Revoluções inglesas: como a monarquia caiu e voltou ao poder

As revoluções inglesas foram disputas do Parlamento contra a monarquia na Inglaterra no século 17. A primeira revolução ocorreu de 1640 a 1660, em um período que compreende a guerra civil inglesa, a execução pública do Rei Charles I e a instituição da República de Cromwell. A segunda revolução ocorreu em 1688, com o apoio dos nobres à invasão holandesa de William e Mary e a consequente Bill of Rights, a carta dos direitos que limitava os poderes da Realeza e, na prática, concretizou a monarquia parlamentar no Reino Unido.

London Eye à noite
Parlamento combateu poderes absolutos da monarquia. Foto: Mapa de Londres

Revoluções inglesas contra a monarquia absolutista

As revoluções inglesas são respostas às ambições déspotas dos monarcas. Elas serviram de lição para que a Família Real passasse a se comportar melhor e a entender que só poderia seguir existindo caso se curvasse ao Parlamento. Mas, como você verá a seguir, não foram aulas amigáveis.

A primeira revolução inglesa

No trono a partir de 1625, o Rei Charles I realmente acreditava em seu direito divino de mandar à vontade: aumentou impostos, casou com uma católica romana, brigou com a igreja, dissolveu o parlamento, prendeu parlamentares e governou praticamente sozinho por 11 anos.

Como resultado, arranjou para si uma guerra civil: de um lado, o exército real; do outro, o exército do Parlamento. Depois de anos de batalha, foi capturado, julgado por traição à pátria e condenado à morte por decapitação em 1649.

Após a morte do Rei, o Reino Unido se transformou em uma república, a Commonwealth, primeiro comandada por Oliver Cromwell, líder da revolução, e depois por seu filho, Richard Cromwell. Como este não conseguiu lidar com o exército e o Parlamento, foi afastado e deu lugar para a volta de Charles II, filho do rei decapitado, que restaurou a monarquia em 1660.

Mas a briga de poderes não para por aí, claro.

A segunda revolução inglesa

A Segunda Revolução inglesa é aquela chamada de Revolução Gloriosa, por ter teoricamente derramado pouco sangue e ser considerada por alguns como uma transição “suave” de poder.

O resumo é o seguinte: o temor de que a inclinação religiosa de James II e seu herdeiro direto pudessem trazer o catolicismo de volta à Inglaterra levou o Parlamento a apoiar a tomada de poder por William de Orange, chefe de estado da Holanda, e sua esposa, Mary II, que era da Igreja Anglicana e filha do monarca inglês.

Revoluções inglesas para uma monarquia parlamentarista

Com o aval dos nobres parlamentares, William e Mary reuniram um exército e invadiram a Inglaterra em novembro de 1688. Sem grande dificuldade, derrotaram James II e assumiram o poder.

A Revolução Gloriosa culminou com a Bill of Rights em 1689, uma carta de direitos que limitou os poderes da monarquia e os subjugou ao Parlamento.

Assim, as revoluções inglesas propiciaram as bases da atual monarquia do Reino Unido, uma monarquia parlamentarista.

Entendeu melhor como foram essas revoluções e como a monarquia conseguiu se manter no poder ao se curvar ao Parlamento?

Visitas ao Parlamento do Reino Unido

Westminster Hall no Palácio de Wesminster em Londres
Turistas podem conhecer o Parlamento por dentro. Foto: Mapa de Londres

Em Londres, você pode visitar o Parlamento, sabia?

O tour (guiado ou com audio guide) permite que você conheça as Câmaras dos Lordes e dos Comuns, veja estátuas de primeiros-ministros como Winston Churchill e Margaret Thatcher e entender melhor histórias como essa.

Confira: Como visitar o Parlamento.

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