O Palácio de Whitehall (Palace of Whitehall) era a residência oficial da monarquia britânica em Londres entre 1530 e 1698, até que um incêndio destruiu tudo exceto a Banqueting House e outras pequenas partes, que foram incorporadas a prédios administrativos do governo. Em seus momentos finais, tratava-se do maior palácio da Europa, com 1,5 mil salas, sobrepujando o Vaticano e Versalhes.
Construção
No século 13, o centro administrativo e a residência oficial dos reis da Inglaterra era o Palácio de Westminster. Por isso, a área onde ele se localizava valorizou-se bastante. Walter de Grey, o então Arcebispo de York, comprou uma propriedade próxima dali e a chamou de York Place. Na época, o Rei Edward I utilizava o York Place como moradia enquanto seu palácio encontrava-se em reformas. Só que o York Place acabou crescendo tanto, que superou o Palácio de Westminste e todos os outros palácios reais. Então, em 1530, o Rei Henry VIII comprou o local e o transformou em sua residência oficial.
E reconstrução
Henry VIII redesenhou o palácio e o ampliou enormemente. Durante toda a vida, o Rei orquestrou os trabalhos de arquitetura para reconstruir, modernizar e aumentar o palácio, que ganhou o nome de Whitehall poucos anos depois do soberano assentar-se ali. Nessa ampliação, inclui-se um centro recreativo, com quadra de tênis indoor, ringue de rinhas de galo e um espaço para duelos entre cavaleiros.
Banqueting House
Após a morte de Henry VIII, James I também resolveu mexer no palácio. Uma de suas principais obras foi a Banqueting House, construída em 1622 e considerada uma sobrevivente. Serviu como local para entretenimento do filho de James, o Rei Charles I e, mais tarde, como palco de sua morte, por decapitação, em 1649. O soberano se foi, mas o prédio permaneceu. Ficou imune ao incêndio de 1698, que vitimou o Whitehall Palace, e aos bombardeios da Segunda Guerra Mundial, na década de 1940. Atualmente, recebe turistas, curiosos e estudiosos que desejam se encantar com o restante do primeiro palácio em estilo neoclássico da Inglaterra e seu famoso teto coberto pelas tintas de Sir Peter Paul Rubens.
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Charles I
Charles I foi decapitado em frente à Banqueting House. Como a maioria dos Reis, Charles I, segundo filho de James I, acreditava que o soberano era designado por Deus para comandar o império. A partir dessa premissa, brigou com todo mundo que discordava do pressuposto. Dissolveu o parlamento duas vezes, elevou impostos para promover guerras, casou-se com uma Princesa católica, nomeou o infame George Villiers como Duque de Buckingham e não reconheceu a legalidade do tribunal que o julgou por traição após a segunda guerra civil, em 1649.