Um plano do governo para cortar os custos do metrô, ao qual os grandes jornais britânicos tiveram acesso neste fim de semana, prevê demissão de 1,5 mil funcionários e manutenção de apenas 30 pontos de venda de passagens com atendentes. A ideia é que, até 2020, todos os trens sejam operados remotamente, sem a presença de um condutor. Preocupado com essas intenções, o sindicato do transporte já avisou que o documento “ignora a realidade em favor da austeridade”, de acordo com a BBC.
O objetivo do plano é cortar 20% dos custos do metrô na próxima década. Para isso, até 2016, a maioria dos pontos de venda tradicionais de passagens serão fechados. Trinta dessas unidades permanecerão em funcionamento, e os sistemas de compra automatizados, com cartão de crédito e Oyster Card, se tornarão mais rápidos e práticos. Até 2017, estima-se que apenas 20% dos trens será operado por motoristas. Em 2020, o objetivo de eliminar os condutores será atingido.
O vazamento dessa estratégia de contenção de gastos não poderia vir em pior hora. Diversas greves nos transportes atormentaram os londrinos nos últimos meses, e a maior demanda da história pelo serviço está prestes a se consolidar, durante as Olimpíadas de 2012. Para extinguir os condutores, o governo precisa agora é de alguém para conduzir bem essas negociações e evitar novas interrupções dos serviços do transporte público.