O Príncipe André, Duque de Iorque, não consegue escapar do furor dos tabloides.
Mesmo distante do trono, como terceiro herdeiro da Rainha Elizabeth II, hoje o sexto na linha de sucessão, recebe muitas críticas por sua vida pessoal.
Seria injusto, porém, reduzir o perfil do Duque que teve um importante papel na Guerra das Malvinas aos escândalos relacionados ao casamento e às amizades que mantinha. Por isso, neste artigo vamos fazer um resumão de tudo: desde a vida política até as controvérsias que envolvem o nome Príncipe André. (Vale até preparar uma pipoca porque a história é quase um filme). ??
Vamos lá?
Quem é André, Duque de Iorque?
No dia 19 de fevereiro de 1960, em Londres, a Rainha Elizabeth II deu à luz ao seu terceiro herdeiro – fruto da relação que mantém até hoje com o Príncipe Philip. Nomeado Andrew Albert Christian Edward, à época era o segundo na linha de sucessão ao trono.
O Príncipe André nasceu no Palácio de Buckingham, onde passou seus primeiros anos de vida sendo educado por uma governanta, assim como seus irmãos mais novos, Charles e Anne. Posteriormente, frequentou a Heatherdown School, em Berkshire, e a escola Gordonstoun, na Escócia, onde estudou inglês, história, economia e ciência política.
Depois de concluir sua formação básica, porém, o Príncipe optou por não frequentar a universidade, e sim seguir carreira militar. Para isso, entrou na Britannia Royal Naval College, em Dartmouth, onde foi treinado como aspirante à Marinha e, posteriormente, como piloto de helicópteros na Força Aérea Real.
Serviços militares prestados por Andrew
O Príncipe André se alistou à Royal Navy para servir durante 12 anos, a partir de 11 de maio de 1979. Durante sua formação, ele passou por vários treinamentos de voo até chegar ao nível avançado, realizando treinamentos operacionais de voo no helicóptero Sea King. Quando eclodiu a Guerra das Malvinas, em 2 de abril de 1982, ele estava pronto para servir ao país.
O Duque de Iorque teve um importante papel na Guerra: a bordo do emblemático porta-aviões HMS Invincible, ele serviu como capitão do navio que possuía um papel fundamental na missão de recuperar o território invadido pela Argentina. André também voou em diversas outras missões, inclusive auxiliando na evacuação de vítimas.
Nos anos seguintes, ele seguiu à serviço da Royal Navy. André somente concluiu sua carreira naval em 2001, quando deixou o posto de oficial da Direção Diplomática do Estado-Maior da Marinha. Pelos serviços prestados, recebeu diversas condecorações: em 19 de fevereiro de 2010, já aos 50 anos, foi promovido ao cargo honorário de vice-almirante.
Polêmicas do Príncipe André
Quando o assunto é Família Real, a cobertura midiática sempre tem um enfoque preferido: as relações amorosas. Com o Príncipe André não foi diferente.
As primeiras polêmicas que começaram a surgir envolvendo seu nome foram fruto da relação com Sarah Ferguson, filha do major Ronald Ferguson e de sua primeira esposa, Susan Mary Wright.
Casamento, divórcio e a relação com Sarah Ferguson
O Príncipe André e Sarah Ferguson se conheceram ainda na infância, quando ocasionalmente se encontravam em partidas de pólo.
Sarah também se tornou amiga da Princesa Diana, que a convidou para assistir a uma corrida de cavalos, em 1985. Teria sido nesta ocasião o marco verdadeiro do início de um relacionamento entre ela e André.
À época, porém, a união entre ambos era duramente criticada pelos jornais ingleses, já que Sarah costumava se esquecer de seguir o protocolo real.
De qualquer modo, em 23 de julho de 1986, na Abadia de Westminster, ocorreu o casamento do Príncipe – mesma ocasião na qual recebeu da Rainha os títulos de Duque de Iorque, Conde de Inverness e Barão de Killyleagh.
Juntos, Sarah e André tiveram duas filhas: a Princesa Beatriz de Iorque, (8 de agosto de 1988) e a Princesa Eugênia de Iorque (23 de março de 1990).
O casamento aparentou ser feliz até o fim dos anos 80, mas em 19 de março de 1992 – mesmo ainda sem um motivo aparente – ambos anunciaram planos para sua separação, alegando que a decisão teria sido amigável e mútua.
Meses após o anúncio, vazaram na imprensa algumas fotografias de Sarah em posições comprometedoras com o americano John Bryan, então seu conselheiro financeiro. Parecia acabar ali a esperança de qualquer possível reconciliação. Em maio de 1996, os duques se divorciaram.
Mas a história não terminou. Nos anos subsequentes, continuaram mantendo uma relação amigável e não se casaram com outras pessoas.
Sarah chegou a morar em Sunninghill Park, que foi a residência oficial de Andrew até 2004. Surgiram, ainda, relatos de que ambos compraram um chalé na Suíça com hipoteca compartilhada, no valor de R$ 52 milhões.
O fato é que, mesmo com o divórcio, eles mantiveram uma amizade próxima, morando perto um do outro. Já foram até clicados em férias de família com as filhas. Há rumores recorrentes de uma possível reconciliação. Vamos aguardar os próximos capítulos. ?
Escândalos do Duque de Iorque
Nos últimos anos, uma série de controvérsias envolveram a figura do Príncipe André. Em 2011, ele acabou sendo afastado do posto que detinha como representante especial do Reino Unido para o comércio e indústria.
O motivo? Diversas publicações de jornais britânicos que revelaram uma ligação de amizade entre Andrew e o executivo americano Jeffrey Epstein, que cumpriu 18 anos de prisão por contratar prostitutas menores de idade.
Em meio ao tsunami midiático, seu nome também acabou sendo mencionado por uma mulher que disse ter sido abusada sexualmente por ele. Nada foi comprovado, mas a fagulha acendida pelos tabloides devido à amizade com Epstein já não podia ser apagada.
O Duque também já havia atraído olhares controversos por ter hospedado no palácio de Buckingham o genro do presidente deposto da Tunísia, Zine al Abidine Ben Ali. Seus gastos pessoais foram outro tema para manchetes, especialmente a mesada anual recebida por ele da Rainha Elizabeth II, no valor de 249.000 libras. Em 2009, suas despesas chegaram a 140.000 libras.
O hábito de voar em jatinhos particulares também rendeu um apelido especial à André na imprensa britânica: “Airmiles Andy”. Em resumo: o Duque de Iorque manteve o que parece ser um título de “ovelha negra” que sempre recai sobre algum membro da Família Real.
E você, já conhecia a história dele? O que achou? Tem algo a acrescentar? Deixe o seu comentário. ?