A Metropolitan Police é mais conhecida como Scotland Yard, até por suas menções em obras de Conan Doyle e Agatha Christie.É a maior força policial de Londres, com mais de 35 mil funcionários, e a mais antiga do mundo ainda em atividade, com atuação desde 1829.
Ela atua não apenas na parte central da cidade, mais turística, mas em toda a Greater London. A milha quadrada da City of London, centro financeiro e histórico da capital britânica, porém, não se encontra na jurisdição da MET, e sim da City of London Police. Por fim, os trens do metrô e do National Rail ficam por conta da British Transporte Police.
O apelido Scotland Yard
A Metropolitan Police é que ganhou fama por cuidar dos cidadãos londrinos, especialmente pelas referências na literatura e no cinema. Sir Arthur Conan Doyle, por exemplo, imortalizou-a na figura do agente Lestrad, que recorria a Sherlock Holmes nos crimes mais complexos confrontados pela polícia. Filmes de detetives e espiões, como James Bond, também apresentam personagens da polícia londrina.
O nome pelo qual a Metropolitan Police ficou conhecida ainda causa alguma confusão. O leitor incauto (e preguiçoso) pode imaginar que, quando alguém diz “Scotland Yard”, refere-se a uma polícia escocesa. Mas não, bem longe disso: o nome advém da rua onde se localizava a entrada da MET para os civis no primeiro prédio utilizado como quartel-general, em 1829.
Atualmente, a sede situa-se na New Scotland Yard. Confira no mapa.
Scotland Yard não usa armas de fogo
Além do apelido, a Metropolitan Police possui outra característica curiosa. Em uma cidade como Londres, de 8 milhões de habitantes, uma ínfima parte da polícia utiliza armas de fogo.
Isso não quer dizer, no entanto, que os agentes perambulem desprotegidos pela capital britânica. Aqueles que não podem se valer de armas de fogo podem: 1) Pedir reforço a um grupo autorizado que chega rapidamente portando as maiores e mais modernas pistolas, metralhadoras e todo o aparato necessário; 2) Usar sprays de pimenta; 3) Brandir o cassetete; 4) Disseminar gás CS; 5) Partir para o Taser, uma arma de choque.
Casos como o da morte do brasileiro Jean Charles de Menezes, assassinado injustamente após perseguição pela Metropolitan Police, e da dificuldade em controlar a Revolta civil de 2011, quando milhares de britânicos saíram as ruas quebrando tudo, não são frequentes.
A Scotland Yard se configura como uma das mais confiáveis forças policiais do mundo. Um dos motivos para isso é o uso de câmeras de vigilância, que se espalham por toda a cidade. Elas ajudam a controlar toda a movimentação, flagrar delitos e até a antecipar a ação de bandidos. Por todos os lados, há policiais à paisana esperando o momento certo de atacar meliantes e levar criminosos para a cadeia.
Por isso, ande na linha. E sorria: você está em Londres.
Tem gente que se empolga demais quando chega a Londres. Sou entusiasta da cidade e de seus habitantes, porém me contenho para não extravasar essa emoção a cada passo, mind the gap, táxi preto, ônibus vermelho e prédio vitoriano. Por isso, resolvi redigir estas dicas.
Caso a euforia comece a tomar conta quando o comandante da aeronave anunciar que os tripulantes devem se preparar para a aterrissagem, lembre-se:
– Não aplauda o comandante após o pouso, a menos que ele tenha desviado de mísseis. E, pode ter certeza, não foi o caso. Era apenas uma turbulência.
– Não beije a oficial da imigração quando ela levantar a mão para agarrar o carimbo. Também não vale ceder à angústia, se adiantar à moça e carimbar você mesmo, com um sorrisão.
– Aquele senhor que lê o jornal compenetradamente não vai gostar nem um pouco se você mirar uma câmera gigante na sua direção e ainda tentar: “Say cheese”.
– Quando encontrar outro brasileiro ao sair do metrô, mantenha a calma. Existem mesmo outros de nós por aqui. Mas ele provavelmente tem pressa e não vai reagir bem se você não parar de gritar: “Onde tá a Rainha? Onde tá a Rainha?”.
– Não importa quão grande seja a sua alegria ao avistar Westminster e os símbolos da Realeza. Nada justifica chegar perto de um Guarda da Rainha, fazer continência e pedir o chapéu dele emprestado. É importante lembrar que os Guardas da Rainha não são atores nem bonecos de brinquedo, e, se eles se sentirem ameaçados, podem revidar. Com força.
– Não coloque em prática aquela sua ideia de usar um moletom da GAP e se atirar, com a marca para cima, entre a plataforma e o trem no metrô. É perigoso, e as pessoas vão ficar tão assustadas, que ninguém vai entender a proposta.
– Evite levar aquela camiseta branca que você preparou com os dizeres “Love you, Beth, from Brazil”, para entregar para a Rainha no Palácio de Buckingham. Ela provavelmente estará em Windsor.
– Até vale tirar a foto na icônica faixa de pedestres de Abbey Road, mas nem pense em agredir o motorista que passar com o carro por cima dela.
Se você, leitor, tiver mais sugestões, fique à vontade para aconselhar os incautos nos comentários.
Quem deseja acompanhar as Olimpíadas de Londres, que ocorre de 27 de julho a 12 de agosto de 2012, vai se beneficiar de um passe diário chamado Games Travelcard. Com ele, o detentor de um ingresso para evento oficial dos Jogos Olímpicos (seja uma partida de vôlei ou a cerimônia final) tem direito a transitar livremente com o transporte público dentro de Londres, entre as áreas 1 e 9, durante o dia inteiro.
O Games Travelcard vale para metrô (under e overground), DLR, ônibus, trams e trens da National Rail (só não os trens que partem dos aeroportos Heathrow, Stansted e Gatwick).
Os espectadores dos Jogos também terão desconto de 1/3 para o 2012 Games River Bus Express e River Tour.
Jogos fora de Londres
O Games Travelcard é fornecido apenas para Jogos dentro de Londres, da zona 1 a 9. Cardiff, onde a Seleção Brasileira vai jogar, no Millennium Stadium, é uma das cidades próximas a Londres que são chamadas de co-Host. Está na lista junto com: Weymouth e Portland; City of Coventry Stadium, Coventry; Old Trafford, Manchester; Hampden Park, Glasgow; St James’ Park, Newcastle.
O que fazer então?
Com ingresso, você tem direito a desconto nas passagens de trem pela National Rail. Para obter essa redução no valor, compre online por este link.
Para economizar ainda mais, você pode ir de ônibus. Aí, o melhor é pesquisar os preços e comprar as passagens no site da Mega Bus, que pelo menos oferece Wi-Fi grátis.
O Parque Olímpico de Londres foi o centro esportivo do planeta, pelo menos entre 27 de julho e 12 de agosto de 2012. Localizado em Stratford, no leste da capital britânica, o complexo, com 2,5 quilômetros quadrados, abriga nove espaços de competição. Os esportes disputados no local: Saltos Ornamentais, Natação, Nado Sincronizado, Pentátlo Moderno, Basquete, Handebol, Bicicross, Hóquei, Atletismo, Ciclismo e Polo Aquático.
Foto: Divulgação
Período das Olimpíadas: 27 de julho a 12 de agosto
Período das Paraolimpíadas: 29 de agosto a 9 de setembro
Metrô: estação de Stratford (Jubilee e Central Lines) e estação West Ham (a 15 minutos de distância a pé, atendida pela District e pela Hammersmith e City Line)
DLR: as duas linhas da Docklands Light Railway param nas estações de Stratford, Stratford International e West Ham. Do Centro da cidade, pegue o DLR em Tower Gateway e mude em Poplar.
National Rail: a estação de Stratford recebe trens diretos de Liverpool Street. Compre sua passagem.
Ônibus: Diversas linhas regulares abastecerão o Parque Olímpico. Veja mapa com ônibus especiais que farão o trajeto durante as Olimpíadas.
A fim de conhecer o complexo antes das Olimpíadas. Existe um tour a pé que ocorre diariamente, ao custo de 9 libras para adultos. Você verá as principais construções e entenderá por que o leste de Londres foi a região escolhida para o Olympic Park.
Quando: todo dia, às 11h
De onde sai: estação Bromley-by-Bow (District e Hammersmith Line)
Esse tour precisa ser agendado com muitas semanas de antecedência. Ele ocorre nos fins de semana. É gratuito e oferecido pelo comitê olímpico. Para agendar, você deve ligar para o Olympic Delivery Authority, de segunda a sexta, das 9h às 17h30: 0300 2012 001.
Brasileiros que viajarão a Londres para as Olimpíadas, na metade deste ano, já devem começar a comprar libra esterlina. Embora a cotação deva se manter estável nesse período, entre R$ 2,70 e R$ 2,80 nos indicadores, o aumento da procura nas semanas que antecedem os Jogos pode levar a uma escassez da moeda no mercado e à consequente valorização da divisa, alerta Alfredo Meneghetti Neto, economista da Fundação de Economia e Estatística e professor da PUCRS, de Porto Alegre.
– O ideal é que essa preparação, esse planejamento comece no mínimo seis meses antes da viagem – orienta o economista. – O turista pode se valer de Visa Travel Money e adquirir uma quantia em espécie. Essa compra deve ser feita o mais rápido possível para quem tem o propósito de acompanhar as Olimpíadas.
A tendência para os próximos meses não indica uma desvalorização maior do pound, ou seja, não haveria vantagem em esperar mais. Essa desvalorização só ocorreria, segundo o economista, em caso de um evento trágico nas Olimpíadas ou na economia britânica. Um estudo recente da Universidade da Coruña, na Espanha, simula a resistência das principais moedas em um teste de movimento extremo de preços no mercado de câmbio. Nele, a libra esterlina seria a mais afetada.
– Vamos supor que, durante as Olimpíadas, aconteça um atentado em uma estação de metrô. A gente sabe da qualidade da Scotland Yard, uma das polícias mais preparadas do mundo. Mas vá que aconteça. O estudo mostra que, nesse caso, a libra, completamente desvinculada do euro e da política econômica europeia, tende a não resistir e sofrer acentuado declínio – salienta o economista.
Por isso, compre logo suas libras e torça pela eficiência da Scotland Yard.
Outras moedas
Não foi só em relação ao Real que a libra esterlina perdeu força. Em relação ao dólar americano, a libra teve recuo de 30% desde o início da crise imobiliária de 2008. Em relação ao euro, o Pound perdeu 17%. De acordo com analistas consultados pelo Daily Mail, estas são algumas das razões para a desvalorização da moeda britânica:
– O Reino Unido saiu da crise de 2008 mais vagarosamente do que o restante da Europa e os Estados Unidos
– Os juros básicos da economia, em 0,5%
– O crescente déficit público da economia britânica
– A provável intenção do Banco da Inglaterra em manter a moeda desvalorizada para sustentar e alavancar as exportações.
A concorrência aos hotéis tradicionais de Londres cresce cada vez mais. Há muito tempo, surgiram os albergues e a chance de economizar dividindo o quarto com uma galera. Depois apareceu o Couch Surfing e a oportunidade de poupar uma grana dormindo em sofás de nativos. Então as imobiliárias se profissionalizaram e montaram sites especializados para quem deseja passar uma curta temporada em um apartamento de verdade, com a possibilidade de comprar comida barata no supermercado da esquina e obter, por alguns instantes, aquela sensação londoner. Para muita gente, a hospedagem alternativa parou por aí. Mas Londres, querida Londres, foi uma das primeiras cidades europeias a contar com ainda duas outras formas diferentes de hospedagem: o AirBNB, o aluguel de quartos para turistas, e o One Fine Stay, o aluguel de apartamentos inteiros de moradores que por algum motivo não estão na cidade.
Vamos entender cada uma dessas opções, com suas qualidades e defeitos. Se você apareceu aqui procurando por dicas para encontrar e reservar hotéis em Londres, experimente este link, que reúne uma porção de táticas interessantes.
É uma maneira fácil de economizar e, ainda por cima, uma chance de conhecer viajantes de todo o mundo. Pesquise bastante, procure reviews de outros alberguistas e não se irrite quando um italiano doidão abrir a porta às 4h da manhã e começar a procurar o interruptor da luz. Isso acontece, e exige certa habilidade para não entrar em conflito logo no primeiro convívio com seus roommates.
Vantagens
– Economia
– Possibilidade de conhecer gente de todo o mundo, especialmente dentro do quarto, no café da manhã e na sala de televisão/internet
– Festinhas organizadas dentro do próprio albergue
– Recepcionistas e alberguistas jovens (Vantagem?, você pergunta)
Desvantagens
– Colegas de quarto
– Escadas
– Café da manhã nem sempre tão agradável quanto o esperado
Dicas
– Não fique em quartos com mais de oito camas. Em suas andanças, você vai encontrar até 16 camas no mesmo ambiente. Você vai se animar pelo preço, mas acredite: não valerá a pena.
Se ficar mais de uma semana, considere pedir pela weekly rate. Essa modalidade de tarifa, porém, normalmente fica disponível apenas para reservas feitas pessoalmente. Dá para reservar dois dias, por exemplo, pela internet e depois tentar a sorte pedindo a weekly rate. Nesse caso, torça pela disponibilidade.
Você sabe como funciona? O Couch Surfingé uma rede social cujo intuito constitui-se de diminuir distâncias. Com ela, você pode oferecer o seu sofá (ou até um quarto, se estiver sobrando) para viajantes. O viajante vê o seu perfil, lê a descrição, dá uma olhada nas fotos e pergunta: posso ficar aí em tal data? Você não ganha nada por isso, mas pode fazer o mesmo que ele em sofás do mundo todo. A ideia é tentadora, portanto: hospedagem de graça em Londres! A realidade, contudo, nem sempre atende à expectativa. Primeiro de tudo, não vale apenas se cadastrar no site para a sua viagem e pronto. O objetivo é que você também ofereça acomodação para os outros. Segundo, é difícil conseguir um sofá em uma boa localização em Londres, sobretudo se você for homem. Mulheres costumam ter maior preferência na escolha dos surfers. E terceiro, nem sempre o espaço oferecido pelo amigo é o ideal. Muitas, muitas vezes o viajante tem de se contentar mesmo em dormir no sofá (e dormir uma porção de noites assim não é aconselhável).
– Chance de conhecer um nativo, normalmente atencioso e com dicas bacanas
Desvantagens
– Acomodação nem sempre cômoda
– Falta de privacidade
Aluguel de apartamentos
Esse sistema de hospedagem é recomendado para quem pretende passar um tempo maior em Londres e para quem viaja acompanhado por mais gente. O tempo mínimo varia de empresa para empresa, mas pode se chega a uma média de sete dias. Menos do que isso, procure um hotel ou um albergue, dependendo do seu planejamento. O Ricardo Freire, do Viaje na Viagem, escreveu um post bem detalhado sobre essa modalidade de acomodação e as diferenças entre ficar em um apartamento e em um hotel. Confira.
– Chance de se jogar em um supermercado e comprar um monte de coisas baratas para usufruir no apartamento
– Com um ou mais flatmates, economia
Desvantagens
– A pia (alguém tem que lavar aquela sujeira)
– Falta de concierge ou recepcionista para ajudar com mapas e orientações
– Check in e check out dificultados (tudo tem de ser combinado com o landlord)
AirBNB
Que tal reduzir a pedida e não alugar um apartamento, mas apenas um quarto? Isso tende a reduzir muito o preço da história e elimina aquela situação desagradável do Couch Surfing, que nem sempre oferece a acomodação desejada. No site, você pode ver fotos do quarto, ler sobre o bairro, conhecer o dono da casa e ver as avaliações de outros viajantes que ficaram no lugar. Nunca usamos, porém o serviço saiu em matéria bem positiva no Guardian. E as diárias começam em 20 libras, dependendo do apartamento.
Conheça o site do AirBNB e e receba R$130 de desconto na primeira viagem que fizer no valor de R$250 ou mais.
Vantagens
– Economia
– Sensação de se tornar um londoner por alguns instantes
– Ambiente bem diferente para quem está acostumado com hotéis
Desvantagem
– A experiência depende do dono da casa
One Fine Stay
O One Fine Stay também apareceu em matéria elogiosa do Guardian, então fomos atrás. Aqui a ideia é oferecer apartamentos inteiros, mas não de imobiliárias ou pessoas que alugam o espaço constantemente, e sim de moradores que estarão viajando durante o período desejado. Ou seja, você aluga um espaço completamente mobiliado, como se os moradores tivessem recém saído e deixado o lugar para você (o que de fato aconteceu). É muito bacana para deixar a experiência do viajante mais parecida com a de um nativo. Se você gosta da ideia, conheça o site.
A disponibilidade do imóvel nem sempre combina com a sua viagem
Reserva de hotéis
Para quem deseja reservar um hotel de maneira confiável e prática, recomendamos o Booking.com, aquele ali do banner abaixo. Criado em 1996, o site é um dos líderes em reservas de passagem online, presente em 164 países e agregando 200 mil hotéis. O Booking.com garante o menor preço tanto em hotéis cinco estrelas quanto em pequenos estabelecimentos independentes. Você pode navegar em português e usar o cartão de crédito, selecionando o hotel por preço, localização ou nome. Clique abaixo para conferir.
Como funciona: o portal é um parceiro dos hotéis, que repassam uma comissão por cada reserva feita. Mesmo assim, embora possa haver exceções, os valores apresentados no Booking são normalmente os mais baixos do mercado. E por cada reserva realizada através do Mapa de Londres, nosso site ganha um pequeno percentual (infelizmente, bem pequeno) da comissão do Booking. Ou seja, quem reserva pelo Mapa de Londres pode ficar tranquilo por estar garantindo o melhor preço e ainda feliz por colaborar com o site, sem custo adicional.
No dia 17 de outubro de 1814, uma onda gigante tomou as ruas da área central de Londres. Seria uma ressaca do Rio Tâmisa? Não. À noite, após o expediente na Mieux and Company Brewery, um container de cerveja, com 610 mil litros, se despedaçou. A forte pressão do líquido derrubou os outros galões, que também sucumbiram. Como resultado, uma avalanche com 1,47 milhão de litros de cerveja levou abaixo duas casas e atraiu a sede de centenas de moradores das redondezas, que decidiram mergulhar e beber de graça no que parecia ser uma dádiva etílica. Infelizmente, o teor foi amargo: oito pessoas morreram afogadas.
Essa história, trágica e verdadeira, demonstra a paixão dos londrinos pela cerveja. Por isso, o brasileiro que pensa em visitar a capital britânica pode se beneficiar de uma aulinha antes de deixar para trás sua Skol, Kaiser ou Nova Schin estupidamente gelada. Confira abaixo nosso pequeno guia para você não passar vergonha em Londres, uma das grandes capitais do lúpulo.
– A cerveja foi a primeira bebida alcoolica produzida na Inglaterra
– A Inglaterra é famosa por suas Real Ales, cuja maturação final se dá nos próprios pubs, com carbonatação natural.
– As variedades inglesas incluem Bitter, Mild, Brown Ale, Old Ale e Stout
– Mais recentemente, as Lager começaram a fazer sucesso
– Diferentemente do que se imagina, a cerveja em Londres não é servida quente; a temperatura ideal fica entre 10 e 14 graus Celsius
– Em um pub, pegue a bebida e pague no balcão, antes de se dirigir à mesa
– Pub significa Public House, um local de encontro que reúne britânicos desde a construção das primeiras tavernas romanas
– A maioria dos pubs fica aberta até 23h ou meia-noite, dependendo do dia
– Uma sineta alerta para o último drinque da noite
– Existem aproximadamente 50 mil pubs no Reino Unido
– Charles Dickens ambientou um de seus livros, Nosso Amigo em Comum, no pub Trafalgar Tavern, em Greenwich, que existe até hoje
– Cada pint tem exatos 568ml
– Os bons pubs deixam você experimentar a cerveja antes de pedir um pint
– Existem 2 mil marcas diferentes de cerveja no Reino Unido
– Stout são cervejas escuras, com alto teor alcoolico
– A Ale, mais antiga, tem a fermentação em temperaturas mais altas do que a Lager, mais recente
2012 foi um ano bem agitado em Londres. Por se converter em capital do esporte e dos Jogos Olímpicos, a cidade recebeu ainda mais eventos culturais, especialmente shows de grande porte, para alegria dos turistas que desembarcaram nesse período.
Abaixo, elaboramos um pequeno calendário para você se programar. Nada melhor do que conjugar o passeio turístico com um show bacana. Confira (e não deixe de dar sugestões, pois vamos atualizar esta relação sempre que surgir algo novo):
A palavra que você deve aprender antes de viajar para Londres não é “mate” nem “cheers” nem “pint” nem “umbrella”. Antes de embarcar, reserve um dia para perambular pelas ruas de sua cidade e distribuir um “pardon” aleatório e sincero para cada transeunte que encontrar.
Sim, não precisa nem esbarrar – basta se aproximar e disparar as desculpas. É assim em Londres. Qualquer estrangeiro, que tende a se movimentar de forma caótica em um lugar estranho, pode ser mais bem aceito na capital britânica se promover uma saraivada aleatória de pardons em lugares muito movimentados, especialmente no embarque e desembarque de ônibus, trens e metrôs.
Acha estranho pedir desculpas por nada? Calma, você não sabe, mas, em terras distantes (especialmente as de trânsito no sentido contrário), parta do princípio de que você está fazendo algo errado. E acredite, você vai acertar mais se presumir o próprio erro do que se esperar uma senhora sair do trem balbuciando coisas indecifráveis e assaz impublicáveis.
Há um método inglês para captar a necessidade do pardon. Mas você não dominará a técnica em 3 ou 4 dias de viagem. Trata-se da sutil arte de detectar as falhas em sua própria movimentação e prevenir a reclamação alheia com o pardon redentor. Exemplos de falhas clássicas que só podem ser amainadas com a palavria mágica: chegar perto demais de um desconhecido sem motivo muito justificável ou parar, mesmo que por instantes, do lado esquerdo da escada rolante.
Depois, não adianta falar baixinho. Não adianta gritar desculpas em português. Não adianta argumentar que foi você, velhinha, que me atropelou. E não adianta sair-se com um sorry. Lembra a senhora que balbuciou as palavras impublicáveis? Ela tem um umbrella e não se furtará em utilizá-lo para promover a educação alheia. Por isso, comece a praticar.
Até a publicação deste texto, exatas 7,4 mil matérias e posts sobre Londres já citaram Samuel Johnson em suas primeiras linhas. “Quem está cansado de Londres está cansado da vida. Há em Londres tudo que a vida pode oferecer”, disse o escritor e lexicógrafo no dia 20 de setembro de 1777, em uma conversa com seu então futuro biógrafo James Boswell, que na época morava na Escócia e questionava se seu entusiasmo pela capital inglesa se esvairia caso viesse a residir na cidade.
A frase de Johnson não apareceu no parágrafo acima por acidente de percurso nem por uma eventual descoberta tardia. Ela se aplica perfeitamente a uma brasileira de 31 anos que embarcou para morar na capital britânica em agosto de 2005 e até agora não deixou de se encantar com a cidade. Este é o Minha Londres de Adriana Miller, uma carioca que vive em Londres “amando cada minuto” e disseminando essa paixão em textos e fotos no blog Dri Everywhere.
A história começou de uma forma singela. Por que escrever um blog?, perguntou Adriana em seu segundo post, no dia 12 de abril de 2004. “Quem me conhece sabe que escrever não é meu forte… Sou iletrada e quase analfabeta… Apesar de ser filha de uma professora de português, só Deus sabe como consegui sobreviver ao 2º grau… Mas enfim, o que vale é a intenção. Na verdade, é uma tentativa de manter contato com os que aqui ficam… Semana que vem, dia 24 de abril, estou de partida. Vou realizar um grande sonho, que é estudar Turismo na Espanha. Minha jornada começa na Itália; Lá serão dois meses estudando italiano. Em julho, vou para a Espanha; 1º em Madrid estudando espanhol (escrever uma tese de mestrado usando meu “portunhol” imundo não dá!!!) e depois, enfim, VALENCIA!!! Lá vou ficar 1 ano fazendo um mestrado “Master Universitario Internacional en Turismo y Hosteleria” na Universidad Politecnica de Valencia. Tenho certeza que vou amar!! Conclusão: esse blog nada mais é do que uma tentativa de manter as novidades sobre minha vida e minha viagem sempre atualizadas, e dividir com meus amigos as curiosidades e acontecimentos dessa minha jornada”.
Desde esse princípio quase tímido, sem fotos nem grande desenvoltura com o texto, até hoje, de turismo como hobby quase profissional nas horas de folga, passaram-se quase oito anos. Basta observar, por um breve momento, a coluna lateral do Dri Everywhere com as categorias das postagens para entender quantas malas foram feitas e desfeitas nesse período. E tudo relatado com uma simpatia ímpar, um detalhamento carinhoso e ilustrações belíssimas. Ah, e quartos de hotel de dar inveja (agradecimento especial aos empregadores).
Abaixo, Dri fala sobre Londres, Londres, Londres e Londres.
Como foi o primeiro contato com a cidade?
A primeira vez que vim a Londres foi a passeio, em 2004. Foi uma viagem por acaso, eu estava morando na Itália na época e achei uma passagem barata pela EasyJet. Vim completamente sozinha e não sabia o que esperar… Mas de cara amei a cidade, e sabia que um dia voltaria. Antes de conhecer Londres “ao vivo” pela primeira vez, eu tinha uma imagem de uma cidade feia, cinzenta, velha e antiquada. Mas na verdade encontrei uma Londres moderna, porém histórica, muito ativa, com muita cultura, muita arte, muita gente do mundo todo e muita animação. Fiquei apenas quatro dias na cidade e voltei pra Itália completamente apaixonada!
Moro aqui desde agosto de 2005 – e ainda amando cada minuto!
Do que você mais gosta na cidade?
Gosto do clima internacional. Gosto de saber que posso jantar num restaurante Somaliano e depois assistir a uma banda nigeriana, com minha amiga sueca e fechar a noite num bar vietnamita.
São poucas cidades do mundo que são realmente tão internacionais quanto Londres, e que tratam “o mundo” como coisa corriqueira. Aqui eu me sinto em casa e, por mais que eu saiba que nunca serei uma inglesa de verdade, aqui eu também não me sinto estrangeira. Em Londres, todos somos Londrinos, e isso me dá um conforto enorme.
Do que você menos gosta?
A lotação! Às vezes, é frustrante ver os restaurantes sempre lotados, os shows e exposições sempre esgotados e as lojas sempre abarrotadas. Em Londres, dá pra sentir a superlotação populacional na pele, e às vezes isso cansa!
Se tivesse apenas um dia na cidade, o que faria?
Sairia pra passear na beira do Tãmisa! A Area de Southwark é uma das minhas regiões preferidas. Acho que me sinto um pouco no calcadão do Rio!
Dali é possível ver um pouco do mais bonito, mais histórico e mais moderno de Londres, e sempre rende otimas fotos!
E com certeza daria um jeito de passar umas horinhas em algum museu da cidade. E pra fechar o dia, um musical e jantaria uma comida bem exótica!
A caminhada “Queen’s Walk” é uma de minhas preferidas. Poderia passar horas por lá todos os dias. O British Museum é um dos maiores, melhores e mais completos museus do mundo, e portanto imperdível! Os eventos tipicamente ingleses também são uma ótima opção, seja qual for a época do ano. Eles são uma ótima oportunidade de entender melhor a dinâmica cultural e social inglesa, seja numa corrida de cavalos, jogo de tênis, festival de música no parque, festival gastronômico, etc.
A Oxford Street nao é meu lugar preferido pra fazer compras, porque acho muito confuso e sempre tem gente demais, mas um passeio pela rua proporciona uma das melhores “atividades” a se fazer em Londres: people Watching!
Acha que a cidade está se preparando bem para as Olimpíadas?
Acho que sim. Os ingleses têm muitos defeitos, mas organização é uma coisa que eles fazem muito bem! Na verdade, a cidade já está se preparando para as Olimpíadas há muitos anos, e eles nunca deixaram ninguém na dúvida de que vão proporcionar um ótimo espetáculo!
Tenho minhas dúvidas em relação ao transporte público, pois acho que não vai dar vazão para acomodar os milhões de turistas, mais o uso do dia a dia das milhões de pessoas que moram aqui, então vai ser interessante ver como a organização do evento vai lidar com isso…
Um dia típico em sua rotina londrina
Ai, ai, ai… Acho que não tenho muitos dias típicos…
Mas um dia “normal” inclui passar por uma das estações de trem mais movimentadas da cidade (essa cultura de “commute” é muito característica da vida Londrina), vou pro trabalho, convivo com inglesas quase o dia todo, e só volto pra casa já tarde. Sempre que possivel, tento incluir outras tividades na minha semana, seja uma peça, exposição, jantar ou pub. Mas a verdade é que o dia a dia é sempre igual em qualquer lugar do mundo. Acordo, vou trabalhar, volto pra casa, assisto TV e vou dormir.
Em Londres: celebrar a presença de outros brasileiros ou fugir correndo?
Hoje em dia, tenho muitos amigos brasileiros que surgiram na minha vida por acaso, mas não é uma coisa que “procure” por aqui. Também não fujo de brasileiros, mas acho que me adaptei bem demais com a vida por aqui e não sinto tanta falta desse contato da “terrinha”, nem sinto falta de falar português e muito menos da comida brasileira.
Mas um conselho que sempre dou para os recém-chegados na cidade é: fuja dos brasileiros pelas ruas, e pra quem quer aprender inglês ou se adaptar na vida e no dia a dia na Inglaterra, o maior erro é se fechar em “comunidades” de brasileiros – minha opiniao pessoal é que esse contato acaba estragando um pouco da experiência de morar fora.
Um episódio curioso no metrô ou no ônibus
Acho que nao se classifica como “curioso”, mas ainda fico muito impressionada quando ouço sobre mortes (e suicídios) nos trilhos de trens e metrôs… Acho uma estatistica horrível sobre Londres.
Não ter uma descoberta! Sempre saber que, apesar de morar aqui há tantos anos, ainda estou longe de conhecer a cidade toda e ainda tenho muita coisa para desbravar e conhecer!
100% em casa, desde o primeiro dia. Londres é uma cidade que me acolheu muito bem.
Pretende voltar a morar no Brasil? Por quê?
Não. Apesar de saber que não sou nem nunca serei uma inglesa “da gema”, hoje em dia tenho plena consciência de que já não sou mais 100% brasileira e, a cada vez que volto ao Brasil de férias, me sinto como uma estrangeira em minha própria casa.
Não sei se vou morar em Londres para sempre, mas aqui definitivamente é o meu lar.
Se você embarcasse amanhã para morar em Londres, com seu conhecimento atual, o que você levaria na bagagem e o que deixaria de fora?
Acho que faria tudo igual. Quando eu vim morar em Londres, eu já tinha morado fora do Brasil outras vezes (Portugal, EUA, Itália e Espanha), então já sabia como funcionava essa coisa de “ser estrangeira”.
É importante não sofrer nem dar atenção demais ao pequenos detalhes da vida – aceite as diferenças como experiências positivas. A vida longe de casa é diferente e ponto final, afinal foi por isso que você saiu de casa, não?
O que Londres tem que outras cidades europeias não oferecem?
People Watching. Foto: Drieverywhere.net
A internacionalidade, sem dúvida. Por mais que outras cidades também tenham muitos estrangeiros, os ingleses são muito acolhedores e curiosos por natureza. Aqui, sabendo respeitar as regras e costumes locais numa boa, todos são bem-vindos.
Você percebe alguma mudança na sua personalidade por influência da cidade?
Claro! Hoje em dia sou uma pessoa muito mais tolerante e muito mais “politicamente correta”. Admiro muito isso nos ingleses. Eles conseguem ser “corretos” sem serem uns chatos. Mas gosto da filosofia de que a sua liberdade acaba onde começa a do outro, e com respeito mútuo, tudo sempre fica numa boa. Aceite os outros como são, com suas dferenças e dificuldades, e eles também te aceitarão.
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