São 16h de uma segunda-feira de maio. Estou passeando pelo St James`s Park, com a câmera apontada para uns oito cenários ao mesmo tempo, admirado com a beleza e a tranquilidade do lugar. Há muita gente deitada na grama, escorada em árvore, observando o lago, trocando carinhos com o companheiro e lendo livros.
No momento em que ajusto o foco em uma grande árvore que serve de amparo para um casal de mãos dadas, porém, o espírito contemplativo e a calma proporcionados pelo ambiente são estraçalhados pelo susto: uma pressão na perna, como se alguém a estivesse puxando com as mãos.
Quase.
Eu olho para baixo, temeroso, e vejo um esquilo escalando o meu joelho. Com um movimento brusco, espanto o bicho, que busca conforto em um homem ali ao lado.
O homem estende a mão, recebe o esquilo em sua palma e lhe dá alguma comida que não consigo identificar. A foto fica bonita, mas me sinto derrotado.