Quando nasceu, em 1926, a Rainha Elizabeth II tinha tudo para não chegar ao trono. Era apenas a quarta na linha de sucessão, atrás de seu avô, o Rei George V, de seu tio, Edward, e seu pai, Albert.
O caminho até a coroação foi bastante inusitado. Quando George V faleceu, a pequena Elizabeth viu seu tio, Edward, subir ao torno, no primeiro mês de 1936. Mas Edward, apaixonado, pediu em casamento Wallis Simpson, uma socialite divorciada em trâmites da segunda separação. O anúncio provocou uma crise institucional, que levou o Rei a abdicar em favor do irmão, Albert, coroado como George VI, para alento da tradição e desespero de seu fonoaudiólogo, que teve de lhe tratar a gagueira a fim de ajudá-lo a produzir os discursos de fé e esperança que mobilizaram o Reino Unido durante a Segunda Guerra Mundial.
Em 1952, ouviu-se pelas ilhas britânicas a seguinte frase, proferida com lamento por todo o povo:
– O Rei está morto. Vida longa à Rainha.
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