Regozijai, viajante que deseja utilizar as facilidades do metrô de Londres em sua estada na capital britânica. A greve dos funcionários se encerrou na noite de quarta-feira, após 48 horas de atividades reduzidas no Underground. Mesmo assim, não é bom se alegrar tanto: uma nova greve está programada já para a próxima segunda-feira, dia 5 de maio, feriado bancário. E a greve da próxima semana se anuncia ainda mais grave, já que se estenderá por 72 horas, das 21h de segunda até as 21h de quinta.
Mais uma vez, vale a pena ressaltar: a greve no metrô de Londres não significa que o Underground vai interromper suas atividades. A greve resulta apenas em menos funcionários trabalhando e, por isso, um serviço reduzido. Na prática, você deve tentar usar o mínimo possível de transporte público nesse período, evitar ao máximo a Piccadilly Line e se afastar completamente de qualquer dependência da Circle Line.
A primeira greve na prática
Aproximadamente 50% dos serviços do metrô se mantiveram em funcionamento mesmo durante os dois dias de greve nesta semana. Por um lado, ótimo: dependendo das linhas, estações e horários, você pode nem ter percebido que um serviço reduzido estava em operação. Por outro, conforme o seu itinerário, você pode ter perdido o dobro de tempo em seus deslocamentos diários. Eu, por exemplo, que tentei usar o mínimo possível de transporte público nesse período, mal notei a greve na terça-feira, pois precisei usar apenas a Victoria Line, quase toda em funcionamento. Na quarta, porém, movimentei-me por áreas normalmente sustentadas pela Piccadilly Line. Nesse dia, um deslocamento para o centro da cidade não me custou muito tempo, mas o retorno, ao fim do dia, me obliterou 1 hora além do esperado. A viagem de Piccadilly Circus até Seven Sisters, no norte de Londres, zona 3, levou mais de 2 horas, divididas em três percursos diferentes de ônibus, um deles com percurso completamente alterado devido à greve.
Como enfrentar a segunda greve
Vai viajar para Londres bem no período da greve do metrô? Então siga alguns passos para não se perder no caminho:
1. Antes de sair do hotel e até nos dias que antecedem a sua viagem, confira o site do Transport for London, que informa os detalhes da greve – linhas e estações afetadas.
2. Confira as atualizações do Twitter do TFL para ficar por dentro do que está funcionando e do que não está funcionando na operação do metrô.
3. Baixe o aplicativo CityMapper, que ajuda a programar o seu itinerário e leva em conta os atrasos e problemas decorrentes da greve.
4. No próprio site do TFL, você pode estabelecer um ponto de partida e um ponto de chegada para descobrir o melhor meio de transporte nesse percurso.
5. Tente concentrar suas atividades em dias afetados pela greve em uma única área, como City of London e Westminster. Todas as principais atrações de uma e de outra área podem ser percorridas a pé. Ou seja, você só terá problemas na ida e na volta.
6. Evite os horários de pico do metrô, entre 5h30 e 9h30 e 17h e 19h30.
O porquê da greve
Na teoria, os sindicalistas do metrô reclamam da eliminação de 750 empregos na área já para o próximo ano. Basicamente, para quem analisa a situação de fora, os sindicalistas do metrô estão reclamando sem grande razão, já que o Transport for London (TFL), órgão que regula o transporte público em Londres, garante que não haverá demissões involuntárias. Isso quer dizer que os trabalhadores que não queiram se demitir em um sistema voluntário serão realocados para outras funções. A redução de cargos é resultado de uma grande modernização no sistema de metrô prevista para o próximo ano. Entre as principais alterações, estão a extinção dos guichês de venda de bilhetes, que serão substituídos por mais máquinas automáticas, e a abolição dos motoristas, os quais darão lugar a navegação eletrônica, programada e controlada por um sistema central. Para os passageiros, o TFL afirma que as mudanças trarão apenas melhorias no serviço, com mais funcionários empenhados no atendimento dentro das estações e serviço 24 horas durante os fins de semana.