Museu Britânico: Como e por que visitar

O Museu Britânico (British Museum), em Londres, é um dos grandes museus do mundo. Tanto pelo seu tamanho quanto pela sua importância.

Foi eleito o quarto museu do mundo pelo TripAdvisor em 2018.

Vamos resumir a história, para o viajante que não quer perder tempo: este é um dos dois museus imperdíveis no planeta. O outro é o Louvre, em Paris.

Para ter uma ideia, uma vaga ideia: o Museu Britânico abriga 8 milhões de peças históricas de toda a humanidade. Para facilitar a sua decisão, o final deste post conta com mais de 20 imagens do museu.

Nada disso vai retratar fielmente o impacto da entrada no British Museum.

Você vai ficar apavorado com a quantidade de história com a qual terá contato.

Vai se sentir envergonhado por não ter estudado mais.

Vai ficar se perguntando: como pode ser gratuito o ingresso?

E, depois de algumas horas, vai sair do Museu Britânico completamente esgotado, de tanta informação que receberá ao longo dos corredores imponentes do museu.

Preparado? Vamos lá!

Como visitar o Museu Britânico

O Museu Britânico é facinho de achar, pois fica próximo à Oxford Street e a duas estações de metrô bem populares, a Tottenham Court Road e a Holborn.

Horário de funcionamento: diariamente de 10h às 17h30, sextas-feiras até 20h30 (com exceção da sexta-feira santa).

O museu Britânico permanece fechado nos dias 24, 25 e 26 de dezembro e 01 de janeiro.

Ingressos: gratuito para o acervo permanente. Exposições temporárias normalmente têm ingresso pago.

Endereço: British Museum  – Great Russell Street London WC1B 3DG

Veja no mapa

Estações de metrô: Tottenham Court Road (Northern e Central Line) e Holborn (Piccadilly e Central Line)

Ingresso: Gratuito

Horários: Diariamente, das 10h às 17h. Nas sextas, até as 20h30

Museu Britânico: Como e por que visitar
Entrada do British Museum, o Museu Britânico. Fotos: Mapa de Londres

O que tem de tão especial no Museu Britânico?

Quando fundado, o Museu Britânico foi o primeiro grande museu público, gratuito, secular e nacional em todo o mundo. E o segundo museu moderno do planeta, depois do Museu de Oxford. Foi pioneiro nos métodos museológicos, trazendo relíquias da História Universal. Em seu acervo permanente, conta com máscaras astecas, moedas do período helenístico, esculturas egípcias e gregas, além da Pedra de Roseta e partes do Partenon de Atenas.

Destaques do Museu Britânico

British Museum - Museu Britânico
Rosetta Stone é um dos destaques do acervo. Foto: Mapa de Londres

Rosetta Stone

Relevos Assírios

Esculturas do Partenon

Peças de Xadrez Lewis

Tesouro de Oxus

Royal Game of Ur

A Múmia de Katebet

Armadura de Samurai

O Rei de Ifé.

Quer conhecer os destaques acima em um roteiro curto e direto ao ponto?

Roteiro de 1 hora no Museu Britânico

Tem pouco tempo em Londres e precisa ver apenas os principais destaques do Museu Britânico? Então confira abaixo um tour básico de 1 hora, com os destaques sugeridos pela equipe do British Museum.

Mas já avisamos: você terá que voltar, afinal o local se propõe “apenas” a contar a história da humanidade em milhões de objetos. O museu é gigante, abriga a maior coleção sobre o Egito fora daquele país e reflete o poder de outrora do Império Britânico, que coletou esses itens pelo mundo inteiro.

Entre pela Great Russell Street.

O Mapa do Museu

Logo na chegada, você deve pegar um mapinha (gratuito) para se localizar.

Veja o mapa online.

Depois de admirar a Great Court, a sua frente, prepare-se para conhecer o mundo em 9 objetos.

Foto: Mapa de Londres
Great Court do British Museum. Foto: Mapa de Londres

Passo a passo no museu

Você está no Ground Floor.

Ground Floor

1

Agora entre à esquerda no Room 4.

Ground Floor, Room 4

Pedra de Roseta

Egito, Período Ptolomaico, 194 A.C.

Museu Britânico: Como e por que visitar

Importância: a pedra de Roseta é considerada a chave para decifrar os hieróglifos egípcios, por conter um decreto em três formas diferentes, hieróglifos, demótico (variação do egípcio) e grego antigo.

Encontrada: a pedra foi descoberta por soldados de Napoleão perto da cidade de el-Rashid (Rosetta). Com a derrota de Napoleão para as forças britânicas, sob os termos do Tratado de Alexandria, a Rosetta Stone passou para a guarda do Império Britânico.

No Museu: A Rosetta Stone reside no British Museum desde 1802. Foi retirada apenas uma vez, durante os bombardeios nazistas da Segunda Guerra, para ficar protegida no subsolo de uma estação em Holborn.

Ainda no primeiro andar, em uma sala ao lado da Pedra de Rosetta, você encontra…

Ground Floor, Room 10a

Relevos Assírios de Caça aos Leões

Assíria, 645-635 A.C.

Foto: Museu Britânico

Na antiga Assíria, a caça aos leões era considerada esporte de Reis, símbolo do dever Real de proteger seu povo. Os relevos esculpidos que você vê retratam as atividades do último Rei Assírio, Ashurbanipal (668-631 BC).

Passe para a sala 23, dobre à esquerda e siga reto até a sala 18, onde está…

Room 18, Ground Floor

Esculturas do Partenon

Atenas, Grécia, 500 A.C.

Museu Britânico: Como e por que visitar

O Partenon foi construído no século 5 a.C. como um templo em homenagem à deusa Atena. O uso de mármore branco e a arquitetura monumental do templo demonstravam o poder grego no apogeu de seu império. Aqui você vê esculturas que decoravam a parte de fora do prédio. Elas estão no British Museum desde 1816, após o embaixador britânico no Império Otomano, Lord Elgin, trazê-las para Londres.

Suba as escadas e rume para a sala 40, onde um pequeno tesouro aguarda sua visita…

Upper Floor

2

Room 40, Upper Floor

Peças de Xadrez Lewis

Museu Britânico: Como e por que visitar

Representando Reis e Rainhas sentados, Cavaleiros Montados e Bispos, estas belas peças de xadrez foram feitas de marfim de morsa e dentes de baleia. A data de sua criação, provavelmente na Noruega, é estimada em 1150-1200 D.C. Foram encontradas na Ilha de Lewis, na Escócia, em 1831. Das 93 peças que existem hoje, 11 estão em Edimburgo, no Museu Nacional da Escócia, e 82, no Museu Britânico.

Saindo para o lado leste, passe para a sala 49, 50, 51 e, finalmente, 52…

Room 52, Upper Floor

Tesouro de Oxus

Região de Takht-i Kuwad, Império Aquemênida da Pérsia, 500-400 A.C.

Foto: Museu Britânico

Feito com ouro, este modelo de biga é uma das mais importantes peças da coleção do Tesouro de Oxus, do Império Persa. A coleção consiste de aproximadamente 170 objetos e se trata da maior mostra de itens de metal daquele período.

Siga reto para a sala 53 e depois à esquerda para 54, 55 e pare na 56 para…

Room 56, Upper Floor

Royal Game of Ur

Da região de Ur, no Sul do Iraque, 2600-2400 A.C.

Foto: Museu Britânico

Este é um dos jogos mais populares do mundo antigo. O tabuleiro tem 20 quadrados feitos de concha, com desenhos diferentes. Dois jogadores competiam para levar suas peças de um lado ao outro, conforme certas combinações de dados e resultados dos desenhos. A peça em destaque foi encontrada por Leonard Woolley no Cemitério Real de Ur, na década de 1920.

Na próxima sala, de número 63, você encontra…

Room 63, Upper Floor

A Múmia de Katebet

Tebas (Egito), 1300-1280 A.C.

Museu Britânico: Como e por que visitar

Esta múmia é de uma mulher que cantava para Amun, o Rei dos Deuses, durante os rituais nos templos. A pintura a apresenta com uma grande peruca e brincos brancos. Suas mãos cruzadas têm anéis de verdade. A peça foi adquirida da coleção de Henry Salta, em 1835.

Siga em frente para o level 5, na sala 93, onde está…

Room 93, Upper Floor

Armadura de Samurai

Japão, período de Momoyama, itens do século 16 ao 19

Foto: Museu Britânico

Esta armadura é muito interessante, pois mostra quão belos eram os acessórios e armas de batalha japonesas. Contém peças de diferentes períodos da história do Japão. O capacete, por exemplo, feito no século 17, manteve a tradição antiga de apresentar uma máscara para amedrontar o inimigo.

Aproveite a escada que você vê aí e desça para o Lower floor, onde está…

Lower Floor

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Room 25, Lower Floor

O Rei de Ifé

Ifé, Nigéria, 1300-1400

Museu Britânico: Como e por que visitar

Esta escultura de bronze foi encontrada na Nigéria, em 1938. Acredita-se que tenha os traços de uma pessoa de poder, talvez de um Rei. Trata-se de exemplo dos grandes trabalhos artísticos da África.

*Este roteiro é elaborado a partir de 9 destaques apresentados pela equipe do British Museum.

Quanto tempo ficar no Museu Britânico?

A resposta curta é: uma semana. Sim, não dá para ver tudo nem na primeira, nem na segunda visita.

Por isso, o melhor caminho para aproveitar ao máximo essa verdadeira viagem pela história é passear ao longo dos corredores sem pressa, buscando aqueles objetos, eras e civilizações que mais lhe interessam. Você realmente prestar atenção no que está vendo e lendo, vai ver que, em duas ou três horas, seu cérebro não vai aguentar mais tantas informações e vai pedir para ir embora.

Para aproveitar ainda mais, mesmo que você não tenha tanto tempo, recomendamos um mapa de papel, um guia em livro ou o audiobook.

História do British Museum

Fundado em 1753 e aberto ao público em quinze de janeiro de 1759, depois da aprovação do Rei Jorge II. No início, não era mais do que um amontoado de objetos sem nenhuma classificação ordenada. Já no século 19, ficou estabelecido um modelo que se tornou quase obrigatório para todo museu moderno: exposições de entretenimento educacional combinadas a uma biblioteca para pesquisas dos eruditos e acadêmicos.

Decepcionado?

É que não tem graça falar sobre museu. Legal é ir até lá e deixar que os olhos captem os objetos mais interessantes e então a atenção, presa e direcionada, busque conhecimento acerca daquilo. E nesse caso, não custa nada experimentar. A entrada é de graça.

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