março. Reprodução: Telegraph

Em março deste ano, Londres já havia pegado fogo. E em pontos ainda mais centrais do que os da anarquia dos últimos dias. No fim daquele mês, após cortes no orçamento empreendidos pelo governo britânico, um número estimado de 500 mil pessoas protestaram nas ruas centrais da cidade. Mais de 200 foram presas, por vandalismo e depredação de lojas. No dia 27, por exemplo, uma das lojas de departamento mais tradicionais, a Fortnum & Mason, foi invadida e pichada. Diversos outros estabelecimentos comerciais da Oxford Street tiveram vídros destruídos, paredes pichadas e objetos roubados. Os leões da Trafalgar Square, uma das praças mais turísticas e históricas da capital, serviram de palco para demonstrações de repúdio ao governo e ao partido conservador.

A crise realmente atingiu a capital britânica. As taxas de crescimento, reduzida, e desemprego, em 9%, surpreendem e impõem cortes no orçamento e diminuição do investimento em serviços sociais. Com isso, as filas dos Job Centres crescem, e alguns distritos da cidade reduzem em quase 60% a assistência social à população.

Além disso, a insatisfação com a polícia cresce devido aos erros da Scotland Yard. Jean Charles de Menezes, por exemplo, era um brasileiro inocente que foi morto a tiros em 2005. No mês passado, o chefão Sir Paul Stephenson deixou a Metropolitan Police por ligação com o escândalo dos grampos aos telefones de celebridades e políticos perpetrado por agentes do jornal News of the World, tabloide sensacionalista que fechou após as denúncias.

–       Pessoas perderam suas casas, seus negócios por violência sem sentido – afirmou o Prefeito de Londres, Boris Johnson, que encurtou suas férias e está a caminho da capital britânica, assim como o Primeiro-Ministro David Cameron.

Cameron pediu às famílias, nesta segunda-feira, que tirem seus filhos das ruas, “para que a polícia possa fazer o seu trabalho”. A tendência é que a repressão à violência cresça a partir desta terça, com mais homens destacados para o trabalho, além dos 1,7 mil agentes extras de domingo e segunda. Mas, assim como a perspectiva de repressão, o número de regiões com focos de violência também parece estar aumentando. Até agora, os maiores se localizaram em Hackney, Croydon, Peckham, Lewisham, Clapham e Ealing.

No último sábado, a falta de explicações sobre o caso de Mark Duggan  tornou a polícia e o status quo alvos da ira de quem já estava insatisfeito com muita coisa. Só que invadir a Boots e afanar produtos de beleza de madrugada não pode ensejar nenhum tipo de simpatia ou compreensão. Não é protesto, mas vandalismo, roubo e violência.

Rainha Elizabeth II: Vida Longa à Rainha

A Rainha Elizabeth II é a chefe de estado do Reino Unido e de outros 15 reinos da Commonwealth, como Austrália e Canadá.

Em 2012, Sua Majestade completou 60 anos no trono da Inglaterra. Três anos depois, superou sua tataravó como a monarca mais longeva a ocupar o trono britânico.

“The King is dead. Long live the King.” Essas duas frases (O Rei está morto. Vida longa ao Rei) são proferidas em sequência, imediatamente após o falecimento de um Rei na Inglaterra.

A afirmativa significa que não há intervalo para a sucessão dos soberanos ingleses, independentemente da cerimônia de coroação, que pode ocorrer meses depois. Elizabeth Alexandra Mary, filha de George VI, ouviu uma variação dessas palavras no dia 6 de fevereiro de 1952, aos 25 anos: “O Rei está morto. Vida longa à Rainha”.

Vida Longa à Rainha Elizabeth II

E assim foi. A Rainha Elizabeth II reina até hoje, mais de 60 anos depois, com o chapéu, os passinhos curtos e o aceno característico. Ela é a monarca mais velha a manter a coroa. Seu reinado já se trata do mais longo da história do Reino Unido, à frente até da Rainha Vitória, que ocupou o trono durante mais de 63 anos.

A saúde forte da Rainha Elizabeth II pode frear ainda mais o caminho de seu filho mais velho, o próximo na linha de sucessão, o Príncipe de Gales, Charles, o mais velho membro da Família Real na história a ocupar a primeira posição na linha de sucessão. A Rainha Elizabeth II já avisou que não pretende abdicar.

Rainha Elizabeth II: Vida Longa à Rainha
Nascimento de Elizabeth. Foto: The Royal Household

Terceira na linha de sucessão ao nascer, Elizabeth não imaginava que chegaria ao trono. Seu pai era o segundo filho do Rei George V e da Rainha Mary. Ou seja, antes dela, subiriam ao trono o tio, Edward, e o pai, Albert (mais tarde, Rei George VI), ambos com plena saúde.

Rainha Elizabeth II: Vida Longa à Rainha
A pequena Elizabeth. Foto: The Royal Household

Mas a perspectiva se alterou rapidamente em 1936, após a morte de seu avô, o Rei George V. O tio, Edward, o novo Rei, era apaixonado perdidamente por uma mulher divorciada, Wallis Simpson, e pretendia casar com ela, o que a igreja não permitia.

A crise constitucional do anúncio do casamento levou Edward a abdicar do trono em favor de seu irmão, que escolheu o nome de Rei George VI (lembra “O Discurso do Rei”?). A jovem Elizabeth, então, se transformou rapidamente em futura herdeira do trono.

O pai de Elizabeth teve um papel importante durante a Segunda Guerra, como mostra o filme. Gago, o Rei George VI viveu batalha pessoal e tomou aulas particulares de dicção e oratória para discursar com segurança em tempos de crise. Nessa época, cogitou-se levar as duas princezinhas, Elizabeth e Margaret (quatro anos mais nova), para longe da guerra. Mas a mãe de Elizabeth impediu:

– As crianças não irão sem mim. Eu não irei sem o Rei. E o Rei nunca irá (deixar o país).

Elizabeth no Castelo de Windsor

Durante grande parte da Guerra, a pequena Elizabeth viveu no Castelo de Windsor. Desse período, resultou o carinho da Rainha pelo castelo, atualmente sua residência, em vez do Palácio de Buckingham.

O confinamento cessou em 1945, com o fim do conflito. Para comemorar, Elizabeth e sua irmã juntaram-se anonimamente à massa que ganhava as ruas e celebrava a vitória aliada em um conflito que custou 50 milhões de vidas.

Casamento e compromissos protocolares

Dois anos depois, a comemoração ocorreu na igreja. Elizabeth e o Príncipe Phillip, que se correspondiam desde que a princezinha tinha apenas 13 anos, se casaram em 20 de novembro de 1947, na Abadia de Westminster.

Antes do matrimônio, Phillip renunciou aos seus títulos gregos e dinamarqueses e se converteu Duque de Edimburgo. Pelo enlace, o casal recebeu 2,5 mil presentes de todas as partes do mundo.

Após o casamento, Elizabeth assumiu, cada vez mais, os compromissos protocolares do Rei, cuja saúde encontrava-se bastante debilitada. As visitas aos países da Commonwealth só eram interrompidas pela maternidade.

O Príncipe Charles nasceu no dia 14 de novembro de 1948. A Princesa Anne, a segunda filha, nasceu em 1950.

Rainha Elizabeth II subiu ao trono em 1952

Rainha Elizabeth II: Vida Longa à Rainha
A Rainha. Foto: The Royal Household

Em uma dessas viagens, em 1952, a Princesa, de 25 anos, recebeu a notícia de que já não era Princesa, e sim Rainha. A cerimônia de coroação ocorreu no dia 2 de junho de 1953, na Abadia de Westminster. O evento, televisionado, promoveu o advento da mídia no Reino Unido. Na época, o número de licenças de televisão quase dobrou, e todos assistiram à jovem Rainha assumindo o trono e a coroa.

Elizabeth passou a viajar ainda mais após a coroação. Entre 1953 e 1954, a Rainha e o Príncipe Phillip embarcaram em uma grande viagem ao redor do mundo, com duração de seis meses. Ela se tornou, então, a primeira monarca a visitiar a Austrália e a Nova Zelândia. Em 1957, como monarca do Canadá, ela abriu as sessões do parlamento daquele país. Ao longo dos anos, a Rainha se tornou a chefe de estado que mais viajou em todo o mundo.

Rainha Elizabeth II: Vida Longa à Rainha
Foto: The Royal Household

Queda na popularidade e a Princesa Diana

A reputação da Rainha, que se manteve estável nos primeiros anos de reinado, decaiu na década de 1990. Os principais motivos foram reportagens sobre a riqueza da Família Real (desmentidas pelo Palácio), em 1991, e pela morte da Princesa Diana, em 1997, um ano após a separação do Príncipe Charles. Um dia antes do funeral de Diana, a Rainha deu um discurso no qual ressaltou seus ternos sentimentos pela Princesa e pelos netos, William e Harry.

Nova geração da Família Real

O discurso e o tempo surtiram efeito. Ao longo da década de 2000, as críticas à Realeza diminuíram drasticamente. Nos meses que antecederam o casamento de seu neto, William, o segundo na linha de sucessão, com Catherine Middleton, em 2011, um sentimento de festividade e alegria preencheu as ruas do Reino Unido. A cerimônia do matrimônio teve audiência estimada de 1 bilhão de espectadores.

Em 2012, a Rainha comemorou seu jubileu de diamante. Os 60 anos no trono foram completados no dia 6 de fevereiro daquele ano, e a grande celebração levou centenas de milhares de súditos às ruas, com bandeirinhas do Reino Unido e máscaras da Família Real.

Nos últimos anos, os bisnetos da Rainha Elizabeth II, a chegada dos filhos de Kate e William, os pequenos George e Charlotte, elevaram ainda mais a popularidade da Família Real Britânica e de sua monarca.

Old Bailey: julgamentos criminais em Londres

Old Bailey
Old Bailey. Foto: Mapa de Londres

A Central Criminal Court de Londres, universalmente conhecida como Old Bailey, é a corte onde são julgados os casos criminais mais sérios da Inglaterra e do País de Gales. Embora não seja uma atração turística comum, pode interessar ao viajante por apresentar ao vivo o sistema judiciário britânico em ação. Os julgamentos, presididos por juízes com as famigeradas perucas na cabeça, são todos abertos ao público.

Endereço: Old Bailey, London, EC4M 7EH

Estação de metrô: St. Paul’s (Central Line)

> Encontre no mapa

Horários de visitação: Segunda  a sexta, das 10h às 13h e das 14h às 17h. Fechado em feriados na segunda e no dia imediatamente posterior.

Ingresso: gratuito

Para acompanhar um julgamento, basta chegar na frente, escolher o caso que mais lhe interessar e ver se existem vagas nas galerias. Não tem como reservar nem comprar ingresso, e crianças menores de 15 anos não entram.

Old Bailey: julgamentos criminais em Londres
 Ilustração: Thomas Rowlandson e Augustus Pugin

História da Old Bailey

A história da corte criminal remonta ao fim do século 16. O prédio utilizado pela corte, ao lado da antiga prisão de Newgate, foi completamente destruído pelo Grande Incêndio de 1666 e reconstruído em 1674. Desse ano até 1834, quando foi renomeada para Central Criminal Court, a Old Bailey sediou mais de 100 mil julgamentos.

No século 19, os enforcamentos no pátio da Old Bailey eram espetáculo gratuito para os londrinos, que se amontoavam ao longo da Dead Man’s Walk para arremessar tomates e pedras nos condenados.

O prédio atual foi construído no lugar da prisão de Newgate, em 1902. Acima da entrada principal, lê-se o aviso: “Defender as crianças dos pobres e punir os malfeitores”. Uma estátua da Lady Justice foi erigida para simbolizar a intenção da corte. Ela carrega uma espada em sua mão direita. Todo o trabalho do arquiteto E. W. Mountford e do escultor F. W. Pomeroy veio abaixo durante bombardeios nazistas na Segunda Guerra. Mas a reconstrução não demorou para terminar, no início da década de 1950.

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Museu do Banco da Inglaterra

Museu do Banco da Inglaterra
Foto: Divulgação

Museu do Banco da InglaterraO Museu do Banco da Inglaterra conta a história do segundo banco central mais antigo do mundo (o primeiro foi o da Suécia), inaugurado em 1694. No local, o visitante é levado para uma viagem através da história do Banco da Inglaterra, na qual vê barras de ouro antigas, moedas de diversas épocas, cédulas raras e até armas utilizadas para defender o local em tempos de guerra.

Horários: Segunda a sexta, das 10h às 17h (entrada até as 16h45). Fins de semana e feriados, fechado.

Endereço: Bank of England Museum, Threadneedle Street, London, EC2R 8AH

Estação de metrô: Bank

> Encontre no mapa

Ingresso: gratuito

O prédio do Banco da Inglaterra, onde se localiza o museu, encontra-se no distrito financeiro de Londres, na City of London, na Threadneedle Street, desde 1734. Também é conhecido pela alcunha The Old Lady of Threadneedle Street ou The Old Lady.

História do Banco da Inglaterra

Museu do Banco da Inglaterra
Foto: Adrian Pingstone

O poderio da Marinha Britânica estava plenamente ameaçado por derrotas sucessivas para a França no fim do século 17.

Para financiar a reconstrução da marina e reconstituir o potencial bélico, a Inglaterra precisava de dinheiro. Aumentar os impostos não daria o resultado esperado, pois não havia dinheiro.

Então, no reinado de William e Mary, uma ideia poderia amainar as dificuldades financeiras do império: um empréstimo para o governo de 1,2 milhões de libras.

Após alguma relutância, a proposta do escocês William Patterson foi aceita, e o Banco da Inglaterra foi criado. Em troca, os credores passariam a gerenciar o Banco, ou seja, seria (e foi durante muito tempo) uma instituição privada.

Em 1734, o Banco da Inglaterra se tranferiu para o local atual. A reconstrução do banco pelo arquiteto Herbert Baker e a consequente destruição do trabalho de John Soane é considerada por muitos como o grande crime da arquitetura do século 20.

Em 1844, os poderes do Banco da Inglaterra aumentaram: só ele poderia emitir cédulas dentro do território londrino. Depois do fim da Segunda Guerra, o Banco da Inglaterra tornou-se o primeiro Banco Central do mundo e foi nacionalizado.

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Passeios de barco em Londres

Passeios de barco em LondresJá percebeu que o o Rio Tâmisa figura em boa parte das fotos de pontos turísticos de Londres? Isso porque ele tem grande importância na construção da cidade. Ao longo e ao redor do rio, em meio a brigas de romanos, vikings e saxões, surgiu uma das grandes metrópoles do mundo.

Por isso, um passeio pelas águas oferece alguns dos melhores ângulos para suas fotos na capital britânica. Experimente observar a Torre de Londres, a Tower Bridge, o Westminster Palace e o London Eye navegando pelo Tâmisa.

Passeios de barco em Londres

Passeios de barco em Londres

Existem diversas possibilidades para essa experiência. Todas elas são administradas por empreas privadas e fiscalizadas pelo Transport for London

A Thames Clipper, por exemplo, transporta mais de 7 mil passageiros por dia. A empresa apresenta duas opções de passeio: um single ticket de um píer para o outro ou um passe para um dia inteiro de jornadas, com embarque e desembarque em qualquer um dos píers.

A viagem de London Bridge para Canary Wharf leva 10 minutos, e novos barcos partem a cada 20 minutos. Dentro do barco, você ganha 15 minutos grátis de conexão Wi-Fi para usar o laptop. Para quem está com fome, tem cafeteria e restaurante.

Veja a rota

Passeios de barco em Londres

Quem deseja ir a Greenwich acaba de encontrar a melhor opção de transporte. O belo trajeto de Embankment Pier para Greenwich Pier leva apenas 40 minutos. Lembre-se: o Journey Planner também serve para planejar sua viagem de barco.

Passe diário: 13,60 libras (adulto) e 6,80 (criança). Vale das 9h às 21h, diariamente

Ingresso single: 6 libras (adulto) e 3 libras (criança)

Dá para compar online ou antes de embarcar. Comprando na hora, é possível obter desconto de 30% apresentando Oystar Card, travelcard ou student card.

Tabela de horários completa

Site do Thames Clipper

Passeios de barco em Londres

Passeios de barco em Londres

Outra empresa é a City Cruises, que oferece viagens guiadas (Idiomas: inglês, francês, alemão, espanhol, chinês e espanhol) pelo Tâmisa, por um preço um pouco mais elevado.

Vídeo de apresentação das viagens de barco por Londres

Passeios de barco em Londres

Passeios de barco em Londres

Algumas companhias também têm passeios pelo Regent’s Canal. Dá para fazer o trajeto entre Little Venice e Camden Lock, por exemplo. Opções de empresas:  Jenny Wren London Waterbus e Jason’s Trip (incluído no London Pass).

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Temple Church, a igreja dos Templários

Temple Church, a igreja dos Templários
Fotos: Alan Ford, Wiki

A Temple Church tem grande importância histórica em Londres, pois foi construída pela Ordem dos Templários no século 12, para abrigar os Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão. No início do século 17, bem depois da dissolução da ordem, o Rei James I concedeu de forma perpétua a igreja a duas Inns of Court, que mais tarde se chamaram Inner e Middle Temple. Uma atração para os visitantes são as efígies de nove cavaleiros medievais.

A construção se divide em duas partes: a Round Church, original e redonda, e a Chancel, retangular e confeccionada meio século depois. A igreja sobreviveu intacta ao Grande Incêndio de 1666, mas foi reformada pelo arquiteto Christofer Wren e mais tarde, na Segunda Guerra, bombardeios nazistas a danificaram gravemente. Por sorte, as restaurações preservaram a concepção primária do local.

Endereço: Temple Place, City of London EC4Y 7HL, Reino Unido

No Mapa: Caminho da estação de Temple à igreja

Estações de metrô: Temple (Circle e District Line)

Horários: Mudam muito. Confirme no calendário oficial

Temple Church, a igreja dos TempláriosMúsica

O coral da igreja possui grande prestígio. Recitais são apresentados regularmente, e o coral, além de comover os fiéis durante a missa, também grava álbuns especiais. O grupo se constitui apenas com homens, 18 garotos que ganham bolsa de estudos, e 12 adultos profissionais. Você pode conferir a qualidade da música aos domingos, das 11h15 às 12h15. A acústica da Temple Church é tão boa, que já atraiu músicos pouquíssimo afeitos à religião.

> Calendário de recitais e compra de ingressos

Temple Church, a igreja dos TempláriosOs Templários

A Ordem dos Templários surgiu com o intuito de proteger os cristãos que realizavam a peregrinação até Jerusalém, após a reconquista do local na primeira Cruzada. Todo cavaleiro fazia voto de pobreza. Mesmo assim, a crescente fama autorgou à Ordem bastante dinheiro e poder. Algumas das primeiras formas de atuação bancária, especialmente o cheque, são creditadas aos Templários, que guardavam o dinheiro dos peregrinos e os devolviam após a viagem até a Terra Santa. A riqueza da Ordem, porém, atraiu a cobiça da igreja e da França, o que resultou, por fim, na destruição dos Templários.

Inns of What?

Inns of Court são associações profissionais de barristers, um dos ramos de atuação dos advogados britânicos. As Inns controlam e supervisionam o trabalho de seus membros. Existem quatro Inns of Court em Londres: Inner Temple, Middle Temple, Lincoln’s Inn e Gray’s Inn.

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Restaurante da OXO Tower de Londres

Restaurante da OXO Tower de Londres
Foto: ChrisO, Wiki

A OXO Tower é um prédio com uma grande torre, localizado no south bank do Rio Tâmisa, em Londres. O local abriga lojas de designers, apartamentos residenciais e, lá no topo, no oitavo andar, o OXO Tower Restaurant, Brasserie e Bar.

Originalmente, o prédio foi construído para ser uma usina de energia para o correio britânico, no fim do século 19. Mais tarde, a empresa que o adquiriu tentou obter autorização para alçar no alto da torre uma grande propaganda, na qual estaria, em letras garrafais, iluminadas, O X O. A proibição da prefeitura levou a empresa a buscar uma alternativa. Assim, determinou que fossem criadas três conjuntos de janelas, casualmente em formato de círculos e um “xis”. Atualmente, a marca pode ser vislumbrada de uma grande distância.

Restaurante da OXO Tower de LondresLá no topo

O OXO Tower Restaurant, Brasserie e Bar, mantido pela Harvey Nichols, oferece uma das mais belas vistas de Londres, especialmente à noite. Peça para sentar na varanda, do lado de fora, caso não esteja chovendo, pois você verá a seus pés o Rio Tâmisa e alguns dos mais tradicionais ícones da capital britânica no horizonte. Dentro, um ambiente intimista com gastronomia britânica, opções vegetarianas e uma carta de vinhos com mais de 800 vinho de todo o mundo. Depois de fazer uma boa refeição, migre para o bar e siga com a diversão nas alturas.

Horários do restaurante: Segunda a sábado, do meio-dia às 14h30 e das 18h às 23h. Domingo e feriado, das 12h às 15h e das 18h30 às 22h.

Horários do bar: Segunda a quarta, das 11h às 23h. Quinta a sábado, das 11h às 23h30. Domingo e feriado, das 12h às 22h30.

Endereço: OXO Tower Wharf, Barge House Street, South Bank, London, SE1 9PH

Estações de metrô: Temple e Waterloo

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Estádio Olímpico de Londres ganhará embalagem

Estádio Olímpico de Londres ganhará embalagem
Estádio Olímpico de Londres. Simulação: LOCOG

O Estádio Olímpico de Londres será “embalado” por um novo patrocinador. O adereço, confeccionado com material sustentável, revestirá o entorno do estádio, a fim de ocultar estruturas metálicas, fios e entraves visuais acarretados pelas centenas de emissoras de rádio e televisão responsáveis pelas transmissões do evento.

A embalagem será constituída por 336 painéis individuais, tipo faixas, cada uma com aproximadamente 25 metros de comprimento e 2,5 metros de largura. A instalação será concluída até a primavera de 2012. Veja uma simulação:

Como o investimento, orçado em 6 milhões de libras, foi cortado pelo governo em um esforço de diminuição de gastos, coube ao Comitê Olímpico (LOCOG) encontrar um patrocínio para bancar o projeto.

A Dow Chemical Company acatou a ideia e se tornou a mais nova empresa a financiar os Jogos Olímpicos de Londres. Em troca, a marca será divulgada em diversos pontos ao redor do estádio. Essa propaganda, no entanto, terá de ser retirada até o dia 27 de julho, data de início das Olimpíadas, pois o comitê internacional proíbe a exibição de marcas nas locações dos Jogos.

> Internet de graça até os Jogos

> Mais sobre as Olimpíadas de Londres

Olimpíadas de Londres com internet de graça

Olimpíadas de Londres com internet de graça
Foto: Reprodução, Telegraph

A promessa do prefeito Boris Johnson, de internet gratuita em toda a Londres, pode estar próxima de se concretizar. De acordo com o Telegraph, a Virgin Media está em fase final de negociação para prover o serviço.

A empresa disponibilizaria o sinal WiFi com velocidade até 0,5mbps para o público em geral e até 10mpbs para assinantes. A oferta da internet wireless pela cidade atingiria diretamente a concorrente British Telecom, que oferece a conexão em boa parte da capital britânica cobrando taxa por cada acesso.

A Virgin planeja instalar roteadores em sua rede já existente, que distribui o sinal de televisão e internet da empresa.

> Mais sobre as Olimpíadas de Londres

Prefeito de Londres, Boris Johnson

Incautos devem ter se surpreendido na semana passada ao avistar um indivíduo alto, de cabelos desgrenhados, com o dedo em riste, anunciando a contagem regressiva de um ano para os Jogos Olímpicos de Londres, em meio a diversas piadinhas e referências irônicas ao relógio postado na Trafalgar Square.

Ele falava em uma tribuna, diante de uma multidão e ao lado de lideranças políticas e do primeiro-ministro britânico, David Cameron.

Seu nome é Boris Johnson, e sua figura  tende a ser, cada vez mais, conhecida em todo o mundo, pois esse americano de 47 anos configura-se como o prefeito de Londres, sede das Olimpíadas de Verão na metade de 2012.

Prefeito de Londres, Boris Johnson
Foto: Divulgação

Boris Johnson nasceu em Nova York, em 1964, e se mudou com a família para Londres aos cinco anos de idade. Começou a carreira como jornalista no The Times e depois passou pelo Wolverhampton Express, pelo Daily Telegraph e pelo Spectator. Em 2001, foi eleito para o parlamento britânico e, em 2008, para a prefeitura da capital, pelo partido conservador. Recebeu, na ocasião, a maior votação de mandato pessoal na história do Reino Unido e derrotou o adversário trabalhista e ex-prefeito da cidade, Ken Livingstone.

As ideias de Boris Johnson não são tão conservadoras quanto as de seu partido. Se por um lado o prefeito decretou a proibição da bebida alcoolica nos meios de transporte público da capital britânica logo no primeiro ano do mandato, por outro manteve o cabelo desgrenhado, o terno usualmente desajeitado e o discurso informal que o caracterizou durante a campanha, sempre fazendo referências irônicas e contando piadas durante suas falas para a imprensa.

Na China, em Beijing, no mesmo ano, ao receber a incumbência de sediar os Jogos quatro anos depois, Johnson deu um discurso dizendo que o ping pong estaria voltando para casa, porque teria sido inventado pelos ingleses.

O discurso parece ser a grande marca desse político excêntrico. Prova disso foi o anúncio da contagem regressiva de um ano para as Olimpíadas de Londres.

Nele, o prefeito garantiu as locações dos Jogos estavam tão prontas, que a cidade poderia convocar as Olimpíadas de uma hora para outra e pegar o mundo inteiro dormindo, de surpresa.

Além dos trejeitos peculiares e da proibição ao álcool no ônibus, no metrô e no trem, o prefeito de Londres ficou conhecido pela instituição do aluguel de bicicletas, pela criação do projeto do novo ônibus da cidade e pelas manifestações frequentes a favor de projetos ambiciosos, como o Teleférico sobre o Rio Tâmisa, a Calçada Flutuante e, mais recentemente, o aeroporto internacional no estuário do Rio.

O constante embate entre a Londres tradicional, que cultiva suas origens, e a inovadora, que lidera as tendências, é encarnada plenamente pelo seu prefeito. O resultado dessa equação só será conhecido após as Olimpíadas de Londres, em 2012, quando se saberá se os esforços financeiros e políticos pela execução perfeita do evento e pelo aproveitamento total das estruturas deixadas pelos Jogos, principalmente no leste da cidade, valeu a pena.

Então, Boris Johnson poderá ser crucificado pelas controvérsias de seu mandato, como a participação do chefe de polícia no esquema de grampo de telefones do News of the World, ou congratulado pelas benesses das bicicletas, do ônibus e do esporte em seu plano de governo.

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