Ataques terroristas a Londres: entenda por que a capital britânica é um alvo

Londres é um alvo de ataques terroristas.

Apesar de ser uma das metrópoles mais protegidas e seguras do mundo, a capital britânica está na mira de grupos terroristas há muito tempo.

No século 21, o ataque terrorista a Londres mais violento ocorreu em 2005. Nessa ocasião, várias explosões no metrô da cidade vitimaram 52 pessoas.

Esse atentado faz parte de uma série de ações de terroristas em todo o continente Europeu. França, Bélgica, Alemanha, e Espanha figuram na lista de países que já sofreram ataques ao longo dos últimos 15 anos.

Embora várias nações tenham enfrentado problemas, os terroristas parecem ter a capital do Reino Unido como um de seus alvos preferenciais.

Apenas em 2017, foram dois ataques a Londres e outro a Manchester.

No post de hoje, você poderá acompanhar uma retrospectiva de todos os ataques terroristas a Londres ao longo dos últimos anos. Falaremos também das principais motivações para tantos atentados segundo a opinião de especialistas. Confira!

Scotland Yard - Metropolitan Police
Londres é um dos alvos preferidos do terrorismo na Europa. Foto: iStock, Getty Images

Os principais ataques terroristas a Londres e a Inglaterra

Vamos apresentar, a seguir, os principais ataques terroristas a Inglaterra até 2015.

Ataques terroristas ao metrô, em julho de 2005

O evento que entrou para a história como o ataque ao metrô de Londres, foi o maior atentado terrorista da história do Reino Unido.

Nessa ocasião, 4 explosões coordenadas espalhadas pelo sistema de transporte público da cidade vitimaram 56 pessoas e deixaram outras 700 feridas. A época, a Al Qaeda reivindicou a autoria dos ataques.

No dia seguinte às explosões, outras bombas foram encontradas em estações de metrô. A perícia técnica constatou que elas não explodiram devido a um erro de cálculo, evitando, assim, uma carnificina ainda maior.

Esse atentado também ficou marcado pela morte do brasileiro Jean Charles, dias depois dos ataques. Policiais da Scotland Yard o confundiram com um terrorista e efetuaram vários disparos para abatê-lo.

Aeroporto de Glasgow, junho de 2007

Em junho de 2007, em Glasgow na Escócia, um carro lotado de botijões de gás conduzido por dois terroristas invadiu o principal terminal do aeroporto da cidade.

A intenção do indiano que estava ao volante e do médico iraquiano que o acompanhava era explodir o veículo em meio a uma área com grande concentração de pessoas — algo que não aconteceu.

Nesse incidente, a única vítima foi o motorista do carro que, após a colisão, ficou gravemente ferido e veio a falecer 30 dias depois. O outro terrorista, de nacionalidade iraquiana, foi condenado a prisão perpétua.

No dia seguinte a esse ataque, a polícia encontrou outro veículo, nas imediações de aeroporto, carregado de centenas de litros de gasolina. À época, a investigação concluiu que se tratava de mais uma tentativa frustrada de atentado terrorista.

Assassinato do soldado Lee Rigby, maio de 2013

Dois homens de origem Nigeriana foram responsáveis por atropelar, esfaquear e matar um soldado inglês no sudoeste de Londres, em maio de 2013. Em vídeo gravado minutos depois do assassinato, um dos terroristas com as mãos tomadas por sangue profere palavras de ordem em exaltação ao Islã.

Segundo pessoas que presenciaram a cena, os dois homens ainda justificaram o ato dizendo que se tratava de uma vingança pelos muçulmanos mortos pelo exército inglês.

Os dois terroristas foram presos pela polícia londrina minutos depois do assassinato. Em 2014, ambos foram condenados à prisão perpétua e hoje estão cumprindo sua pena.

Tentativa de assassinato no metrô de Leytonstone, dezembro de 2015

Muhaydin Mire, de 29 anos, esfaqueou duas pessoas na saída do metrô de Leytonstone, zona leste de Londres. Uma delas se feriu gravemente, mas, por sorte, ambas sobreviveram aos ferimentos.

O homem foi preso instantes depois do atentado e hoje aguarda sua sentença. Em seu celular, foram encontradas fotos do exército do Estado Islâmico.

Ataques terroristas recentes em Londres

Como já destacamos, somente nos últimos meses aconteceram três ataques terroristas a Inglaterra — dois em Londres e um em Manchester.  A seguir, você poderá conferir detalhes sobre todos esses atentados.

Atropelamento na ponte de Westminster, março de 2017

Um homem atirou um carro sobre várias pessoas nas imediações do parlamento inglês, próximo à ponte de Westminster, em Londres. Um total de 29 pessoas se feriram e outras 5 foram assassinadas, além do terrorista — morto pela polícia.

Até hoje, 8 pessoas foram presas suspeitas de participar dessa e outras ações terroristas.

Atentado em show da cantora Adriana Grande, maio de 2017

No dia 22 de maio de 2017, o show da cantora Adriana Grande que acontecia na Manchester Arena, em Manchester, foi interrompido por um atentado a bomba. Naquela ocasião, um homem que portava explosivos de altíssima potência explodiu em meio a uma multidão que se concentrava na entrada do estádio.

O saldo da tragédia foi de 22 mortos e 116 feridos. Segundo a polícia, o terrorista também morreu durante a explosão. Investigações ainda estão em curso para descoberta de maiores informações sobre o ataque.

Atropelamento na London Bridge, junho de 2017

Esse atentado teve início com um atropelamento em massa na London Bridge, no coração de Londres, e terminou com esfaqueamento de pedestres no Borough Market — local onde os suspeitos deixaram o veículo.

No total, 9 pessoas morreram e outras 48 ficaram feridas. Entre as mortes, estão a de 3 terroristas envolvidos no ataque. A polícia ainda mantém investigações a fim de desarticular outras ações desse mesmo grupo terrorista que mantém ligações com o Estado Islâmico.

Por que Londres é foco de terrorismo?

Desde 2005, quando aconteceu o ataque ao metrô com 52 mortes, especialistas atribuem a massiva ação de terroristas em Londres, e na Inglaterra como um todo, ao envolvimento do país em conflitos no Oriente Médio.

No Afeganistão, por exemplo, os ingleses foram aliados de primeira hora dos Estados Unidos. Isso despertou a ira de vários grupos organizados, como a Al Qaeda — responsável pelos ataques a bomba no metrô.

Passando a uma análise dos casos mais recentes, poderíamos dizer que as mudanças no governo guardam alguma relação com os atentados deste ano. A primeira-ministra eleita pelo partido Conservador, Theresa May, apresenta posição favorável ao endurecimento das regras de imigração.

Em discurso recente, ela chegou a declarar que existe uma “tolerância excessiva” com grupos extremistas no Reino Unido. Nessa mesma ocasião, ela ainda afirmou que o governo promoveria uma reestruturação estratégica das ações de combate ao terrorismo no país.

Outro aspecto importante, que tem a ver com a atual situação, é a atuação da Inglaterra na Síria. O ataque a London Bridge, por exemplo, aconteceu apenas um dia depois de um bombardeio, coordenado pelo exército inglês, a regiões controladas pelo Estado Islâmico.

Entendeu melhor como ocorreram os últimos ataques terroristas a Londres e por que a cidade é um alvo? Comente.

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