Rainha Elizabeth I, a última monarca da linhagem Tudor, nasceu em 7 de setembro de 1533, filha de Henry VIII e Anne Boleyn, seu reinado durou por 45 anos e foi considerado um dos mais gloriosos da Inglaterra.
Entretanto, chegar ao trono não foi uma tarefa fácil para Elizabeth I ainda mais quando se nasce mulher em uma época em que os homens recebiam o trono por direito. Seu nascimento foi uma decepção para Henry VIII que desejava um herdeiro masculino para continuar o seu reinado como ele desejava.
Elizabeth I: a filha ilegítima e sua infância nada gloriosa
Em 1536, quando Elizabeth tinha apenas 2 anos e oito meses, Anne Boleyn foi acusada de adultério e decapitada por ordem direta do rei Henry VIII. Uma semana depois ele se casou com a dama de companhia de Anne, retirou o título de princesa de Elizabeth, que passou ser considerada “lady” e negligenciada por muitos anos.
Quando Catherine Parr, sua madrasta, assume o comando da casa e decide que a menina deve ser educada pelo alto escalão e assim, ela aprende a arte de falar em publico com o renomado estudioso de Cambridge, Roger Ascham.
É a morte de Henrry VIII, em 1547, quando ela já tinha 13 anos de idade, que traz mudanças para a sua vida. Seu irmão mais novo, Edward VI, assume o trono aos nove anos. Catherine morre no parto de um de seus filhos e seu marido Thomas Seymour, logo em seguida, é executado por conspirar para casar com Elizabeth e sequestrar o pequeno Edward VI.
A morte prematura de Edward VI, faz com que sua meia-irmã Mary assuma o trono e comece seu reinado sangrento. A rainha Mary retorna o país ao catolicismo e mais de 287 pessoas são mortas devida a sua caçada aos protestantes.
Todos esses conflitos deflagaram uma rebelião mal sucedida e Elizabeth foi acusada de conspirar com os rebeldes. Ela é trancafiada na Torre de Londres antes de ter decretada sua prisão domiciliar em Woodstock, Oxfordshire.
Elizabeth chega ao trono e propõe uma reforma religiosa
Elizabeth tornou-se rainha somente depois da morte de Mary, em 1558. O país enfrentava diversos conflitos religiosos e o apoio popular era indispensável para que ela continuasse seu reinado.
Pensando em unir o país, ela destituiu o Papa da igreja inglesa por se negar a “fazer janelas para a alma dos homens … há apenas um Jesus Cristo e todo o resto é uma disputa sobre ninharias”, segundo as próprias palavras de Elizabeth. Introduziu um novo livro de orações e republicou uma versão em inglês da Bíblia.
A rainha enfrentou não só a igreja, mas o Parlamento inglês também. O Parlamento chegou a exigir que Elizabeth se casasse para que assim fossem liberados mais recursos financeiros, mas como ela dominava a arte da retórica afirmou categoricamente que seu objetivo maior era o bem-estar de sua nação e não o seu casamento.
A rainha amada derrota a Armada Espanhola
Sem dúvida, o grande feito do reinado de Elizabeth foi a vitória sobre a Armada Espanhola, comandada pelo Papa. A igreja católica conspirava contra a rainha e colocou 130 navios da Armada Espanhola contra a marinha inglesa para tentar derrubar Elizabeth e restabelecer o catolicismo no Reino Unido.
Faleceu em 24 de março de 1603, aos 69 anos, em Richmond Place, solteira, sem filhos, deixou uma grande dívida ao seu sucessor e foi muito amada por seus súditos.