Shard é o arranha-céus de Londres que redefiniu a linha do horizonte da cidade. Aberto para visitação no dia 1º de fevereiro de 2013, o prédio foi intensamente aguardada por londrinos e turistas.
Depois de uma subida rápida de elevador, todo mundo se rende à vista mais comentada da cidade: The View From The Shard. Não é para menos: a visão de 360º que se tem nos 69º e 72º andares é mesmo de tirar o fôlego! Um programa obrigatório para os apaixonados por Londres.
Suba com a gente e decida se o Shard fará parte da sua programação.
Texto e fotos: Juli Haas, especial para o Mapa de Londres
Como visitar o Shard
Ingressos: Adulto: a partir de 25 libras / Criança (4 a 15): 16 libras
(Você pode ir sem ter comprado no site, mas não é garantido que consiga subir na hora que desejar.)
Duração: Ilimitada. Pode-se ficar quantas horas quiser.
Endereço: Joiner Street. London SE1
Metrô: London Bridge (Jubilee Line e Northern Line. Zona 1).
A subida ao ShardDepois de coletar o ingresso no balcão e passar por um detector de metais, posamos para uma foto com fundo verde (tipo chroma key). Depois é colocada nesse fundo uma reprodução da vista que se tem lá de cima. Ao fim do passeio, o visitante tem a opção de comprar a foto.
Rapidamente, o primeiro elevador nos leva até o 33º (muito rapidamente, são 33 andares em menos de 30 segundos). Depois de trocar de elevador, chegamos ao 68º andar! Na chegada, o impacto é forte. É indescritível a sensação de, em poucos minutos, estar a mais de 200 metros do chão. Vidro e estruturas metálicas são só o que nos separam desse lindo skyline.
Circulando nas alturas
Lá dá para circular à vontade, curtindo cada descoberta na paisagem. Os lugares pertinho do vidro são bastante disputados, e pode demorar um pouco para conseguir se posicionar para obter aquela foto perfeita. Mas como o tempo de permanência é ilimitado, é só ter um pouco de paciência. O entardecer e a noite são os horários mais cheios. A ideia de subir para ver o pôr-do-sol encanta as pessoas. Eu não tive muita sorte. O horizonte estava nublado, e o que vi foi um pôr-do-sol bem fraquinho. Mas nada que decepcionasse.
O 68º andar é só o acesso. É no andar 69, depois de subirmos algumas escadas, que encontramos um mar de prédios e monumentos. Este andar é totalmente fechado, aquecido e tem som ambiente.
Já o 72º é fechado de vidro nas laterais, porém a cobertura é aberta em algumas partes. Lá o som da cidade pode ser ouvido e a integração com ela é mais forte. Podemos sentir o vento, um pouco do frio e até alguns chuviscos também.
De lá de cima, nos vemos mais altos do que o Gherkin. A London Eye é uma roda-gigante de tamanho normal. E o BigBen, um reloginho de pulso. Podemos acompanhar o movimento dos barcos no Rio Tâmisa, o vai-e-vem dos ônibus vermelhos, os trens chegando na estação de London Bridge.
Se você tiver tempo, sugiro seguir esta dica: Ir em horário que permita ver a cidade de dia e de noite. Mas, se não puder, tudo bem – qualquer horário será ótimo. O importante é ir sabendo que, se você ainda não era apaixonado por Londres, depois dessa visita vai ficar com certeza.
Galeria de fotos
O que é o Shard
O “caco de vidro”, the Shard, é um projeto do arquiteto italiano Renzo Piano (Centre Pompidou, Paris / Potsdamer Platz, Berlim).
Hoje é o prédio mais alto da União Europeia. Mas segundo o próprio arquiteto, não é a altura que importa. O que ele pretendia com esse projeto era produzir um novo ponto de referência para a cidade. Um símbolo no lado sul do rio, longe da área tradicionalmente mais rica. O prédio é todo de vidro para se integrar a paisagem e reproduzir o “temperamento” de Londres a cada dia. Ele reflete a cidade e o clima.
Com 87 andares (310 metros de altura), é divido entre escritórios, apartamentos residenciais, resturantes e até um hotel resort. É o primeiro prédio alto de Londres que tem espaço aberto para visitação pública. O Gherkin, por exemplo, só pode ser acessado por quem trabalha lá.
O prédio faz parte de um complexo chamado London Bridge Quarters. Sua entrada para o público está bem ao lado da entrada da estação de trem (overground) de London Bridge. A estação e o térreo do prédio se integram, deixando claro que o intuito não é excluir ninguém, nem parecer elitista. É um espaço para ser desfrutado por turistas, moradores e trabalhadores, já que aproximadamente 5000 pessoas irão trabalhar aqui.
Texto e fotos: Juli Haas, especial para o Mapa de Londres