É difícil acreditar que um dos personagens mais famosos de Londres nunca existiu de fato. Muitos ainda enviam correspondência para Sherlock Holmes na 221b de Baker Street, na esperança de que ele acorra ao chamado ao lado de seu fiel amigo e colega, o Dr. Watson. A resposta às missivas, porém, não advêm do punho do detetive ou do médico. No endereço, situa-se hoje um museu em homenagem à memória e à obra mais rematada do escritor Sir Arthur Conan Doyle.
A primeira vez que Sherlock Holmes caminhou pelas ruas de Londres com capa e chapéu e utilizou a lógica para resolver casos dificílimos foi em 1887, em Um Estudo em Vermelho. Seguiram-se 56 contos e três romances, a maioria publicada a partir de 1891 na revista Strand, a propulsora da fama do personagem.
As histórias do detetive são narradas, quase todas, pelo médico e colega de apartamento Dr. John H. Watson, que assume a tarefa de biógrafo. Duas delas, no entanto, são contadas a partir da perspectiva de Holmes, e duas, de forma onisciente.
No cinema
De acordo com o Guinness Book, Sherlock Holmes é o personagem mais retratado no cinema. 75 atores já o interpretaram em mais de 200 filmes.
Assistir a filmes de Sherlock Holmes pode ser uma maneira interessante de ver reproduções da bela Londres Vitoriana. O mais recente longa com o personagem, contudo, estrelando Robert Downey Jr. e Jude Law, pode oferecer algum contraste para o leitor habituado a um detetive amparado em métodos científicos e pouco afeito ao embate físico.
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A estátua
Do lado de fora da estação de Baker Street, uma estátua de bronze de Sherlock Holmes serve para fotos divertidas dos turistas. Há uma estátua parecida em Birmingham, terra natal de Arthur Conan Doyle.
Elementar, meu caro Watson
Ao contrário do que se imagina, a frase “Elementary, my dear Watson” ( “Elementar, meu caro Watson”) nunca foi proferida por Holmes nas 60 histórias criadas por Sir Arthur Conan Doyle. Após suas deduções baseadas na lógica, o detetive costuma exclamar “Elementar” diante de um incrédulo Watson. Ele também chama o amigo de “My dear Watson” (“Meu caro Watson”) com frequência. Mas nunca utiliza os dois fragmentos na mesma frase. Essa invenção pode ser creditada ao filme The Return of Sherlock Holmes, de 1929.
O museu
Com o violino no colo, Sherlock Holmes escuta a narrativa de seu interlocutor , tira o cachimbo da boca e afirma: “Elementar”. Mas, antes que o detetive possa elucidar a questão de Watson, ouve-se uma batida na porta. Decerto o inspetor de polícia Lestrade ou um turista interessado no Museu de Sherlock Holmes, que recria com riqueza de detalhes o apartamento 221b da Baker Street.