A estação de Oxford Circus nunca foi grande o suficiente. As reformas, constantes desde a inauguração, em 1900, parecem nunca bastar para atender à multidão que, de sacolas em punho, conflui à área considerada hoje o epicentro comercial de Londres e da Europa. Trata-se, atualmente, da terceira estação mais movimentada da cidade, a mais usada entre as que não possuem conexão com o National Rail.
Inicialmente, a Oxford Circus Station oferecia apenas a Central Line, aquela linha vermelha que, como sugere incisivamente o nome, compreende até hoje uma linha no centro da zona 1. Mas a Central Line não foi suficiente para aplacar a avidez dos consumidores da região. Seis anos depois, foi inaugurada a plataforma Baker Street e Waterloo Railway, por uma empresa diferente, em um prédio ao lado e completamente isolada do restante da estação original (e a construção antiga pode ser avistada até hoje na saída).
Após muitas discussões entre as empresas, uma reconstrução completa começou em 1912 e se materializou em 1914, com um espaço maior dedicado à venda de passagens e aos elevadores. O rearranjo durou apenas nove anos. Então o prédio da Central Line passou a servir apenas para a saída dos passageiros, e um segundo par de escadas rolantes foi construído. Em 1928, criou-se uma terceira escada rolante conduzindo à plataforma de Bakerloo. A situação se manteve assim até 1942, quando elevadores de alta velocidade foram introduzidos para amainar o congestionamento de passageiros.
Em 1963, empreendeu-se uma grande reforma a fim de acomodar a Victoria Line. Para a expansão da estação, a escavação dos túneis e o rearranjo do espaço para a venda de passagens, a Oxford Circus teve de ser fechada. Durante cinco anos, até 1968, o tráfego de trens foi desviado para uma estação temporária. Finalmente, em 1969, ocorreu a grande reinauguração da Oxford Circus Station.
Mas não durou muito para que houvesse necessidade de novas reformas. Só que, durante as obras, em 1984, um grande incêndio destruiu uma das plataformas. Acredita-se que o princípio das chamas tenha se devido a restos de cigarros arremessados em um duto de ventilação. Assim, o acidente resultou a proibição do fumo nos trens e nas estações de metrô.
Em 2007, uma grande modernização. Murais instalados nas plataformas da Central e Bakerloo Line foram retirados e substituídos por tijolos brancos em um estilo similar ao original, de 1900. Três anos depois, foi a vez de as escadas rolantes ganharem atenção especial. Algumas foram trocadas, e outras remodeladas. E agora, quanto tempo até que a estação tenha que se reinventar novamente para dar conta da demanda?
Na verdade, os trabalhos de manutenção, expansão e reparos não param. Veja o que está programado para a Central Line.
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