Rainha Maria I, conhecida na história como Bloody Mary (“Maria sangrenta” ou “Maria sanquinária”), nasceu em 18 de fevereiro de 1516, em Greenwich, Inglaterra. Foi a primeira mulher a governar por direito e única filha que sobreviveu do casamento entre Henry VIII e a Catarina Aragão.
Descente da linhagem Tudor, Maria, teve um tutor inglês, estudou escrituras humanistas de Juan Luís Vives, destacou-se em latim e assim como seu pai, tocava alguns instrumentos. Entretanto, esse seu mundo perfeito mudou radicalmente quando Henry VIII se divorciou de sua mãe e casou-se com Anne Boleyn.
Descubra agora quem foi a Rainha Maria, uma católica em busca de vingança.
Quem foi a Rainha Maria, a Bloody Mary?
Para seu segundo casamento acontecer, Henry VIII recorreu ao Papa para anular seu matrimônio com Catarina Aragão ou providenciar seu divórcio. Entretanto, o Papa se negou a permitir o desquite e o rei aborrecido, rompeu com a igreja e com esse afastamento Maria Tudor, que até então era criada como católica teve que negar a existência e autoridade do Papa e igreja católica.
O rei finalmente consegue seu divórcio e casa-se mais quatro vezes antes de sua morte. É somente no seu terceiro casamento que ele consegue o seu herdeiro do sexo masculino, nasce Edward VI, que depois da morte do pai em 1547, assume o trono.
O menino Edward permanece apenas seis anos no trono e sob tutoria de seus regentes senhores Somerset e de Northumberland. Os regentes chegaram a fazer alterações na sucessão do trono para favorecer os protestantes, colocando Joana Grey como próxima candidata ao trono, seguindo as mudanças eclesiásticas promovidas pelo rei.
Maria I com o divórcio do pai perdeu seu título de princesa e foi obrigada a viver com sua meia-irmã Elizabeth I, que também era fruto de outro casamento de Henry VIII. Com as mudanças propostas pelos regentes, Maria I não assumiria tão cedo o governo.
As alterações na linha de sucessão levaram Maria a organizar e aplicar sua própria estratégia para conquistar o trono. Em suas propriedade em Norfolk, ela tinha sua própria força militar montada e por mais que Joane tenha assumido, o Conselho Privado teve que voltar atrás e reverter o processo em nove dias, pois além de ter uma força armada, Maria Tudor tinha apoio do povo.
Rainha Maria perseguiu os protestantes
Uma de suas primeiras medidas ao se tornar rainha foi executar Northumberland devido ao seu envolvimento nas alterações de sucessão do trono. No início do seu governo era possível se notar uma mistura de protestantes e católicos, mas com os avanços do seu reinado, rainha Maria deixou mais evidente o seu desejo de restaurar o catolicismo.
Em 1554, ela tornou pública a sua intenção de casar com Phillip, príncipe da Espanha. O ato não foi bem visto pela população protestantes, mas ela deu continuidade ao processo e casou-se com ele.
Em 1555, rainha Maria se dedicou a decretar leis contra heresia e reverter outros decretos anti-católicos feitos por Edward VI e Henry VIII. A caça aos protestantes estava sendo iniciada. Mais de 300 pessoas foram acusadas de heresia e encaminhadas para a fogueira para servirem de exemplo e dezenas morreram na prisão. Foi essa perseguição insana que a deixou conhecida como “Maria sangrenta”. Rainha Maria faleceu em 1558 e quem assumiu o trono foi Elizabeth I.
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